Digimon Beta - E o Hexágono do Mal escrita por Murilo Pitombo


Capítulo 53
O Circo dos Horrores. Piedmon Ataca!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/15763/chapter/53

Após destruírem o quarto ditador e decidirem que deveriam ir até o Castelo do Hexágono do Mal acabar com os dois restantes, os Domadores Betas se depararam com um circo em uma clareia no meio da floresta por onde caminhavam. Por conta da insistência de Lúcia a maioria resolve assistir ao espetáculo que estava prestes a começar, mesmo contrariando a opinião de Davi e Rafael.

A domadora negra e o digimon de grandes orelhas entram no circo, passando pelo local da lona que estava erguida e sobem doze degraus até perceberem que estavam no ponto mais alto de uma arquibancada, que seguiam em dez fileiras de cadeiras plásticas posicionadas em alturas diferentes até o picadeiro, local onde acontece as apresentações.

Lúcia e Terriermon descem às pressas pela escada do corredor central até se sentarem nas primeiras cadeiras da terceira fileira.

O pequeno digimon senta-se na cadeira mais próxima ao corredor e fica de pé sobre ela, olhando para a entrada, até que percebe que seu domador havia chegado e o procurava. Logo após surgem Gotsumon, Palmon, Davi, João e Verônica carregando Betamon e Plotmon, respectivamente e Rafael com Gabumon.

O grupo de cinco digimons girinos de pele roxa e que anda com dificuldades passa pelo grupo de domadores e sentam-se na fileira logo atrás do Terriermon.

– CARLOS!!! – grita Terriermon acenando com ambas as orelhas - Aqui tem lugar para todo mundo!

O domador magro que tem o cabelo liso e bagunçado sobre a testa, visualiza seu digimon e a domadora do Gotsumon e indica aos demais as cadeiras onde deveriam se sentar.

O local onde a lona do circo estava erguida, desce abruptamente.

– Lúcia! Por que não me esperou? – diz o boneco de pedras passando pelo Terriermon e pela garota, sentando-se na cadeira ao lado.

– Você anda muito devagar!

Carlos pega Terriermon no colo e se senta na cadeira próxima ao corredor.

Verônica, João, Davi, Palmon, Rafael e Gabumon passam, com um pouco de dificuldade, pelos colegas que já estavam sentados.

Todo o local fica escuro e alguns refletores começam a piscar.

Lúcia e Terriermon começam a empurrar os demais.

– Andem logo!

– Saiam daqui! Humanos não são transparentes.

– Terriermon! – diz Palmon séria – Se você encostar um dedo sequer no Davi, eu te jogo na mesa do atirador de facas!

Finalmente todos conseguem ocupar as cadeiras.

Rafael olha em volta e percebe várias silhuetas ocupando todas as cadeiras.

De repente, quatro refletores que estavam posicionados nas extremidades do circo são ligados um a um e vão focalizando um ponto central no picadeiro, ainda vazio.

Uma voz ecoa.

“Respeitável público! A partir de agora todos vocês estão convidados a assistirem o maior espetáculo de todos os tempos.”

Rafael cochicha com o Davi.

– Isso ta muito estranho.

– Calem a boca! – grita Lúcia da outra extremidade da fileira - Eu quero ouvir.

Vários refletores começam a piscar e gelo seco é liberado por uma máquina próxima a eles, formando uma densa camada de fumaça.

Verônica começa a tossir.

– Pra que tudo isso? To quase sufocando.

– Deve fazer parte do show! – responde o garoto de barba cerrada com um dos braços sobre seu ombro.

Lúcia sente uma mão passando pelos seus seios e olha para o Carlos.

– Cafajeste! Pare de passar a mão em mim!

A garota dá vários tapas no braço do domador do Terriermon.

– Que isso sua louca! Eu não passei a mão em você!

– Olha... Mais um casal se formando! – ironiza João.

– Não enche! – responde Lúcia de maneira ríspida.

– Davi – chama o garoto loiro - Vou ao banheiro. Daqui a pouco to de volta. Vamos Gabú.

Rafael e Gabumon seguem passando na frente dos seus colegas, que passam a gritar e empurrá-lo. Terriermon usa sua orelha e dá um tapa na bunda do garoto, que rapidamente olha para Carlos, já do corredor.

– Ta me estranhado? – questiona Rafael antes de sair acompanhado do seu digimon.

Carlos o olha sem entender absolutamente nada e volta a olhar na direção do picadeiro.

Um Otamamon segue o domador loiro e seu digimon.

Uma música bem alegre começa a tocar enquanto os refletores continuavam piscando e vários aplausos ritmados são escutados por todos os domadores.

– Que demora! – grita João colocando-se de pé - Isso ta ficando chato!

Lúcia também fica de pé e começa a gritar:

– COMEÇA! COMEÇA! COMEÇA!

Terriermon segue a domadora e fica de pé sobre a cabeça do seu domador, gritando junto com ela:

– COMEÇA! COMEÇA! COMEÇA!

João sorri com a empolgação da dupla e torna a sentar, deixando-os gritar sozinhos.

Os refletores se apagam repentinamente e as luzes da plateia são acesas em sequência, revelando aos domadores que não havia mais ninguém além deles.

– Como que o circo pode estar vazio? – questiona a domadora negra indignada.

Os domadores se levantam de suas cadeiras e percebem que a saída do circo havia desaparecido.

– Isso é uma armadilha, Lúcia! – grita Davi.

A luz do picadeiro é acesa, revelando a presença do ditador bobo da corte que usa botas amarelas, calça verde, blazer vermelho e luvas brancas, além de quatro espadas guardadas em bainhas que forma um xis nas suas costas.

– Piedmon! – diz o líder dos domadores.

Piedmon gargalha de forma aterrorizante.

– Sejam todos muito bem-vindos ao meu circo. Espero que apreciem o nosso espetáculo.

– Você verá um maravilhoso espetáculo agora!

João leva a mão ao bolso da sua bermuda e percebe que seu digivice não estava lá. Desesperado, o garoto olha o seu assento, o chão e debaixo da cadeira onde estava sentado enquanto tateava todos os bolsos da sua bermuda jeans.

– O que foi João? – questiona o garoto alto, magro e de cabelos vermelhos.

– Meu digivice, primo? Ele sumiu!

Assustados, os demais domadores também procuram os seus respectivos digivices e não os encontram.

Piedmon gargalha ao ver a cena de desespero dos domadores.

– Vocês procuram por isso aqui?

O ditador revela os aparelhos idênticos, que se diferenciavam entre si por conta das suas cores, aos domadores e digimons.

– Sem esse aparelhinho é impossível que vocês evoluam! – diz o ditador.

Gabumon e Rafael encontram um banheiro também feito de lona, onde cada box era separado da área comum do ambiente por cerquinhas de bambu que deixam a mostra apenas os pés de quem estava dentro. O garoto de pele branca e corpo musculoso entra em um dos boxes, enquanto seu digimon, que possui pele amarela e carrega um felpudo manto idêntico a pele do Garurumon sobre as costas, braços e cabeça, entra no box ao lado. No momento em que fazia xixi, Rafael percebe uma pequena pata roxa tatear o seu pé e, sem muito pensar, pisa com força sobre ela, fazendo o digimon do outro lado gritar.

Gabumon rapidamente sai de dentro do box ao lado e vê que um Otamamon estava com a mão dentro do box onde Rafael estava e gritava de dor.

– Gabumon. Não o deixe fugir!

Rapidamente o digimon cachorro segura o Otamamon com ambas as mãos. O pequeno digimon dispara um jato de bolhas nos olhos do Gabumon, deixando-o atordoado.

O pequeno digimon tentava sair do local quando é atingido pela “Rajada Azul” do Gabumon, que o lança contra a lona, ferindo-o.

Rafael sai de dentro do box e se aproxima do pequeno digimon girino.

– O que você quer comigo?

– Não vou dizer!

– Gabumon force-o a falar.

O digimon cachorro bípede, que carrega um único chifre sobre a cabeça, chuta o Otamamon, que se vê obrigado a falar para não perder a vida.

– Foi o Piedmon! Ele mandou que nós roubássemos os digivices coloridos.

Rafael percebe o perigo que todos correm.

– Vocês conseguiram roubar o digivice de alguns dos meus amigos?

– Sim. De todos eles. Só resta o seu.

– Gabumon acabe com ele e me siga.

Rafael deixa o banheiro às pressas e Gabumon lança um ataque com suas garras contra o Otamamon, que não resiste e se torna milhões de bits soltos pelo ar.

Domador e digimon correm pelos bastidores do circo até chegarem a arquibancada. Lá, ambos percebem que o circo estava totalmente vazio e que seus amigos e digimons estavam amarrados na rede de proteção do trapézio, armada sobre o picadeiro.

– Pessoal!

Os domadores veem que Rafael estava livre do Piedmon.

– Rafael fuja daqui e vá atrás de ajuda! – grita João.

– Antes eu irei libertar vocês.

– Não faça isso! Piedmon está te procurando pelo circo. Fuja daqui com Gabumon. Ele roubou nossos digivices.

O domador segue o conselho de João e tenta ir atrás de ajuda. Rafael e Gabumon correm em direção ao local por onde haviam entrado no circo quando o ditador surge caminhando.

– Me entregue o digivice vermelho - Piedmon estende uma das mãos.

– Rafael fuja daqui. Eu vou lutar com ele e ganhar tempo.

Instantaneamente o digivice brilha e o digimon do Rafael é envolto por um casulo de luz, tornando-se Weregarurumon.

O digimon lobo lutador corre até o digimon palhaço de punhos cerrados e tenta lhe acertar um soco no rosto. Piedmon se esquiva e, com um giro de corpo, acerta-lhe um chute, lançando-o contra as cadeiras da arquibancada.

Weregarurumon rapidamente se levanta com as suas garras dianteiras brilhando.

– Garras de Lobo.

O digimon lobo dispara contra o ditador, que também revida atacando.

– Feitiço Final.

Piedmon une as mãos apontando seus indicadores na direção do Weregarurumon e dispara um jato de energia incolor, que dissolve a técnica do digimon do Rafael, atingindo-o.

– WEREGARURUMON! – grita Rafael que estava próximo ao picadeiro.

O digimon lobo regride.

Piedmon sorri e caminha na direção do Gabumon, que tentava fugir e não conseguia.

– Acho que vou começar por esse aqui!

O ditador aplica vários chutes no Gabumon, que geme de dor. Rafael pega uma das cadeiras e tenta atingir o digimon palhaço, quando um escudo de energia transparente surge na sua frente, impedindo-o de avançar.

– Acha mesmo, humano, que pode me impedir? – diz o ditador virando-se na sua direção - Um simples humano como você?

O digimon bobo da corte estala os dedos e faz com que uma das cadeiras ao seu lado levite. Ao mínimo sinal do Piedmon a cadeira plástica avança de encontro ao domador, atingindo-o e derrubando-o no chão.

– Não se arrisque dessa maneira Rafael – pede Carlos.

– Não machuque o Rafa! – pede o digimon cachorro antes de morder a canela do Piedmon e receber outro chute, agora no focinho.

– Gabumon... – balbucia o garoto loiro se esforçando para não cair em um profundo desespero.

Aos poucos, o aparelho dentro do bolso da sua bermuda emite um forte brilho azulado, atraindo a atenção do ditador, que sabia exatamente o que aquilo significava.

– O seu digivice está brilhando. Acho melhor te destruir!

Piedmon saca de uma das suas espadas e avança lentamente na direção do Rafael, que ainda estava imobilizado, no chão, por causa da intensa dor.

A lona do circo se rasga no exato local onde estava suspensa anteriormente. Pelo rasgo, surge um digimon cachorro bípede que possui os pelos do seu corpo inteiramente azul, com exceção do seu focinho e da pelugem ao redor do pescoço, que são brancos. Tem o mesmo porte físico que Weregarurumon e uma achatada calda azul. Veste um macacão sem mangas e que se prendem ao seu joelho. Suas canelas e patas inferiores são mecânicas, do mesmo modo que as enormes mãos metálicas que chegam ao seu cotovelo. Um suporte preso ao seu tórax sustenta dois propulsores brancos que estão nas suas costas, além de um cinturão vermelho de lutador cruzando em seu peito.

Um pequeno garoto que possui características indígenas surge logo depois.

– LUIZ FILIPE! – grita João ao reconhecê-lo.

Piedmon para de andar o olha para trás quando recebe uma poderosa onda de energia sônica lançada pelo digimon cachorro de mãos mecânicas.

– Acabe com ele, Machgaogamon! – ordena o jovem domador.

Rafael corre, se afastando do ditador, e saca seu digivice para recolher informações sobre o digimon recém- chegado.

Machgaogamon, um digimon no nível Perfeito. Esse grande digimon canino humanoide possui duas mãos mecânicas e consegue voar com o auxílio dos propulsores presos as suas costas. Sua principal técnica é o “Canhão Uivante”.

O domador de corpo extremamente definido se aproxima do Gabumon que se levantava.

Luiz Filipe já estava próximo do digimon.

– Como que você ta Gabumon? – questiona Rafael.

– Sobreviverei.

– Consegue se levantar? Precisamos salvar os demais.

– Hei. Foi você que lutou contra Devimon no Deserto do Norte?

– Sim – responde o garoto desconcertado.

– Só agora lembrei. Você é amigo do João, né? Eu estava com ele quando Betamon conseguiu evoluir a primeira vez para Megaseadramon.

– Que bom! – responde o garoto de maneira seca – Você pode ajudar a libertar os outros?

– Claro! MACHGAOGAMON – grita o garoto de traços indígenas – Tente levá-lo para lado de fora.

O digimon canino, que seguia tentando golpear o ditador com socos e chutes e ainda não havia conseguido atingir um único golpe, rapidamente se joga sobre o ditador com os braços abertos e o abraça com força, deixando-o desesperado. Rapidamente os propulsores presos às suas costas são acionados e ambos os digimons deixam o circo, rasgando a lona sobre a cabeça dos domadores que estavam presos a rede de proteção do trapézio.

Rafael, Luiz Filipe e Gabumon correm até os demais e seguiam libertando um por um dos humanos e digimons amarrados quando ouvem uma enorme explosão.

O garoto de pele naturalmente bronzeada e cabelos lisos, rapidamente salta de cima do picadeiro e corre para o lado de fora do circo.

Os Domadores Betas o acompanham na corrida e, ao chegarem do lado de fora, percebem que o ditador palhaço segurava uma das suas espadas acima da cabeça e caminhava até o pequeno digimon cachorro de pelagem azul que usa luvas de boxe e uma faixa amarrada a testa, ambos na cor vermelha.

– GAOMON! – grita Luiz Filipe.

O pequeno digimon tentava fugir quando o ditador baixa a espada na sua direção a toda velocidade.

Dois raios de energia vermelha cruzam o céu e atingem o ditador no peito, afastando-o do pequeno digimon.

Sobre a copa das árvores surge um enorme tiranossauro cyborg de pele vermelha voando com a ajuda de dois propulsores. Visualmente possuía o dobro do tamanho de digimons como Growmon e Greymon. É inteiramente mecânico na metade superior do seu corpo. Seus antebraços possuem grandes lâminas afiadas e em seu peito estão alojadas duas enormes aberturas cilíndricas. Dos seus ombros saem estruturas metálicas que funcionam como propulsores para o voo. Sua cabeça, apesar de inteiramente metálica, lembra muito a sua forma evolutiva anterior.

Ao seu lado voava uma digimon fada do mesmo tamanho que Lilymon. Nas extremidades dos seus braços e pernas não existem pés e mãos, mas sim flores do tipo copo de leite. Seus membros superiores e inferiores seguem em um degradê do branco, a partir das suas extremidades, chegando a cor rosa. Veste um maiô amarelo com um botão de rosas no decote. Seus olhos são graúdos e pretos. Pele branca, cabelos em vinhas verdes e um chapéu que lembra pétalas de flor sobre a cabeça. Presa as suas costas, uma enorme flor rosa de miolo amarelo faz as vezes de asas.

Sobre o ombro do digimon tiranossauro cyborg estavam dois garotos, que descem assim que o digimon aterrissa.

– Guilherme! – grita Verônica ao ver o domador alto, magro e desengonçado.

– Blaze! – acena Davi ao ver o garoto alto, branco e encorpado.

– Os digimons de vocês também conseguem atingir o nível Perfeito? – questiona a domadora da Plotmon.

– Sim! – responde Guilherme – Esses são Megalogrowmon e Lilamon.

Rafael rastreia as informações de ambos.

Megalogrowmon, um digimon no nível Perfeito. Esse digimon tiranossauro possui exatamente metade do corpo revestido pelo metal mais poderoso do Mundo Digital, o Cromo Digizóide. Apesar do tamanho, continua veloz e astuto. Sua principal técnica é o “Canhão Atômico”.

Lilamon, uma digimon no nível Perfeito. Essa digimon fada é defensora da natureza. Possui várias pétalas espalhadas pelo corpo, inclusive suas mãos, pés e asas são formadas por flores. Sua técnica é o “Belo Tapa”.

Gaomon surge caminhando com dificuldades.

– Como que você está? – pergunta Luiz Filipe indo de encontro.

– Estou bem! Pessoal, ele é muito poderoso. Temos que tomar o máximo de cuidado!

– Por que vocês não estão lutando? – questiona Blaze – Antônio me contou sobre os Domadores Betas.

– E cadê Levi? Onde ele está? – pergunta Guilherme, domador da Lilamon.

Os domadores se olham desconcertados. Aquela seria uma triste realidade que todos teriam que enfrentar a partir de agora.

– Que história é essa de Domadores Betas? – interrompe Luiz Filipe.

– Você não encontrou com Antônio?

– Nem sei quem é esse daí.

Uma grande explosão assusta o grupo.

Piedmon estava de pé e, ao passo que movimentava um dos braços de baixo para cima, erguendo-o acima da cabeça, espirais de energia transparente avançam na direção do Megalogrowmon e Lilamon, que já estavam caídos e machucados. O ditador seguia alternando os braços e lançando sua técnica contra os digimons sem demonstrar o mínimo sinal de cansaço.

– PESSOAL! – grita Blaze – Precisamos dos seus digimons!

– Piedmon roubou nossos digivices! – responde João – O único que ainda está com o digivice é Rafael!

– Está esperando o quê, Rafael? Mande Weregarurumon pro campo de batalha!

– Cale a boca! Você não sabe de nada e acabou de chegar!

– Gente, vamos nos acalmar! – pede a domadora negra – Weregarurumon foi derrotado pelo Piedmon há pouco. Ainda estamos vivos por causa do Luiz Filipe! Se não fosse por ele, teríamos morrido.

– Megalogrowmon!

– Lilamon!

– Ele não nos dá espaço, Blaze.

– Também não consigo revidar, Guilherme!

– Acabou a brincadeira – diz Piedmon sem se alterar – Trunfo de Espadas.

O ditador lança suas quatro espadas na direção dos dois digimons Perfeitos, que sofrem diversos cortes até regredirem.

As espadas retornam ao ditador, que torna a guardá-las.

– Droga! – esbraveja João – Se eu e Davi conguíssimos recuperar nosso digivices...

– O que você faria? – questiona o garoto branco e encorpado.

– Nossos digimons conseguem atingir no nível Extremo de evolução.

– Sério? - exclama Luiz Filipe abismado.

– Ah, é mesmo! Você não sabe sobre o Culumon e os Domadores Betas.

– Alguém poderia me contar? Eu agradeceria profundamente.

– É uma história longa Luiz Filipe, mas nós seis: Eu, Davi, Verônica, Rafael, Lúcia e Carlos somos os únicos capazes de atingir o nível Extremo de evolução.

– Mas pra isso precisamos dos nossos digivices! – completa o garoto ruivo.

– Rafael, - chama Piedmon interrompendo a conversa dos domadores - Me entregue o seu digivice.

– Não faça isso! – grita o domador de Terriermon - No momento você é o único que pode derrotá-lo.

– Pelo visto terei que matar outro domador.

Blaze, Guilherme e Luiz Filipe conseguem entender por que os demais domadores não disseram onde Levi estava.

– Levi está morto? – o domador do Guilmon é o único que externa, num misto de raiva e descrença, a dúvida que pairava sobre a cabeça dos domadores que acabaram de chegar.

Piedmon estende o braço direito na direção do Carlos e uma pequena adaga sai pela manga do seu blazer e avança na direção do garoto. O movimento foi tão rápido que o domador e Terriermon não tiveram nenhuma reação, a não ser observar a aproximação da pequena espada.

Rafael estava visivelmente nervoso quando pressiona o digivice vermelho em suas mãos, fazendo-o brilhar intensamente.

Gabumon rapidamente se recupera das feridas e sente uma forte energia dominá-lo.

– CARLOS! – grita o garoto loiro enquanto uma lágrima de ódio rolava pela sua face.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Digimon Beta - E o Hexágono do Mal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.