Wolftales escrita por KCoyote


Capítulo 1
O Inverno


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de agradecer o interesse em ler minha Fic. É a minha primeira. Não só minha primeira Fic, como também meu primeiro trabalho na areá de Literatura que não seja ler.
Gostaria de agradecer a Adriana-Narsha que me apoio muito a escrever. E Agradecer a você que está lendo.
Boa Leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/157662/chapter/1

O Inverno

  O Sol Nasceu amenizando o terrível frio que uma tempestade trouxe a nossas terras essa noite, a baixa grama na relva esta com o orvalho congelado, meus dedos estão gélidos, é notável que o Inverno finalmente chegou, mas para nós isso não é problema, muito pelo contrario, nessa época do ano, nossos inimigos se deitam e o frio deixa nossa presa mais fraca, o Inverno é aliado dos Lobos.

  Nossa Alcatéia é liderada por meu Pai, um Lobo grande e Prateado, robusto, firme e decidido, audacioso e acima tudo um líder que sabe demonstrar sua superioridade e minha mãe, uma Loba Negra, altiva, sagaz e detentora de sentidos muitíssimo aguçados mesmo para lobos, os dois lideram meus três irmãos e eu, sou um jovem lobo negro, leve e muito veloz, dois dos meus irmãos são prateados, robustos e fortes como nosso pai e minha irmã é inteligente e sagaz. Nos seis formamos um forte clã, pequeno, mas eficiente.

  Temos um território amplo que se estende por planícies, passando por montanhas rochosas e florestas densamente arborizadas, cortado por um rio que corre o ano todo. A experiência nos ensinou que nossa presa não se movimenta aleatoriamente, eles visitam pontos preferidos durante determinadas épocas do ano e sempre seguem as mesmas rotas, logo, nós lobos também não nos movimentamos aleatoriamente, liderados por nosso pai ou nossa mãe, nos deslocamos até onde nossa presa está. Nós nunca nos perdemos e estamos sempre caçando, sempre caçamos o alvo certo o no lugar certo. Nós Lobos somos caçadores natos.

  Marchamos desde muito tempo, já faz três dias que não comemos, mas isso não é problema para nos, podemos andar muito e correr mais ainda e quando nos alimentamos nós comemos o suficiente para alguns dias, mas mesmo assim a fome começa a pesar e precisamos que o nosso próximo ataque seja bem sucedido, o inverno acabou de começar e precisamos tirar proveito dessa época do ano. Estamos indo em direção a uma manada de cervos, que há muito vêm as nossas terras.

  Já estava de tarde quando finalmente conseguimos sentir o cheiro e o som da manada, estava exatamente onde nossa mãe indicou, mas o numero de animais parecia bem maior a levar em consideração o som de sua marcha, seguiam, como sempre, aos vales a noroeste, não erramos nem o dia, nem o local, era a hora perfeita. Mais algum tempo de caminhada e avistamos a manada, eram realmente muitos cervos, estavam ótimos, o inverno foi ameno até agora e todos pareciam bem alimentados. Esse era um problema inesperado. Avançamos para mais perto, a manada estava num pequeno vale, comiam tudo que fosse verde e que estivesse ao alcance de suas bocas nervosas, ruminantes. Os observamos de longe por um tempo, procurando alvos óbvios, doentes, feridos, filhotes desgarrados, que seriam mais fáceis de capturar, infelizmente não encontramos nenhum cervo nessas condições, nosso pai então avançou e todos nós o acompanhamos.

  Nós nos aproximamos sem esconder nossa presença, nossa presa nos sente, sabe que estamos por perto, se levantam, sentem medo e se preparam para correr. Pode parecer uma estratégia fadada ao erro, se aproximar dessa forma, sem a menor discrição, mas nos lobos caçamos dessa forma, forçamos nossa presa a correr, assim conseguimos identificar nas manadas os animais fracos, mancos ou feridos, concentramos nosso ataque nesse é o pegamos sem problemas, caso não haja animais fracos, nos corremos muito e os acompanharemos afugentando-os até algum cair de cansaço ou ser ferido na corrida.

  Nós procuramos algum indivíduo fraco na manada, enquanto os fazemos andar, de repente nossa mãe fica ereta e sua postura mostra que ela encontrou, conhecemos muito bem esse sinal, seus olhos apontam para presa então não foi difícil identificá-la depois que a loba a indicou, era uma jovem cerva, saudável a primeira vista, mas apresentava uma pequena deformidade na perna direita que deixava ela ligeiramente manca, ela estava junto de muitos outros cervos longe de nos era uma boa corrida até lá. A Loba avança sobre a manada em direção a jovem cerva, nos a acompanhamos e a manada assustada dispara o estouro da manada foi realmente assustador, mas não o suficiente, pois a caçada começou.

  Os velhos e experientes cervos correm juntos para o meio da manada e para nosso azar a jovem era esperta e logo sumiu no meio da manada também. Estávamos correndo sem alvo definido e não tínhamos tempo para definir um alvo fácil, decidimos atacar o que ficasse ao nosso alcance. Os cervos são rápidos e nos forçar a uma corrida incrivelmente cansativa em meio a planície congelada seguindo para floresta, decidimos derrubar um antes deles chegarem a floresta, pois se eles chegarem lá levaram vantagem e será difícil pega-los correndo entre as arvores. Vi minha mãe se aproximar de um cervo jovem, fui rapidamente ajudá-la, atacamos juntos, ferozes ataques nas pernas a fim de cortar-lhe os tendões e derrubá-lo, mas ele é forte e jovem e essa investida pode ser uma forma lenta de derrubar tal animal, de longe ouvi os meus irmãos e meu pai vindo, meu pai havia pensado em um jeito muito mais eficiente de derrubá-lo, sua corrida e forte e rápida, vindo ao nosso lado e avançando contra o alvo, a poucos metros do cervo ele saltou, estendeu suas patas dotadas de garras poderosas e com sua força descomunal atingiu um golpe voraz nas costelas da pobre criatura que caiu imediatamente, nossa mãe de súbito mordeu seu pescoço, o cervo agonizou e berrou, mas logo foi silenciado e morto. O Jantar estava servido e o resto da manada foi embora sem olhar para trás.

  O Inverno foi se intensificando e nossas presas se enfraquecendo na mesma medida, a neve que caia diariamente escondia todo verde e os ruminantes passavam fome. A Caça se tornou mais abundante a ponto de comermos todos os dias, muitas manadas avançam em nossas terras nessa época todas tem muitos indivíduos fracos. Certo dia enquanto caçávamos cervos perto na extremidade norte de nossas terras, nos fomos obrigados a persegui-los durante muito tempo, eram muito resistentes e não tivemos escolha, perseguimos eles até as floresta do norte, onde eu de repente senti o cheiro forte e familiar de meu Pai e minha Mãe, o que significava que saímos de nossas terras e entramos numa terra de ninguém, lá abatemos nossa presa e começamos a come-la, até ouvir um uivo partindo de perto dentro a floresta.

  Outro clã de Lobos estava perto de nós. Não entramos em seu território, não havia marcação de cheiro, mas eles podem ter vindo aqui para evitar que entremos. Comemos o mais rápido que podemos, pois quando eles chegarem estaremos a um passo da guerra e é melhor não perdemos a caça, nosso pai é inflexível sua postura e de ficar e proteger não só nossa presa quanto nosso território, se um clã perder o território estará destinado a morte, e a assustadora presença de um outro clã tão perto de fronteira era muito perigoso temos que expulsá-lo agora.

  O Clã inimigo surge, eles tinham pelo menos dois ou três lobos a mais que nosso Clã e seu líder era um Lobo negro Grande e forte. Meu pai se põe a frente de todos nós, se erguendo, rosnando e latindo, o Líder do Clã deles também avança a frente de todos, isso significa que luta será particular entre os dois não temos permissão para nos envolver, nem ninguém da Outra Alcatéia.

  Os dois Lobos enormes se preparam, ambos estão em ótima forma, seus latidos são assustadores e estridentes, até seu rosnar me gelava o coração, o Lobo Negro atacou primeiro, uma investida feroz sobre nosso pai o acertando com suas garras no seu focinho, ele se abaixa e o lobo inimigo morde se pescoço, mas nosso pai se desvencilha das presas do inimigo e ataca vorazmente, mordendo a perna dele que cai, mas se põem de pé num rápido salto e ataca com a mesma voracidade com a qual foi atacado, saltou sobre ele pronto para um ataque mortal, mas dessa vez nosso pai estava pronto, ele se ergueu e com suas poderosas patas ele acertou o Lobo inimigo e o derrubou, então pisando sobre o inimigo ele uivou. Vitoria! Mas não havia necessidade de sangue, ele soltou o Lobo e ele voltou para seu clã que recuou sumindo na selva novamente e nos voltamos para nossas terras.

  Nesta noite a Lua cheia se ergueu em toda sua perfeição, sua luz prateada tomou toda extensão do céu noturno adornado de incontáveis estrelas, tocando todas as nossas terras e até onde nossos olhos podiam alcançar. Nós uivamos para Lua. Agradecemos o Inverno que foi realmente abençoado e cheio de vitorias e nos preparamos para tempos mais difíceis.

  Pois a Primavera está chegando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A Primavera está chegando...
Época de grandes tensões na Alcateia... Os Ursos Acordam... E Uma Grande Tarefa aguardam os Lobos...
Até o próximo capitulo Obrigado por lido^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wolftales" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.