A Queda de Um Semideus escrita por Thah


Capítulo 16
Tomo uma grande decisão


Notas iniciais do capítulo

Olá galera ^^
Primeiramente queria me desculpar pela demora da postagem =/
Gente essa semana foi muito difícil pra mim, na segunda feira fui para o hospital devido minha sinusite, e na terça fiquei de repouso o dia inteiro, para melhorar ainda mais minha situação, nesta quarta feira se iniciaram minhas ultimas provas do trimestre, vocês ja devem imaginar né que computador ficou de lado.
Mas agora trago o ULTIMO capitulo, ai ai nem acredito que chegou a hora de posta-lo...
Chega de enrolar não é mesmo? boa leitura amigos!!!



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Com a missão completa, senti que um peso fora retirado das minhas costas. Quíron me perguntou de Greg tive de lhe contar tudo. Em homenagem ao herói, o chalé de Zeus construiu uma mortalha e a atirou no fogo da clareira, o símbolo: uma águia.

  Enquanto a o fogo cremava o tecido, eu olhava a brasa subir ao céu até sumir por completo. Refleti tudo que passara na missão e principalmente a minha “morte”. Nunca pensei que ela pudesse me abordar em plena adolescência. É, nunca sabemos o dia de amanhã, hoje você pode ser rico, amanhã pode ser que não. O “amanhã” é como uma moeda, onde se tem uma chance em duas, contudo nunca sabemos o resultado final.

  Aos poucos os campistas foram deixando o local, eu continuei ali, estático. Não arredaria o pé dali até tudo virar cinzas. As chamas dançavam na clareira, percebi que Héstia se encontrava presente apenas pelo fato do calor me confortar, coisa que só ela podia realizar com êxito.

  Mais uma vez a profecia me surpreendeu.

Seis viajantes em busca da amiga perdida”, estes eram, Annabeth, Nico, Grover, Miley, Greg e eu.

“No monte das expressões a pista desconhecida”, este o monte Rushmore, a pista desconhecida se referia ao vaso de Métis.

“Nas cavernas escaldantes descerão”, a passagem onde encontramos a mãe de Thalia e seguimos até o cativeiro.

“No fogo eterno irmãos se confrontarão”, o confronto foi entre Lúcio e Greg, quando nosso amigo se recusou a continuar com o plano do irmão.

“Dos filhos dos deuses um importante papel” éramos os ingredientes para a poção de Zeus.

“E destes um se juntara as estrelas do céu”, esta parte foi a pior. No final das contas não se referia a Miley, nem a mim e sim a Greg que ganhou um presente do pai de se tornar uma estrela.

  Também compreendi por que May Castellian dissera na profecia, Miley não retornaria a sua casa por que ficaria no acampamento, a profecia nunca disse que ela morreria, apenas que não voltaria para casa. Profecias, profecias como me confundem.

  O futuro gosta de jogar comigo.

  - Você está bem?

  - Hã,oi, estou sim Quíron obrigado – ou ele era muito discreto ou estava começando a ficar surdo.Como não pude perceber patas de cavalo em uma chão de madeira.Sem contar o cheiro de bunda de cavalo. Acredito que nem todos meus sentidos voltaram vida.

  - Por que está só? – se juntou a mim a admirar o fogo.

  - Sei lá. Precisava de um tempo pra pensar.

  - Hm – disse por fim.

  - Quíron...confesso que senti pena do Lúcio.

  - Percy, Grover me contou toda a epopéia que passaram e... – me virei pra ele – analisando, Lúcio podia ser cruel, insano, rancoroso, maligno... todavia, também era um menino muito assustado.

  - O que quer dizer?

  - Pense um pouco, ele amava muito a mãe, depois da sua morte só lhe restara o irmão. Criou uma imagem que Zeus foi o culpado pelo incidente e que jamais o perdoaria. Ficou preso durante anos em um cassino e quando finalmente escapou, ouve boatos sobre você e Thalia. A inveja cresce, cego pelo poder, faz de tudo pra tomar o lugar do pai. E no fim sua insanidade custou seu único amigo, o irmão.

  - Não queria que terminasse assim – disse eu tristonho.

  - Nem eu meu rapaz...nem eu – Quíron trotou – e aí, não vai se arrumar?

  - Para quê?

  - Não me diga que vai assim para o baile de boas vindas – me olhou de cima a baixo.

  - O BAILE! É HOJE?! COMO? EU NEM SE QUER COMPREI UMA ROUPA!

  - Acalme-se! – solicitou – sua mãe já cuidou disso, vá para o seu chalé.

Assenti, comecei a correr igual a um retardado em direção ao chalé.

  Em cima da minha cama estendido em cima das cobertas, um smoking. No bolso um bilhete, tinha cheiro de chocolate.

Sabia que esqueceria,

Espero que goste.

Beijos, mamãe!

  O que seria de mim sem esta maravilhosa mulher? Nada.

  Antes de me arrumar, pensei em mandar um mensagem de Iris para Tyson, afinal, não o via a muito tempo, sentia falta do grandão. Joguei um dracma na fonte.

  - Ó deusa, aceite minha oferenda, me mostre Tyson – a água oscilou e vi meu irmão dando ordens aos seus ciclopes – Tyson? – murmurei.

  Ele pareceu confuso, quando me viu, gritou de felicidade.

  - PERCY! – dispensou o exercito – é bom te ver!

  - Digo o mesmo grandão. Como vai o exército, muito trabalho?

  - Até que não. Como estamos em tempos de paz a rotina é mansa. Mas e você? Fiquei angustiado quando papai me disse que tinha morrido!

  - Ele já te contou é? – Poseidon não perdia tempo mesmo.

  - Poseidon sabe que me preocupo muito com você, não gostaria de perder meu irmão mais velho – Tyson abaixou a cabeça por um momento, em seguida a reergueu eufórico – e a minha irmã! Onde está?

  - Sinceramente, não sei. Você ficou feliz em saber que Miley é nossa irmã?

  - É claro! – disse animado – tenho que ficar de olho – se aproximou da tela como se  fosse contar um segredo – não posso deixar que qualquer cara machuque o sentimentos da minha irmãzinha

  Não pude deixar de rir. Tyson podia ter a mente de uma criança, porém seu coração era enorme.

  - Ah, já ia me esquecendo, pedi para entregarem um presente meu a você.

  - Presente?

  - Olhe na cômoda no lado do beliche, eu espero aqui.

  Obedeci. Sob ela havia uma caixa retangular, bem delicada, cor prata, ao julgar pelos detalhes, conclui que ele mesmo a projetara. Peguei –a  e voltei para conversa.

  - Abra – pediu.

  - Não tem nenhuma bomba nem nada? – provoquei.

  - Bobo. Eu mesmo fiz tanto a caixa, quanto o que há dentro.

Apertei o feixe de metal e cuidadosamente abri. Meus olhos se fascinaram...fiquei sem palavras. Quem sabe tenha dito algo como “Hã, gã...”

  - Gostou?

  - Co...como...você sabia? – engoli seco para voltar a fala – eu... não comentei nada...

  - Eu sei mas, se alguém tivesse que fazer isso, gostaria que fosse eu – ele sorriu.

  - Cara...to sem palavras...obrigado – disse por fim, ainda abobado.

  - Não há de quê. Espero que use.

  - Eu também – confessei.

  - Agora tenho que ir, papai me aguarda na sala de reuniões, preferia estar brincando com arco- Iris – falou emburrado.

  - Até logo grandão.

Subi na minha parte da beliche e fiquei a admirar o trabalho de Tyson.

Toc! Toc!

  - Ah, oi Nico, entre. – apontei para a poltrona

  - Valeu Percy. – sentou.

Ele estava muito elegante. Vestindo um smooking preto, o cabelo preto parecia estar mais brilhoso, sapatos formais. Se bem que ele estava desconfortável com aquilo, tenho certeza que preferia o seu all star preto.

  - Uaau que elegância! – assoviei.

  Ele corou.

  - Obrigado cara.

  - Posso até imaginar o motivo de tanta arrumação.

Isso o fez corar ainda mais.

  - Hoje é um dia especial, elegância é um sinal de sucesso – ele olhou ao redor verificando alguma coisa – a Miley não esta aqui certo?

  - Na verdade nem sei onde ela esta – admiti.

  - Então posso falar abertamente com você – soltou um expiro de alivio – estou angustiado, penso nisso toda hora, preciso saber...

  - Calma, você esta suando e tremendo!

Ele deu uma boa suspirada e continuou.

  - ...quando eu sofri aquele acidente durante a missão, o que aconteceu?

  - O que você quer realmente saber Nico? – estreitei meus olhos esperando a confirmação das minhas suposições.

  - É que...sabe... quando eu acordei uma das coisas que me lembro foi da sua irmã segurando a minha mão. O que eu quero saber – ele deu uma longa inspirada – como ela ficou... daquele jeito?

Mudei minha postura. Apoiei meus cotovelos nas coxas e cruzei as mãos.

  - Muito bem. Eu não vi tudo, por que cai um pouco longe dali, mas quando cheguei no local você estava desacordado. Minha irmã soluçava de tanto chorar e pedindo, melhor implorando que você voltasse, que não a abandonasse. Annabeth fazia o emplasto para colocar em suas feridas. Todos estávamos aflitos com a sua situação. Até a hora que o Greg informou que ficaria bem. Então você acordou.

  - Não sabia que tinha sido assim. – ele desviou o olhar, não sei por que acho que Nico deu um pequeno sorriso no canto dos lábios.

  - Nico, não sei se deveria estar lhe contando isso, todavia acho importante você saber de uma coisa que aconteceu quando Annabeth, Grover e Greg foram atrás de comida, sobrando apenas Miley, você e eu.

  - Claro pode falar.

Minha mente começou a vasculhar a cena e eu a contei com detalhes:

  - Miley é melhor você ir tomar ar fresco.

  - Muito obrigada Percy, mas prefiro ficar aqui.

  - Minha irmã, Nico esta bem e agora sabemos que ele só esta dormindo.

Ela me olhou profundamente nos olhos.

  - A cinco minutos Percy  tinha medo de que ele não estivesse dormindo. E eu vivendo um pesadelo real. Agora ele esta sonhando, dormindo totalmente sereno.

  - E o que isso muda o fato de você não sair daqui. Qual é a diferença de descansar aqui e lá fora?

  - A diferença meu irmão – ela deitou-se ao lado do menino – é que agora eu também posso sonhar – olhou para o rosto de Nico – e quando acordar, me certificar que é real, que ele esta aqui comigo – seus olhos começaram a pesar – apenas dormindo.

E assim Miley também dormiu.

Quando terminei esperei algum comentário dele. Nico apoiou as costas na cadeira e do nada esboçou um sorriso abobado.

  - Posso saber o motivo de tanta graça? – arqueei a sobrancelha.

  - É mais pela situação. Lembra de quando soubemos da suposta morte da Miley?

  - E como eu poderia me esquecer – fiz uma careta só de recordar aquilo.

  - Naquela hora em que eu fiquei longe do grupo, xinguei muito meu pai.

  - Imagino que Hades não tenha gostado de sua atitude.

  - E não gostou. Eu chutei todas as pedras que vi no meu caminho até o ponto que você me encontrou quando começamos a conversar  - agora sua expressão ficara séria – foi quando meu pai falou mentalmente comigo.

  - E o que ele disse? – perguntei a ele.

“ Onde esta sua educação mocinho?”

  - Quem sabe no mundo inferior, talvez tenha sido queimada pelo fogo.

“ Odeio dizer isso mas, não devia ter puxado a minha arrogância”

  - Lamento por isso papai – deu os ombros.

“ Por que não puxou a sutileza de sua mãe assim como Bianca”

  - Nem me fale em Bianca, ou na minha mãe.

“ Chega! Já esta na hora de termos uma conversa de pai para filho”

  - Mentalmente?

“ Não vejo outra saída. Agora me diga Nico, por que tanta revolta?”

  - Não agüento mais vocês levarem todas as mulheres da minha vida!

“ Filho, vivo com você a pouco tempo, mas te conheço a muito tempo. Se não me engano além de sua mãe, Bianca a outra garota não?”

  - Sim há, e acabo de saber que ela vai morrer.

“ E você acha que ficando aqui, me xingando vai resolver algo?”

 - Só estava extravasando.

“ Enquanto isso sua “ amiga” esta lá chorando sem consolo”

Silêncio.

 - Nunca pensei que diria isso mas... você tem razão. Tenho que ser forte.

“ Agora falou como um autentico filho de Hades”

 - Obrigado pai.

“ Lembre-se Nico, ações valem mais que lamentações”

 Desta vez me surpreendi.

  - Nunca pensei que seu pai pudesse ser assim.

  - Nem eu – conseguiu dar um pequena risada – se tem uma coisa que eu aprendi foi que, a coisas que vale a pena morrer, ou melhor sobreviver.

Agora todos são filósofos!

  - E pode apostar Percy – ele fitou a paisagem do lado de fora – morreria pela sua irmã, e sobrevivo por que só de ver aquele sorriso, viver se torna fácil.

  - Isso foi lindo – disse uma voz saindo do banheiro.

  - Miley?! – Nico falou assustado se levantando bruscamente, passando a mão na nuca, totalmente perdido.

Minha irmã saiu feito uma boneca, com um vestido azul celeste, chegando até seus pés. Possuía alguns detalhes em branco, usava o colar que papai dera, combinando com o conjunto de brincos de pérola.O cabelo estava preso em um coque, deixando cair algumas mexas sobre o rosto.

  - O que foi a Sra O’ Leary comeu a sua língua? – disse ela frente a frente com ele dando uma risadinha.

  - Não, não, estou bem – não era o que seu rosto dizia.

  - Ah bom, achei que ela podia estar no mundo inferior – sorriu.

  - Talvez estivesse dormindo – olhou sarcasticamente.

  - Percy! – ela olhou mortalmente para mim e bateu sua bolsinha branca no meu ombro – você contou!

  - Ai ai Miley – segurei sua arma brilhante – você nunca disse que era segredo.

  - Agora o Nico vai achar que eu sou oferecida.

  - Na verdade – ele colocou o braço sobre seu ombro – eu é que me ofereço, senhorita River aceita ir ao baile comigo?

Isso a pegou de surpresa.

  - Hã...sim – disse por fim.

  - Adeus cunha... quer dizer Nico – acenei.

Eles acenaram de volta e saíram do chalé.

  O baile estava muito chato, todos dançavam na pista de dança, eu por outro lado brincava com o gelo do meu copo, impulsionando-o para baixo. Típico de quem não tem nada pra fazer. Miley se divertia dançando com Nico, acho que a muito tempo que ela não se descontraia. Clarisse vestia um vestido vermelho sangue, cor perfeita para ela. Cris tentava acompanhá-la nos passos. Até mesmo Rachel saltava com um filho de Apolo, seu cabelo ruivo estava solto, um tiara de pequenas pedrinhas brilhantes o deixavam ainda mais luminoso.

  Grover e Júniper dançavam ao ar livre, ao sons dos animais e sob a luz do luar. Clarisse e Cris vieram até minha mesa.

  - Vai ficar ai? – perguntou ela do jeito ríspido de sempre.

  - Não tenho um par – usei como desculpa.

  - Não seja por isso – ela sorriu ar tinhosa – ela acaba de chegar.

  - Hã, não entendi – estreitei os olhos.

  - Venha comigo – me puxou pelo braço, passamos por todo o salão, paramos em frente a escadaria. Todos olhavam deslumbrados para o alto da escada. No começo não entendi, deslizei meu olhar pelo chão polido, passei pelos degraus da escada, e lá estava ela... em pé, deslumbrante, parecia uma princesa: Annabeth. Com seu vestido branco com prata, assim como o de Miley alçando o chão, seu rosto angelical, maquiado bem levemente, não tirando sua beleza natural. Prendera a cortina loira,no alto da cabeça, deixando com que seus cachos caíssem sobre o vestido. Tantos os brincos quanto o colar tinham o formato de uma coruja. Eu fiquei ali... admirando sua beleza. Todos os presentes abriram espaço, pareciam estar recebendo a rainha da Inglaterra. Clarisse me empurrou para o vazio no salão. Cambaleei até o centro. Annabeth sorriu timidamente.

 Tomei coragem.

Caminhei até sua atual posição e como um bom cavalheiro me curvei.

  - A dama me concederia uma dança?

Mamãe sempre me ensinou que as mulheres gostam de respeito e gentileza.

  - Aceito – desceu os degraus, aproximou o rosto do meu ouvido e sussurrou – cabeça de alga.

  Enquanto passávamos por todos, avistei minha irmã que deu uma piscadela igual a de meu pai. Nico também fez um sinal de positivo. Uma música lenta começou, posicionei minhas mãos na cintura de Annabeth e ela envolveu as suas em meu pescoço. Nossas bochechas estavam coladinhas.

  - Você esta muito linda sabia? – puxei conversa.

  - Digo o mesmo – respondeu ela.

  - Pensei que tivesse um par – esperei que ela não me batesse por ter dito aquilo.

  - Eu também. Mas ele não me convidou.

  - Desculpe. Tinha me esquecido do baile – confessei.

  Ela riu graciosamente.

  - Não esperaria outra atitude de você... obrigada por ter me salvado.

  - Eu faria quantas vezes precisasse, não agüentaria te perder.

  - Pois é. Eu é que quase te perdi – a voz falhou – sabe Percy, há quatro anos quando chegou no acampamento eu senti muita raiva de você.

  - Bom saber suas primeiras impressões sobre mim – disse eu.

  - Mas quando saímos em nossa primeira missão, minha idéia mudou. De alguma forma seu jeito impulsivo, reclamão me chamou a atenção. Quando a Rachel surgiu fiquei muito irritada, achei que você fosse...me trocar.

  - Te trocar?

  - É. Pode parecer bobo da minha parte, contudo senti medo. – ela apertou meu pescoço.

  - Muito bem. Admito que quando cheguei aqui também não fui com a sua cara. O modo que sempre tinha tudo sob controle me aborrecia. Com o tempo nos tornamos amigos e...meu problema foi maior, a maneira que falava de Luke. Ta bom! Foi ciúmes.

  - Que lindinho cabeça de alga. – disse numa voz fofa.

  - Há-há mais gostei de saber que você sentia ciúmes de mim – me gabei.

Annabeth afastou o rosto, mantendo sua posição. Seus olhos cinzas resplandeciam sua indignação pela minha resposta.

  - Como você é convencido Perseu Jackson! Sabia que tem vários garotos que me desejam, não preciso do seu ego!

Eu sorri.

  - Mas só tem um probleminha.

  - E qual seria? – disse num tom debochado.

  - Sou eu que você ama.

Ela riu.

  Aproximei mais ainda nossas faces, meu nariz trocou caricias com o dela e por fim selamos em um beijo apaixonado. Depois que nos separamos puxei- a pelo braço até a sacada, onde tinha uma vista pro mar. O brilho as lua iluminava a floresta e seu reflexo se via na água.

  - Ei, por que me trouxe aqui? – disse ela desconfiada.

  - Ordens de Tyson – sorri e me ajoelhei.

  - Percy – falou ela num tom baixinho, me dando uma bronca – o que esta fazendo?

  - Algo que já devia ter feito a muito tempo – retirei a caixa prateada do bolso e a abri, os olhos e Annabeth se arregalaram. Iniciei meu versinho.

Tenho você em meus pensamentos todo dia

Sua voz para mim é uma melodia

Sua beleza irradia o meu ser

Com você eu quero viver

Não agüento mais ser só seu amigo

Annabeth Chase quer namorar comigo?

  Meu coração acelerou. E se ela dissesse não? Um fora no dia do baile! Ó deuses! Annabeth não respondia apenas ficou ali...imóvel me olhando. O pior é que eu não conseguia distinguir se era uma expressão de alegria ou tristeza.

  - É claro que eu aceito! – retirou o anel de ouro branco das fitas que lhe pendiam – é lindo Percy!

  Fiz questão de colocá-lo em seu dedo. Ela fez o mesmo. Só depois pude notar que, na minha aliança estava gravado “Annabeth” e na dela “Percy” em ambas tinha a seguinte frase “ O mar e a sabedoria em perfeita harmonia” até nisso meu irmão pensara. Mãos tão grandes podiam fazer coisas delicadas e especiais.

  - Eu te amo – dissemos juntos

  Nos abraçamos e novamente nos beijamos. Como era bom. Tinha a mulher que amava em meus braços, uma família completa e muitos amigos.

 Ouvi murmúrios atrás de nós.

  - Aaaee – comemorou Clarisse.

  - Privacidade nenhuma né?– disse irônico.

  - Ninguém de nós queria perder este momento solene – disse ela.

E não é que estavam todos ali! Grover, Juniper, Miley, Nico, Clarisse, Cris, os irmãos Stoll, Michael (irmão de Annabeth) , até Rachel batia palmas de felicidade.

  - Ei, não vão nos jogar no rio novamente não é? – disse Annabeth.

  - Não, seria loucura – disse Clarisse.

  - Pelo menos isso – falei aliviado, de mãos dadas com a filha de Atena.

  - PARA LAMA! – fez um gesto pro amigos.

  Annabeth e eu tentamos relutar, medida falha. Em segundos fomos atirados no barro, mas não fiquei bravo, minha alegria era tanta que nada me chatearia. Minha namorada, agora posso chamá-la assim, gargalhava da nossa situação.

  - Bom golpe Clarisse.

  - Obrigada – disse vangloriosa.

Não pensei duas vezes, dei-lhe uma rasteira. A ruiva se espatifou na lama, ela encheu a mão de material gosmento e me olhou com fúria. Estou perdido! Ao invés de esfregar aquilo em meu rosto arremessou em Miley. Minha irmã agarrou um monte e despejou em Nico.

  - Guerra de lama! – anunciou Grover.

E ali passamos a noite. Nos divertindo na lama. Com minha irmã, meu melhor amigo, meu futuro cunhado (eu espero), minha inimiga que se tornara uma das minhas melhores amigas, minha amiga mortal, meus amigos e por fim minha recente namorada.

“ O mar e a sabedoria em perfeita harmonia”


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Notas finais do capítulo

*chorando* acabou...
Acreditem ou não "A queda de um semideus" deu exatamente 81 paginas!!!
Nem parece né?
Gente agora é a hora dos últimos reviews, caprichem hein hihi
E se não for pedir demais ( nossa que vergonha!) para aqueles que gostaram mesmo da história recomendem por favor >.
Muito obrigada por terem participado dessa fic!
Bom assim escolho minhas ultimas palavras para vocês
" Aqui se despede a autora simplória, e assim termina nossa história..."