Relíquias de Sangue escrita por yankaevellyn


Capítulo 4
Capítulo 2 - POV Jake


Notas iniciais do capítulo

Então, estamos fazendo o máximo possível pra ficar uma história legal de ler.
Deixem reviews, mesmo pra dizer que leram, mas deixem ok? hahah, isso motiva! :)



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Acordei hoje com uma sensação estranha, eu não estava nervoso, talvez preocupado – até demais – as coisas têm sido bem difíceis ultimamente. Com toda essa besteira da Rose de estar se preocupando comigo acabara me irritando. Séculos cuidando do seu “irmãozinho” – como ela diz – resultou nisso.
Hoje é o grande dia, meu primeiro dia em uma escola na Varsóvia, Polônia. Esqueci o nome da escola, mas tudo bem. Consigo ouvir Rose conversando com os nossos convidados indesejáveis lá em baixo. Sinceramente, não vejo o grande interesse que ela ver nesses dois, ela é fascinada por todas essas histórias de nossas gerações e coisas do tipo, é frustrante. Bom, tenho que controlar os meus pensamentos se não irei me atrasar.

Acho que não estou esquecendo de nada. Enquanto estava descendo as escadas avistei Rose com aquele rapaz chamado Matt.
- E aí Jake – Ela disse.
- Oi. – falei com um tom rabugento por estar perto daquele verme. Dei de ombros e saí da sala de estar... Senti um vulto perto de mim.
- EI JAKE! – Rose disse.
- Que foi? – ela estava com um papel nas mãos.
- Esqueceu disso. Toma. – e erguei as mãos para entregar aquilo.
- O que é isso? – perguntei examinando o papel.
- Não sabe ler? – ela perguntou – É sua carta de transferência vai precisar. – ela sorriu.
- Ahn... Obrigado. – eu disse desconfiado. Por que diabos ela estaria tão feliz por me dar aquilo? Será que ela estava tramando alguma coisa ou sou eu que estou ficando paranóico por conviver com ela? – Já estou indo. – e saí pela porta.

A manhã estava fria em Varsóvia. Hoje decidi não ir pela floresta, tudo estava tornando-se muito monótono e hoje era o dia das mudanças. Avistei todas aquelas pessoas indo para os seus trabalhos, levando os seus filhos para as suas respectivas escolas... Lembrei dos meus pais. Não gosto de lembrar deles porque não foram as melhores pessoas pra mim e minhas irmãs, mas nós somos os Blackburn’s, sentimos falta disso. Mas enfim, consegui avistar de longe a escola. Consegui ouvir o barulho daqueles adolescentes irritantes que a Rose tanto fala. Vai ser fácil conviver com eles – conviver com a Rose é a mesma coisa – deve ser divertido.
Sentir o aroma da grama me fez bem, todos estavam me olhando, foi estranho, mas ao mesmo tempo divertido. Todos menos uma garota. Estava discutindo com algum rapaz, não quis ouvir a conversa deles, tenho mais o que fazer.
Respirei fundo e entrei na escola Konrad Gerwazy. Por um instante me senti confuso – atraído. Umas sensações de estar sendo seguido, afinal são tantas pessoas e os meus sentidos não ajudam muito.
Enfim, já passaram-se quatro horas desde que entrei aqui. Ninguém falou comigo, mas consegui ouvir os comentários. Foi engraçado por acharem que eu não poderia conseguir ouvir seus “sussurros” - para mim parecem que estão gritando – mas foi bom. As pessoas ficavam perguntando umas às outras quem eu era ou o que eu estava fazendo aqui. No momento em que estava na hora da saída, tentei parecer o mais humano possível.
Sentei-me ali no gramado e fiquei observando as pessoas a minha volta. De repente, eu conseguira ouvir alguém soluçando. Olhei para trás e vi uma moça – linda, pra falar a verdade – era a mesma que estava discutindo com aquele rapaz mais cedo. Resolvi ir falar com ela.
- Oi – eu disse.
- Oi... – ela tentou disfarçar limpando suas lágrimas.
- E então, por que está chorando? – eu perguntei e me sentei ao lado dela.
- Não importa e mesmo se importasse, eu não lhe contaria. – ela disse em um tom bastante convencido.
- Ai! Essa doeu. – eu ri – Não seja por isso então, sou Jake Blackburn e quem é você bebê chorão? – Ela riu e estendeu a mão para mim cumprimentando-me.
- Mel... – ela parou por um segundo e disse – Melinda Truscott.
- E então Mel, por que estava chorando? – eu disse dando ênfase no seu apelido.
- Ahn... É só que eu estava tendo... – meu celular toca.
- Só um momento. Espera um minuto! – eu disse. Me afastei um pouco dela para ir atender o celular.

- Alô? – eu disse.
- Jake! Onde você está? Já deveria estar aqui há meia hora, o que aconteceu? – Era Rose, estava totalmente descontrolada.
- Calma aí irmãzinha! Houve um imprevisto. – eu disse o mais calmo possível.
- Que imprevisto? Não pode haver imprevistos, vem pra cá! – ela disse mais furiosa.
- Por que está tão preocupada? Pelo o que eu sei, você tem companhia de sobra por aí, Matt talvez queira te ajudar com alguma coisa... – eu disse, tentando provocá-la. Estava óbvio de que ela queria algo com ele.
- Está tentando insinuar o que? – ela disse.
- Nada... A gente se fala depois. – e desliguei.
 
Fui para perto de Melinda que começou a chorar de novo.
- E então Mel, não chora ok? – eu disse – Eu tenho que ir, mas não irei esquecer-me da nossa conversa, da próxima vez você irá me falar o que aconteceu.
- Tá bom... – ela disse – Ahn... É Jake, certo?
- Sim – eu sorri – Até amanhã – dei um beijo na bochecha dela. Aliás á é costume faço sempre com minha irmã.

Quando cheguei em casa, a primeira pessoa que vi foi Rose parada na porta com os braços cruzados. Estava enfurecida.
- E aí – eu disse.
- Oi! – ela disse.
- Vai ficar com raiva de mim? Tá bom, não me importo. – menti.

Ver aqueles dois vermes sentados no meu sofá como se fossem os donos da casa me irritou, mas tentei manter a calma.
- Oi – disse o irmão que estava machucado. – Harry, certo?
- Sim – ele disse – Obrigado por nos deixar ficar aqui.
- Não é incômodo algum – menti, é claro que me incomodava. Eu não poderia falar nada naquela casa sem que eles estivessem escutando.
- Obrigado – ele disse.
- E então, o que aconteceu enquanto estive fora? – perguntei.
- Nada demais – Matt disse – Estávamos apenas conversando. Falei para sua irmã que temos uma casa no Oeste de Varsóvia. Talvez iremos para lá assim que as coisas acalmarem.
- Acalmarem? Como assim? – perguntei.
- As pessoas... – ele interrompeu – Os vampiros que fizeram isso ao meu irmão provavelmente procuraram ou procurarão por nós em nossa casa. Só iremos até ter certeza de que eles se afastaram.
- Entendo. – eu disse – Se é assim, fique o tempo que precisarem.
- Obrigado. – eles disseram.

Me afastei e enquanto estava indo para o meu quarto, Rose me interrompeu.
- Ei Jake – ela disse – Desculpe por ter sido tão chata hoje.
- Sem problema. – eu disse e tentei subir as escadas.
- Jake? – ela me segurou.
- Que foi? –perguntei.
- Você está bem? Parece diferente.
- Eu estou bem e te desculpo sim – beijei sua bochecha – Só tenho muitas coisas na minha mente no momento – falei, com toda essa história dos Campbell’s, ainda não havia esquecido Melinda. Estava ansioso para vê-la novamente.
- Mmm... Tudo bem então. – ela disse – Ah Jake, quase esqueço. Os Campbell’s precisam de uma aula.
- Aula? – perguntei – Como assim?
- Precisam saber como lutar.
- Então o seu precioso Matt não sabe como lutar? – eu ri – Nossa! Péssima escolha hein irmãzinha – brinquei.
- Ah para. Ele sabe, mas seu irmão não. Precisamos ajudá-los Jake! Topa? – ela perguntou.
- Tem certeza que isso não tem nada haver com o fato de querer ficar mais próxima deles?
- Absoluta certeza... De que é esse mesmo o motivo! – ela riu.
- Eu sabia! – eu ri.
- Tá, mas não vamos conversar sobre isso agora. Tenho que voltar... Os machucados de Harry estão sarando mais rápido que o esperado.
- Isso é óbvio – eu disse – Ele é um vampiro, é isso que deveria acontecer.
- Você não entende Jake... – ela disse com um tom preocupado. Chegou mais perto de mim e sussurrou – Não sei o que há de errado com ele. Mas os machucados estão sarando muito rápido. Muito mesmo. Machucados como esses em um vampiro comum como ele, demorariam semanas!
- Mmm... Talvez não seja nada. Provavelmente o sangue de animal causou isso nele. – falei despreocupado.
- Mas isso é impossível! Sangue de animal não ajuda em nada! Nem sacia nossa fome quanto mais nos beneficiar em casos como esse.
- Tá bom... A gente conversa sobre isso depois. Vou deixar essas coisas da aula lá no quarto e vou caçar. – eu disse.
- Tá bom. Jake... Quando voltar, nós realmente iremos conversar sobre isso, certo? – ela perguntou.
- Sim, claro. Com certeza.
- Eu ainda quero saber o que aconteceu para você demorar tanto pra chegar aqui. Eu vou saber se estiver mentindo! – ela disse – Agora vai.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Devo mudar algo?