- Olá! – Falei.

- Oi! – Disse a garota.

 - Olá Gracinhas! – Disse o careca.

 - Olá Vin Diesel! – Disse Ângela dando um tapa no braço dele pra logo em seguida fazer uma cara de boba e passar a mão nos músculos do braço do careca. – Que músculos grandes você tem!

- São pra te apalpar melhor! – Disse ele puxando Ângela para si e lhe tascando um beijo. Ele não estava cantando a garota ruiva? Será que ele levou um fora e agora ta esfregando na cara dela que ele é pegador?  Será que ele só beijou  Ângela para fazer ciúmes na ruiva do Corvett amarelo? A ruiva do Corvett amarelo ficou com ciúmes? E quanto a Ângela? Ela esta gostando do beijo? Ele beija bem? Por que se beijar eu também quero experimentar! Ela esta gostando de ser apalpada? Ele apalpa com carinho e atenção? Há! Eu também quero ser apalpada! Nem que seja com ódio e brutalidade. Eu só quero ser apalpada! Mais tem que ser por um homem bonitão, gostosão e musculoso, pode ter a careca lustrada também, não tem problema, desde que seja homem e me dê uma boa apalpada! Por que eu quero uma “boa apalpada”? Não faço idéia! Mas... Por que eu estou me fazendo essas perguntas? Também não faço idéia! – Qual seu nome minha doçura. – Perguntou o careca lustrado prendendo Ângela entre o seu carro e seu corpo.

 - Ângela. – Disse ela toda boba.

 - O meu é Alex.

 - Não liga pra ele não. – Disse a ruiva do Corvett amarelo. – Ele sempre faz isso. O meu nome é Kimberly e o cromado é Alex. – Disse a ruiva do Corvett amarelo que se chama Kimberly apontando pro careca lustrado que ela que é cromado e se chama Alex que está praticamente comendo Ângela publicamente, e a danadinha não ta nem ai!

 - Eu me chamo Isabella, mas pode me chamar de Bella. E você ganhou de lavado dos garotos! – Falei dando risada. – E eu gostei muito!

 - É! Alguém tem mostrar  pra eles quem é que manda!

 -Com certeza!

 - Bella! – Ouvi alguém me chamar. Jacob. Ô carinha chato!!

 - Fala “Terceirão”! – Na hora ele fechou a cara.

 - Muito engraçado Swan! Eu estou indo. Você vem?

 - Claro né! Tchau! – Falei pra ruiva do Corvett amarelo que se chama... Como ela se chama mesmo?  - Foi bom ver você ganhando... Como é mesmo o seu nome? – Perguntei coçando a cabeça envergonhada.

 - Kimberly.

- Kimberly. Até mais Kimberly. E ganhe sempre Kimberly. – Falei repetindo seu nome três vezes, para ver se gravo. Então me dirigi a Ângela para me despedir. A separei do careca lustrado que a ruiva do Corvett amarelo que se chama Kimberly diz que é cromado e se chama Vin Diesel. – Ângela. Eu tenho que ir. Mais foi muito bom te conhecer! O Jacob tem seu telefone? – Ela fez sinal de positivo com a cabeça. – O.k. Então eu pego com ele o numero. Tchau Ângela! – Falei a abraçando. – Não se esqueça da camisinha! – Sussurrei no seu ouvido.

 - Não esquecerei! – Afirmou rindo.

 - Tchau Vin Diesel. – Falei o abraçando.

 - É Alex.

 - Alex? Preciso treinar mais a minha memória! – Falei me afastando deles e indo na direção do carrinho verde de Jacob. Ele me jogou as chaves do carro, as peguei por reflexo.

 - Dirija! – Falou indo na direção da sua Lamborghini.

 - Fala serio! – Exclamei. – Eu não vou  dirigir esse troço! – Falei apontando pro carrinho verde. – É carro de garota!

 - E você é o que? – Falou ele sem parar de andar. Eu abaixei a cabeça e olhei para as chaves, pensando. O que eu era? Na verdade, nesse momento não estou sabendo o que eu realmente sou pois minha memória está falha e é capaz de eu achar que sou a Angelina Jolie... se bem que um Bred Pit na minha vida não seria nada mal.

 - Anda logo, Bella! – Disse Jacob entrando no seu carro.

 - Já estou indo! – Disse fazendo biquinho.

 - Que isso mulher?! Ficou doida? – Perguntou ele com a sobrancelha arqueada.

 - Não! – Falei ainda fazendo biquinho. – To imitando a Angelina Jolie! Como estou?

 - Ta linda! Agora entra logo nesse carro e vamos embora!

 - Ah! Deixa eu ser feliz!

 - Vamos logo Bella!

 - Ah! Entendi! Você que sair logo daqui pra não passar mais vergonha, já que perdeu pra Kimberly e pro... pro... que merda, já esqueci o nome do Vin Diesel!

 - Quem é Kimberly? E quem é esse Vin Diesel?

 - São os que ganharam de você hoje! – Falei rindo, Jacob se irritou e entrou na sua Lamborghini e eu continuei rindo de sua cara. Entrei no carrinho verde e segui Jacob até a sua casa, que era três casas antes da dos Cullen, então passei reto pela sua casa e fui direto para onde eu estava hospedada. Jacob que busque o carrinho verde amanhã, por que agora eu vou é dormir.

 Flash Back Off. ( N/A.: Graças a Deus! Até eu já tava enjoendo desse Flash Back!).

 - Bella?! Bella?! – Fui retirada dos meus devaneios por Alice pulando histericamente em minha frente com os braços acima da cabeça os jogando de um lado para outro. – Tem alguém ai? Bella?! – Gritou ela.

 - Para de gritar Alice!

 - O.k. Mas me diz por que você tava olhando para o nada com esses seus olhos arregalados?

 - Os meus olhos não são arregalados!

 - São sim!

 - Não são!

 - São sim!

 - Não são!

 - São sim!

 - Não são!

 - São sim!

 -Não são!

 - São sim!

 - Não... – Fui interrompida pela baixinha irritante.

 - Chega mulher! – Gritou ela me estendendo o telefone. – O Edward já deve estar dormindo com a sua demora.

 Peguei o telefone e olhei assustada para Alice.

 - Mais afinal... O que ele quê comigo?

 - E eu é que vou saber, Bella?! – Disse ela indo na direção da cozinha.

 - Cuida para a comida não queimar, Alice!

 - Ta, Ta! – Disse ela desaparecendo no corredor que dava acesso á cozinha.

 Eu estava nervosa. Não sabia o que dizer ao telefone e muito menos como reagir com o que ele queria me dizer, e nem o porquê dele querer falar comigo. Logo comigo que nem ao menos o conheço! Tive que me segurar para não jogar o telefone longe e voltar para a cozinha e terminar o jantar. Quando estava começando a considerar essa hipótese, Alice aparece no corredor com uma faca em mãos me olhando como se aquele instrumento cortante estivesse ali com o propósito de me perfurar, ou só para me assustar caso eu faça algo e desligue o telefone na cara de Edward.

 - Nem pense nisso! – Disse Alice apontando a faca na minha direção.

 - Pensar em quê? – Perguntei mordendo o lábio inferior e olhando nervosamente para qualquer lugar menos para Alice. É incrível como minha irmã consegue prever o que estamos planejando. Ela sempre adivinha o que vai acontecer!  – Dá pra dar licença? Não ta vendo que estou no telefone? – Perguntei apontando para em minhas mãos. Alice me olhou desconfiada e saiu correndo para á cozinha. Na hora em que Alice sumiu de vista eu comecei a tremer e a vontade de jogar o telefone longe e me esconder em baixo da pia da cozinha voltou... Mais afinal, por que eu estou com medo de atender ao telefone? Deveria ser mais fácil, já que eu não o conheço, não precisaria ficar nervosa para atender sua ligação. Então respirei fundo três vezes e atendi ao telefone:

 - Alô? – Perguntei roendo a unha, quando percebi o que estava fazendo escondi minha mão dentro do bolso da calça.

 - Até que em fim Isabella! – Disse uma voz masculina do outro lado da linha.

 - Bella. Por favor? Me chame somente de Bella.

 - Claro, Bella! Como quiser!

 - O.k.

 - O.k. – Repetiu ele. – Então?

 - Hum... Então? – Ouvi um risinho vindo do outro lado da linha muito parecido com o risinho nervoso que Alice solta quando esta aprontando. – Eu acho que você tinha algo á me dizer, não é mesmo? – Perguntei indo direto ao assunto e saindo daquela conversa sem sentindo.

 - Ah, é! Me desculpe, eu me distrai. – Disse ele rindo nervosamente, ouvi novamente o riso parecido com o de Alice, provavelmente era a Rosalie rindo de alguma coisa. – Erg... Eu queria saber se você poderia vir aqui em minha casa e ajudar com a mudança. – O que? – Então?

 - O que? Eu? Como assim? – Perguntei assustada e ouvindo novamente o risinho parecido com o de Alice.

 - É! Você! E sua família também. Eu sei que é pedir demais, mais é que Rosalie e Jasper estão com saudades dos seus irmãos e também seria bom uma ajudinha com a mudança e... – Escutei um barulho do outro lado da linha e um gemido de dor. – Ai! Por que fez isso?! – Gritou Edward há alguém que lhe respondeu sussurrando. Demorou um pouquinho mais Edward volto ao telefone. – Bella? Você ainda ta ai?

 - To! To sim!

 - Me desculpe te fazer esperar, mais acontece que eu levei um tapa pelo motivo que desconheço! – Ouvi alguém bufar.

 - Não! Tudo bem! Não se preocupe! Eu também te fiz esperar, então... Acho que estamos quites. – Falei suspirando. Só então é que fui sentir o cheiro no ar. Algo estava queimando. – OMG! – Gritei. Agora sim que a casa tava pegando fogo! – Edward?!

 -Oi?

 - Eu vou conversar com meus irmãos e depois eu te ligo. O.k.?  Tchau! – Me despedi rapidamente jogando o telefone longe e correndo á procura de Alice. Quando cheguei á cozinha a fumaça tomava conta do local, corri até o fogão e o desliguei, olhei em volta e encontrei Alice virada para a janela com a extensão do telefone em mãos. – Dona Alice! – Gritei. Alice deu um pulo deixando a extensão cai e me olhou assustada.

 - Eu? – Perguntou ela chacoalhando a mão direita (uma mania que ela tinha quando aprontava e era pega no flagra)

 - Ah! Então era mesmo você rindo no telefone? Eu sabia que conhecia aquela risada! Mas eu nunca iria desconfiar que fosse você o tempo todo! Sabia que isso é falta de educação?

 - Mais eu estava ansiosa! Eu queria saber o que ele queria com você, e pra falar a verdade, eu me decepcionei, sabia? Ajudar na mudança? Mais quem em sã consciência convida uma garota pra trabalhar? Ah! Fala sério! Ele tem sorte de ser irmão de Jasper, porque se não eu já teria tirado aqueles cabelinhos acobreados um por um na unha! O que ele pensa que minha irm...

 - Chega Alice! – A interrompi. – Eu já entendi! Edward Cullen não é nem um pouco cavalheiro! – Falei fazendo careta. Olhei para as panelas que estavam pretas, antigamente elas eram brancas. – Alice? – A chamei sem retirar os olhos das panelas.

 - Eu?

 - O que você estava fazendo que não cuidou das panelas?

 - Ouvindo sua conversa, bobinha! – Disse ela rindo e me dando um soco de leve no braço. – Pizza?

 - Pizza! – Falei saindo da cozinha.

 Mais ou menos meia hora depois meus pais e meu irmão chegaram trazendo sacolas com objetos para decorar a casa, só não entendi o porquê deles não quererem contar nada nem para mim nem para Alice.

 Minha mãe ficou desesperada quando viu a cor de suas panelas e nos botou de castigo. Alice ficou uma semana sem seu precioso cartão de credito e eu sem poder dirigir o meu Lancer. Esse castigo não foi muito justo porque eu vou ter que ir de carona para a escola enquanto Alice sai para o shopping no seu Porsche gastar suas economias que ela tem guardado atrás da cabeceira da sua cama. Sim, eu sei onde é o esconderijo de Alice, descobri quando estava procurando o meu sapato em seu quarto. Em fim, o castigo não foi nada justo, e ainda por cima teremos que limpar as panelas até elas voltarem a ter a sua cor original, o que será bem difícil já que elas eram brancas e agora estavam pretas.

 Só fomos pedir a pizza depois de sermos castigada. Jantamos rindo das palhaçadas de Emmett e algumas perolas que minha mão soltava. Depois fomos assistir a um filme que meu irmão tinha alugado. O filme se chamava Jumper, até que era legalzinho, o ator principal podia se tele transportar para qualquer lugar que ele queria só com a força do pensamento, tinha uns carinhas que achavam que os Jumpers podiam ser perigosos e tentavam matá-lo de todo jeito. No final apareceu uma menina igualzinha a mim, o que fez com que Emmett pula-se apontando para a televisão enquanto gritava “Minha irmã é famosa!”.

 Depois que o filme acabou resolvi perguntar se meus pais queriam ir ajudar na mudança dos Cullens.

 - Pai? O Sr. e a mamãe querem ir ajudar na mudança dos Cullens?

 - Eu não vou poder ir, por que tenho que ir até a empresa e assinar alguns papeis. Mas sua mãe pode ir, sei que ela gosta dessas coisas de decorar casas, e vocês três também não vão!

 - O que?! – Gritou Alice pulando de onde estava sentada. – Como assim “vocês três também não vão!”?!

 - Não vão! Amanhã vocês terão aula, e não quero ver filho meu reprovado por causa de falta!

 - Ah, pai! Deixa? Por favor? – Pediu Alice se ajoelhando em frente ao meu pai apoiando os braços nas pernas dele. – Deixa, Papito? Por favor? – Meu pai nunca resiste a Alice, ela sempre arruma um jeito dele fazer o que ela quê.

- Deixa pai? – Pedia Emmett pulando em cima do sofá. – Deixa, vai? Não custa nada! Deixa, deixa, deixa, deixa, deixa,deixa, deixa, deixa, dei...

 - Tudo bem! – Se rendeu meu pai interrompendo o disco riscado do meu irmão. – Vocês podem ir! Mas não venham reclamar depois para mim por que reprovaram. – Meus irmãos pularam em cima de Charlie comemorando enquanto eu e minha mãe riamos. Alice e Emmett conversavam alegremente, meus pais estavam se olhando de um jeito estranho, e como eu não tinha nada pra fazer resolvi ir dormir.

- Boa noite! – Falei subindo as escadas.