Talking To The Moon escrita por Leeca


Capítulo 1
Need you Now


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic dos dois! Adoro o Gin e a Rangiku! Espero que vocês gostem!! Só pra reforçar, a fic ocorre antes da partida do Gin, ok^^ a Musica utilizada foi: Need you Now - Lady Antebellum. Boa Leitura~*



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Tudo estava escuro, não importava para que lado olhasse, parecia à mesma coisa, sempre... Andava, andava, mas não saía do lugar, pelo menos era essa a impressão... Há quanto tempo estava ali? Não sabia... A minha frente sua imagem apareceu. Retorcida... Cinza... Mas eu sabia que era você.

— G-Gin... – me surpreendi com o próprio som de minha voz, baixa e rouca.

Você sorriu pra mim, aquele sorriso que só eu conhecia, aquele sorriso que eu tanto amava, que significava tanto pra mim, mas ao mesmo tempo não conseguia interpretá-lo.

Você esticou a mão em minha direção, por um momento nossa imagem de criança apareceu, a neve caía e sua mão segurando a minha, tão quente, tão aconchegante. Tentei segurar-lhe, sentir aquele calor novamente, mas meu corpo não se mexeu.

Pânico.

Tentei falar, mas a voz também não saía.

Desespero.

“Espera, Gin!”

A mão ainda esticada, esperando uma reação minha.

Arregalei os olhos, a respiração pesada, um aperto no peito.

Novamente você sorriu, o olhar triste e lentamente abaixou a mão, cerrou os punhos e começou a se afastar de mim. Olhou fundo nos meus olhos, um sentimento que não sabia explicar.

“Gin! Não vá embora!”

Queria correr, minhas pernas estavam estáticas e sua imagem se distanciava mais e mais.

“Espera!”

Queria gritar, a voz não transmitia som.

“Gin!”

Sua imagem desapareceu... Me deixou sozinha... Novamente...

Cai de joelhos, que hora para meus pés voltarem a se mexer. Abracei meu próprio corpo com o intuito de afastar aquele sentimento de completo abandono e solidão quando senti algo envolver-me o pescoço, eram seus braços frios que me abraçavam por trás, não podia ver sua face, mas sentia sua respiração em meus cabelos, por um momento me senti aliviada por você estar ali, fechei os olhos, ainda bem que você não tinha sumido.

— Adeus... – sua voz chegou seca em meus ouvidos. – Adeus... E me desculpe... – meu coração havia parado. – Rangiku...

Ele soltou os braços, me virei o mais rápido que pude.

“Gin!” – tentei gritar – “Espera!” – estiquei a mão tentando, em vão, alcançá-lo. Ele se virou pra mim e sorriu uma ultima vez, até que a escuridão engoliu sua imagem por completo, me deixando sozinha naquele lugar frio... me abandonando...

— GIN! – finalmente a voz saira.

Abri meus olhos, minha mão estava esticada a minha frente, atrás dela o teto de madeira.

Permaneci deitada naquele chão frio, o corpo pesado, o peito arfante, levantei-me com dificuldade e olhei ao redor... Era meu quarto... Droga, havia sonhado...

Olhei o relógio. 1:00 da manhã. A última coisa que lembrava era que havia saído mais cedo do trabalho e voltado para casa. Olhei mais uma vez ao redor, objetos, fotos, coisas inúteis estavam espalhadas ao redor. É mesmo... Eu estava arrumando algumas coisas antigas.

— Que droga. – resmunguei – Vou ter que arrumar essa bagunça...

Nem sabia por onde começar, na realidade não queria começar, sua imagem ainda permanecia fresca em minha cabeça, o sentimento de abandono ainda estava ali em meu peito.

Apoiei a mão no chão, mas ela foi de encontro a uma foto antiga, peguei-a com cuidado, era uma minha com o Gin, era o dia em que fui aceita como shinigami e tiramos uma fotografia juntos, lá estava ela, intacta, retratando uma parte importante de minha vida. Parando para pensar agora, em todas as partes importantes de minha vida, lá estava ele. Cada canto daquele quarto tinha um pedaço dele, cada objeto, cada foto, cada móvel, cada parte de mim...

“Memórias perfeitas
Espalhadas por todo o chão
Alcançando o telefone porque
Eu não consigo lutar mais
E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente
Para mim isso acontece o tempo todo.”

Permaneci olhando a fotografia. Uma simples foto, mas que significava muito mais. Me senti sozinha de novo. Você não estava aqui como na fotografia. Abracei o próprio corpo, como se fosse no sonho, estava torcendo para que você aparecesse e me abraçasse, mas isso não aconteceu... E continuei sozinha.

“São 1:15 da manhã
Estou completamente só e preciso de você agora
Disse que eu não ligaria
Mas perdi todo o controle e preciso de você agora
E não sei como sobreviver
Só preciso de você agora”

Dei tapinhas em meu próprio rosto, tinha que sair dessa situação. Era só um sonho, não há o que se preocupar... Era isso que eu queria acreditar. Levantei-me em um impulso, e fui até o armário pegando um pouco de saquê, que é o melhor amigo nessas horas, uma dose, outra, mas não conseguia esquecer, não queria esquecer. Eu queria você.

“Outra dose de uísque
Não consigo parar de olhar para a porta
Desejando que você entrasse arrebentando
Da maneira que fazia antes
E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente
Para mim isso acontece o tempo todo.”

Bebi outra vez, olhei para a janela, a lua enorme brilhava, intacta, perfeita. Suspirei. Você disse que gostava da lua, não é mesmo? Até o céu me lembrava de você, tanto a lua prata de noite, como o céu azul de manhã. Eu havia caído há muito tempo. Eu havia me apaixonado há muito tempo...

Dei risada com minha própria linha de raciocínio, encarei aquela lua brilhante, parecia zelar por mim, falar comigo...

“São 1:15 da manhã
Estou um pouco bêbado
E eu preciso de você agora
Disse que não ia ligar
Mas perdi todo o controle e preciso de você agora
E não sei como sobreviver
Eu só preciso de você agora”

Onde estava aquela mulher forte? Que sorria mesmo nas horas que todos pareciam querer chorar? Mesmo não estando presente você conseguia mexer comigo, você conseguia fazer com que eu me apaixonasse cada dia mais. Conseguia fazer com que eu me sentisse viva, amada, sozinha... Conseguia o que quiser de mim. Mesmo assim eu te amava. Ah, como amava.

Acho que prefiro me magoar do que não sentir nada
São 1:15 da manhã
Estou completamente só e preciso de você agora
Eu disse que não ligaria
Mas estou um pouco bêbado e preciso de você agora
E não sei como sobreviver
Eu só preciso de você agora
Eu só preciso de você agora
Oh, amor, eu preciso de você agora...”

Suspirei, encostando a cabeça na parede, o copo ainda cheio, a lua ainda brilhava, meu corpo ainda doía, ainda sentia sua falta, ainda te amava, ainda te queria.

 

Permaneci ali, sentada, sozinha por um bom tempo, ri de minha própria situação. Que deprimente. Levantei-me. Força, garota! São só duas da manhã! O dia está apenas começando.

“Toc! Toc!”

O barulho vinha de minha porta, conferi o horário novamente e fui abri-la...

Realmente, o dia estava apenas começando.

 


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Notas finais do capítulo

Olha aí o primeiro capitulo!! Eu sei, podem me matar por esse finalzinho >.< Espero que tenham gostado! Esperem pelos próximos!
Reviews~*?!