Minha Aluna Preferida escrita por Jlovestories


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Então...Queria desejar feliz natal e ano novo atrasado,hunf.Tudo de bom pra vocês! Vocês são lindas e eu adoro vocês.Obrigada,de verdade,por acompanharem a fic,ok?ok...bjks e espero que gostem



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Ashley PDV

Já estava sentada na cama do meu dormitório, com as minhas malas ao meu lado, quando uma garota entrou.
Ela tinha cabelos castanhos claros e com ondas bem definidas, seus olhos eram verdes bem  escuros,mas ao entrar no quarto e a luz do sol refletir sobre eles,percebi que mudavam de cor, iam de um verde escuro à um azul também escuro.Era de uma beleza incrível,mas tinha uma certa tristeza no olhar.
Parecia estressada, nervosa ou com preguiça.Pois,quando pisou no quarto, soltou as malas e suspirou.
- Olá – ela disse olhando diretamente pra mim e depois para o quarto – Esse quarto é maior do que o meu do ano passado.
- Oi – respondi secamente.
Ela voltou seu olhar para mim e estendeu a mão.
- Prazer, Lizzie.
- Ashley – apertamos as mãos.
Lizzie se sentou ao meu lado e ficou observando o quarto junto comigo.
- Você não parece feliz.
“Que comentário mais óbvio” pensei.Mas, tentei ser simpática, ela não parecia ser uma má pessoa.
- Não estou – forcei um sorriso.
- E por que?
- Me desculpa,mas eu nem te conheço – bufei.
Eu não estava com paciência,nem um pouco. Acabara de ser abandonada pelos meus pais, eles me largaram em um  internato  e foram embora. Meu namorado,foi demitido e agora nem pode mais me ver.
Ela  respirou fundo e apoiou as mãos no joelho.
- Minha mãe me teve com 16 anos,mas ela nunca olhou para mim como alguém que estragou sua vida,sabe? Mas,meu pai nunca gostou de mim – ela engoliu em seco – ou da minha mãe. Ele chegava em casa bêbado e batia em mim e na minha mãe e foi assim por 11 anos.
A olhei espantada por sua sinceridade, por confiar tanto em mim,sem ao menos me conhecer.Fazia quanto tempo que estávamos ali? 5 minutos? E ela já estava me contando seus segredos mais  íntimos?
- Você não precisa... – ela me interrompeu.
- E então eu cansei disso tudo, cansei do meu pai.Fui até a delegacia e o denunciei, ele foi preso e recomendaram que eu e minha mãe mudássemos de cidade e  nós fizemos  isso. Minha mãe não é a mulher mais rica do mundo,então não mora em uma casa perfeita ou algo do tipo,por isso, eu vim pra esse internato,eu ganhei bolsa e minha mãe não queria que eu morasse em uma favela.
Ela já estava chorando quando terminou.
Ver a Lizzie, ali, chorando enquanto me contava a  história da sua vida me fez pensar o  quão estúpida eu era por ficar triste por não ver mais o Joe. Todos os finais de semana, nós poderíamos sair da escola para visitar nossa família,mas como a minha sumiu (me abandonou) eu iria visitar o Joe, enquanto ela jamais teria o  amor ou respeito do pai.
Suspirei e lhe contei minha história com o Joe.
No final ela apenas assentiu com a cabeça e disse:
- Ele irá te procurar.

Joe PDV

Estava no quarto da minha mãe, lhe ajudando a arrumar suas malas. Ela,finalmente, iria embora. Não que eu não gostasse dela, eu a amo. Mas,  preciso ficar um pouco sozinho e com ela entrando no meu quarto de cinco em cinco minutos perguntando se eu queria comer alguma coisa não seria possível.
Demoramos  um tempo para arrumar suas coisas,mas quando terminamos eu já as levei para a porta e me encostei na parede, estava exausto.
Cody veio até a  sala e se sentou no sofá.
- E então, o que você vai fazer? – perguntou.
Franzi o cenho.
- Sobre a Ashley, cara! Você não vai procurar saber sobre ela?
- Eu... – fui interrompido pela minha mãe que chegou na sala reclamando do quão pesada sua bolsa estava.
- Então, é isso,meu querido – ela soltou a bolsa no  chão e me abraçou – Mamãe vai sentir saudades!
- Também vou sentir sua falta,mãe.
Então,ela me soltou e se virou para Cody.
- Tchau.
- Tchau – ele respondeu, seco.
Ela se voltou para mim de novo e me lançou um olhar piedoso ,abriu a porta e foi embora.
Os dias tem sido bem difíceis desde que lhe contei sobre eu ser o professor da minha namorada. Minha mãe deixou de ser aquela mãe grudenta e pegajosa e nem se quer falava comigo direito, o nosso maior diálogo foi hoje,quando ela estava  indo  embora.
- Joe, o que você vai fazer? – Cody perguntou,de novo.
Me sentei ao seu lado.
- Não sei -  bufei.
- Bom,talvez você deva ir procurar por ela – ele disse em tom zombeteiro.
- Nós podemos ir até a casa dela... –pensei alto.
-Nós?
-Sim!
-Ela é sua namorada!
Apoiei  meu braço no sofá.
-Bom,então,acho que você não vai ligar se eu contar pra sua mãe sobre sua viagem de “estudos” para Londres – Dei um sorriso irônico.
-Você não presta – me fuzilou com o olhar – Vamos Logo!
Ele pegou seu casaco sobre a mesa de centro da sala e saímos pela porta às pressas.
Eu me lembrava bem do caminho da casa da Ashley, não fazia tanto tempo assim que eu havia ido até lá.
Nós batemos na porta acho que umas mil vezes, depois nos sentamos na calçada bem em frente a casa e ficamos esperando até 3 horas da tarde. Tínhamos esperanças de que ela chegasse.
Aonde ela poderia estar senão em casa?
- É isso, ela não chegou...Vamos embora – Cody disse,já se levantando.
- Não! Vamos na escola e tentar conseguir seu novo endereço.Isso, se ela mudou de endereço.
- Você realmente acha que o diretor vai  lhe passar o endereço dela? Você tem problemas,cara...
-Ele pode ceder...
Então,nós fomos caminhando tranquilamente até a escola.
Os alunos não me saudaram como antes,quando eu havia voltado,eles me encaravam de modo estranho e a escola parecia ter menos alunos  do que antes. Eu reconheci todos os rostos, de todos os alunos,mas alguns alunos não estavam ali.Eu cheguei na hora do recreio dos alunos do período da tarde,então todos deveriam estar ali.
Caminhei pelos corredores junto com Cody,onde tinham mais alunos e tenho certeza  que ouvi algo do tipo: ”Ele não trabalha mais aqui”. Uma voz masculina disse e uma  feminina completou “Porque ficou com uma aluna”. Neste instante,eu senti um aperto no peito,senti culpa.
Bati três vezes na porta e Cody se sentou no banco  que havia no corredor,ao lado da porta.
Márcio a abriu e ficou olhando para mim com  um olhar desdenhoso,então  fez sinal para que eu entrasse.
Me sentei e esperei que ele se sentasse e ele o fez.
- O que quer? – perguntou,seco.
-  Só quero o endereço atual de onde a Ashley está.Eu fui até a sua casa e ela não apareceu.
Ele deu uma risada irônica e apoiou os braços na mesa.
- Garoto, você deveria estar dando graças à Deus pelos pais da garota não terem denunciado a escola .Por que ainda está procurando por ela? Cansei desse assunto,Joe.Isso é um pesadelo!
- Você não entendeu. Ela não para de me ligar – menti – Eu não quero mais nada com ela,eu quero dizer isso  pra ela,mas por telefone ela parece não acreditar – me inclinei sobre a mesa – Ela me fez perder meu emprego,Márcio.E,além disso, eu já tenho uma mulher,que está grávida,por acaso.
Ele franziu o cenho.
- Quem é essa garota? –fiz cara de quem não entendeu e ele continuou – Que está grávida...
- Paige – dei um falso sorriso.
Ele parecia estar realmente convencido de que eu queria me livrar da Ashley o mais rápido possível.Acho que os anos em que passei mentindo para minha mãe sobre aonde ia e com quem ia me ajudaram ,de alguma forma,pois agora, eu já consigo mentir sem ter a mania de coçar o nariz.
- Perdemos muitos alunos – ele disse cabisbaixo –, alguém contou para os alunos sobre isso e alguns contaram para os pais e eles logo tiraram os  filhos da escola.
Fiquei imaginando o que ele queria dizer com tudo isso,aonde queria chegar.Afinal,ele me ajudaria ou não?
- Isso precisa acabar de uma vez  -então,finalmente,Márcio se inclinou e abriu a gaveta,pegou um cartão e jogou sobre a mesa- Vá até lá e fale com ela, a faça desistir, mostre-a que acabou.Ela acabou com a sua vida Joe,lembre-se disso quando vê-la...
Ele parecia ter medo de que eu,”que não gosto mais dela”,quando a visse me lembrasse de tudo e a quisesse de volta.
Assenti com a cabeça e sai da sala,vitorioso.
- Conseguiu ? – Cody levantou o olhar e me  perguntou.
- É claro! – fizemos nosso toque especial e saímos da escola às pressas.
O caminho era longo. Muito longo. Era em outra cidade! E eu nem tinha um carro,nem o  Cody.Éramos dois perdedores em um ônibus fedido procurando por uma garota que naquele momento poderia estar beijando um universitário.
- Você precisa comprar um carro – Cody disse tampando o nariz com a blusa.
Era um cheiro realmente horrível.
Assenti  e me encolhi no banco.
Depois de algumas ( dolorosas ) horas no ônibus,ele parou no centro da cidade onde o internato era localizado. Andamos,andamos e andamos mais um pouco até que chegamos.
Era um lugar bonito,havia quase uma  floresta em frente a ele,mas ainda era possível ler seu nome em vermelho,em uma enorme placa branca bem no alto: Internato Vanguard.
Entramos na escola e nos deparamos com uma secretaria – bem bonita,por sinal – que nos atendeu com um enorme sorriso no rosto.
- No que posso ajudar?
Cody deu um sorriso malicioso e se aproximou da mesa  onde ela estava sentada.
- Bom...- o interrompi antes que ele falasse  alguma besteira.
- Estamos procurando minha irmã, Ashley – a secretária pareceu pensar um pouco.
- Ashley, a garota que entrou ontem?Ela está no bloco B no quarto 5.Mas,espere um pouco...
Assenti com a cabeça e dei um falso sorriso.
Ela olhou alguns papéis e depois respondeu:
- Ah!Infelizmente o senhor não pode visitá-la agora.Alunos não recebem  visitas,eles saem nos finais de semana e encontram a família.Lamento,o senhor terá que esperar.
- Tudo bem – bufei e me virei –Vamos,Cody.
Sai pela porta mas pude ouvir Cody falando: “ Me liga”para a secretária.Aposto que piscou e lhe entregou seu “cartão especial para garotas”. Ri pensando sobre isso.
-Ok – ele disse, chegando ao meu lado– Vamos pra casa,ela nos visitará no final de  semana.
-Não!-exclamei –Irei vê-la agora.
- Como?
Olhei para ele por um momento e sai em disparada pelos corredores da escola,assim que me viu, a secretária veio correndo atrás de mim gritando:
- Pare,seu louco!Pare!
Cody nem se moveu,ficou me assistindo correr até me perder de vista. Subi as escadas e entrei em uma  porta  onde havia uma placa: Bloco B. Entrei e me deparei com um corredor completamente branco,o único ponto de luz eram as maçanetas douradas. Corri pelo corredor e fui olhando para as portas,quando cheguei na porta número 5,eu  paralisei.Olhei para o lado e vi a secretária vindo em minha direção,apenas levantei meus braços e fui  até ela.
-Me desculpe,perdi a cabeça por um momento – disse,chateado comigo mesmo.
- Eu poderia ter chamado a segurança! – ela gritou e apontou – Vá embora.
Assenti com a cabeça e voltei até a entrada,cabisbaixo. 


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Notas finais do capítulo

Fiquem calmas.O Joe não é idiota...