Reencontro com os pais

Alice caminhava pelo Beco Diagonal juntamente a Alvo, Tiago, Lisandro e Lílian. Seus pais haviam ficado em casa. Iriam comprar seus livros, sua coruja e sua varinha. Foi quando ela viu uma figura que a amedontrou.

- Se escondam! - ela falou para os outros quatro. Ninguém entendeu.

- Se escoder para que? - perguntou Alvo curioso.

- Rápido!

A menina puxou os quatro com as duas mãos até a primeira loja que apareceu. Tinha visto seus pais. E sua irmã. Nem sabia o que estavam fazendo naquelas horas no Beco Diagonal e não lhe apetecia saber.

- Meus pais. - ela explicou desde a Floreios e Borrões. Para seu azar, seus pais entraram na mesma loja.

- Alice! - seu pai se surpreendeu e abriu um ligeiro sorriso. - Quanto tempo! Mandei todos os meus amigos influentes te procurarem, botaram folhetos nas ruas...

- Peraí! - a garota interrompeu. - Pensei que se eu fosse embora de casa vocês não iam dar a mínima.

- Em uns tempos atrás, você teria razão. - ele admitiu. - Mas eu acho que aquela frase estava certa: temos que perder para dar valor.

- Não vou voltar para casa, se é isso que quer. - ela disse raivosa. Ele apenas suspirou. Sua mãe estava lacrimejando. A primeira vez que ela via uma cena assim. Sua irmã chegou rapidamente com sua nova coruja na gaiola que ela empurrava.

- Alice... - ela começou. - Quanto tempo. Quero te pedir desculpas. Agora tenho um amigo trouxa, você tinha razão. E quem são esses com você?

Ela olhou para os quatro que estavam atônitos.

- Alvo, Tiago e Lílian Potter e Lisandro Scarmander. - ela respondeu.

- O que está fazendo com os filhos do Potter? - seu pai perguntou irritado.

- Agora, sou da família Potter. - ela respondeu. - Eles em tão pouco tempo me trataram tão melhor do que vocês em toda minha vida.

- Nós erramos. - sua mãe admitiu. - Mas volte para a gente. É o que nós mais queremos. - ela já não estava mais lacrimejando, as lágrimas rolavam pelo seu rosto.

- Sinto muito. Posso ir visitá-los... - a garota sugeriu e então continuou. - Mas continuo com a família que me abrigou.

Alvo, Tiago e Lílian deram um enome sorriso. Lisandro permaneceu sério e sua mãe suspirou.

- Está bem. - Doria Goyle se rendeu. - Mas venha nos visitar de vez em quando.

Alice sorriu.

- Quando eu puder. Mas não pensem que será sempre.

Dito isso, a garota andou em direção ao vendedor para comprar seus livros escolares.

Após os livros comprados, ela foi ao Olivaras comprar sua varinha. Lílian adentrou a loja e Alice seguiu-a. O velho apareceu e sorriu simpaticamente.

- Oras, mais uma Potter! - ele exclamou. - E quem seria a moça ao seu lado...?

- Alice Goyle. - ela respondeu. - Mas se me chamar pelo sobrenome eu te mato.

Lílian percebeu que ela sempre falaria isso.

- Muito bem. Tentem essas varinhas...

Alice experimentou cinco e nada ocorria. Na terceira de Lílian, ela sentiu um calor interior tamanho que ela estremeceu por inteiro.

- Escama de Serpente, Fio de Águia e Pelo de camelo. - o homem revelou. Lílian sorriu.

- Gostei. Sempre quis ser Sonserina ou Corvinal...

- Não tem nada a ver com isso. - o velho a interrompeu. Alice experimentou sua sexta e sentiu o mesmo calor no peito.

- Juba de Leão, Chifre de Touro, Cauda de Texugo.

Alice sorriu orgulhosa. As duas deram o dinheiro e foram para onde Alvo e os outros estavam, para comprarem suas corujas.

- Eu quero esta! - escolheu Alice. Era uma coruja que lembrava Edwiges de tão branca que era.

- E eu esta! - Lílian apontou para uma coruja marrom.

- Por que não a chama de Edwiges? - sugeriu Alvo a Alice. Ela sorriu envergonhada e disse:

- Tudo bem.

Alvo sorriu, o que fez a ruiva estremecer.

- Eu vou chamar a minha de Dora. - revelou a única ruiva do grupo e então eles voltaram para a Mansão Black.