Capítulo 12 – Narrado por: Katherine Pierce, Damon Salvatore

POV Katherine Pierce

Deixei Elena à porta do quarto de Mrs. Salvatore e fui até ao quarto de Stefan. Bati á porta e ninguém atendeu, por isso, abri a porta.

-Stefan – chamei.

Não estava lá ninguém. Saí do quarto, fechando a porta. Desci as escadas e dirigi-me à cozinha. Emily estava lá, a fazer um chá.

-Emily, onde está Stefan?

-Não sei, Miss Katherine – respondeu ela, sem me olhar.

Bufei e saí da cozinha. Fui em direção ao jardim, e vi-o correr pelos campos.

-Stefan! – gritei e corri na sua direção.

O sol do fim da tarde batia-me na cara, ainda forte, fazendo-me cansar ainda mais. O espartilho não me deixava respirar profundamente e rapidamente fiquei sem ar nos pulmões. Tive que parar, sentindo-me incapaz.

-Stefan! – voltei a gritar, tentando controlar a respiração. Não importava. Eu tinha que o encontrar.

Corri, o mais que podia, parando esporadicamente para recuperar o fôlego. Quando pensei que nunca mais o iria encontrar, e que devia voltar porque já estava noite, encontrei-o, junto a uma árvore, sentado numa raiz centenária.

-Stefan – murmurei e ajoelhei-me junto dele. Delicadamente, mais de maneira determinada, tirei as suas mãos do rosto.

-Katherine – falou ele, surpreendido. – Más notícias?

Neguei com a cabeça.

-Não sei. Estive este tempo todo atrás de si.

-Não era necessário, Katherine.

-Era sim! A maneira como saiu do quarto… nem parecia o Stefan!

-A minha mãe… aquele ataque… a culpa é minha.

-Não, Stefan, não é! – exclamei, apertando as suas mãos na minhas. Um lobo uivou ao longe. – Devemos voltar. Está tarde.

-Não quero voltar para ficar a saber das más notícias.

-E se não forem? Irá preferir não ouvir uma boa notícia com medo que esta seja má?

Fitou-me com os olhos verdes muito brilhantes.

-Vocês, as Pierce, são inteligentes.

Gargalhei.

-Pode crer que sim. E ainda não viu nada.

Levantei-me e esperei ele levantar-se também, para começarmos a andar rumo a casa.

POV Damon Salvatore

-Master Salvatore, seria possível falarmos a sós? – pediu Dr. Gilbert assim que desceu as escadas. Percebi logo que algo não estava bem.

-Claro que sim. Vamos para a biblioteca – falou o meu pai e os dois retiraram-se. Ficaram lá breves momentos, e Elena desceu.

-Damon – chamou ela e sentou-se ao meu lado. – Já tem notícias?

-Não – respondi e ela acenou, tremendo ligeiramente.

-Lamento que esteja a passar por isto – disse ela com a voz a falhar.

Não respondi e fiquei apenas a fitar a porta da biblioteca.

Stefan e Katherine entraram pela porta e sentaram-se ao nosso lado. Katherine e Elena cochichavam alguma coisa, mas eu não prestei atenção, eu só queria ter notícias.

Finalmente, a porta abriu-se e todos nós na sala nos levantámos.

-Boa noite, Dr. Gilbert – falou o meu pai apertando a mão de Mr. Gilbert.

-Boa noite meus senhores e minhas sobrinhas – falou Dr. Gilbert, colocando o chapéu na cabeça e saindo de casa.

-Então? – perguntei.

-Está tarde, Damon. Teremos mais notícias amanhã.

-Pai, é o que nós temíamos? – inquiriu Stefan. Houve uma grande pausa e o clima ficava cada vez mais tenso cada segundo que passava.

-Sim, filho, é o que nós temíamos.