Alice Jackson os Heróis do Olimpo escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 22
Capítulo 22 - Terminado de Arrumar Tudo


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo. Espero que esteja bom. A Alice tem umas conversinhas com algumas pessoas, e tenta arrumar as coisas que ela acha que estão erradas, já que não vai ver grande parte das pessoas do acampamento por pelo menos um ano...



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            Quíron empalideceu e depois de um momento mandou todos voltarem para seus chalés e dormirem sossegado que aquilo devia ser apenas uma brincadeira.

            Não pareceu uma brincadeira. E ninguém pareceu acreditar.

            Todos voltaram para seus chalés, mas (pelo menos eu) não dormiram sossegados.

            Tive sonhos estranhos dos quais não me lembro bem. Todos eles tinham a ver com Emily e os outros dois cortando minha cabeça e de alguns, a Emily estava fantasiada de palhaço, mas isso não vem ao caso.

            Quando acordei, me dei conta de que aquele era meu último dia no acampamento e fiquei triste e feliz. Feliz, ia ver meu pai. Triste, ia deixar todo o legal e ir para a escola, onde eu não entenderia nada.

            Levantei da cama, me arrumei e coloquei tudo o que tinha em uma mala (que pedi para o namorado da Clarisse, o Chris, arrumar para mim). Não demorei muito.

            Era meu último dia, então eu tinha que fazer ele valer a pena. Não ia ver muita gente por muuuito tempo.

            Comecei por um lugar que eu achei que me parecia mais certo e com certeza era um dos assuntos mais gritantes.

            Bati na porta do chalé.

            _ O Apolo está?_ Perguntei para uma menina de uns 8 anos que abriu a porta.

            _Espera um pouco.

            Ela entrou e depois de um tempo em silencio total, ouvi uns resmungos e Art apareceu na porta, descabelado.

            _Ah, oi, Alice. Algum problema?

            _Só os habituais.

            _Certo.

            A menina continuava parada ao lado dele.

            _Ah, Lucy, por que você não espera lá dentro?

            A loirinha entrou.

            _É minha irmãzinha, Lucy, tem nove anos.

            _Ah.

            Não demorou muito e vi Lucy colocar o rostinho na janela para nos espiar.

            Apontei para ela com a cabeça, Art olhou.

            _Sabe, acho melhor nós irmos para um lugar mais privado, onde possamos conversar em paz.

            _Tá bem.

            E nós dois andamos, lado a lado, sem nos tocar, até a floresta.

            _E agora? _ele falou.

            _Vamos dar uma caminhada?

            _Você que sabe.

            E começamos a andar, devagar.

            _Eu só queria…

            _Eu só queria…

            Nós dissemos ao mesmo tempo.

            E rimos.

            _Você primeiro.

            _Não, você._falei.

            _Primeiro as damas.

            _Tá bem._ Respirei fundo._ Eu só queria pedir desculpas.

            _E por quê?

            _Prometi que ia ouvir até o final, mas não ouvi, fui embora antes que você pudesse terminar. Então, quero que continue.

            Desta vez, ele respirou fundo.

            _Como eu já tinha dito, você foi mais uma “vítima”_ ele fez aspas com os dedos_ Mas só durante um tempo. Depois, eu cometi um erro… Eu me apaixonei.

            Eu, que antes olhando para baixo, olhei-o rapidamente nos olhos, o encarei, boquiaberta.

            _Quer dizer… Não foi um erro, eu adorei isso… Não, quer dizer, eu não estou dizendo que te amo nem nada é só que… Não. Ah, como as pessoas conseguem usar as palavras e as frases fazem sentido? Ou melhor… Ah, você entendeu!

            Ri baixinho. Ver o Art se atrapalhando todo, foi realmente engrado.

            Silencio.

            _Eu beijei o Orb._ Eu me ouvi falando.

            Espera aí. Eu me ouvi falando? Eu não pretendia falar aquilo, mas palavras simplesmente saíram da minha boca, sem que eu tivesse consciência ou pudesse impedir.

            Art olhou para mim.

            _O quê?

            Tentei dizer nada, mas as palavras pareciam ter vida próxima.

            _Eu beijei o Orb.

            O que é que eu estou fazendo?

            Está sendo idiota.

            Eu já falei que odeio falar com o Art por pensamento? Mas eu não consigo controlar.

            _Eu não estou sendo idiota!

            _Eu não disse nada.

            _Disse sim, eu ouvi.

            E antes que nós pudéssemos começar uma briga mais feia ainda ele disse:

            _Mas, se você beijou o Orb e eu beijei outras garotas, eu acho que nós podemos esquecer o passado e começar do zero.

            _Certo, começar do zero._ disse colocando uma mecha irritante que teimava em cair no meu rosto, atrás da orelha.

            _Oi, eu sou Arthur Polo, mas não me chame assim.

            _ Eu sou Alice Jackson, mas não me chame… de Tereza, esse não é meu nome._ Nós dois rimos.

            _Tereza?

            _Foi a única coisa que consegui lembrar.

            Silêncio.

            _Ah, acho que você tem que saber, talvez faça parte da profecia, que não me contou. Mas Dominick Morris, aquele garoto da ilha de Polifemo que foi esfaqueado e que era filho de Hefesto, morreu faz um tempão, dois dias depois de termos voltado. Acho que você não sabia ainda.

            Sabe aquela sensação estranha que você tem quando alguém fala que alguém morreu? Aquele nó na garganta? Senti isso.

            _É, realmente eu não sabia. Obrigada por me avisar.

            Silêncio de novo.

            _Então, amigos?_disse ele estendendo a mão direita para mim, como se me desafiasse a segurá-la.

            _Amigos._Disse segurando a mão dele com a mão esquerda.

            E ele saiu correndo, me levando pela mão.

            Paramos nas margens do rio. Um raio de sol batia na água e formava um arco-íris.

            _Quer mandar uma mensagem de Irís para alguém?_Disse ele segurando um dracma.

            _Não. Pode usar você.

            _Legal.

            E ele jogou o dracma.

            _Oh, deusa. Aceite minha oferta.

            A água tremulou.

            _July Polo.

            Depois de um tempo, a imagem de July apareceu.

            _Oi, mãe. Tudo bem?

            _Arthur! Tudo bem e você?

            _Ótimo. Mãe, você que vai vir me buscar no acampamento?

            _Vou. Estou em Nova York. Vou fazer umas coisas antes de ir te buscar. Meio dia, não é?

            _É.

            _Não posso mais falar. Tenho que terminar de fazer uma coisa.

            _Então tchau.

            _Te amo, filho.

            _Também te amo.

            E a imagem se desfez.

            _Não gosto disso.

            _Disso o que?_perguntei.

            _Da minha mãe sozinha em Nova York fazendo coisas.

            _Art, ela é uma adulta responsável, creio que sabe o que faz.

            _ Não sei não…

            Com isso, nós perdemos o café-da-manhã. Mas tudo bem, porque nem eu nem ele estávamos com fome.

            Tínhamos aula de arco e flecha juntos. Eu era a aula, ele era o instrutor. Sem problemas.

            Depois da aula ter terminado. Achei que o certo era ir falar com Annabeth.

            _Annabeth.

            _Alice._Disse ela, fria.

            _Escuta. O que aconteceu com você, a Rose e o Percy depois que vocês saíram da festa?

            _Ele disse que ela era legal e tal. Mas que ele me ama. Ela teve um ataque e prometeu se vingar. Não sei o que ela quer dizer com isso. O resto… Acho que você não é burra, sabe quanto é 1+1.

            Não é preciso ser um gênio para saber que depois eles se beijaram e fizeram outras coisas, depois eu apareci.

            _Escuta, Annabeth. Não acha nossas tolas brigas silenciosas já foram longe demais?

            _É, talvez você tenha razão. Trégua?_ ela estendeu a mão para mim.

            _Trégua._ e eu apertei a mão dela.

            _Temos inimigos maiores para enfrentar. Cronos…_ ela pensou um pouco._ E Rose._Falou ela sorrindo.

            Ri baixinho.

            _Certo. Cronos e Rose.

            Depois tive corrida, junto com a Yasmin e meus irmãos.

            _E então, Cabeça de Azeitona, o que tem em mente para o próximo ano letivo?_ Ela disse em quanto esperávamos uma irmã dela, Karoline Whitcher de 11 anos, competir com Oliver Ramos, meu irmão de 9 anos.

            _Espero permanecer na mesma escola o ano inteiro. E você?

            _Treinar bastante para a tal “guerra”_ ela fez aspas com as mãos_ que a Emily Sathur falou.

            Yasmin iria ficar no acampamento, ela não tinha pai.

            Depois de ter aula de canoagem e aula de esgrima, a hora do almoço finalmente tinha chegado.


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Notas finais do capítulo

Estou tão triste que a fic esteja acabando... Vou sentir tanta falta disso... Bom, vejo vocês no próximo capítulo!



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