Wolftales escrita por KCoyote


Capítulo 3
O Verão


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por Lerem!
Espero que Apreciem.
Boa Leitura!



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O Verão

O Sol se ergue e alto, claro e muito quente, as plantas parecem vibrar a cadencia dos raios solares, a vida que nasceu na primavera agora cresce no Verão.

Nossos pequenos irmãos, já não estão tão pequenos, eles cresceram muito depressa, e mesmo um tanto desajeitados os baixinhos já estão caçando, presas pequenas, mas vale lembrar que eles são realmente jovens, logo capturar qualquer presa que seja já é impressionante. A Vida se multiplicou em nosso território durante a primavera e por isso vemos muitos filhotes, principalmente de coelho e são basicamente esses filhotes de pequenos mamíferos que eles estão caçando, sozinhos.

Nossa Alcatéia está mais forte e mais numerosa, como não podemos viver de coelhos, nosso pai decidiu que é hora de mostrar para os baixinhos como um lobo de verdade caça, os cervos que migraram no inverno estão voltando em grande numero o suficiente para semanas, por isso seguimos para norte para aguardamos a chegada deles.

Enquanto aguardávamos notei o quanto nossos irmãos haviam crescido, como todo jovem lobo, eles brincavam para matar o tempo, se mordendo e se arranhando, suas garras e presas já estavam desenvolvidas plenamente, e suas patas em corrida já não demonstrava a falta de equilíbrio característico dos jovens, eles haviam crescido muito estavam quase do meu tamanho, nosso pai deve ter notado isso a muito tempo por isso que decidiu mostrar a eles como lobos adultos caçam, a percepção dos lobos dominantes é incrível, não a percepção de um pai é incrível.

Dessa vez nos adiantamos a nossa presa, a ansiedade dos jovens atingiu os adultos. Ficamos de campana algumas horas, o som e o cheiro dos cervos estavam distantes longe do nosso território e avançava devagar, decidimos esperar. Enquanto a noite irrompia no céu, nos ouvimos um uivo alto e poderoso, assustador, das montanhas do leste de nosso território, mas não tivemos tempo de pensar nisso agora, pois os cervos chegaram.

Numerosos eles avançavam depressa agora, pois eles não possuem hábitos noturnos e principalmente porque sabiam que estamos aqui, havia muitos filhotes, muito mais do que o esperado, pareciam coelhos, aproveitamos a pressa deles e os seguimos de perto os forçando a andar mais rápido, aquilo parecia um presente, algo que não ocorre com frequência, a caça será farta hoje. Começamos a correr e eles dispararam, os três jovens saíram à frente correndo muito velozmente não dava para acompanhar, eu me senti bem velho nessa ocasião, os três estavam bem próximos a manada, notei que meu pai e minha mãe pareciam preocupados, mas não com seus filhotes pois corriam devagar propositalmente.

Os três lobos alcançaram um cervo filhote e começaram o ataque, fortes e destemidos como verdadeiros caçadores, mas o cervo jovem era ainda assim forte demais para eles e suas garras e presas mesmo que fortes, eram ineficazes, pois seus ataques inexperientes não eram capazes que derrubar a presa que coiceavam violentamente enquanto corria e quase acertava os lobos, vendo isso nossa mãe pareceu acordar, acelerou a passo em direção a o cervo para ajudar seus filhotes, mas isso se mostrou desnecessário, pois nesse meio tempo um dos filhotes acertou a mordida direto no tendão derrubando o cervo jovem, nosso pai latiu e uivo demonstrando seu orgulho, mas não parou de correr o acompanhei, a frente outro cervo jovem desajeitado corria quase abandonado da manada, pobrezinho o derrubamos bem rápido.

Foi uma caça farta como esperado, nos alimentamos bem, nos irmãos jovens estavam tão cansados que nem brincaram aquela noite, comemos e descansamos, nosso pai e mãe estavam preocupados, provavelmente era pelo uivo que ouvimos mais cedo, eles uivavam esperando resposta e começamos a fazer o mesmo, não demorou a ouvirmos um uivo distante, mas definitivamente dentro de nosso território, um invasor, mas parecia ser uma alcatéia pequena, pois não ouvimos muito uivos, de qualquer forma devemos tirá-los de nosso território qualquer invasor é um perigo incontestável e deve ser expulso o mais breve possível.

Amanheceu, partimos rumo ao Leste de onde vinham os uivos, rapidamente, os jovens pareciam não entender nada do que acontecia, e pareciam preocupados e amedrontados pela seriedade da situação, nos também temíamos, enfrentar uma alcatéia e sempre perigoso, mas nós precisamos ter o controle de nosso território isso garante nossa sobrevivência e por isso não podemos vacilar, nos precisamos responder a altura qualquer lobo que seja corajoso o suficiente para cruzar nossa fronteira que é marcada com o cheiro de nossos pais.

A julgar pelo uivo que ouvimos o macho dominante dessa pequena alcatéia deve ser bem forte, provavelmente grande e robusto, mesmo assim nosso pai avançava com firmeza e força de um verdadeiro líder, um rei que protege se reino e sua família, mesmo assim ele aparenta o nervosismo e inquietação de um guerreiro se encaminhando para uma luta com um inimigo desconhecido, sente medo de não conseguir nos proteger, mas não deixa esse medo ser maior que sua coragem, ao notar isso eu lati alto e forte, anunciando que nos estamos aqui e não vamos deixar tudo nos costa de nosso pai, meus irmãos concordaram com minha mensagem e também latiram, ele se encheu de orgulho e alivio, se desvencilhou do peso impostos pelo medo e correu muito mais rápido.

Chegamos às montanhas do leste antes do sol atingir o centro do céu, mas nem sinal de alcatéia, as arvores não tinham sido marcadas com cheiro algum, não havia restos de carcaças logo eles não haviam caçado ali, imaginei que quando chegássemos aqui o cheiro da alcatéia estaria bem forte e haveria pegadas por todos os lados, assim como restos de cervos ou de qualquer outra presa, mas não havia nada disso, pelo menos não aqui, decidimos subir a montanha e analisar mais a fundo isso.

Mais próximos do topo da montanha encontramos uma carcaça de coelho fresca, abatido provavelmente noite passada, pois o cheiro de carne era muito forte e não apresentava putrefação, mais adiante havia pegadas de lobo e o vento trouxe traços do cheiro de um lobo desconhecido, os encontramos? pensei, nesse instante nossa mãe uivou, o uivo dela não foi para amedrontar, parecia pedir por respostas, então eu percebi algo que provavelmente só minha tinha notado, não era uma alcatéia, era um lobo solitário, a resposta ao uivo de nossa mãe chegou em seguida, estava bem próximo, um uivo alto, então nosso pai também notou, resolvemos avançar na direção do uivo e sentimos o cheiro do lobo se aproximando.

Quando nos aproximamos o cheiro do lobo ficou forte, de um lobo só como tinha pensado, ele avança devagar, estava com medo também, então suas intenções eram provavelmente pacificas, mesmo assim nosso pai não conseguia relaxar, a situação era perigosa para nos de qualquer forma, à frente encontramos uma clareira, ali paramos e esperamos ele vir, pois era um lugar ótimo para um encontro desse tipo.

Não demorou a ele chegar, era um lobo solitário, eu havia visto pouco desses e já fazia meses que não via qualquer lobo que não fosse de nossa alcatéia desde o incidente no Inverno, por isso estava de certo impressionado, o lobo parecia forte mesmo estando realmente magro, ele era alto e tinha muitas cicatrizes, a vida de um lobo solitário era difícil, isso estava estampado no corpo daquele lobo.

Ele avançou até nós com cuidado, em silencio se abaixo e curvou a nossa frente, o que mostrava que ele queria se unir a nossa alcatéia e também que ela estava se colocando completamente a disposição de nosso casal dominante como subalterno, um comportamento assim só pode ser explicado pela verdadeira vontade de sobreviver, nosso pai se mostrou inflexível, aquele lobo parecia quase morto, magro e cheio de cicatrizes, poderia vir a ser um peso para nós, mas o lobo era muito insistente, então nosso pai resolveu testá-lo, o atacou, ele se defendeu quase por instinto e derrubou nosso pai sem feri-lo, os dois lobo trocaram latidos, mas o solitário não parecia muito disposto a lutar, na verdade não sabia muito bem o que fazer, mesmo assim os latidos de meu pai o estimulavam a confronta-lo, seu instinto de sobrevivência era forte, seu espírito mais ainda, só resta saber se seu corpo era tão forte quanto.

Os dois lobos avançaram, seus ataques eram fortes, trocaram patadas e mordidos ambos se machucaram, o lobo solitário mesmo magro era tão forte quanto nosso líder se estivesse em forma poderia ser até mais forte, nosso pai o derrubou com muito custo, e o ajudou a se levantar e o aceito em nossa alcatéia, pois sua força era realmente assustadora os dois macho adulto de nosso grupo se cumprimentaram, esse episodio aumentou a força de nossa alcatéia imensamente.

Assim no fim do Verão nossa Alcatéia quase dobrou de tamanho, estamos mais forte, mas o nosso numero nos força a caçar presas muito maiores e perigosas, no Outono começará a migração dos enormes Búfalos, nosso Líder já decidiu, iremos caçá-los, não nada nesse mundo que eu tema mais que um Búfalo adulto, mas nosso destino e caçar esses demônios.

Ao cair da noite uivamos, todos juntos uma mensagem a todos que ouviram, temam, pois hoje a alcatéia esta muito mais poderosa do que jamais foi!

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Notas finais do capítulo

Os Terríveis Búfalos se aproximam;
Mas Eles não serão o pior inimigo dessa Alcatéia;
O Pior de Todos os Demônios aparece no território deles;
O que farão os lobos?
Não percam O Capitulo Final de WolfTales.
O Outono.
Obrigado Por Lerem!



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