Rick e Danna beijavam-se apaixonadamente, com calma e carinho, enquanto Rick lembrava-se de como tinha sido difícil para ele a separação dos dois.

Flashback

Era uma sexta-feira cinzenta os noticiários já haviam avisado que iria chover, Danna iria para casa minha casa passar o final de semana já que os pais delas Clara e Sauto iriam viajar com os meus Mitoko e Haru e Nataly estaria em um acampamento da escola com o irmão mais velho de Arthur meu rival. Eu estava tão feliz e posso apostar que Danna também estava em saber que teríamos um final de semana só pra gente, já que mesmo eu tendo 13 anos e Danna tendo 11 anos éramos tratados como crianças... Mesmo mantendo um namoro as escondidas.

- Mãe... Que Horas a Danna chega? –Eu perguntei, nossa como estava ansioso para ver Danna lembro-me que trajava uma calça azul escura e uma camiseta branca, ambas as peças folgadas em meu corpo.

- Não sei Rick, mais por quê essa presa? Vocês estão de namorico é? – Minha mãe Mitoko me encarava enquanto podia sentir meu rosto queimar em brasas.

- Mãe, não me diga besteiras... É que eu e a Danna somos grandes amigos e eu não há vejo faz uma semana... Um tempão pra quem se via todos os dias. – Respondi prontamente tentando camuflar os sentimentos expressos, mesmo sabendo que de nada adiantaria.

- Esta bem, está bem... – Minha mãe olhou para o relógio da sala, dourado e todo trabalhado pelo que me lembro. – Ela já deve estar chegando...  Falando nisso deixe-me passar as regras desse final de semana “liberado”

- Ah não, mãe... –  Revirei os olhos e voltei a encará-la. – Sabe que não gosto de regras.

         Minha mãe me indagou de modo repreensivo, eu sabia que regras para uma “estadia” tranqüila eram necessárias, mas não estava disposto a ouvi-las.

- Mesmo não querendo. – Ela fez uma pausa um tanto tensa. - Vai ouvir. Rick não adianta mentir já sei do caso que você tem com a Danna – Eu me assustei, como ela sabia disso, nunca havíamos dados motivos parar tal e ainda sim ela havia descoberto. Nesse momento meus olhos param de fitá-la, tentei em vão não demonstrar nada, tarde de mais... Ela já tinha notado meu desconforto com a sua descoberta. – Eu sei que é difícil essa idade mas...

- Mãe não se preocupe, eu e Danna não vamos “aprontar” só queremos ficar juntos, eu sei que essa conversa que você quer ter comigo não é em relação as regras e que ela tem por motivo real o fato de você imaginar que eu a  Danna faríamos.... – Estava tão nervoso com aquela situação interrompi minha mãe e  por instantes não consegui terminar a frase.

- Que você fariam sexo. – Ela puxou meu rosto delicadamente com a ponta dos dedos me fazendo voltar a fitá-la, sua expressão era doce e serena, ela ainda tinha um lindo sorriso em seus lábios, o que me deixava mais tranqüilo. - Obrigada meu filho, agora posso ir tranqüila.

Eu apenas sorri olhando-a, então a buzina do carro dos Hitomi tocou quebrando o instante que imaginei ser mágico.

-Comporte-se e vai com calma. – Disse minha mãe abrindo a porta já com uma mala nas mãos dando passagem para Danna, ela estava linda com um vestido branco, cheio de pequenas flores vermelhas como estampa, era lindo e ficava ainda mais belo no corpo de Danna, a deixava com o ar de inocência e pureza, minha vida poderia parar ali... Eu pensava. – Comportem-se. – Minha mãe sorrio dando uma piscadela em quando puxava a porta atrás de si. 

- Ela já sabe? – Danna fitou-me um pouco aflita já pensando no pior enquanto caminhava até mim.

- Não a nada que ela não saiba. – Eu respondi com um sorriso começando a caminhar em sua direção, passos calmos e leves eu diria.

- Então ela não é contra? – Danna abriu um largo sorriso retirando a mochila de suas costas deixando-a sobre o sofá. Como aquele sorriso me fez bem, muito bem.

- Pelo contrario Danna. – Eu retribui o sorriso gentilmente e continuei a me aproximar dela, e assim que nossos corpos ficaram a uma distancia de pouco mais de um palmo eu a abracei, com carinho. – Senti sua falta, minha pequena.

Danna me olhava apreensiva anda estava em meus braços, fitando-me carinhosamente como fazia sempre que eu a abraçava...

- Também senti sua falta Rick. – Ela ainda sorria, sua pele macia em contato com a minha me trazia uma sensação tão doce, tão calma e ao mesmo tão incensa... Nem sei como explicá-la.

- Então o que vamos falar? – perguntou ela fitando-me com seus lindos olhos fitando-me intensamente.

- Vamos assistir um filme? – Eu propus. – De preferência um de Terror.

- Eu tenho medo de filmes assim. – Eu sabia que ela tinha medo, mas adorava quando ela estava assustada e eu estava lá, junto a ela pronto para protegê-la se preciso.

- Eu sei, mas essa é a minha desculpa perfeita para ficar grudado em você – Eu sorri.

         Ela não repeliu meu corpo com aquele comentário, pelo contrario, junto os mais, levantou um pouco sua cabeça que estava afundada em meu corpo e me beijo, calma e docemente como só Danna poderia fazer, eu apenas retribui um beijo calmo, mas repleto de emoção.

- Seu bobão não precisa de motivos para ficar grudado em mim. – Ela argumentava.

- Mais eu quero mesmo assistir um filme de terror. – Mentira, só queria implicar um pouco com aquele nanica.

- Nhay, então eu vou voltar pra casa. – Mal Danna terminará de pronunciar a frase a chuva começou a cair pesadamente, logo ouvimos um trovão e as luzes da casa se apagaram. – AHHHHHHH! – Danna gritou.

- Hei, calma eu estou aqui para protegê-la, lembra-se? – Confesso, a escuridão cobria o meu sorriso e sentir Danna cada vez mais unida a mim por um abraço não era nada mal, mas mesmo assim estava chateado por saber que ela ainda temia o escuro. – Danna fique aqui, vou pegar algumas velas esta bem?

         Eu olhava-a minha visão sobre a escuridão era estranhamente perfeita e eu conseguia vê-la mesmo com a grande falta de luz.

- Não, se você for eu vou com você. – Ela me segurava pela camisa, mesmo sendo tão baixinha Danna também tinha muita força.

- Shiiii. – Sorri maliciosamente ainda encoberto pela escuridão e a pequei no colo, sobre protestos, mais um beijo rápido e carinhoso a acalmou. – Fica aqui quietinha que eu já volto pra você meu amor. – Eu a coloquei gentilmente sobre o sofá e fui para a cozinha pegar as velas;

         Enquanto estava na cozinha pude ouvir alguém bater na porta e Danna gritar dizendo-me que iria atender, ora quem seria naquela hora? Mal podia esperar para saber quem era o invasor que estava prestes a destruir minha noite.