Like The Pain escrita por Other Doll


Capítulo 6
Confortavel cesta de piquenique


Notas iniciais do capítulo

Hello o
aqui estou eu ^^ .. demorei um pouco eu sei : mas minha net ficou louca essa semana e nem deu pra entrar...
tirando que tive q dividir esse cap em 2, se tivesse deixado junto teria ficado muito grande.. o lado bom é q agora o prox, já ta quase terminado ^_^'
atualizando no meio da semana.. e pior semana de prova, eu deveria estar estudando... ah mas é a vida (seu eu bombar em matematica boto a culpa em vc's) o/
de qualquer forma boa leitura ~:)
espero q gostem ^~^



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      Ainda era cedo, mas o ambiente em minha casa já estava bastante agitado. Não era normal se ver Joon tão barulhento e inconveniente assim tão cedo, ele costuma demorar mais pra começar a ser verdadeiramente chato.

       ChangSun tinha me acordado, bateu na minha porta ate que eu finalmente levantasse isso me deixaria irritado, muito irritado, mas por alguma razão eu estava bastante calmo.

          Quando por fim sai do meu quarto ainda usando meu pijama, bocejando e coçando minha barriga, me deparei com aquele meu companheiro de apartamento, com seu casaco verde escuro e ate mesmo com um gorro vermelho na cabeça, aparentemente ele já estava pronto pra sair.

                Ele sempre saia cedo, então pelo menos isso eu poderia dizer que era normal, mas começava a me questionar do porque ele me acordou também. Eu não tinha faculdade hoje, e finalmente depois de tanto tempo, consegui uma folga do meu trabalho na livraria.

                Era realmente irritante tentar pensar em tanta coisa ainda de manhã. Mas ele ia de um lado pro outro, pegando coisas ou sei lá o que, estava mesmo muito agitado.

                _Bom dia _Eu tinha dito a meio ao meu milésimo bocejo só naquele intervalo, apenas para tentar despertar um pouco. Mas como previsto, eu despertar completamente agora era impossível.

                _Bom dia _ Ele olhou pra mim brevemente com um sorriso, mas logo seu sorriso te transformou em um rosto docemente irritado _ Não vai trocar de roupa?_ Os olhos dele me seguiam enquanto eu percorria meu trajeto ate o sofá.

                _Por quê? _ Disse assim que me sentei no acento confortável e macio, eu poderia ter dormido ali de novo, mas ainda sentia olhos me perseguindo É, eu acho que hoje, eu sou a caça _Você já vai sair? _ Eu disse em meio a outro bocejo, e admito que meus bocejos já estavam se tornando irritantes ate mesmo pra mim.

                _Você não teve folga do trabalho hoje?

                Eu demorei alguns estantes antes de responder, meu cérebro parecia ainda estar dormindo, ele foi lento ao processar a pergunta. Permiti que meu corpo caísse no outro acento do sofá, não estava em uma posição boa para minha coluna, mas acho que aquilo era o mais confortável que eu poderia chegar no momento.

                _Ahn... É eu tive folga _ Eu não me interessava pelas perguntas dele, por mais que eu estive calmo ate ainda pouco, agora meu estado normal de irritação pós sono interrompido já estava começando a me afetar.

                _Você vai ter o dia todo livre certo? _ ele estava agora em pé ao lodo do sofá, com uma das mãos apoiada no braço do mesmo,  tinha um sorriso no rosto, aquele maldito sorriso. Por mais que eu não estivesse me importando muito com ele, ainda consegui virar um pouco minha cabeça em sua direção antes de responder.

                _Porque você não vai direto ao ponto?

                Ele sentou apressado no meu lado, me fazendo recuar um pouco com o tronco, o sorriso dele de ainda pouco tinha aumentado consideravelmente, e minha irritação também.

                Aquilo tinha se tornado bastante incômodo quando ele por fim disse _ Vamos a um piquenique.

                _Piquenique?

                _Sim, será como um encontro

                _O-o-o que... e-e-ncontro?

                _Isso _ Piscou com um dos olhos e passou a mão sobre minha cabeça_ Agora vá se trocar, antes que fique tarde. 

                Ele se levantou e voltou ate a cozinha, continuando a fazer, o que seja lá o que estivesse fazendo, me deixando ali ainda no sofá Um encontro? esse cara só podia estar brincando se achava mesmo que eu iria a um encontro com ele.

                Eu olhei em volta procurando meu celular, mas desisti depois de uns 3 segundos de árdua procura, antes que eu tivesse mais tempo pra me preocupar com aquele meu adorado objeto perdido, senti um ótimo cheiro invadir meu nariz.

                Aquilo era realmente assustador, como poderia que ChangSun estivesse fazendo algo na cozinha com um cheiro tão agradável e não o usual cheiro de queimado, que sempre vinha quando ele se aventurava a frente do fogão. Talvez ele só não tivesse queimado nada ainda.

                Eu dei uma olhada em direção a mesa da cozinha, estava com alguns potes, tinha uns copos descartáveis e ate mesmo uma cesta de piquenique. Perguntava-me quanto tempo será que ele tinha demorado pra preparar aquilo, deveria ser cansativo, mas mesmo assim ele mantinha um leve sorriso em sua face. Seria irritante discutir com ele eu apenas me permiti concordar.

                Levantei meu corpo do sofá, nunca imaginei que fosse tão difícil abandonar uma posição tão confortavelmente desconfortável. Eu tinha dado o meu máximo para chegar ate a sala, e agora teria que dar toda energia que ainda me restava para poder voltar ao ponto inicial. Culpava ChangSun por isso. Maldito seja

                O meu andar parecia mais que estava rastejando, mas consegui chegar ao meu quarto sem problemas maiores. Eu poderia ter me deitado na cama, e ter voltado pro meu amado sono, mas não o fiz. Por alguma razão pensei que seria bom me esforçar um pouco, senti que deveria ir com ele nesse tal encontro, seja lá o que ele tenha planejado não deve ser péssimo. E ainda sentia uma pontada de orgulho por meu altruísmo ter superado minha preguiça. Mas eu estava com sono. Eu queria morrer.

                                                                  ~~O~~

              

  Perguntava-me quanto tempo já havia se passado desde que ele começou a dirigir. Pela paisagem que eu via passar diante da janela, era definitivamente uma estrada, parecia estar ficando cada vez mais distante da cidade. pra onde ele está me levando? 

                Eu poderia perguntar pra ele um onde ou quanto tempo ainda vai demorar?, mas sabia que logo depois disso viria um conversa, e eu não estava muito interessado em diálogos no momento, mas o silencio também não estava nem um pouco confortável.

                Na verdade eu apenas me peguei observando o automóvel dele. Eu sabia que ele dirigia e que tinha um carro, mas não sabia que era um tipo desses. Não era um Porshe, ou uma Ferrari, mas parecia ser caro. Como alguém que só trabalha meio expediente como garçom consegue ter dinheiro suficiente pra manter um carro desses e ainda viver? Esse cara realmente...

                _Parece bastante pensativo _ Meus pensamentos foram interrompidos pela voz dele, ainda podia ouvir a musica baixa que vinha do som, mas eu não estava prestando atenção nela mesmo, e não iria começar a me interessar agora _ No que ta pensando?

                Seus olhos ainda fitavam a estrada, eu olhei pra ele por um breve e quase insignificante momento e voltei a olhar em direção a minha janela, admirando aquela paisagem desinteressante e repetitiva de folhagem passando. Eu não iria perguntar, mas já que ele tinha iniciado a conversa, minha pauta de interesse poderia ser colocada.

                _Estava me perguntando quanto será que custou esse carro_ passei a mão sobre o banco de couro inconscientemente, sem desviar meus olhos da janela _ Ele é realmente bem feito, quanto foi? _ disse por fim desviando meu olhar pra ele.

                Ele ainda focava a estrada, e seu semblante era serio.

                _Não sei quanto foi... foi um presente.

                _De quem?

                Ele pareceu meio relutante consigo mesmo para responder a minha pergunta, como se ele próprio estivesse tocando em algo que não deveria, algo que fosse incomodo e desnecessário.

                Houve um suspiro pesado e seco da parte dele _Meu pai..._ é ele realmente parecia incomodado, aquelas ultimas palavras tinham saído como pedras de sua garganta, era visível que não se sentia bem falando do seu passado, ou de qualquer coisa o envolvendo. Mas tenho que admitir que era ate engraçado ver o ChangSun na posição desconfortável às vezes.

                _Então você...

                _Chegamos _Ele me interrompeu com um sorriso no rosto, apontando com a mão esquerda para o lugar à frente.

                Eu tinha ficado tão entretido com o rosto desconfortável daquele que estava dirigindo que mal reparei no lugar onde havíamos chegado. Era como um parque, um grande campo verde com algumas arvore que faziam sombra, flores amarelas, ate mesmo um pequeno lago onde de patos pareciam estar bem descançando. Era tudo quase como uma pintura. tão lindo

                Meus olhos percorreram a grande vista, eu sabia que devia estar com um sorriso no rosto, e sabia também que estava sendo observado atenciosamente por aquele que tinha me lavado ate ali, mas eu juro que não me importei. Não valia a pena se importar.

                O clima estava realmente bom, por mais que batesse um vento frio uma hora ou outra, não era nada que fizesse as coisas parecerem menos agradáveis. Olhei pra trás tentando avistar a estrada, mas percebi que não havia mais asfalto, não havia mais barulho de carros, nem do caótico zunido que vinha junto com a população da cidade, só uma calma e pacifica folhagem verde que se estendia ate onde minha vista alcançava. Como eu não notei isso?

                Era tudo tão bonito e calmo, me sentia bem, uma sensação infantil de felicidade instantânea veio apenas com aquele lugar, talvez se comparando aquele nostálgico arrepio que vinha quando se é criança e vê o mar pela primeira vez.

                Devo ter ficado bastante entretido com tudo a minha volta, era realmente um lugar que me agradava. Só precisaria saber como chegar ate ali de novo. Rodei meus olhos em volta mais uma vez, mas dessa vez procurando o meu hyung. Avistei-o por fim estendendo aquela toalha vermelha com listras azuis e verde em baixo da arvore maior. Ele parecia estar mais feliz do que eu.

                Corri em sua direção, me sentando de pernas cruzadas e cima da toalha, a sombra que a arvore fazia junto apenas aos poucos raios de sol que ultrapassavam a folhagem, deixavam tudo ainda mais bonito. Eu nunca tinha percebido, mas acho que eu realmente preferia lugares assim.

                _Você parece contente.

                Olhei um pouco pro lado procurando de onde vinha a voz, não que aquilo fosse necessário, eu sabia exatamente de quem era a voz e de onde estava vindo. Quando me deparei com o rosto dele vi um sorriso, e logo em seguida retribui seu sorriso também, não sei o que passou pela cabeça dele, mas ele desviou seu rosto de prontidão, e pude vê-lo corar significativamente. Juro que por um segundo achei aquela expressão realmente fofa e adorável, ate mesmo para alguém como o Lee Joon.

                _Mir... você gostou desse lugar?

                Ele olhava em volta com as pernas esticadas apoiando seu corpo em seus braços. Parecia que o constrangimento dele nunca durava muito, realmente uma pena.  Por mais que ele parecesse despreocupado, tinha algo nele que estava me incomodando, seu olhar que percorria toda aquela imensidão não era de admiração, parecia mais de culpa, de pesar.

                Eu nunca fui muito bom em saber o que os outros estão pensando ou sentindo, principalmente daquele meu hyung que fazia questão de deixar tudo a sete chaves. Pela primeira vez, desde que ele foi morar comigo, nunca tinha visto esse tipo de olhar em seu rosto tão belo e provocador, essa sensação era quase irritante, somente não se tornou irritante, porque parecia triste.

                _Estamos muito longe da cidade?

                Ele olhou pra mim sobre o ombro _ Não... na verdade não tem que se preocupar, está em propriedade privada, então ninguém vai nos incomodar_ suas mãos que apoiavam seu corpo foram para a sua cabeça, e ele permitiu que seu corpo se deitasse sobre a toalha que se estendia confortavelmente pelo chão de folhas baixas.

                _Se é propriedade privada, ai sim que eu deveria me importar_ Não tinha dito alto o suficiente para que ele ouvisse, estava falando mais comigo mesmo. Eu imitei sua ação, e permiti a mim mesmo de deitar sobre aquela tolha também. Estávamos quase lado a lado, como se eu soubesse, estava apenas esperando que ele começasse a falar novamente.

                _ Mir, você lembra da primeira vez que nos encontramos?

                _Lembro... cafeteria _ Meus olhos se encontravam fechados, talvez recuperando o sono que me foi interrompido naquela manhã. Tão entretido no meu sono, que quase não percebi como minha resposta tinha sido decepcionante pra ele.

                Meus sentidos estavam adormecendo aos poucos, ouvia a voz dele se afastar, não mais tão consciente para conseguir entender. Ouvi um riso entre - dentes vindo dele, sua presença estava ficando mais distante enquanto meus pensamentos iam se perdendo dentro do meu cansaço.

                Já estava quase adormecendo, meus olhos pareciam carregar pesos imaginários toda vez que eu tentava abri-los. Joon ainda falava alguma coisa, disso tenho quase certeza, mas minha mente estava começando a ficar em branco enquanto o meu mundinho de sonhos me consumia e me levava pra ele. Irritante eu pensava Será que ele não vai calar a boca?

                Por mais que já fosse baixa o resto de voz que ainda ouvia dele, apenas ouvi a ultima frase antes de me permitir afundar no mais puro e confortável sono.

                _Ainda sente falta dele?

                Eu não sabia de quem ele falava, mas meu cérebro respondeu automaticamente

                _Quem?

                Houve uma demora, e junto com isso veio ate mesmo um pressentimento ruim. Eu já estava quase totalmente apagado, qualquer ação que meu corpo tivesse feito, foi totalmente fora do meu consentimento.

                _Você ainda sente falta do SeungHo?

                Aquilo tinha sido o suficiente, sempre foi o suficiente para tirar qualquer resíduo de calma e tranqüilidade de mim, eu me levantei em um pulo, ficando sentado, provavelmente olhando assustado em direção a ChangSun.  Quem meu mundinho dos sonhos esperasse, aquilo definitivamente era mais importante.

                Tentava me lembrar se já tinha comentado alguma coisa com ele sobre aquela razão do meu desconforto. Provavelmente devo ter mencionado o nome dele uma ou duas vezes, mas não o suficiente para dar a Joon a liberdade de mencioná-lo.

                Levantei-me ,passei a mão pela calça, dando leves batidas para tirar qualquer tipo de sujeira ou sei lá o que_ Quero ir embora agora _ Falei esquecendo qualquer tipo de conforto e apego que eu tinha criado com aquele lugar. Sempre que o nome do SeungHo era citado, o branco virava negro, e eu não gostava disso. 

                Caminhei em direção ao carro, mas fui interrompido por uma mão que segurou de leve meu pulso.

                _Não quer saber como eu sei sobre o SeungHo?

                Me virei para encará-lo, soltando meu pulso dele _Eu já falei dele antes? Comentei algo sobre ele enquanto eu estava bêbado? Não importa ...

                _Eu conhecia ele, conhecia ele antes, durante e depois de você.

                Não importa quanto eu o encarasse, ou quanto aquelas palavras rodavam na minha cabeça, Joon conhecia o SeungHo? era difícil para meu raciocínio limitado entender algo que parecia ser tão simples, algo que deveria nem ter importância.

                _Está mentido _ e não tenho idéia de como tinha deixado gesticular alguma coisa.

                _Estou? _ falou como se fosse engraçado manter um sorrisinho sínico em seu rosto. Caminhou sem presa de volta a toalha que ainda se mantinha estendida no chão, sentou nela com as pernas cruzadas, e apontou ao lugar ao seu lado, sugestivo, dizendo para que eu sentasse lá.

                Eu tentei me convencer de que não desejava saber como eles tinha se conhecido, mas mesmo sendo um ótimo mentiroso, não sabia me convencer de nada. Eu caminhei ate a sua frente e sentei ao lado do lugar onde ele mantinha sua mão. Eu ficaria em silencio, pelo menos por enquanto, me manteria em silencio. Eu apenas queria ouvir aquilo, eu tinha que ouvir aquilo. E com um sorriso no rosto ele iniciou.

                _Então? Por onde devo começar? 

..


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Notas finais do capítulo

sooo .... :
o que acharam?? admito que eu ñ gostei muito desse cap,
na verdade eu gostava do cap junto, mas como eu disse tive q dividir.. muito coisa teve q ser adaptada... isso me fez ficar very very sad T---T
o prox vira logo~~ assim espero ~~só tenho que fazer umas coisinhas nele. :) (ò_ó)
de qualquer forma espero q tenham gostad :D
bjjnhoss byebye ^--^/