Make You Feel My Love. escrita por ArcturianAlien


Capítulo 4
Capítulo quatro.


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, o quinto capítulo AINDA não está pronto. Então, talvez eu demore pra postar o próximo, me perdoem.



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                                        You got it, you got it

                                         Some kind of magic.

                                         Hypnotic, hypnotic,

                                 You're leaving me breathless.
                                           
(I Caught Myself, Paramore.)



   O intervalo correu perfeitamente bem, mas aqueles míseros trinta minutos fizeram questão de passar voando... eu adorava ter Ashlee por perto, a minha melhor amiga. Esperava que ela fosse ao shopping comigo após a aula, mas.. é, Gustav vinha buscá-la. Por vezes tínhamos briguinhas toscas, por ciúme. Ashlee parecia ser propriedade dele em alguns momentos, e eu não gostava disso. Mas eu tinha que entender, claro, eles eram namorados, afinal. Enquanto as pessoas subiam novamente para suas salas, continuei ali com Ashlee, mordiscando aquele sanduíche que parecia interminável. E caí na besteira de comentar sobre o novo professor... e o que ele havia dito.
 -Ele te passou uma cantada? - Ela estava estática, parecia ter visto algo assustador. Ash não acreditou no que acabara de ouvir.
- Não, apenas me chamou para dar um passeio...
 Dei mais uma mordida no sanduíche, sem parar de analisar a expressão da minha melhor amiga. Ela ainda não acreditava. Pude avistar Georg com sua namoradinha mais ao fundo, eles pareciam estar brigando. Ashlee virou-se para ver o que estava acontecendo, quando ele lançou-me um olhar raivoso. A minha cara de desaprovação devia estar bem estampada, já que ele começou a caminhar em minha direção. Rapidamente, Ash virou-se de volta para mim, tentando fingir que não havia visto nada. Inútil, já que em pouco tempo, Georg entrou em sua frente, encarando-me. Segurou meu rosto firmemente, fazendo-me olhar dentro de seus olhos.
- O que o viadinho daquele professor queria contigo?
 Georg estava vermelho de raiva. Eu estava assustada, não entendi o porque daquela reação, não foi ele quem terminou comigo? Porque ele ainda queria saber o que acontecia ou deixava de acontecer comigo? Soltei uma risada irônica.
- Eu não estou brincando, Angelia. O que ele queria com você? - Ele parecia possesso, aumentando cada vez mais e pressão que suas mãos exerciam em meu rosto.
- Em primeiro lugar, pare de apertar meu rosto. - Disse, firmemente, fazendo-o largar-me imediatamente. - E outra coisa, desde quando você passou a ter algum poder sobre mim? Pelo que eu me lembre, você terminou comigo. Então não te devo satisfação alguma de nada que eu faça. Com licença. -Virei-me para ir embora, mas ele puxou-me pelo braço. Estava irreconhecível.
- Ainda não respondeu minha pergunta.
- Ele me convidou para sair. Agora me solte, tenho que ir para sala.
 Puxei meu braço com toda a força, obrigando-o a ficar para trás, enquanto eu praticamente corria pelo pátio. Não fiz questão em saber onde Ashlee estava, só precisava sentar e organizar os pensamentos, para tentar entender o que havia acabado de acontecer.  Escutei Ashlee gritar meu nome, mas não fiz questão alguma de parar, estava atordoada demais. E sabe o que mais? Eu deveria ter aceitado o maldito convite. Talvez Georg visse e me deixasse de lado, o que seria ótimo, pois eu já estava enlouquecendo. Adrentei a sala, sentando-me longe dele. Não consegui prestar atenção em nenhuma das últimas três aulas, mas pelo menos me acalmei. Acabei por me sentir uma completa idiota por deixar Ashlee berrando meu nome no corredor.
                                                          -
Eu realmente não queria ter que voltar em casa antes de ir para o shopping. E muito menos ir lá só para comprar a camiseta rosa que Ashlee tanto queria. Oras, se ela quer tanto a blusa, porque Gustav não a leva para comprar? Mas eu não reclamaria. Por vezes, Angelia fazia o papel de mãe, de tanto cuidar de mim... e eu era extremamente agradecida por isso. Larguei a bolsa em cima do sofá, pensando em comer alguma coisa, mas logo desistindo da ideia, já que cozinhar daria muito trabalho e eu teria que sair logo. Suspirei, em uma tentativa inútil de relaxar. Apenas coloquei uma jaqueta de couro, que fora presente da Srtª. Heins, mãe de Ashlee, e saí, certificando-me de ter pego o cartão. Optei em usar as escadas, já que eu achava que estava engordando, e não demorou muito para chegar ao térreo. Assim que abri a porta, um vento frio bagunçou todo o meu cabelo e me fez arrepiar... ah, como eu adorava o frio! Sorri, caminhando em direção ao shopping, que não era muito longe dali. Mas uma sensação estranha me invadiu, um sentimento de perseguição. Olhei para trás, mas não vi ninguém. Angie, é só coisa da sua cabeça, pensei. Continuei andando, mas logo um audi preto parou ao meu lado. Lentamente o vidro se abriu, e meu coração falhou uma batida. Com certeza aquele sorriso era um dos mais lindos que eu já havia visto.
- Pensei que fosse sair com uma amiga hoje... -Bill se curvava sobre o banco do passageiro para me ver melhor.
- Ah, sim... - também me abaixei, completamente sem jeito. – mas ela precisou sair com o namorado.
- Hmmmm. – Ele estava pensativo. E eu simplesmente não conseguia desviar meus olhos dele... Gott, como era possível tanta beleza? E eu só percebi que estava sorrindo porque ele também sorriu para mim. – Eu estou indo pra lá, quer uma carona? Afinal, está frio...
 Eu sabia quais eram as intenções dele, e sabia também que não devia entrar no carro. Mas algo naqueles olhos, naqueles espelhos d’alma, debaixo daquela maquiagem escura... me diziam que eu estava enganada. E que talvez eu devesse entrar no carro. Ele levantou uma sobrancelha, esperando que eu entrasse. Naquele exato momento, me veio o rosto de Georg na memória, e não pensei duas vezes. Abri a porta do carro e sentei-me, logo depois fechando a porta delicadamente. Ele continuava sorrindo. Logo saiu de onde estávamos, dirigindo em direção ao shopping. Eu deveria estar roxa de vergonha pois, mesmo com o frio, sentia meu rosto arder, mas Bill pareceu gostar...
- Está com vergonha do que, Angelia? – Ele ria. Sua risada era tão... – Não precisa ficar assim.
 Apenas sorri. Eu não tinha nada a dizer... ele parecia um hipnotizador, e eu odiava me sentir assim, hipnotizada. Eu não conseguia responder pelos meus atos, e nem agir normalmente, era tão... tão... tosco! Nem quando eu estava perto do Georg isso acontecia, porque justo com ele? E então eu me peguei analisando cada pequeno movimento que ele fazia. A forma como sua mão pousava delicadamente sobre o volante, sob aquelas luvas de couro pretas... e como elas o deixavam tão mais sexy... a forma como ele sorria, e eu não sabia nem o porque desse sorriso. Ou como aquele moicano preto contrastava tão bem com sua pele tão branca. Suspirei, e juro, preferia não ter feito aquilo. Só assim, pude sentir o perfume dele,um perfume que parecia não ser real. Meio adocicado, mas que me trazia paz, muita paz... me acalmava. Adentrou meus pulmões, queimando-os levemente, de tão bom que era.
- Você não fala muito, hã. – Ele não desviava o olhar da rua. E, pelo que eu conseguia me lembrar naquele momento, estávamos próximos do shopping.
- Não, é que... – tentei achar alguma resposta rápidamente. Eu não podia simplesmente dizer que estava “hipnotizada” com toda aquela beleza... – eu só estou meio pensativa hoje, professor.
Ele olhou de um lado para o outro, como se procurasse algo, me deixando confusa. O que ele estaria procurando, afinal? Olhei na mesma direção em que Bill olhava, tentando entender  o que ele havia perdido.
- Aconteceu alguma coisa? – Perguntei, curiosa. Ele me retribuiu um olhar sério, que me deixou assustada, no começo.
- É que eu não vejo nenhum professor por aqui...
 Eu não consegui conter a risada que se formava em meu peito. Uma risada verdadeira, gostosa de se dar... eu nem me lembrava a última vez em que ri daquele jeito... o olhar dele e chocou diretamente com o meu, e ele também não conteve a risada. Claro, a dele muito mais bonita do que a minha...
- Por favor, Angelia. Apenas Bill, ok?
“Apenas Bill, ok?”. A frase ecoou algumas vezes pela minha mente.
-Ok... – eu disse. Assustei-me quando notei que a minha porta fora aberta. Eu nem percebi que Bill havia saído do carro! Devo ter ficado algum tempo ali, paralisada, pois ele...
- Como está frio! – Ele ainda segurava a porta, para que eu pudesse descer do carro.
- Ah, sim! – Saí dali, desculpando-me pela demora, alegando estar distraída.
Caminhamos juntos até a entrada do shopping, e logo avistei a tal blusa rosa que Ashlee tanto queria. Insisti que Bill ficasse ali, mas ele era teimoso, e me acompanhou. Questionou-me sobre a blusa: “Acho que rosa-neon não combina muito com você...”, e é claro que eu disse que não era minha. O acompanhei até outras lojas, já que Bill dizia precisar de roupas novas. Juro que não entendi... ele era o homem mais estiloso que eu conhecia, e, pelo que eu pude notar, só vestia grifes. Bill perguntou-me sobre Ashlee, sobre minha vida... coitado. Por um momento pensou que contaria tudo...
 Só notei que era noite quando ele olhou para o relógio, já me arrastando para a praça de alimentação. Enquanto eu saboreei um belo sanduíche de picanha, notei que ele continuava na salada... talvez fosse vegetariano. Era impossível que fosse querer emagrecer.
- Bill, eu preciso ir pra casa...
 Eu não me sentia tão bem assim... fazia muito tempo. Ele sorriu, levantando-se da mesa e deixando o dinheiro ali. Assim que coloquei o meu, ele pegou, colocando no bolso da minha jaqueta.
- Ei, Bill, mas... – eu já ia colocando o dinheiro de volta, quando ele, delicadamente, segurou o meu pulso.
- Nada disso. Eu que te convidei, eu que pago. E sem discussão, ainda sou seu professor...
- Ah, agora é meu professor, então?
 Ele ainda não havia desprendido sua mão de mim. Na verdade, a mão dele escorregava timidamente pra perto da minha... e eu não tive coragem suficiente pra tirá-la dali.


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Notas finais do capítulo

Eu, particularmente, não gostei desse capítulo... mas, está aí. Reviews? (:



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