POV Taylor

 O acampamento inteiro me cumprimentou, dizendo coisas do tipo “Que bom que vocês voltaram”, “Que bom que você esta viva!”, “Eu sabia que vocês iam conseguir” e assim vai.

 O pessoal do chalé de Apolo e Dionísio trabalharam juntos e conseguiram montar uma festa incrível no acampamento em nossa homenagem. A decoração estava incrível, e faltavam duas horas para a festa começar.

 Baguncei meu closet inteiro em busca de um vestido descente, eu sei que ele é bem grande, mas eu já tinha usado todas aquelas roupas e eu queria uma especial para aquela noite.

 -Que tal esse aqui? – alguém me disse.

Olhei para trás e minha mãe estava na minha frente segurando um vestido lindo. Corri até ela e a abracei.

-Oi mamãe.

-Como você esta filha?

-Muito bem.

-Você quase me matou de susto, nessa missão.

-Você é imortal.

Ela riu.

-Eu sei, mas eu não queria que você morresse.

Eu sorri.

-O que mais se preocupou com você, talvez até mais que eu e a Jess, foi o filho de Hades.

-Serio? – eu estava bem surpresa.

-Sim, os pensamentos dele eram de dar dó, ele ficou maluco.

Eu sorri.

-Você gosta dele? – minha mãe perguntou.

Ela é minha mãe, não posso esconder nada dela.

-Sim.

Ela sorriu.

-Eu não gosto muito dele, mas eu vi o quanto ele se preocupou com você. Só lembre-se de uma coisa: Se um homem chorar por você, case-se com ele.

Eu sorri. Peguei o vestido que minha mãe segurava que era lindo.

-Eu tenho que ir. – ela disse.

-Tudo bem, tchau.

-Tchau querida.

 Troquei-me e fiz uma trança postiça. Coloquei um sapato com uma caveira na ponta e coloquei quase tudo preto. Nem vou comentar por que me vesti assim.

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 Sai e fui até o pavilhão. Quase todo mundo já estava lá. Percy, Annabeth, Jess, Connor, Rachel, Quiron, e todos os outros campistas. Menos uma pessoa.

 Comecei a andar. Todos me cumprimentavam, falavam sobre a missão e como eu estava bonita. Andei mais um pouco e bebi um pouco de ponche. Conversei um pouco com Jess e quando vi já tinha feito 30 minutos que eu estava lá.

 Fiquei um pouco chateada por ele não estar na festa, devia estar cansado e ir dormir, mesmo sendo 19 horas. Decidi ir até um lugar que eu não ia a muito tempo: a clareira que eu encontrei o Nico um dia antes do meu aniversario.

 Comecei a andar pela floresta, ninguém me viu saindo da festa. A lua brilhava bastante e a noite estava linda, minha mãe devia estar feliz.

 Ao chegar à clareira vi uma coisa que não esperava. Nico estava de pé na minha frente, na clareira iluminada pela lua. Ele vestia uma calça jeans preta, uma camiseta preta e um terno preto por cima. Estava lindo. Quando ele me viu, me olhou de cima para baixo e sorriu.

 Eu corei.

-Por que você não esta na festa? – eu perguntei.

-Eu quis tomar um ar, mas eu esqueci que agora você também conhece esse lugar.

-Tudo bem, eu vou embora!

Eu me virei.

-Não! Não foi isso que eu quis dizer. – ele disse e eu me virei para ele.

-Eu sei.

-Na verdade, eu sabia que você viria.

Eu sorri.

Comecei a andar em sua direção, bem devagar.

-Por que você esta vestida assim? – ele perguntou.

-Ah! Para impressionar um garoto.

-Esse garoto tem sorte, você esta linda.

-Obrigada. – eu disse ainda andando até ele.

-E quem seria esse garoto?

-Ah! Você sabe...  – eu cheguei até ele e coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço e ele colocou as mãos dele em minha cintura. – Um garoto que me fez morrer de ciúmes, que me fez chorar, me jogar na sua frente, morrer, desistir da caçada e ainda me orgulhar de ter feito isso.

-Preciso de mais dicas... – ele fingiu não entender olhando para o céu. Eu ri.

-Um certo filho de Hades...

-Ah! Agora entendi... E saiba que ele faria tudo o que você fez por você.

Eu sorri.

 Ele inclinou o rosto em minha direção. Eu estava nervosa. Ele quis ser chato e veio bem devagarzinho, meu coração batia bem rápido. Nossos rostos estavam a centímetros de distancia. Não tive paciência e me inclinei para frente, selando nossos lábios com um beijo.

 Foi um momento único, incrível e bom. Ele se assustou no começo por eu ter me jogado nele para beijá-lo, mas logo correspondeu fazer o que? Não tenho paciência para essas coisas eu tive que tomar a iniciativa, as mulheres dominam o mundo agora!

 O beijo foi calmo e estranho, pois era meu primeiro beijo, mas foi um estranho que eu passaria todos os dias, que eu amei. Ficamos assim por um tempo, não sei se foi alguns segundos ou horas, mas tivemos que nos separa por falta de ar. Por que precisamos de ar?

Nos separamos lentamente, meus olhos ainda estavam fechados e eu sorria. Ele me deu um selinho.

Abri os olhos e o abracei.

-Não faz idéia de quanto tempo eu esperei por isso. – ele disse.

-Quanto?

-Há quanto tempo nos conhecemos? – ele perguntou me olhando.

-Dois meses?

-Dois meses. – ele disse e eu sorri. – Eu fiquei com tanto medo de te perder.

-Eu nunca te deixaria.

-Eu me senti tão culpado.

-Esqueça isso – eu disse o fazendo olhar para mim. – Por mim, ok?

-Ok.

Olhei para meus braços, onde dava para ver os cortes da minha tortura, ele percebeu o que eu olhava.

-Eu estou aqui agora – ele disse – Para te proteger. Nada vai acontecer com você.

Aquelas palavras me trouxeram confiança. Eu me sentia protegida em seus braços.

Ele me beijou novamente. Um beijo mais calmo e rápido. Nos separamos.

-Isso é muito bom. – eu disse.

-Posso fazer isso sempre que quiser. – nos rimos.

-Vamos?

-Vamos.

Entrelaçamos nossas mãos e fomos para a festa. Quando chegamos lá todos nos olhavam. Eu não estava com vergonha. Puxei o Nico para a pista de dança e começamos a dançar, mesmo eu morrendo de vergonha de dançar musicas rápida.

 Jess me olhou da sua mesa e me mandou um sorriso. Eu apenas sorri de volta enquanto Nico me girava.

 Uma musica lenta começou a tocar. Nico fez um movimento de cavalheiro me dando a mão. Eu aceitei com meu vestido e peguei sua mão rindo.

 Começamos a dançar. Eu não sabia dançar, nunca soube. Ele percebeu isso e começou a me ajudar. Ficamos a noite inteira dançando.

-Eu já volto – Nico disse se levantando da mesa da festa – Vou pegar um ponche para nós.

-Tudo bem,

Esperei ele voltar. Alguém sentou no lugar dele. Olhei para o lado e vi Pedro.

-Pedro? – eu perguntei assustada – Você voltou da sua missão?

-Voltei agora e vim aproveitar a festa. Senti tanto a sua falta.

Ele me abraçou. Eu me senti um pouco desconfortável.

-Eu também. – disse.

-Tenho tantas coisas para te falar.

Me separei dele.

-Podemos conversar amanha!

-Não! O que eu tenho tenque se dizer agora! Não posso agüentar mais.

Eu estava com medo do que ele iria falar.

-O que? – eu perguntei.

-Taylor, eu te amo!

Meu mundo desabou em cima de mim.

-O QUE!? – eu gritei.

-Taylor... – Me virei e vi Nico assustado. – Você não pode... – Nico disse.

O que faria.

-O que esse filho de Hades esta fazendo aqui? – Pedro perguntou. – Você não esta com ele, né?

Olhei para Nico, ele estava chocado.

-Tudo bem – Nico disse – Eu entendo, ele é filho de Hefesto e eu de Hades, todo mundo me ignora mesmo, pode ficar com ele.

Ele colocou os copos em uma mesa e foi embora. Eu não acredito que ele disse aquilo. Tudo culpa do Pedro, que mesmo que eu pensava que gostava dele não gosto mais.

-Nico! – eu gritei, mas já era tarde ele já tinha ido embora.