Primavera escrita por Jules
Notas iniciais do capítulo
Provavelmente só vou postar o novo capítulo o ano que vem gentem kkkkkk Beijos pra vocês e que vocês tenham um ótimo ano novo. Que todos os seus sonhos se realizem. Beijos e até 2012.
Amo vocês
O sol estava tão encoberto pelas nuvens que não havia como saber se tinha se posto ou não. Depois do longo voo – perseguindo o sol em seu movimento, que por isso parecia não se mover no céu –, a sensação era especialmente desorientadora; parecia que o tempo não variava. Fiquei surpresa quando os prédios deram lugar às primeiras árvores, indicando que estávamos chegando.
- Você ficou muito quieta – observou Taylor – O avião a deixou enjoada?
- Não, eu estou bem.
- Você parece estar mais preocupada do que eu.
- Está preocupado?
- Um pouco – ele declarou enrugando a testa e projetando o lábio inferior para frente – Mentira. Eu estou muito preocupado.
- Não fique.
Ele ergueu uma sobrancelha para mim. Sabia que era inútil e – o que eu mais odiava admitir – desnecessário pedir-lhe para manter os olhos na estrada.
Quem era eu para tentar acalmá-lo? Estava tão – ou mais – nervosa do que ele. Apontei todos os caminhos que tínhamos que entrar até pararmos em frente à imensa casa. Luis e Rosana esperavam na porta.
- Não acredito – Taylor murmurou.
Olhei para ele curiosa.
- O que houve? – Perguntei.
Ele não respondeu. Sorrindo, ele saiu do carro e ficou na frente da minha porta abrindo-a para mim e me ajudando a descer.
Nós andamos o mais calmamente o possível e a um braço de distância do outro. Meus pais sorriam e – impressionantemente – Taylor sorria também. Como ele conseguia? Eu estava tão nervosa! Minhas pernas estavam tão bambas que a qualquer momento eu poderia cair.
Assim que os gritos e abraços cessaram, meu pai foi falar com Taylor.
- Você voltou! – disse meu pai o abraçando – Como você está garoto?
- Estou bem, muito bem na verdade.
- Quando tempo Taylor! – disse minha mãe – Você tem visto seus pais?
- Tem muito tempo que não os vejo.
Eles conversavam animadamente, contando as novidades um para o outro. Eu os encarava com a boca aberta. Alguém pode me explicar o que está acontecendo?
Comecei a gaguejar impressionada demais para conseguir dizer algo com clareza.
- A-alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?
- Esse é o seu namorado, Jules? – meu pai me perguntou, rindo.
- Qual é a graça?
Taylor percebeu que eu não estava gostando nada daquilo e veio em minha direção. Eu o encarava e ele sorria. Pegou a minha mão e beijou minha testa – me fazendo corar.
- Eu conheço seus pais há muito tempo – explicou-me ele – Eu era o único “ mecânico ” que morava por aqui e conserto o carro do seus pai a quase dois anos. Foram eles que me falaram sobre Billy e Jacob. Eu só descobri que ele era meu pai graças a eles – ou melhor – graças a você.
- Caramba! Isso é... Nossa!
Passei o resto da tarde ouvindo histórias de Taylor e meus pais. Nós não ficávamos muito próximos do outro – éramos tímidos demais para isso. Quando decidimos dar uma volta pelo jardim meus primos, tios e amigos que moravam comigo desde quando eu era um bebê vieram me ver. Todos olhavam críticos para ele.
Quando Henrique chegou, nós dois começamos a pular feito crianças. Ele me deu um abraço de urso daqueles que costumava me deixar sem ar. Ele morava em uma das casas que existiam lá. Todas iguais, lado a lado. Pareciam casas de boneca, algumas tinham flores, anões de jardim e bichos de estimação. O que mais me encantava era a cerca branca que protegiam todas elas. Eram tão encantadoras, combinavam tanto com o lugar – ainda mais no outono – mas as cercas eram o suficiente para evitar qualquer acidente.
Eu fique extremamente decepcionada. Todos conheciam e amavam Taylor. Eu não tive que passar por nenhuma situação constrangedora nem nada do tipo. Ninguém sabia que ele era meu noivo. Taylor disse que daria a noticia na hora do jantar quando todos – até meus sobrinhos – estivessem reunidos.
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