Simples assim escrita por Ness Malfoy


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas leitoras queridas! Desculpa eu deveria ter postado ontem, mas como eu terminei de escrever ontem e ejá era tarde quando eu mandei o capítulo para a minha beta, ela me enviou só hoje, então postando só agora.
Avisos:
1º Minhas aulas voltam no dia 13 então como vai começar uma nova fase, 1º ano de ensino médio e tal, talvez eu não consiga postar de 14 em 14 dias, mas vou tentar!
2º Esse capítulo está meio sem graça, mas por favor nãooooooooo me matem!!!
3º Estou decepcionada com vocês! Não com todas é claro (não é para vocês Aly, Natynhaa e Belle-Brenda) tipo gente qual é eu tenho 20 leitoras nessa fic e três comentários somente no capítulo anterior??? O que é isso?? Sério eu pensei seriamente em colocar a fic em hiatus, mas não fiz isso por essas três meninas que estavam esperando por esse, mas se continuar assim vou fazer isso! Vou continuar escrevendo e vou mandar para elas somente os capítulos, não posto mais dai! Estão avisadas!
Boa leitura!



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Capítulo IX

Sentei-me em frente à lareira, no chão mesmo. Eu estava precisando sentir a frio e a estabilidade do mesmo, porque, em minha vida, somente isso era estável.

Com a gravidez, tudo estava desabando; meus hormônios estavam a flor da pele;  meu casamento estava novamente definhando; meus melhores amigos haviam se afastado de mim. E o amor da minha vida... havia me abandonado.

Desde que eu mentira para Draco sobre a minha gravidez, eu nunca mais o vira. Alguns me perguntariam o porquê de eu ter mentido, já que eu ainda o amo, mas ninguém sabe que meus gêmeos são de pais diferentes. Por que eu menti? Porque eu não queria Draco preso a alguém que não pode fazê-lo feliz por causa de um filho. Seria melhor ele ser feliz, que fosse com outra mesmo, mas que fosse feliz. Seria melhor para ele.

Mas agora ele sumiu. Não apareceu para trabalhar, não está em sua casa, ninguém o viu desde aquele dia. Ninguém o vê há sete meses.

Era o meu último dia no ministério, depois eu sairia de licença. Já era final da tarde, eu estava colocando meus objetos pessoais em uma caixa para levá-los para casa, não que alguém fosse roubar, mas eu achei melhor assim, eu não sabia quem ficaria no meu lugar, mas isso pouco me importava, eu estava ansiosa para chegar a casa e descansar, vida de grávida é difícil! Principalmente de gêmeos!

- Hermione? – Gina me chamou por entre a porta. Havíamos combinado de ela ir para a minha casa, já que tanto Harry quanto Ron estavam viajando, pelo menos assim eles diziam.

- Sim? – eu disse colocando algumas cartas na caixa. Cartas de Draco, eu devia ter as queimado, mas eu não conseguia, era a única coisa que me mantinha viva e com motivos para viver.

- Vim ver se você está pronta – ela disse, entrando na sala.

Olhei em volta vendo se não havia mais nada que eu precisasse/quisesse levar e não encontrei nada.

- Sim, estou pronta para ir – respondi, pegando a caixa.

- Deixe que eu leve isso – Gina se ofereceu, pegando a caixa. Não hesitei, porque era difícil aguentar comigo mesma.

Gina e eu saímos do ministério e fomos andando até a minha casa.

Em cerca de 10 minutos chegamos a minha casa, Gina deixou a caixa no chão da sala e eu fui trocar de roupa. Ela já estava acostumada a vir para a minha casa então se virou sozinha.

Quando finalmente desci, ela estava sentada no sofá comendo alguma coisa, fui até a cozinha e peguei um pedaço de bolo e me juntei a ela no sofá.  

- Sabe, eu sinto falta dos tempos de Hogwarts! – disse Gina, olhando para o teto.

- Eu também sinto – falei. Era uma cosia normal, sentir saudades do meu passado. Do tempo em que tudo o que eu precisava me preocupar era com o quanto eu tinha que estudar e só, nada mais. Saudades do tempo em que eu vivia sobre o mesmo teto que Draco. Saudades do tempo em que dormíamos abraçados no quarto dele em Hogwarts. Saudades dele, Draco Malfoy – Não queria ter saído de lá, na verdade.

- A vida é dura aqui fora.

- Muito – pensei em Draco novamente.

- De quem você sente mais falta? – ela indagou, me olhando como se fosse uma criança perguntando ao pai o que era uma borboleta – Sinto falta da Luna, faz tempo que não a vejo.

- Draco Malfoy – murmurei, olhando para o chão.

- O quê?

- Sinto falta de Draco. – eu disse, olhando para ela finalmente.

- Você o amava muito, não é mesmo?

- Não amava, amo.

- Por que não está com ele então? E não me venha falar que você fez votos com o meu irmão. – Gina falou séria.

- Não é tão simples, eu não quero que ele fique preso a uma pessoa que tem outro. Gina, ele fez a escolha dele, eu fiz a minha, teremos de viver com isso!

- Mas eu aposto que, se vocês tivessem tido aquele filho, vocês estariam juntos até hoje – disse, se virando para o lado.

- Gina, eu preciso te contar uma coisa – afirmei, depois de um tempo de silêncio. Eu não havia contado para ninguém sobre a história dos gêmeos. - Mas você não pode falar nada para ninguém.

- Hey, confie em mim!

Eu respirei fundo e olhei para o teto. Ouvi barulho de chuva caindo no telhado, depois de um dia abafado, a chuva era tudo o que se precisava.  Respirei novamente, estava chovendo no dia em que eu e Draco nos reencontramos.

- Ronald não é pai dos gêmeos – falei, num sopro só.

Gina me olhou como se não tivesse entendido o que eu havia acabado de falar. Por fim, indagou: - Como?!

- Os meus filhos têm... pais diferentes.

- Ronald e...?

-... Draco.

- Mas... você disse para ele que não era dele! Todo mundo sabe que ele ficou super mal por isso e depois disso sumiu. Mione... por que você fez isso?

- Ele precisa ser feliz. Ele não poderia ser feliz comigo, achei melhor que ele não soubesse sobre o nosso filho.

- Mas ele é o pai, ele tem que saber!

- Gina, você não pode falar para ele, enquanto eu estiver viva, você não pode abrir a sua boca para falar isso, para ninguém!

- Credo Mione, você falou como se fosse morrer daqui a alguns minutos!

- Não sabemos o dia de amanhã – disse.

Depois de um tempo Gina foi embora e eu fui me preparar para dormir.

Quando deitei na cama e fechei os olhos, o passado começou a me perseguir. Eu via flashes do meu passado com Draco, da noite em que eu perdera nosso primeiro filho, da noite em que ele escolheu salvar os pais e se tornou um comensal, do guerra final, da noite em que nos encontramos novamente depois de tantos anos, eram várias as coisas que me vinham a cabeça, já eram mais de duas da manhã quando eu resolvi levantar.

Peguei um pergaminho que estava no meu quarto e uma pena e comecei a escrever. Transcrevi tudo o que aconteceu, tudo o que estava acontecendo, tudo o que Draco não sabia, eu não sei o porquê de eu ter feito isso, mas eu sentia que devia, caso acontecesse comigo eu não queria que o nosso filho fosse criado por Ronald, nem Draco, nem Ron mereciam isso, caso acontecesse comigo as coisas deveriam estar nos seus devidos lugares!

1 mês depois...

Eu estava sozinha novamente em uma noite fria de novembro. Estava acostumada já, sempre ficava sozinha. Mas essa noite parecia diferente, não sabia o porquê.

Fui até a cozinha e peguei um copo d’água. Quando estava voltando para o quarto, senti uma pontada muito forte no ventre, era como se algo estivesse tentando sair. Me apoiei na parede e escorreguei junto a ela até o chão. Eu estava sozinha. Ron estava viajando. Gina estava em sua casa. Eu estava sozinha e a beira do parto.

Eu gritei de dor e vi um liquido escorrendo por entre as minhas pernas. Minha bolsa estourou. Fechei os olhos com força e gritei novamente.  Eu não tinha o que fazer, meus filhos tinham que nascer! Me arrastei pelo chão e peguei uma faca dentro da gaveta, me deitei no chão e rasquei a minha calça e  a minha blusa. Respirei fundo e comecei a fazer força.

Eu não sabia ao certo o que fazer, fiz aquilo que eu achava que estava certo. Fiz mais força e logo comecei a sentir uma dor insuportável; dor que parecia me rasgar por inteira. Senti algo saindo por entre as minhas pernas e logo escutei o choro. Senti as lágrimas quando olhei e vi meu pequeno menino loiro de olhos cinzentos, foi nessa hora que eu ouvi a porta abrindo.

- Hermione? – era a voz de Gina.

- Aqui – eu disse baixa, porque já estava sem força.

- Mione você não vai acreditar... – ela veio falando e me encontrou no chão – Meu Merlin!

- Gina... você... precisa levá-lo... para... ele – falei, e fechei os olhos.

- Mione, mas o que eu faço? – perguntou, pegando o meu filho no colo. Eu estava estranhando uma coisa. Normalmente em casos de gêmeos eles nascem juntos, alguns minutos ou segundos de diferença, por que o outro não havia nascido ainda?

- Tem uma... carta... no quarto... entregue a ele – respondi, algo me mostrava que era o fim, eu já não tinha forças para lutar, eu me renderia, eu á havia feito tudo o que podia, eu... estava morrendo – Gina... entregue a ele... – olhei para o meu filho, ele a perfeita copia do pai... – Draco .

POV Gina

- Draco – Hermione disse isso e o brilho de seus olhos se perderam, sua respiração parou e... ela morreu, a criança em meu colo chorou alto e olhou para a mãe, morta ao chão.

Fiquei estática joelhada ao lado da minha amiga, não sabia o que fazer. Lágrimas caiam compulsivamente, mas eu não sabia o que fazer. Não havia o que fazer, por ela não havia mais nada.

Olhei para o menino que estava em meus braços. Ele era lindo, uma perfeita copia do pai. Era isso que eu tinha que fazer. Levá-lo para Draco. Eu havia vindo aqui contar para ela que Draco havia voltado para Londres, que estava morando em sua antiga casa.

Eu tinha que fazer isso.

Olhei mais uma vez para a minha amiga, respirei fundo e subi as escadas, indo até o quarto dela, vi um envelope sobre a mesinha de cabeceira. Fui até ele e vi escrito Draco Malfoy. Era aquela carta, peguei a carta, enrolei mais o pequeno bebê nos panos e fui até a porta, olhei para cozinha antes de sair, eu tinha que avisar alguém que ela estava lá.

Sai da casa e fui caminhando a passos largos até a casa de Draco, duas quadras dali, a noite estava fria. Apertei mais o passo e logo estava em frente à casa dele.

Bati na porta duas vezes e logo ouvi alguém descendo as escadas, e vindo até a porta.

Ele abriu e se espantou quando me viu a porta com uma criança nos braços.

- Weasley? – ele disse, espantado e olhando para a criança. – O que faz aqui?

- Ela me mandou – respondi, com lágrimas nos olhos novamente.

- Oh, entre então – falou, me dando passagem.

- Malfoy, eu não sei como lhe contar isso – comecei, indo até o sofá me sentando e vendo a criança que estava quieta. – Isso é para você - lhe estentendi a carta.

- Para mim? – ele perguntou enquanto pegava a carta, eu assenti.

Ele leu a carta e aos poucos sua expressão foi mudando. Primeiro, ele pareceu preocupado, depois ele se mostrou desesperado e ao fim da carta ele estava com os olhos cheios de água, mas nenhuma lágrima havia sido derrubada.

- O que aconteceu com ela? – ele perguntou.

- Ela... está... morta.

POV Draco

Eu ouvi aquelas palavras e não entendi o que realmente significavam. Como Hermione Granger poderia estar morta? Como a minha Hermione poderia estar... morta?

- Você tem certeza? – perguntei para a ruiva que estava sentada a minha frente.

- Infelizmente, sim, eu a vi morrer – respondeu, chorando.

- Mas... como? Como ela morreu?

- Eu não sei o que aconteceu. Eu cheguei à casa dela, iria contar que você havia voltado para Londres, quando cheguei lá eu encontrei ela no chão junto a ele – ela disse, indicando a criança em seus braços – Ela o entregou e falou o que eu tinha que fazer e... se foi.

Eu absorvi aquelas palavras. Ela não podia ter me deixado, não podia. Como eu conseguiria criar o nosso filho sem ela? Eu não conseguiria!

- Draco...

- O quê?

- Foi o que ela disse antes de morrer – ela disse e abaixou a cabeça.

Fez-se silêncio na casa, nem ela, nem eu falamos, muito menos o meu... filho, era estranho pensar, falar, isso, meu filho, não que eu não o quisesse eu queria, mas era estranho eu não estava acostumado, até hoje eu não sabia que eu seria pai. E agora ela se foi.

- Eu preciso ir – a Weasley disse.

- Tudo bem – falei, pegando o meu filho nos braços.

- Você vai ficar bem?

- Sim, eu vou... - um dia, acrescentei em minha mente.

- E ele? Você vai conseguir cuidar dele? – eu olhei para o pequeno bebê em meus braços, os olhos acinzentados dele me encaravam, de fato ele era uma miniatura minha.

- Sim – respondi, o olhando.

A Weasley foi embora e eu fiquei com ele em meus braços.

– Nós vamos ficar bem, filho. Nós dois, juntos. 


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?? explicando uma coisa, como a Mione morreu antes do segundo filho nascer, ele morreu, ok? Ok.
Lembre do aviso lá em cima!!!
Até a próxima.
Beijos, Ness.