The Last Time escrita por sankdeepinside


Capítulo 13
When I look to the stars


Notas iniciais do capítulo

Olá vcs! Nem demorei tanto dessa vez (aleluia irmãos VISH).
Mais uma vez esse capitulo não foi betado e bla bla bla (minha beta ainda não voltou do Piauí)
Ahm, e mais uma coisa, a musica que tem nesse capitulo não é do Linkin Park, é da banda paralela do Chester, a Dead by Sunrise. A musica se chama Fire, e é muito boa, se alguém tiver ela no PC, sei lá e quiser ler o capitulo ouvindo é uma boa, a musica é bem leve e o capitulo também é ~sem estresse~
Espero que gostem
Boa Leitura
BjBJ



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- Tem certeza que quer fazer isso? – ela perguntou encarando-o

Ele tinha o rosto voltado para o céu, os olhos fechados enquanto dava uma ultima aspirada no ar úmido, havia chovido durante a noite, mas agora só restavam os resquícios da água que caíra. Abaixou os olhos para a loira diante dele, o cabelo longo e dourado preso em uma trança lateral caindo sobre seu tronco, os olhos castanhos doces, os lábios traçando a linha suave de um sorriso encantador. Ele podia ficar admirando a beleza dela por horas.

- Tenho sim – o moreno abriu um sorriso enorme – Quero ver o que tem de tão especial nessa Charlotte.

Anita deu de ombros e estendeu o capacete para ele

- Cuidado com o meu bebê

Ele deu uma piscadela e jogou um chiclete dentro da boca, colocando logo em seguida o capacete.

- Pode deixar que o tio Chazy aqui vai saber cuidar dessa garota – ele disse enquanto dava um tapa no tanque da velha motocicleta. Passou a perna por ela e se sentou, a loira permaneceu de pé observando. Ele abriu a viseira do capacete e sorriu maliciosamente – Que tal? To muito sexy não é?

- Uau! Eu nem consigo me agüentar

Os dois gargalharam

- Vai ficar aí parada só olhando enquanto eu fujo sozinho com o seu xodó?

Ela então subiu na garupa da moto e abraçou a cintura dele com força

Ele ligou a moto, o motor soava como se estivesse envenenado, deu uma ultima olhada, ainda era muito cedo, a maioria das pessoas ainda estavam dormindo. Charlotte foi acelerada, o ronco envenenado agora parecia apenas o som comum de uma moto normal, talvez a alta velocidade ajudasse a abafar o barulho. Antes de seguirem para seu real destino, Chester parou em frente a um café e comprou dois Cappuccinos. Depois ele cortou as ruas da velha Los Angeles com muita pressa, até chegarem na rodovia. Assim como Anita, ele apreciava uma alta velocidade, a rodovia era o melhor lugar para acelerar Charlotte até seu limite, passar entre frigoríficos e ultrapassar pequenos carros. O vento frio fazia com que Anita se arrepiasse e apertasse o tronco de Chester com ainda mais força, um leve sorriso se formava no rosto dele a cada vez que ela fazia isso. Por fim ele tomou um desvio por uma estrada de chão, que dava destino a uma colina, quando chegaram a um ponto que a moto não poderia mais subir, encostaram Charlotte sob a sombra de uma árvore e seguiram o resto de trajeto a pé, o sol já começava a nascer. Do topo da colina era possível ver toda a cidade de Los Angeles, os dois chegaram lá um pouco ofegantes, mas ambos abriram enormes sorrisos ao se depararem com a vista.

Ele a puxou para junto dele em um abraço e fitou seus olhos, ela sorria um sorriso que ele conhecia bem, um sorriso que ele vira muitas vezes no espelho.

- Você sorri igual a mim, sabia?

- Já me disseram isso um monte de vezes – Ela deslizou as costas da mão pelo rosto dele, ele lhe deu um selinho rápido e pegou os copos de Cappuccino, entregou um a ela, caminhou até uma pedra plana um pouco mais à frente e se sentou, batendo em uma das coxas sugerindo que ela fosse para junto dele.

Ela bebericou o Cappuccino enquanto caminhava lentamente em direção a ele e dava uma olhada ao redor, se sentou no colo dele e deu beijo doce e calmo nos lábios dele.

Voltaram os rostos para frente e observaram o restante do nascer do sol na cidade de Los Angeles, que adquiria tons alaranjados e ganhava temperatura um pouco mais alta

- É lindo Chaz

- Sabia que você ia gostar – ele sorriu e voltou o rosto para ela – fazia tempo que a gente não fazia um programa desses não é? Dar uma fugida dos problemas

- É – ela suspirou – pena que quando voltarmos os problemas continuarão no mesmo lugar

- Hey Ann – ele puxou o maxilar dela, fazendo com que ela o encarasse – Você sabe que daqui pra frente você pode contar comigo pra enfrentar todos os seus problemas, não sabe? Você não precisa mais carregar o peso do mundo sozinha

Ela suspirou, por mais que ele dissesse isso, haviam coisas complicadas demais em sua mente, e apenas ela própria seria capaz de resolver.

- Obrigada Chaz – ele a apertou um abraço morno e forte, logo em seguida cantou baixo em seu ouvido

No need to hear your voice

Or see your face

To know that you are with me

No need to kiss your lips

Or hold your hand

To know that you can feel me

I know that you can feel me

Não preciso ouvir sua voz

Ou ver seu rosto

Para saber que você está comigo

Não preciso beijar seus lábios

Ou segurar sua mão

Para saber que você pode me sentir

Eu sei que você pode me sentir

Ela adorava a sensação acalentadora da voz dele no ouvido dela, era algo sempre muito agradável de ouvir. Fazia com que ela se esquecesse do que há ao seu redor por alguns instantes.

When I look to the stars

I know just where you are

You're looking down upon me

Quando eu olho para as estrelas

Eu sei exatamente onde você está

Você está olhando para baixo, acima de mim

- Ann, daqui a alguns dias eu vou ter que viajar, teremos uma turnê importante pra fazer na Europa e vou passar cerca de dois ou três meses fora, eu quero que toda vez que você se sentir sozinha você se lembre dessa canção que acabei de cantar pra você e se lembre que eu vou estar pensando em você o tempo todo. Pode fazer isso por mim?

Ela assentiu com a cabeça e ele depositou um beijo em sua testa

- Agora nós temos que voltar, a não ser que queira perder um dia de trabalho?

- Não, isso com certeza não – ela falou sorrindo

Os dois desceram a colina correndo, ele a pegou pela cintura e a girou no ar, estalando-lhe um beijo intenso nos lábios logo em seguida.

Ele ia se encaminhando para a parte dianteira da moto quando ela pigarreou

- Se me permite, eu gostaria de voltar pilotando

Ele abriu espaço e fez uma reverência zombando dela

- Sim senhora majestade

Ela deu um soco no braço dele

- Para de palhaçada Bennington – ela disse enquanto montava em Charlotte e colocava o capacete, ele se sentou na garupa da moto a abraçou

- Olha a barbeiragem!

- Sério, se você não calar essa sua boca eu te derrubo e te deixo bem ai no meio do mato

 Os dois gargalharam, ela deu partida da motocicleta e saiu de volta rumo à rodovia.

**

- Como se sente? – Os olhos levemente puxados fitavam a morena diante dele, ela aproveitou que a escola de Tyler não era muito distante da casa dele e resolveu passar lá para conversar um pouco com ele depois de deixar a criança na escola.

- Já tive tempos melhores – ela fitava o teto deitada no sofá maior enquanto ele se mantinha sentado na poltrona diante dela, parecia até um analista

- Eu sei que as coisas estão difíceis pra você Tali, se pra mim que só tive danos emocionais já não está esse arco-íris todo, imagina pra você que ainda por cima ta grávida

Ela levou as mãos à cabeça e suspirou

- Ai nem me lembre

- Você sabe que precisa contar pra ele não sabe? O Chester é muito apegado às crianças, se você esconder isso dele é provável que ele fique muito zangado com você

- Eu quero mais é que ele se foda! Ele e aquela vagabunda oxigenada por quem ele me trocou. Se ele se importasse comigo não teria me trocado desse jeito por ela. Ele não foi justo comigo, e por deus! Não foi nem um pouco justo com você que é o melhor amigo dele.

 - Você ainda está muito magoada Tali, precisa se acalmar.

- E você não está? Ela te traiu Mike! Os dois nos traíram!

Ele suspirou

- Eu estou chateado sim Talinda, mas eu não posso fazer nada – ele se levantou da poltrona e foi para o sofá onde ela estava, ela se sentou para que ele coubesse – Vem aqui

Ele a puxou em um abraço, e logo a armadura dela caiu, juntamente com suas lágrimas

- Ele não podia ter feito isso comigo Mike, eu o amo tanto, dediquei tanta coisa da minha vida à ele e é assim que ele me agradece? Eu to perdida!

Ele a abraçou com mais força

- Tudo bem Tali eu vou conversar com ele

- De jeito nenhum! – ela falou bruscamente, enquanto tentava limpar as lágrimas com a ponta dos dedos – Não quero que ele pense que estou fazendo chantagem pra que ele volte pra casa

- Eu sei Tali, mas vocês dois precisam ter uma conversa de gente grande, e pra isso você tem que estar com a cabeça fria – Ela soluçava nos braços dele – Olha, nos saímos em turnê daqui a dois dias, sugiro que até lá você se acalme e se organize para ter uma conversa tranquila com ele.

- Mas Mike...

- Talinda, você sabe que isso é o certo

- Vão passar muito tempo em turnê?

- Sim, dois ou três meses. Você sabe como isso costuma funcionar

Ela assentiu com a cabeça

- Tudo bem, eu vou tentar

- E a criança, como está?

- Está bem, ele acha que o pai já está viajando outra vez. Mas ele notou que eu estou diferente, vive perguntando por que eu estou chorando

- Se você quiser, eu posso passar um dia com ele

- Ah, ele ia adorar. Eu não estou podendo levá-lo para se divertir, não consigo nem sair de casa direito

- Tudo bem, amanhã eu vou buscar o Tyler pra dar um volta, ai você tenta esfriar um pouco a cabeça okay?

 - Obrigada Mike, você um grande amigo

O celular dele tocou

- Spike! Seu cabeçudo, cadê você?

- Eu ainda estou em casa, Joe

- COMO ASSIM EM CASA??? Já era pra você estar aqui há meia hora!

- Já estou indo Joe, é que eu recebi visita e...

- Os produtores já estão loucos aqui, vem logo pra cá! A turnê ta bem ai na nossa cara, tem muita coisa pra organizar

- Okay Joe, fica calmo, chego aí em 20 minutos

- 20 minutos Shinoda!

 Joe desligou o telefone logo em seguida

- Era o Hahn?

- Sim. Tali me desculpe, mas eu tenho que correr pro estúdio

- Tudo bem

- Se você quiser pode ficar aqui

- Não, eu prefiro ir pra casa, vou descansar um pouco até dar a hora de ir buscar o Tyler

- Tudo bem então

Mike pegou uma camisa xadrez rápido no closet e sobrepôs a camiseta branca que usava, calçou um par de tênis e saiu às pressas de casa arrastando Talinda pelo braço, ele quase obrigou que ela corresse até o elevador, arrancando algumas risadas da morena.

Infelizmente o sorriso dela durou apenas até que entrassem no elevador e se deparassem com Anita descendo para ir ao trabalho.  

As expressões dos três automaticamente se congelaram, Talinda franziu o cenho e desviou o olhar

- Bom dia Anita – Mike falou um pouco sem graça

- Bom dia Mike, bom dia Talinda

- Hum – Talinda apenas grunhiu, se recusando a olhar para Anita

Anita se sentiu péssima, sabia o que Talinda devia estar sentindo, devia estar odiando-a com todas as forças, e ela não a culpava. Qualquer mulher no lugar dela também estaria.

A porta do elevador abriu e Mike puxou Talinda às pressas pelo braço, dessa vez sem sorrir, ambos estavam tensos. Anita os viu se distanciar, antes de seguirem cada um para seu respectivo carro Talinda deu abraço demorado e forte em Mike, ela parecia ter que o abraço lhe desse um pouco da força dele para encarar tudo dali pra frente. O corpo de Anita tremeu, ela se lembrava do poder que o abraço de Mike tinha, o frescor da colônia dele e as cócegas que a barba dele faziam ao roçar em sua pele, ela sentiu uma pontada de ciúmes.

Rapidamente agitou a cabeça tentando afastar aquele pensamento, afinal, ela agora estava com Chester, ela esperara por ele durante a vida inteira, ele a levara a um lugar mágico a pouco menos de uma hora atrás, não estava faltando nada na vida dela. Mas ela não podia esconder de si mesma o fato de que sentia a falta de Mike, ele é a melhor companhia quando a sua vida está uma bagunça. Ela sorriu de leve, pensou no quanto era idiota, porque talvez naquele momento, a bagunça na vida de Talinda fosse maior do que a dela e por isso precisasse mais de Mike do que ela.

Os dois então foram cada um para o seu carro, Anita foi vagarosamente caminhando até Charlotte, o carro de Mike saiu primeiro, cantando pneu e em alta velocidade, talvez ele estivesse atrasado. Talinda demorou um pouco mais, talvez também a observasse de dentro do carro, mas logo em seguida também saiu.

Anita ficou pensando em tudo que estava acontecendo, tanta gente magoada por culpa dela, pensou se aquilo tudo era certo, apertou um pouco as têmporas, um pouco de trabalho agora cairia bem pra ocupar a mente dela com outra coisa que não sejam seus problemas pessoais, então deu a partida em Charlotte e suspirou, saindo em alta velocidade da garagem do prédio.

**

Mike chegou ofegante no estúdio, havia corrido por metade dos corredores da gravadora, deslizando um pouco e esbarrando em algumas pessoas

- Cheguei – ele disse assim que entrou cambaleando no estúdio

- Amém! Achei que não ia chegar nunca mais – Joe disse sem tirar os olhos do Sampler

- Toma Spike – Brad estendeu um papel pra ele com a lista de alguns dos equipamentos que ele devia checar

- Okay – Mike ainda ofegava, olhou em volta viu Chester testando o equipamento usado na Wretches and Kings, o olhar deles se cruzaram, Mike apenas acenou com a cabeça, Chester retribuiu. Depois foi caminhando até algumas caixas de som ao lado da bateria de Rob

- Hey Mike

- Hey Rob, como vão as coisas?

- Tudo numa boa e com você

- É, bem também – Ele não queria que todos soubessem dos seus problemas.

- Hum, ainda viu a Kady?

- Kady? Não, achei que como namorado dela você é quem devesse saber. Por que a pergunta?

- Por nada, só que, acho que ela está um pouco magoada comigo

- Hey Bourdon, dá uma olhada nisso aqui – Joe o chamou e Mike ficou sozinho, mas não por muito tempo

- Spike?

Ele se virou

- Hey Chaz

- Esta tudo bem, ahm, você sabe, entre a gente?

Mike confirmou com a cabeça

- Ela fez a escolha dela não é?

Chester desviou o olhar

- Nós devíamos, ahm, voltar a ensaiar a Rolling in the Deep

- Tem razão, vamos ali pro piano – Mike fez uma pausa – Os fãs merecem nosso melhor não é?

- Sim – Chester estava um pouco desconsertado com a situação – Ahm, Mike?

- Hum?

- Você é o meu melhor amigo

Mike olhou para ele e sorriu de leve

- Eu sei, você também é o meu. Agora anda logo narigudo, você ainda precisa acertar os graves da Adele – Mike deu uma piscadela para o amigo, Chester sorriu, sabia que não demoraria muito para a convivência dos dois voltar ao normal, mas agora ele estava mais aliviado, não imaginava a própria vida sem a companhia de Mike.

**

- Mas que cara é essa mulher?

Kady estava emburrada, já havia rabiscado e recomeçado várias vezes o mesmo projeto, balançava a perna impaciente.

- Rob Bourdon

- O que aconteceu? – Anita se segurou para não rir da amiga, que quando estava zangada fazia inúmeras caretas, algumas extremamente engraçadas.

- Ele é um idiota!

- Vai me contar o que houve ou não?

- Aquele homem é problemático, Anita! Ele é doente!

Anita não conseguiu segurar o riso

- Fala logo o que aconteceu porra!

- Para de sorrir, isso não é engraçado – Kady respirou fundo – ele me mandou ir embora da casa dele

- Só isso?

- Não foi só isso, ele foi super grosso comigo

- Por que ele fez isso?

- Porque ele disse que não estava conseguindo acertar uma passagem e eu estava atrapalhando a concentração dele!

- Kady, acho que você esta sendo exagerada. Não consigo imaginar o Rob sendo grosseiro, muito menos com você que ele parece gostar tanto

- Mas então por que ele mandou embora? – ela agora quase gritava

- Olha eu conheço muito pouco do Rob pra te dar uma resposta concreta, mas ele um cara muito centrado, calado e perfeccionista. Talvez ele só precisasse muito acertar a tal passagem – Kady fazia bico, ainda contrariada – Acho que devia conversar com ele

- Hum

- Talvez você também deve ter levado as coisas a serio demais

- MAS É CLARO QUE NÃO ANITA!! SERA QUE VOCÊ NÃO VÊ?

Anita soltou uma gargalhada alta

- Tudo bem tudo bem, você não está errada, senhorita dona da razão!

Kady grunhiu, mas logo sua expressão se amenizou em um sorriso

- Você é muito babaca Anita

- Fala ai, você não vive sem mim

As duas sorriram


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Notas finais do capítulo

Viu? Nem foi tenso esse capitulo. Infelizmente o próximo não vai ser leve assim, VISH