Dear Pegasus, escrita por DiraSantos


Capítulo 23
Rindo No Sequestro,Ideia, Stark e Stoll:Quem sabe?


Notas iniciais do capítulo

Espero Que Agrade
Boa Leitura

........Homenagem: Esse Capítulo vai para o Mestre Chico Anysio que morreu esses dias, uma grande perda para o Brasil inteiro.
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Capítulo Vinte e Dois: Rindo No Sequestro, Ideia

e Stark e Stoll: Quem sabe...?


Acordei pela milionésima vez ao som das buzinas e ultrapassagens ilegais. Suspirei e me ajeitei contra a parede do caminhão. Quando eu queria ter pesadelos ou sonhos, não conseguia nem cinco segundos de paz. Queria tentar entrar nos sonhos de Luke outra vez, saber o havia acontecido.

O bracelete tinha realmente sumido do meu pulso e eu não sabia se tinha perdido ou se realmente fora junto com Luke, as duas coisas pareciam impossíveis de acontecer. De qualquer jeito, ficar sentada ali estava quase me deixando louca, minhas panturrilhas estavam formigando, algo como uma dor lenta se espalhando pelos meus músculos. Bárbara estava de olhos fechados, sentada ao meu lado, duvidava que estivesse dormindo, apenas parecia estar pensando, se distraindo. Gray assoviava baixo, balançando as pernas tentando melhorar as dores irritantes nas pernas por ficar muito tempo na mesma posição.

Olhei para os carros atrás do caminham, o transito parecia estar ótimo. O trafico parecia mesmo querer nos matar.

E a vontade suicida de pular do caminhão só aumentava. Com os pulsos amarrados passei as mãos no rosto. Peg bufou entediado e preocupado, a calda balançando para os lados e as asas espalhadas.

—Também quero me mexer, Peg. —Me virei para Jessie que estava dormindo jogada em um banco de madeira que havia ali, onde provavelmente os soldados do exercito americanos sentavam. Gemia baixo, a calda pendurada do lado do corpo os grandes espinhos se projetando na nossa direção, parados graças aos deuses.

—Onde estamos? —Perguntei para ninguém em especial. Não tinha boa orientação de espaço e pouco sabia sobre as ruas dos Estados Unidos. Eu viajara de avião uma única vez e foi quando tinha três anos, quando Blythe e eu fomos transferidas do orfanato religioso em Niagara Falls para outro no Queens, mas nunca tinha ido mais longe do que os arredores de Manhattan. Brooklyn inteiro, Bronx e um pouco de Jersey City, ali eu poderia me virar o resto era desconhecido para mim.

—Graças ao transito, estamos na saída de New Jersey. Se eles dirigirem a noite inteira e se os carros continuarem a ajudar, o que eu duvido, acho que lá para as duas da tarde chegamos a Pennsylvania. Mas não tenho certeza, faz um tempo que não venho para a East Coast, posso estar errado. —Olhei para Seth que parecia pensar no assunto.

—Você era mochileiro? —Perguntei me inclinando para frente para poder vê-lo melhor; ele parecia conhecer aquele lugar inteiro, eu nem sabia que se podia chegar a Pennsylvania pegando a Highway Lincoln. O filho de Hades imitou meu gesto, dando um sorriso de canto, deu de ombros.

—Rodei muita estrada antes dos meus dezesseis anos. —Ele falava como se tivesse mais de trinta e cinco anos.

—Fugindo da polícia? —Seth pareceu surpreso com aquilo— Estou chutando. —Riu e se permitiu encolher as pernas um pouco, tirando os cabelos da frente dos olhos, encostando-se à parede de novo.

—Ponto para você. Mas me responde uma coisa, tenho cara de quem já fugiu da policia? — Não consegui ver seu rosto, a filha de Athena estava entre nos dois e minhas costas estavam doendo. Ajeitei-me contra a parede, e comecei a brincar com a crina de Pegasus.

—Você não tem cara de pivete, se é isso que está perguntando. —Ouvi um começo de risada e logo depois um suspiro.

—Isso é bom. —Murmurou, mas não soube dizer se era para mim ou para ele mesmo. Ficamos calados por um tempo, ouvindo a respiração de Bárbara se suavizar até ela parecer que estava dormindo. Não sei bem por que esperei ela dormir para voltar a conversar com ele, mas algo me dizia que não era algo que ele quisesse espalhar por ai.

—Mas não, não tem—“hum?” perguntou confuso—. Você, não tem cara de quem já fugiu da policia, mas definitivamente não faz o tipo que só vai beber depois dos vinte e um. Na verdade você nem parece muito com os caras da West Coast.

—E por que não? —Dei de ombros, sabendo que ele não conseguia ver.

—Você não é loiro, ou tem olhos azuis, nem fala como um surfista, apesar de que é.

—Como sabe que eu surfo?

—Ombros de nadador e braços fortes. Fora que suas costas são bem maiores que a maioria dos garotos desse lado do país. —eu sabia que ele estava sorrindo, sentia isso, mas não em pergunte como— Percebi isso quando lutou com Brad. Você tem segurança nos braços, só sentiu o ataque com a empunhadura das jambias dele depois de tudo, espada contra adagas? Tem que ter força nos braços e no pulso também.

Não totalmente mentira; eu tinha notado sim tudo aquilo na luta deles, mas a parte dos ombros, braços musculosos e das costas largas e curvadas foi nas primeiras vezes que eu vi. Admirando o trabalho que as praias tinham feito nele. E quê belo trabalho.

—Não quer dizer que surfe, poderia fazer natação ou outros de esporte por exemplo.

—Você é bronzeado. Era isso que queria ouvir? —Seth soltou uma risada rouca esticando as pernas outra vez.

—Uma delas, obrigado pelo elogio.

—Um elogio forçado, mas tudo bem. De nada. —Dessa vez eu consegui rir também, brincando com o tufo de pelos que ficava entre os olhos de Peg. É eu estava rindo no meio de um sequestro. Bem, pior não poderia ficar, não é? Pelo menos até chegarmos a San Francisco.

Franzi os lábios com esse pensamento.

—Sobre a luta com Brad. Pensando bem, acho que ele em acertou logo no começo, não me lembro do ataque, mas foi o único momento que ele conseguiria me pegar de guarda baixa o suficiente para isso.

—Não vi está parte, estava tendo aula de arco e flecha com Rany, a loirinha filha de Eros, estávamos conversando sobre —era estranho falar aquilo em voz alta— Connor e Valerie.

Connor e Valerie? —quase guinchou— Pensei que eles se odiassem, quer dizer é o que parece pelo menos.

—Eu disse isso a ela. É, era, ridículo pensar em qualquer coisa entre eles que não fosse uma vontade mutua de se degolarem, mas Crowfford é filha do Cupido, era de se esperar que ela visse romance onde não tem... Bem isso antes de eu conversar com Connor. Juro que pensei que estava sonhando ou que já tivesse bebido demais.

Era? Qual é, ele é afim dela?

—Pois é. De acordo com o Stoll isso começou quando... Bem, uns três meses antes de você chegar, os Stoll roubaram a coleção do Slipknot que ela tem então, Valle foi tirar satisfação com Connor e o enforcou até ele desmaiar. De acordo com ele próprio, tudo começou ali.

—Isso é masoquismo... Ele já tentou se tratar? —Ri um pouco alto demais, fazendo a manticore filhote se revirar no banco de madeira, me encolhi levemente o ouvindo rir baixo. Louis resmungou e se mexeu também, mas logo voltando a dormiu também.

Respirei fundo tentando me acalmar, cobrindo a boca com as mãos amarradas.

—Sei lá, mas não acho que ele vá falar com ela, Travis surtaria, sem falar que Velkan acabaria matando ele. Os Stark quase nunca se separam, se ele der sorte.

—E se tiver coragem. —Pensei naquilo. Fazia sentido pensar assim, contando os problemas que Valle tinha com expressar sentimentos; da ultima vez que sumi, ela me deu um soco no estomago, para expressar sua preocupação e alivio. Isso de acordo Velkan, mas ainda sim não deixava de ser estranho.

—Provavelmente. —Ficamos calados de novo, puxei meus joelhos para o peito. Percebi que estava sorrindo, não sabia nem o porquê. Certo, certo. Eu sabia. Seth havia me feito sorrir, de algum jeito estranho ele ressuscitara um pouco do meu humor, mesmo estando do jeito que estava. Amarrada, sequestrada e, claro sendo levada para ressuscitar o cara que ia destruir a civilização.

Considerando a situação, eu estar sorrindo era um grande progresso.

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.Narradora.

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Valerie Stark colocou o ultimo cantil de Néctar lá dentro, puxando com força a cordinha para fechar a sua mochila cheia de bottons diversos. Deixou ali mesmo e foi para frente do espelho, passando mais uma camada de deneliador nas pálpebras.

O chalé de Éris estava praticamente vazio, somente Katharine e Iron estavam lá. Não havia tido grande alarde quando seus irmãos souberam que ela iam sair em missão, apenas a olharam entendidos e desejaram um boa sorte. Valle nunca teve problemas com os irmãos.

Todos os onze eram góticos, calados e encrenqueiros.

Tinham uma convivência pacífica quase, não invadiam o espaço uns dos outros, ouviam seu rock com fones, ou juntos, quando Iron tocava Metallica ou System of a Down. Claro, seu nome de verdade não era Iron, era... Valerie franziu o cenho. Bem todos o conheciam assim e o próprio odiava o nome, então acabaram por esquecer.

Valle se virou da frente do espelho ao reconhecer os acordes da guitarra de Iron, sentado no sua beliche de cima, deu um sorriso para o irmão mais velho, que não sorriu de volta, abaixou a cabeça e encarou as cordas, a cabeça raspada dos lados cintilando na luz do sol que entrava pela a única janela aberta do lugar.

O moicano laranja alto e arrepiado projetado para cima como espinhos.

Such a lonely day, and it's mine. The most loneliest day in my life. —Cantarolou Iron, a voz baixa e rouca ecoando pelo chalé. Kath que estava logo a abaixo lendo “Os Homens Que Não Amavam As Mulheres” balançando o lado da cabeça não raspada, brincando com o pircing no lábio superior, os fios pretos jogados no ombro esquerdo.

Such a lonely day, should be banned. It's a day that I can't stand. —Cantou também, sem desviar os olhos amarelos do livro.

The most loneliest day in my life. The most loneliest day in my life. — Cantou também, saindo do quarto enquanto os outros dois cantando lá dentro. Caminhou em direção a Arena, ia treinar com Velkan de novo. Queria estar bem preparada para quando achasse o grupo que sequestrara seu bichinho de estimação. Ia destruí-los de tal forma, tão dolorosamente, tão lentamente, tão cruelmente... Que achariam que o Tártaro era como férias na Disney da Florida.

Apertou as mãos em punhos e as colocou dentro da jaqueta de couro sintético que usava Ela revia as séries de filmes “Premonição” e “Jogos Mortais”, aproveitando algumas ideias e misturando outras. Tinha grande planos par a draecaenas.

Passou pela ala de chalés sem olhar para ninguém, sem notar ninguém.

Mas Connor estava lá, sentado na grade de madeira do chalé onze, viu a passando. Na verdade não precisou olhar primeiro para saber. Sentiu. Sentiu o ar ficando mais frio, sentiu uma vontade estranha de querer arranjar confusão, sentiu a nuca arrepiar ao ouvir i titilar das correntes penduradas na calça jeans rasgadas da garota.

Observou ela passar na sua frente, se equilibrando na grade.

Ela vai explodir em alguém, pensou notando que ela não mexia os ombros. Sentiu pena do pobre infeliz, e sem querer soltou um sorriso. Ela ia destruir mais alguns bonecos de palha e quem sabe quebrar uma perna e um braço de alguém que se atrevesse a brigar com ela.

O único problema de pensar aquilo foi que ele se jogou no chão e começou a segui-la, meteu as mãos nos bolsos da calça jeans seguiu o perfil negro no sol azul de quase três horas da tarde. Se distraiu por segundo, pensando no que Sury havia falado que Rany Crowfford havia dito.

Será que estava tão óbvio para que uma garota filha de Eros, o cupido, notar?

Nesse meio segundo de distração, Valerie sumiu da sua frente como fumaça. E, mais meio segundo depois, Connor sentiu uma mão fria lhe puxando pela gola da camisa e lhe prensando contra uma arvore com força. Talvez fosse pedir demais que Valle fosse beijá-lo, no fundo Stoll queria, mas conhecia sua sorte.

O fio de uma adaga apertou sua traqueia. Os olhos amarelos brilhando de desconfiança nos raios de sol que espaçavam pela copa não muito alta da arvore.

—Por que você está me seguindo Stoll? —rugiu baixo, apertando mais a adaga contra sua garganta e o punho que também agarrava sua camisa, pressionando seu peito com força. O loiro rezou a todos os deuses que ela não sentisse seu coração pulando. Ela e puxou contra ela rapidamente o jogou contra o tronco com força mais força ainda, sem largá-lo. — Responde Stoll. Antes que eu corte sua garganta.

—Quem sabe se tirar essa faca da minha garganta e parar de me apertar eu consiga falar alguma coisa. —Disse engasgando ao forçar seu pomo de adão contra o fio da arma, um corte superficial já tinha se formado e estava ardendo um pouco.

Valerie analisou o rosto do filho de Hermes com cuidado. Parecia estar falando a verdade, mas quem falou que isso era o bastante? Apenas afrouxou a adaga para que pudesse falar, mas não tirou ela dali.

—Agora responde. —Ele pensou em ser gentil, tentar mudar aos poucos a imagem que ela tinha dele. Realmente pensou nisso, mas o que saiu foi:

—Não estava seguindo você. Estava indo para a Arena. —Disse, percebendo que sua maquiagem ainda estava úmida e logo depois se xingando mentalmente por estar prestando mais atenção nela do que na adaga, na sua garganta.

—Sem uma arma, Stoll? —Droga.

—Não posso ir ver algumas lutas? Não sou tão fã de sangue como você, Stark. —O fio da arma foi outra vez contra sua garganta, abrindo mais um rasgo muito fino, quase como se cortar com papel. Valerie balançou a cabeça muito lentamente, um sorriso macabro se abrindo no seu rosto.

—Não acredito em você, Stoll. O que você quer? —A pergunta pegou de surpresa. O que ele queria? Queria muitas coisas. Um novo colchão para seu beliche, que Travis parasse de lhe envolver nos seus planos mirabolantes para reconquistar sua namorada, queria um som novo já que haviam lhe roubado o seu. Connor sabia que ela estava sendo mais específica.

O que ele queria agora?

Segurou o pulso que apertava a adaga contra sua garganta, fixando os olhos nos dela. Lutou para abaixar a faca e para fazê-la largar sua gola. Com seus pulsos sobre controle, bem firmes entre suas mãos, aproximou o rosto do dela, com muita calma, esperando que ela lhe chutasse na virilha, na canela ou qualquer coisa, mas não.

Ela ficou paralisada por um segundo e pela primeira vez pareceu surpresa com algo, mas durou só um segundo, ela tentou se soltar puxando os pulsos, sem grandes resultados, mas, cá entre nós, talvez nem tenha tentado de verdade. Talvez.

Connor encostou os lábios nos dela muito de leve, leve como uma pluma melhor dizendo. E depois com um pouco mais de força, mas logo suavizando o toque, assim que ela parou de se mexer demais, puxou o lábios inferior fino entre os seus com calma.

Valerie entre abriu os lábios, se inclinando para ele e fechando os olhos. Stoll ficou pasmo por estar dando certo por um segundo, mas superou logo depois, encaixando perfeitamente os lábios nos dela e logo enrolando suas línguas. Os pulsos dela deslizaram de suas mãos frouxas agora e lhe subiram pelo peito, até segurarem com força sua nuca.

Passou os braços na cintura dela rapidamente, segurando o próprio pulso e a encostando no seu corpo, sentindo o toque frio das correntes, taxas que cobriram suas roupas. Aconchegou-se no tronco a da arvore. Disposto a não deixá-la sair dali tão cedo.

Sim, eles se beijaram.

E sim, de novo, ambas as partes estavam aproveitando.

Lá estava Valerie Stark presa entre os braços e pernas de Connor Stoll, os braços envolvendo, agora, seu pescoço, o puxando para baixo, sua língua trançada com a dele. Era absurdamente inusitado, para ambos, o que estava acontecendo. Não só por eles se odiavam mutuamente, queriam explodir o chalé um do outro mutuamente ou mesmo por que viviam infernizando a vida um do outro mutuamente.

Mas por que o toque era diferente. Ela era possessiva, quase magra demais, lhe dando pouco para tocar, mas também era forte, Valle era gelada e tinha um gosto diferente, hortelã com algo metálico. Stoll por sua vez era mais calmo, e com o corpo musculoso de qualquer meio-sangue, seus dedos faziam caricias muito leves nas suas costas, a pele era quente, definitivamente mais quente do que a da filha de Éris.

E, claro, ambos tinham fôlego de maratonista.

De moraram a se separarem, o que não foi bem uma separação. Apenas se pararam de enrolar as línguas uma na outra. Ficaram ali por exatos quatro segundos e meio antes de Valerie agarrar os pulsos de Connor com as unhas e separá-los, se afastando alguns passos cambaleantes para trás.

—Por que fez isso? —Para a surpresa de todos, até para ela mesma, Valle não parecia com raiva, um pouco irritada, mas nenhuma pouco arrependida pelo que Stoll pode notar. Não queria falar coisa nenhuma, queria beijar ela de novo.

Esticou-se e pegou a mão dela, que ainda segurava a adaga, e deu um puxão, mas não funcionou, a gótica ficou no mesmo lugar, e, assim que se soltou apontou a adaga para ele, os olhos ameaçadores que ele conhecia muito bem, mas havia algo por trás da ameaça, agora ele sabia que tinha.

—Responde Stoll. —Connor riu e foi em direção a ela, abrindo as mãos do lado do corpo.

—Você não vai me machucar, Valerie, não depois disso. —A filha de Éris franziu as sobrancelhas. Era a primeira vez que ele falava seu nome de verdade, sem alguma piadinha por trás. E isso ainda lhe soava estranho aos ouvidos; estranho e absurdo.

A Stark movimentou habilidosamente adaga, abrindo dois cortes em ambas as palmas do garoto, assim como um no canto do lábio inferior. Stoll saltou para trás, a encarando irritado.

—Acha que vai me fazer de idiota só por que me beijou, Stoll? —avançou rapidamente apertando a lamina contra a garganta do garoto mais uma vez, os olhos cerrados— Agora responde.

Raivoso, lhe encarou duramente, empurrando a mão dela para o lado.

—Qual das duas perguntas.

—As duas. O que você quer?

—Eu quero, queria, beijar você. —Connor pensou ter visto alguma coisa titubear nos olhos dela, pensou. Não soube dizer de estava certo ou não. —Mas agora, pensando melhor, quero matar você

Bem aquilo era bem mais fácil de lidar. Valle quase sorriu para ele.

—Nos resolvemos quando eu voltar.

—Voltar? Voltar de onde?

—Não lhe interessa de onde. Não tenho tempo agora. —Se virou para ir embora, bem na hora que Miguel corria naquela direção, parecendo procurara por alguém, parou perto d Valerie.

—Valle, você sabe onde...

—Não quero saber, Killian. Não estou com tempo pra você. —Dispensou o garoto com um simples aceno de mão continuando seu caminho, evidentemente mais relaxada, mas ainda tensa com tudo.

—Ah! Isso fere meu pobre coração Valerie Stark. —Debochou Miguel fingindo cambalear com as costas da mão encostadas teatralmente na testa, mas foi em direção do filho de Hermes encostado em uma arvore ali perto.

Connor a viu dobrar em um dos chalés e sumir em direção a Arena. Suspirou e olhou para as mãos, os cortes não eram profundos, mas estavam ardendo de forma incomoda. O filho de Momo se aproximou do loiro e franziu o cenho ao ver o estado dele.

Olhou para onde Valerie tinha ido depois para Stoll, apontando para o caminho com o polegar.

—Valerie Stark passou por aqui?

—É, passou. —Resmungou com os lábios inchados e formigando, se relembrou do beijo de agora pouco, sentindo os lábios formigarem mais ainda.

—Cara, tua boca está inchada, foi a Valle que te deixou assim? —Connor se virou rapidamente e com os olhos arregalados para o moreno.

—O que? Assim como? —Indagou rápido demais. Miguel poderia ter notado, mas estava mais ocupado procurando outra coisa, não tinha tempo parara notar o comportamento estranho do loiro na sua frente.

—Ferrado. —Apontou para os cortes nas mãos, no pescoço e na boca. Connor pensou naquilo.

Ferrado?

Sim, Valerie Stark tinha deixado ele ferrado; dos jeitos mais estranho possíveis. Estava ferrado por que ficara curiosa para saber onde ela ia, ferrado por que beijara a sua inimiga mortal e se isso caísse nos ouvidos de Travis ele surtaria, estava ferrado por estava machucado, mas, a cima de todos esses “ferrados”...

Estava mais ferrado ainda, por estar, realmente e com todas as palavras.

Gostando de Valerie Stark, filha de Éris.

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Seth estava deitado no chão do caminhão. Não estava dormindo pro que o transito barulhento não deixava, mas estava quase lá, se sentia mais mole, quase lá quando a garota do seu lado se mexeu, ficando de pé em um salto, os olhos castanho brilhando com alguma ideia.

—Mas que Hades... O que foi Bárbara? —Perguntou Sury, parecendo irritada por ser interrompida quando também estava quase dormindo. Mas Louis nem parecia notar isso, deu um sorriso largo para os dois. Claro! Como ela não havia pensado nisso antes? Era uma forma de se livrarem dali, e se Pegasus ajudasse seria quase infalível.

—Eu já sei, eu já sei! —Quase cantarolou aos e ajoelhar na frente dos dois, falando mais baixo para que Jessie não ouvisse, mesmo dormindo.

—Isso é muito bom, que bom que sabe. Mas sabe exatamente o que? —Resmungou Carpe irritada esfregando o punho no olho direito como uma criança de quatro anos. A resposta da ruiva, foi a primeira vez que Sury realmente gostou por um tempo de um filho de Athena. Se inclinou para frente sussurrando tão baixo que quase não ouviram, mas sentiram o entusiasmo dela nas próprias veias.

—Sei como vamos sair daqui.

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Notas finais do capítulo

Entãão, por algum motivo especial, parece que todos tem uma quedinha pela nossa querida Valerie Stark então resolvi colocar um pouquinho dela, fora que eu quis explorar o Casal Explosivo.
Espero que tenham gostado.
Estou aberta a ideias e puxões de orelha também.
Reviews?*3*
Beeijos