As Gémeas Pierce escrita por AnaTheresaC


Capítulo 46
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

A verdade sobre Isobel é revelada - espero que gostem!



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Capítulo 46 – Narrado por: Elena, Katherine (duas vezes) e Stefan Salvatore


Parte 1 – Elena Salvatore

Eu e Damon chegámos a casa. Eu tinha passado o dia todo em casa de Caroline a preparar o casamento com ela, enquanto que Damon tinha começado as suas aulas na Faculdade.

–Olá – disse ele enquanto colocava uma mão no fundo das minhas costas. – Sentiste a minha falta?

–Nem tive tempo para isso – falei, sendo sincera. – Caroline estava histérica.

Ele riu.

–Qual é o dia em que ela não tem um ataque?

–É um bom ponto de vista – falei e entrámos em casa.

–Tenho que ir falar com o meu pai – falou ele, beijando-me o topo da cabeça. – Queres vir?

–Pode ser.

Fomos até ao escritório do pai de Damon. Ele bateu à porta.

–Pai, posso entrar? – ele abriu um pouco da porta e espreitou lá para dentro. – Pai!

Ele abriu o resto da porta e eu vi a cena mais horrível de toda a minha vida. A minha mãe estava sentada em cima da secretária com o cabelo todo desgrenhado e o vestido amassado, enquanto que Giuseppe estava com os botões da camisa abertos e o cinto das calças desapertado.

–Não – murmurei, sentindo as lágrimas a virem-me aos olhos. – Mãe!

–Damon, isto não é o que pensas que é – disse Giuseppe, apertando a fivela do cinto, e a minha mãe tentou pentear minimamente o cabelo.

–Como? Como pudeste? – gritei para ela e duas lágrimas escorreram dos meus olhos. – Disseste que amavas o meu pai!

–Pai… - Damon estava tão chocado como eu, com os olhos arregalados e descrença estampada no rosto dele.

Eu não aguentei ver mais aquilo e virei-lhes as costas, correndo para o meu quarto.

–Elena! – chamou a minha mãe e eu tentei acelerar o passo, mas a minha respiração ofegante não me deixava.

Ela parou-me, pegando-me no braço com força.

–Deixe-me! – gritei para ela, tentando livrar-me do aperto dela, mas não consegui.

–Elena, deixa-me explicar!

–Não há nada para explicar! – gritei na cara dela. – Traiu o meu pai, e isso eu não perdoo. Vou escrever-lhe e dizer-lhe o que vi.

–Elena, não o faças! – exclamou ela, e vi o pânico nos seus olhos. – Tens que entender que o teu pai viaja muito e eu sinto-me muito…

–Sozinha? É isso? – completei. – Pois então que vá para o Inferno passar o resto da sua vida sozinha! Porque eu não sou mais sua filha!

Ela cerrou os dentes e deu-me um estalo na cara. Senti a minha bochecha a arder.

–Ei! Não toque na minha esposa! – exclamou Damon, vindo em meu socorro. A minha mãe largou-me o braço, não desviando o olhar do meu.

–Agora percebo o ódio de Katherine por si – disse e entrei no meu quarto, seguida de Damon.


Parte 2 – Katherine Salvatore (não lhe fica bem o apelido? *-*)

–Stefan, isto é lindo! – exclamei, quando saímos da carruagem e deparámo-nos com uma casa de dois pisos, toda feita em pedra. A casa situava-se num monte altíssimo e no vale havia uma enorme propriedade de vinhos. Ao lado da casa, a uns metros de distância, havia os estábulos.

Entrámos em casa, com os empregados logo atrás de nós com as nossas malas. A casa era enorme, com uma decoração em tons de vermelho, branco e dourado, o que deixava aquele lugar intemporal.

–É a nossa propriedade cá em Itália – disse ele. – Raramente vimos para cá, o meu pai gere o negócio à distância.

–Porque foram para a América? Isto aqui é sonho! – abri os braços e comecei a rodar no meio da sala como uma criança. Fechei os olhos quando comecei a sentir as vertigens e devo de ter tropeçado, porque Stefan segurou-me a cintura com força.

–Havia muitas oportunidades lá – respondeu ele, e eu abri os olhos, deparando-me com as suas lindas esmeraldas no lugar dos olhos. – Mas podemos viver cá, se quiseres. É só acabar a Faculdade e mudarmo-nos para cá.

Abri um sorriso e olhei em volta. Elena iria adorar isto, mas eu sabia que ela jamais viria para a Europa, a não ser forçada. E uma vida sem a minha irmã e Damon seria impossível. Porém, longe da minha mãe, isso era uma opção a considerar.

–Isto é realmente mágico, Stefan, e talvez possamos vir cá muitas vezes durante o nosso tempo de casados. Eu adoraria que os nossos filhos viessem ver o quanto isto é bonito, mas… viver aqui? Longe de Elena e Damon? Eu nem sei italiano. Como é que iria conseguir comunicar com os empregados?

–Contratávamos um professor – respondeu ele. – Podíamos ir lá as vezes que quisesses e…

Coloquei um dedo nos seus lábios, calando-o.

–Estamos na nossa lua-de-mel. Não é altura para pensar no futuro; é altura para pensar no presente.

Ele sorriu e beijou-me.

–Eu amo-te, Katherine – sussurrou ele, com os seus lábios colados aos meus.

Abri os olhos e fiquei a olhar para os seus.

–Eu amo-te, Stefan – disse, não conseguindo evitar em não sorrir para ele.


Parte 3 – Stefan Salvatore

Já estávamos á duas semanas em Itália, e nem eu, nem Katherine queríamos sair dali. Levantei-me da cama e vesti uma camisa.

Era um pouco tarde, o sol já estava no seu pique. Olhei pela janela para a maravilhosa paisagem e vi o cavalo favorito de Katherine num galope perfeito com ela. Algo na velocidade do cavalo e na postura dela disseram-me que se passava alguma coisa.

Desci as escadas e encontrei Geovanno, o nosso fazendeiro.

–Bouno giorno.

Signore… eu tentei pará-la – falou Geovanno, desesperado.

–Calma – falei, em italiano. – O que aconteceu?

Signora Salvatore recebeu uma carta e... – Geovanno não dizia coisa com coisa. Ele estava apavorado.

–Que carta?

–Cara da América. Era de Signora Salvatore.

–Elena – falei alto.

–E Signore Salvatore.

–O meu pai? – inquiri e ele negou com a cabeça.

–Damon.

Damon e Elena. Uma carta de ambos que tinha feito Katherine correr com o cavalo sabe-se lá para onde.

–Mande alguém arrear o meu cavalo. Eu vou buscar as botas – falei e corri até ao andar de cima. Calcei as minhas botas de montar e corri até aos estábulos. O meu cavalo já estava pronto e assim que o montei desatei a galope para onde tinha visto Katherine ir.


Parte 4 – Katherine Salvatore

–Katherine!? – ouvi Stefan gritar várias vezes pelo meu nome, mas eu encolhia-me cada vez mais contra a árvore, enrolada numa bola. Eu sentia vergonha pelo nome que carregava. Não pelo nome Salvatore, mas Gilbert. Como é que ela podia ter feito uma coisa tão grotesca como aquela? Trair o meu próprio pai com o pai do meu marido… Não era justo. Como é que eu iria contar a Stefan? Como é que Elena e Damon tinham a coragem de me pedir isso?

Comecei a ouvir cascos de cavalo em trote, e levantei-me. Peguei nas rédeas do meu cavalo e subi para o seu dorso.

–Katherine!

Demasiado tarde. Stefan já me tinha descoberto. Olhei para trás, e vi-o, montado no seu cavalo cor de caramelo. Ele parou o cavalo e desceu dele. Prendeu as rédeas a um ramo de uma árvore e depois veio até mim. Tudo isto, numa questão de segundos.

–Katherine, amor, o que aconteceu? – indagou ele.

Olhei-o, cheia de lágrimas nos olhos. Ele tocou na minha mão que estava na garoupa do cavalo, e prendeu o meu olhar.

–Katherine, conta-me, por favor.

Eu continuei a chorar, sem conseguir proferir uma única palavra. Eu mal conseguia processar o que Elena me tinha escrito, quanto mais abrir a boca para lhe dizer aquilo.

–Kathy, desce do cavalo. Dá-me as mãos.

Peguei nas suas mãos, com a carta numa delas. Ele olhou para o pedaço de papel e eu fiquei em pânico. E se ele me tirasse a carta das mãos e a lesse?

Mas ele não fez isso. Colocou as minhas mãos nos seus ombros e pegou-me pela cintura. Tirou-me de cima do cavalo e abraçou-me com força.

–Katherine, sou teu marido. Eu amo-te e estou muito preocupado contigo agora. Diz-me, amor, há alguma coisa que eu possa fazer para acabar com essas lágrimas?

Neguei com a cabeça, enquanto soluçava sem parar. A dor que ia no meu peito era indescritível, consumia-me, e impedia-me de respirar.

O seu abraço era reconfortante, trazia-me calma e paz de espírito. Aos poucos, fui conseguindo acalmar-me e sem tirar as minhas mãos da sua nuca, fitei-o.

–Stefan… Elena e Damon escreveram-me uma carta.

–Sim, Geovanno disse-me isso.

Anuí com a cabeça e olhei para o chão.

–Foi alguma coisa com o meu pai?

Voltei a acenar com a cabeça, mordendo o lábio. Como é que eu lhe ia contar?!

–O que lhe aconteceu?

Não, eu não conseguia fazer isto, ele tinha que ler a carta, era a única forma. Eu jamais conseguiria proferir tais palavras que lhe iriam dilacerar o coração, tal como fizeram comigo.

Coloquei a carta na sua mão e afastei-me dele, indo até ao meu cavalo, a chorar silenciosamente. Os minutos passaram-se e por fim, ouvi-o ofegar.

–Não… - murmurou ele e eu encostei a minha cabeça no pescoço do cavalo.

–Desculpa, eu não conseguia contar-te…

Virei-me para ele, com a vista embaciada.

–Como… a tua mãe… uma mulher casada…

Ele amassou a carta e lançou-a ao chão com violência. Os seus olhos irradiavam uma fúria que eu tive que me encolher com medo.

–Vamos voltar para Mystic Falls – disse ele, com determinação, e eu não ousei negar a sua decisão. – Há muita coisa que ele precisa de esclarecer.

©AnaTheresaC




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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? *-*
Ainda vai haver mais uns capítulos do que o esperado! Desculpem não ter postado nenhum spoiler, mas eu acabei de escrever o capítulo mesmo agora! Eu não brinco quando digo que cada capítulo demora uma semana a escrever-se. Para além disso, esta foi a semana de preparar tudo para escola, por isso, andei de um lado para o outro feita barata tonta. Amanhã já tenho que me levantar ás 6:30! :( snif snif
O que acharam da verdade sobre Isobel? Giuseppe também foi metido ao barulho (nunca gostei dele).
Gostariam de um crossover The Secret Circle e The Vampire Diaries? Digam pleeeeeeeease!
E visitem o meu blog! Tem lá o vestido da Elena e da Katherine e outras coisas! http://www.asminhasfanfics.blogspot.com/
XOXO,até domingo!