A Ninfa da Cascata escrita por Eleanor Devil


Capítulo 5
Caça aos Lobos


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem



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A Ninfa da Cascata

Capítulo 5 – Caça aos Lobos

Os meses passaram e os encontros entre Sulfus e Ninfa eram cada vez mais frequentes, naturalmente com uma pequena ajuda de Seraph e Elisabeth. O rapaz, no entanto, recusava-se a acreditar que estava a começar a sentir algo mais pela jovem rapariga para além da amizade que se tinha formado entre os dois, continuando a insistir em manter de pé a relação que tinha com Kabale. Nina conhecia agora um pouco mais sobre o mundo onde o seu amigo vivia e em troca ele também conhecia os cantos, até mesmo os mais remotos, do lugar onde ela habitava.

No entanto os encontros começavam a ser desconfiados por Kable, que estranhara o facto de o seu namorado preferir ficar a “estudar” em casa, agora que a escola tinha começado de novo, em vez de ir sair com ela e os outros. Agora o Inverno tinha chegado e com ele o frio, por isso já eram visíveis as pessoas com os seus casacos quentes pela rua e o fumo que saía das chaminés provindo das fogueiras acesas para aquecer as casas.

A campainha para a saída soou e em poucos minutos o pátio da escola que se encontrava antes vazio, estava agora repleto de adolescentes. Sulfus estava a destrancar a sua mota e prestes subir para cima desta quando Kabale juntamente com Cabiria e Gas se aproximaram dele.

“Ei, Sulfus, nós vamos dar uma volta lanchar num café, queres juntar-te a nós?” perguntou a namorada deste

“Desculpem mas hoje passo” responde, Kabale franziu a testa e cruzou os braços

“Hoje? Hoje passas?! Então e os outros dias em que disseste exactamente a mesma coisa?!”

Sulfus suspirou já farto de ouvir as lamúrias da rapariga “Kabale, baixa a voz! Ninguém precisa de ficar a saber os assuntos da minha vida privada. E depois? Não me tem apetecido sair…”

“Ah claro agora deu-te para ficares em casa a estudar como um cromo! Tu não eras assim, Sulfus, antes nem querias pegar num livro, parecia que tinhas alergia ao estudo e agora trancas-te em casa! O que é que me andas a esconder?! Por acaso andas a sair com outra nas minhas costas?!” gritou ela

Sulfus levantou-se, já que antes estava agachado, e agarrou a rapariga com força pelo braço, puxando-a para si, os seus rostos apenas a uns centímetros de distância, um olhar de raiva cobria os olhos âmbar dele “Primeiro: Eu não sou nem me estou a tornar num cromo só porque decidi pôr-me a estudar. Porque caso não te tenhas apercebido, os exames estão aí à porta e eu, ao contrário de ti, não preciso que o papá suborno os professores para me passarem nos exames. Segundo: É melhor que baixes os tom de voz porque a última coisa que preciso é de ouvir mais rumores acerca da minha vida privada e ter os jornalistas e baterem-me à porta de casa!”

“Larga-me, estás a magoar-me!” gritou ela mas o rapaz apertou ainda mais a mão

“E vou continuar a magoar se continuares a falar alto” respondeu ele calmo, Kabale decidiu então ficar calada e após assegurar-se disso, Sulfus soltou-lhe o braço e voltou para a sua mota. Sem proferir outra palavra, o rapaz montou na sua mota e saiu da escola, conduzindo de volta a casa. Depressa chegou lá, colocou a mota dentro da garagem e entrou em casa através da porta que dava acesso directo à garagem.

Subiu as escadas e entrou no quarto onde começou a arrumar algumas coisas dentro da mochila que habitualmente levava para a floresta. Alguém bateu à porta e após ele ter dado permissão para entrar, Seraph assim o fez, fechando depois a porta atrás de si.

“Já vais?” perguntou, tentando esconder o tom de felicidade

“Sim” respondeu enquanto fechava a mala, a sua mãe caminhou até ele e estendeu-lhe algo

“Leva-lhe isto, está a começar a nevar e de certeza que ela não tem nada para se proteger deste frio” disse ela entregando-lhe um casaco branco, o rapaz sorriu e agarrou no objecto “Queria perguntar-te uma coisa”

“O que é?” disse ele erguendo uma sobrancelha

“Eu ouvi dizer que este Inverno vai ser mais frio do que o habitual e não queria que tu andasses a fazer essas viagens até à floresta…estava a pensar…se achavas boa ideia ela vir para cá durante o Inverno” Sulfus arregalou um pouco os olhos perante esta sugestão

“Estás a falar a sério?” disse o rapaz ao qual a mãe respondeu com um aceno de cabeça “Bem…eu acho uma boa ideia mas não sei se será fácil convence-la, ela é bastante agarrada à floresta”

“Eu entendo mas mesmo que ela venha para cá, isso não quer dizer que não a possas levar de vez em quando para a floresta. Não estou só a dizer isto para ela se proteger do frio mas também para perceber melhor como funcionam as coisas deste lado, acho que aprenderia melhor se visse com os próprios olhos”

O rapaz ponderou sobre este assuo, de facto a sua mãe tinha razão…Ninfa poderia aprender melhor as coisas, até mesmo as mais complicadas, se as visse a funcionar com os próprios olhos e não simplesmente com ele a explicar-lhe, o que era algo difícil “Acho que tens razão, quando me encontrar com ela, falo-lhe sobre isso” Seraph sorriu e o rapaz agarrou na mochila e dirigiu-se para os estábulos.

****

Estava prestes a retirar Basilisk do estábulo quando ouviu dois murmúrios, duas vozes, de dois homens, conseguiu ele deduzir “Então estás pronto para a caça?” disse um deles, o outro sorriu e colocou uma espingarda às costas, com um cigarro na boca

“Pois claro que sim! Vamos lá dar cabo daqueles lobos selvagens” respondeu “Vão ficar óptimos como tapete no chão da minha casa!” e os dois saíram a rir-se, no entanto Sulfus ficou paralisado depois de ouvir aquela conversa…os seus olhos arregalados em choque enquanto segurava as rédeas com força

‘Uma caça…aos lobos…? Isso quer dizer…não…Ninfa!!’

Tão rápido quanto pode montou no cavalo e correu em direcção à floresta, rezando com toda a sua força que não seria tarde demais, tinha de os proteger, aos lobos e a Ninfa, se ela estava a acompanhar os animais então de certeza que também seria apanhada numa das armadilhas…não podia deixar isso acontecer, ela agora já não era apenas uma rapariga para quem ele estava em dívida, mas sim uma amiga, uma grande amiga, ele sentia que quando estava com ela que podia dizer-lhe tudo, até mesmo coisas que não conseguia dizer à sua própria mãe…além disso sentia sempre um aperto no peito cada vez que pensava nos perigos que ela pudesse vir a meter-se…e este era um deles, se os caçadores a apanhassem ou aos seus lobos sabe-se lá o que poderia acontecer! Mas isso não ia acontecer, jamais, ele estava determinado a protege-la…

Além disso…o Macho Alfa ainda não confiava totalmente nele, em todas as visitas que ele tinha feito a Ninfa ao longo do Verão e Outono, sempre, mas sempre, ele via o quão tenso o líder das criaturas se punha tenso quando ele se aproximava da rapariga de cabelos loiros…se ele os ajudasse, provaria assim que está e sempre esteve do lado deles que não queria fazer mal alguma à sua “filha”.

Como se conseguisse sentir o nervosismo do seu dono, Basilisk começou a correr mais depressa sem este o ordenar para o fazer. Os dois correram por entre as árvores cobertas da neve branca, as patas longas da criatura preta também estavam agora cobertas pelo manto branco que se apoderara da floresta e de toda a cidade, o ar frio vindo das suas respirações formavam-se em pequenas nuvens para depois desaparecerem no meio do nada. Quando deu conta, Sulfus já era capaz de avistar a entrada da caverna, o que só o fez rezar com mais força que Ninfa e os lobos estariam lá dentro e não a andarem pela floresta, inconscientes do perigo que em breve se aproximaria deles.

Desta vez nem levou Basilisk consigo para dentro da caverna, apenas desceu do animal e correu o mais depressa possível pela caverna fora. Ao chegar ao outro lado, olhou para todos os cantos tentando perceber se Ninfa ali se encontrava ou algum dos lobos mas nada…não havia sinal deles…gritou pelo nome da rapariga, som que ecoou pelo ar mas nenhuma resposta, assobiou tal como todas as outras vezes…e ainda assim nada…isto assustou-o…só lhe restava verificar dentro da cascata, sim dentro da cascata, Ninfa tinha-lhe mostrado durante uma das suas visitas que era ali que ela e os lobos dormiam durante a noite, a enorme cascata tinha detrás de si uma entrada para uma pequena caverna, onde cabiam perfeitamente a alcateia completa e a rapariga, que dormia aconchegada entre o pêlo quente dos animais.

Assim o fez então, com cuidado para não cair dentro d’água, algo que o surpreendeu pois sendo inverno, esta mesma deveria estar congelada, mas agora não era a melhor altura para pensar nisso, atravessou o tronco, com o maior cuidado possível, que lhe permitiria chegar à entrada da cascata e espreitou para dentro da mesma…de novo…nada…isto só podia significar o que ele mais temia

Estavam na floresta

Correu de volta ao seu cavalo e montou-o, guiando-o então o mais depressa possível por entre as árvores e a neve branca. Tinha de os encontrar…

Antes que fosse tarde demais…

***

O que ele mais desejava não tardou muito a acontecer…mas também o que ele menos desejava tinha acontecido…a visão com a qual se deparou, assim que Basilisk deixou de cavalgar e parou não muito longe do grupo que procurava, era horrível…

Ninfa estava ali juntamente com alguns dos lobos cinzentos, lembrava-se bem que ao todo a alcateia era composta por seis lobos, sem contar com as crias que deviam ser mais ou menos umas cinco…no entanto adultos só estavam ali uns quatro e crias só conseguia avistar três também…o que via era horrível, Ninfa estava a tentar libertar dois lobos das armadilhas, tinham sido apanhados nas pernas e estavam bastante feridos.

Sem hesitar mais um segundo, Sulfus aproximou-se deles e agachou-se, a rapariga de cabelos loiros olhou para ele com medo, assustada como quem lhe perguntava o que se estava a passar e o rapaz parecia ter compreendido a pergunta “Lamento ter chegado tarde…ouvi dois homens a conversar sobre uma caça aos lobos e vim para aqui assim que pude…mas não te preocupes, eu não vou deixar que eles lhes façam mal” colocou a sua mão sobre a da rapariga, olhando-a nos olhos determinado “…nós vamos salvá-los” então afastou as mãos da rapariga do objecto que prendia as patas dos dois animais e com toda a sua força tentou abri-la. Demorou mas conseguiu abri-la, com cuidado retirou as patas dos animais feridos e acariciou-lhes o pêlo…

“As feridas são profundas, tens de os levar de volta para a caverna e usar a água…eu vou procurar os outros” estava prestes a subir para o cavalo quando Ninfa lhe agarrou o braço, parando-o “Eu fico bem, não te preocupes comigo” garantiu ele ao aperceber-se do medo que a rapariga sentia “Toma, põe isto” entregou-lhe o casaco que a sua mãe lhe tinha dado e ajudou-a a vesti-lo, depois puxou o capuz e colocou-o sobre a cabeça “Não deixes que te vejam, está bem? E vai o mais depressa possível, faças o que fizeres, não saias da caverna, eu prometo que volto lá com os outros lobos”

Subiu para cima de Basilisk e cavalgou para longe da rapariga, que ficou a olhar para ele até não conseguir vê-lo mais, mas o olhar preocupado permanecia nos seus olhos…não queria que nada de mal lhe acontecesse…no entanto um dos lobos puxou-lhe o vestido de forma a tomar a sua atenção, ela olhou e o lobo fez-lhe sinal para regressarem ao esconderijo. A rapariga hesitou por uns momentos mas então cedeu…

***

Entretanto Sulfus continuava a percorrer o trilho da floresta, pelo caminho já tinha destruído mais armadilhas, agora também tinha colocado o capuz do seu casaco sobre a cabeça, se por azar viesse a encontrar-se cara a cara com um dos caçadores não queria que lhe vissem o rosto porque se tal acontecesse…ele estaria em problemas…veria de novo o nome da sua família nos jornais e revistas, boatos a voarem pela cidade sobre coisas bastante más e isso ele não queria de todo…

Foi então que ouviu…um gemido, não era de uma pessoa mas sim de um animal, esperando que fosse aquele que ele estava à procura o rapaz cavalgou mais depressa até chegar à zona de onde o som provinha…e lá estava…para seu espanto mas também horror, o pequeno grupo de lobos que ali se encontrava era nada mais, nada menos do que o lobo Alfa e a sua família, a sua parceira era a que estava presa na armadilha enquanto duas crias, provavelmente as deles, rodeavam-na e faziam pequenos sons de preocupação. O Alfa ergueu o seu pêlo ao sentir uma presença a aproximar-se dele e da sua família e imediatamente virou-se para Sulfus.

“Calma, calma, eu não vos vou magoar, eu só a quero tirar da armadilha” disse o rapaz ao ver os dentes afiados do animal mostrarem-se…desta vez não tinha Ninfa para o proteger do chefe da alcateia, mas ele não precisava da sua protecção…se conseguiu ter a confiança de todos os outros lobos, então também iria conseguir a confiança do chefe…ouviu a fêmea a gemer algo o que fez o Alfa virar-se para ela…então o seu pêlo voltou à normalidade e ele acalmou-se…Sulfus tomou isto como um passe para poder avançar para a ajudar.

Cauteloso, o rapaz aproximou-se das criaturas, as crias afastarem-se logo e esconderam-se atrás do pai assim que ele se agachou para verificar a ferida da fêmea. Primeira acariciou-lhe o pêlo para acalmá-la o que pareceu resultar “Calma…vai correr tudo bem, eu vou ajudar-te…” a fêmea pareceu acalmar-se, Sulfus então colocou as mãos sobre a armadilha e começou a abri-la tal como tinha feito com a outra, a loba ganiu de dores o que fez o rapaz morder o lábio inferior com receio de a estar a magoar mais…mas em poucos minutos conseguiu abrir a maldita armadilha, o Alfa aproximou-se da companheira e os dois aconchegaram-se um no outro.

Feliz por ter conseguido salvar os outros lobos antes dos caçadores chegarem, Sulfus sorriu perante a cena carinhosa entre os dois lobos que estava a testemunhar…mas a felicidade rapidamente foi interrompida quando Basilisk começou a ficar agitado, fazendo barulhos e erguendo as patas no ar. O seu dono imediatamente aproximou-se dele e agarrou-lhe nas rédeas, acariciou-lhe a crina para o acalmar “Calma rapaz, calma…o que se passa?” Basilisk moveu a cabeça na direcção do alto da colina e Sulfus olhou para lá, não via nada no entanto ouvia algo…passos…passos velozes…só podia ser um dos caçadores…

Tão rápido quanto pôde Sulfus aproximou-se dos lobos “Vocês têm de ir agora” pegou o máximo que conseguia na loba e colocou-a sobre as costas do Alfa, empurrou as duas crias levemente para junto dos pais “A Ninfa já está na caverna, vão, eu vou tentar empatá-lo o máximo que poça” parecendo ter entendido a mensagem do jovem humano, o Alfa começou a correr na direcção da caverna. Sulfus entretanto agarrara num ramo que ali se encontrava a começara a cobrir as pegadas tanto dele como dos lobos para evitar que o ou os caçadores descobrissem pistas deles.

No entanto foi interrompido…ouviu um pequeno ganido…olhou em volta e foi aí que viu...mais uma cria dos lobos cinzentos, assustada, com frio, e a tremer de medo, espreitando por detrás de uma árvore, olhando para ele como quem pedia ajuda. Sem hesitar, Sulfus correu até à cria “Oh céus, anda cá pequenino, anda” estendeu a mão e a cria cheirou-lhe a mão antes de caminhar até ele. O rapaz rapidamente tomou a pequena cria nos braços e segurou-a bem perto de si “Não te preocupes pequeno, eu levo-te até à tua mamã” escondeu a cria no meu do seu casaco para o manter quente…então Basilisk voltou a agitar-se, Sulfus virou-se e deparou-se com o que menos queria…

O caçador…

Este apontava-lhe uma espingarda, no entanto graças ao capuz não era capaz de reconhecer o rosto do filho mais velho dos Zolfanello, este último no entanto estava assustado, não com o facto de poder ser reconhecido mas temia pela pequena criatura que escondia entre os braços…

“Com quem então, és tu que andas a destruir todas as armadilhas” disse o caçador, sem ponderar em baixar a perigosa arma que tinha entre mãos…

Sulfus não hesitou em responder-lhe “E se for…? O que vocês estão a fazer a estas criaturas é cruel e errado, para não dizer ilegal!”

O caçador riu-se “Tens muita coragem e uma boca muito grande rapaz, mas a coragem não te vai servir de muito assim que te enfiar uma bala no meio dos olhos! Agora passa para cá a cria antes que eu o decida fazer à força!” ordenou, Sulfus no entanto esboçou um sorriso grosseiro

“Experimenta…”

“Tu é que pediste…” mas o homem nem teve tempo de premir o gatilho e atingir o rapaz com a bala pois fora atirado para o chão por um dos lobos, lobo que Sulfus já tinha avistado antes daí ter provocado tanto o caçador…sem hesitar um segundo mais, o jovem adolescente subiu para o cavalo com a cria nos braços e cavalgou de volta para a caverna, deixando o lobo terminar o serviço que começara, algo que ele sabia que não demoraria muito e que rapidamente ele o seguiria.

Chegou à caverna e entrou com o cavalo e a cria. Assim que se aproximou das árvores, foi atirado ao chão por Ninfa que o abraçava com uma força extrema, tinha estado bastante preocupada por ele e tinha temido que algo se pudesse ter acontecido mas afinal ele aqui estava, são e salvo e tal como prometera, tinha salvado todos os seus queridos lobos. Sulfus sorriu e levantou-se depois de a rapariga o soltar, colocou a cria no chão que correu imediatamente para junto da sua mãe.

Foi então que o Alfa se aproximou dele, ficaram ambos a olhar um para o outro muito sérios até que…o Alfa abaixou a cabeça em sinal de respeito, o adolescente ao início não entendera aquilo mas ao olhar para Ninfa e vê-la a sorrir percebeu que finalmente tinha conseguido o que queria: tinha ganho a confiança do Alfa. Sorriu sem conseguir evitar. Foi então que se lembrou do pedido da sua mãe…olhou para todos e suspirou…aproximou-se um pouco da jovem rapariga e do Alfa.

“Eu sei que não me entendes muito bem mas…eu gostava de te pedir permissão de uma coisa…” parecendo ter entendido o rapaz, o Alfa esperou que ele continuasse a falar “Eu…gostaria de levar a Ninfa comigo, durante este Inverno, para ela poder ver e aprender melhor como funcionam as coisas do “meu mundo”…” olhou para ambos, os olhos azuis da rapariga pareciam ter-se iluminado de alegria ao ouvir tal sugestão e olhou de imediato para o Alfa como quem lhe pedia permissão para ir, no entanto este parecia um pouco hesitante quanto ao assunto…mas ao ver a alegria que brilhava nos olhos da “filha”, não conseguiu dizer que não e por isso…assentiu com a cabeça.

Ninfa abraçou-lhe a cabeça e acariciou-lhe o pêlo em sinal de agradecimento, Sulfus levantou-se da relva “Eu prometo que tomo conta dela” tomou a mão de Ninfa da sua e ajudou-a a levantar-se. Ambos caminharam até ao cavalo no qual o rapaz subiu primeiro, depois estendeu a mão para a rapariga que a tomou e ajudou-a a erguer-se e a sentar-se sobre a sela, mesmo atrás de si “Agarra-te à minha cintura” disse ele, ela assentiu e circundou-lhe a cintura com ambas as mãos, agarrando-se com força. A rapariga acenou aos lobos em sinal de adeus antes do cavalo partir para fora da gruta.

Os dois percorreram a floresta branca durante uns bons minutos, Ninfa olhava em sua roda maravilhada, nunca tinha ido tanto além da floresta, nunca tinha estado nesta parte. Escusado era dizer que ainda mais maravilhada ficou quando entraram na zona da cidade, não é que eles tivessem atravessado esta mesma mas da colina onde se encontrava a casa de Sulfus, ambos conseguiam vê-la. Ele sorriu ao ver a felicidade nos olhos da rapariga. Entraram nos estábulos onde o adolescente voltou a colocar o cavalo dentro da sua cocheira. Segurou a mão da rapariga e levou-a até à porta das traseiras.

“Vou-te apresentar os meus pais e a minha irmã” disse o rapaz ao abrir a porta e os dois entraram, Ninfa olhou em roda maravilhada pelo tamanho daquela casa…foi então que viu uma mulher muito parecida com o seu amigo só que tinha os olhos laranja em vez de âmbar aproximar-se deles, escondeu-se atrás de Sulfus assustada, este riu-se “Anda lá, não te preocupes, é só a minha mãe” a rapariga espreitou um bocadinho pelo ombro do rapaz, Seraph sorriu-lhes amavelmente mas assim que a rapariga saiu detrás das costas do seu filho ficou boquiaberta…

“M-Mas tu és…”

TBC…


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Notas finais do capítulo

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