Reconstruir escrita por ToxicDown


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oiee pessoal, vim aqui trazer o 1 Capitulo da fic e ai esta ela. Quero muitos reviews okay! Em breve vou postar o proximo capitulo. Espero que gostem!



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"O homem tem que estabelecer um final para a guerra, senão,

a guerra estabelecerá um final para a humanidade."

John F. Kennedy

Hermione estava na cozinha dos Weasley preparando alguma coisa para comerem. Harry estava sentado à mesa com o queixo apoiado nos braços. Então a Sra. Weasley, sentindo o cheiro da comida, entrou no aposento. Seus olhos estavam levemente avermelhados.

Querida, o que está fazendo?

A garota olhou para Molly meio sem graça.

Desculpe invadir a cozinha assim, sem falar nada. Só estou preparando uma sopa. Vocês devem estar com fome, quase não comeram no almoço.


A Sra. Weasley sorriu, os olhos se enchendo de lágrimas outra vez.

Não precisava fazer isso, Hermione. Eu já ia preparar o jantar.

Não cozinho tão bem quanto à senhora, mas acho que vai dar pra comer ― falou a garota, dando de ombros. ― Pode deixar, Sra. Weasley, eu cuido de tudo. Pode ir descansar.


A mulher foi até ela e a abraçou. Hermione apertou de leve a Sra. Weasley, como que a encorajando. Molly então murmurou um "obrigada" e saiu da cozinha enxugando os olhos com as palmas das mãos.

Hermione ficou alguns segundos olhando para algum ponto no chão, mordendo o lábio inferior, antes de voltar a atenção à panela.

Venha provar, Harry.

O garoto levantou devagar e foi até à amiga. A garota tirou a colher da panela e colocou na boca de Harry, só que rápido demais. Um pouco da sopa escorregou pelos cantos da boca dele, que se afastou com o queixo pingando.

Oh, desculpe!


Os dois se entreolharam e caíram em uma gargalhada gostosa. Hermione jogou um guardanapo então para ele.

Desculpe ― pediu mais uma vez, o sorriso ainda no rosto. ― Mas está boa?


Não entendo como você é boa em poções. Cozinhar devia ser quase a mesma coisa, não?


Hermione exibiu seu ar de decepção.

Mas eu fiz igualzinho à receita! ― exclamou, voltando o olhar para o livro aberto ao lado.

Harry riu.

Eu estou brincando, Hermione! Está ótima.

A garota deu a língua para ele, mexendo a panela devagar.

Não achei graça, Harry Potter ― ela fingiu se ofender. ― Tome cuidado senão... ― ela se virou por um momento e desvirou de repente, a varinha em punhos apontando para o nariz dele. ― …eu enfeitiço você!


Ah, é?

Hermione aproximou a varinha até que encostasse no meio dos óculos de Harry, que segurou os pulsos da garota, impedindo-a de avançar mais. Os dois riram enquanto ela balançava a varinha e Harry tentava se desvincilhar.

Pare, Hermione!


Diga que minha sopa é melhor que você já provou então!

Vai furar meus olhos desse jeito!

Diga então!


Tá ok, é a melhor que eu já provei!


Aha!


Riam enquanto Hermione se afastava, satisfeita. Mas o sorriso dos dois de repente morreu ao encontrarem Gina parada na porta, séria, seus olhos opacos.

Vim perguntar se precisam de ajuda ― falou, a voz estranhamente fria. ― Mas não quero estragar a diversão.


E foi embora. Os dois se entreolharam, desanimados. Harry se recostou na parede, tirou os óculos e esfregou os olhos.

Vá atrás dela ― falou Hermione, acrescentando um novo tempero à sopa.

Por quê? ― perguntou Harry com raiva. ― Estou cansado disso. Cansado de ficar me controlando, com medo de falar a coisa errada, de sorrir nessa casa, de... O que há de errado com ela e o Rony que...?


E se calou. A verdade era que Harry estava cansado de ficar calado em um canto enquanto via os Weasley chorando ao seu redor. Harry também estava triste por Fred, Tonks, Lupin e todos os outros que haviam morrido. Não eram só os Weasley que estavam. A sensação que Harry tinha era a de que estava atrapalhando a família, que queria ficar sozinha e isolada. Rony e Gina, particularmente, andavam quietos e mal-humorados, como se a culpa toda de tudo fosse dele e de Hermione. Como se os dois não fossem dignos de ficar tristes por Fred, já que não eram seus irmãos, e por isso andavam rindo pelos cantos, porque simplesmente não se importavam. E não era verdade, de maneira alguma.

Harry, você precisa entender. Eles só estão abalados. Ficar de cara feia não vai resolver nada.

Eu que estou de cara feia! ― retorquiu ele e apontou para o lugar que Gina estivera momentos antes.

É só você não agir igual ― disse a garota sabiamente. ― E entendê-la.

Harry soltou um suspiro longo. Se desencostou da parede, apertou o ombro da amiga de leve e saiu da cozinha. Olhou em volta. Gina não estava na sala. Olhou pela janela e a viu sentada em uns pneus velhos no quintal, chorando sozinha. Ainda meio sem saber o que estava fazendo, abriu a porta e foi em direção a ela.

Quando o viu se aproximando, Gina enxugou depressa os olhos. Harry sentou nos pneus ao seu lado e não disse nada. Depois de alguns minutos então abraçou os ombros da garota, que deitou a cabeça no seu.

A ruiva imediatamente deixou cair duas lágrimas. Harry beijou o topo de sua cabeça ruiva antes de falar.

Seu eu pudesse eu os trazia de volta, mas não posso ― falou ele.

Gina levantou a cabeça para encará-lo. Seu rosto estava tão vermelho devido ao choro que a cabeça dela inteira parecia estar em chamas.

Não estou culpando você ― disse ela, como se a ideia fosse completamente absurda.

Não?


Não! Se culpasse... eu seria uma louca desequilibrada!


Harry apenas continuou a encará-la. Gina olhou para os próprios joelhos.

Achei que você ia dizer: "mas está agindo como uma louca desequilibrada".


O garoto riu.

Nunca diria isso, mesmo se fosse verdade.

Gina levantou o rosto e sorriu.

Tinha me esquecido o quanto você fica bonita sorrindo ― comentou Harry, sem graça. ― Mesmo com o rosto vermelho como um tomate.


A ruiva abriu o sorriso ainda mais.

"Mesmo com o rosto vermelho como um tomate." Romantismo não é o seu forte ― comentou ela.

É, não vá esperando receber declarações de amor de mim. Afinal, nem tenho o mesmo dom para poesia que você.

Ela franziu o rosto, sem entender, então ele explicou, cantando:

"Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos! Teus cabelos, negros como um quadro de aula! Queria que tu..." ¹


Pare com isso! ― exclamou a ruiva, rindo envergonhada. ― Não é justo, eu só tinha onze anos!


Harry riu e colocou uma mecha do cabelo ruivo de Gina atrás de sua orelha, se aproximando devagar.

Teus olhos são castanhos como besourinhos... ― A garota riu, olhando para Harry com carinho. ― Teus cabelos laranja como abóboras. Queria tu fosses minha, garota divina. Menina que... que...

Que já é sua, seu bobão!

E então Gina puxou o rosto de Harry para ela e o beijou com paixão.


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Notas finais do capítulo

Nota:

¹ Para quem não lembra é o cartão cantado que Gina manda para Harry em "Harry Potter e a Câmara Secreta" no dia dos namorados, página 203 da edição brasileira de 2000:

"Teus cabelos são negros como sapinhos cozidos
Teus cabelos, negros como um quadro de aula.
Queria que tu fosses meu, garoto divino,
Herói que venceu o malvado Lorde das Trevas."