O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 41
O corpo que toma a pedra filosofal


Notas iniciais do capítulo

Episódio +18. Neste capítulo Edward toma uma difícil decisão. Winry enfrenta seu pior pesadelo.

ATENÇÃO: Os capítulos "A grande noite - parte 2", 'O Dia Seguinte' e "O retorno de Greed e a decisão de Havoc" estão reeditados.



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Roy - Merda, Breda! - Bateu no volante duas vezes assim que ouviu a notícia do sumiço de Winry Rockbell e seu filho. - Como vocês deixaram eles sozinhos? 

Breda - Coronel, o bebê acabou de nascer, precisava de mantimentos. A menina também porque acabou de dar a luz. Não tínhamos outra opção a não ser deixá-los sob os cuidados de Sheska! 

Roy - Porra! - Passou as mãos nos cabelos, exasperado. A situação piorou consideravelmente com aquela informação.

O moreno olhou Riza de relance. 

Roy - Primeira Tenente, nosso plano A deu errado. Vamos ter que improvisar. Desligue. - Deu a ordem, fazendo Riza tirar o telefone de seu ouvido e depositar novamente no gancho no banco de trás do carro. 

Riza - Eu sabia que esse plano era arriscado demais. - Passou as mãos nas têmporas, preocupada. 

Roy - Se tivessem me esperado, as coisas não estariam como estão.

A loira não podia deixar de dar razão ao homem. Ela e Havoc agiram por conta própria, levados pelas súplicas de Winry. 

Riza - Desculpe pelo erro, senhor.

Roy - Você já se desculpou de forma muito decente, Primeira Tenente. - Deu-lhe um olhar furtivo, mas Riza sabia que ele se referiu ao que aconteceu no chalé. 

A militar revirou os olhos, irritada por permitir que aquilo tivesse chegado tão longe. 

Riza - Brincadeira e insinuações não são bem vindas agora. Acabamos de colocar em risco duas pessoas inocentes. 

Roy desfez o semblante jocoso. 

Roy - Eu sei. - Fechou o cenho, compenetrado. 

A situação estava se encaminhando para algo muito mais perigoso do que previa. Toda aquela espera dos homunculus para conseguir uma criança, a facilidade com que descobriram a assassina de Maes Hughes. Algo não se encaixava. 

Riza-  Tem alguma coisa estranha nessa história. - Balbuciou as palavras, avistando o carro com os outros soldados a sua frente. Mesmo com a demora dentro do chalé, havia conseguido alcançá-los. 

Roy - Também acho, essa criança está fora de contexto. Se eles pretendem abrir o portal para criar seu exército de homunculus, por qual motivo fizeram aquela menina ter um bebê do Edward? 

Riza - Só se… - Um pensamento distante tomou conta de sua mente. - Só se tiverem outros planos para essa criança. 

Roy - Outros planos… - Sussurrou para si mesmo, tentando pensar em algo que fizesse sentido. Colocou a mão esquerda sob os lábios, pensativo. - Planos que envolvam um exército de homunculus… - Tentava pensar em algo. 

Riza - Coronel! - Falou, exasperada. - Eles querem a criança para liderar o exército de homunculus! 

Roy a fitou, chocado. Não poderiam ter ido tão longe assim. 

Roy - Isso seria uma grande merda. - Um suor desceu por seu rosto. - Seria um grande concorrente para mim. 

Riza o fitava com preocupação. 

Roy - Fique calma. - Tirou a mão do cambio do carro e depositou sobre a mão da loira, em cima da coxa. - Vai dar tudo certo. 

A loira afastou sua mão. 

Riza - Estamos em horário emergencial de trabalho. Não me trate como uma mulher indefesa. Sou uma profissional militar. 

Roy - Sim, senhora. - Falou, devolvendo a mão ao volante. - Mas não se preocupe, porque essa história não faz sentido. Por qual motivo Hohenheim iria querer um novo Elric se tem Edward? Ele poderia querer Edward como o líder ou até mesmo devolver o corpo de Alphonse. 

Riza - Nada faz sentido. - Colocou as mão entre as sobrancelhas, tensa. 

Roy - Não se preocupe que eu tenho as minhas cartas na manga.

—---

Winry ouviu um choro de criança distante de si. Sua cabeça doía de forma aguda, abriu os olhos com dificuldade e avistou estar em uma sala, o chão era molhado, seus pés estavam presos por correntes e seu filho gritava do outro lado da sala. 

Winry - Filho! - Gritou, desesperada, mas logo uma mão gelada tampou seus lábios. 

Envy - Faz silêncio, humana. 

Winry ergueu os olhos e viu um homunculus lhe entregar uma expressão entediada. Lágrimas surgiram no rosto da protética. Era o fim. Não havia conseguido escapar. Pegariam Maes e a matariam.

Winry - Por favor. - Suplicou, após o homunculus tirar a mão de seus lábios. - Eu faço qualquer coisa, mas deixem meu filho em paz. - Soluçou, nervosa. 

Envy - Humanos. - Deu uma risada. - Tão frágeis. - Virou-se para a mulher de joelhos a sua frente. - Não adianta suplicar, os planos para esse bebê já estão certos. Lamento. 

Andou mais alguns passos, sentando na cadeira ao lado da criança. 

Envy - Só não aguento mais esse choro. Faça parar essa merda. - Pegou a criança de qualquer jeito, e colocou sobre o colo de Winry. 

Winry - Filhinho. - Beijou as têmporas da criança, preocupada. - Ele está com fome. - Olhou para o homunculus esperando uma resposta, enquanto ninava o bebê. 

Envy - E daí? Se vira!

Winry - Eu preciso amamentá-lo. - Disse, apreensiva. 

Envy - Então faça isso, sua estúpida. - Deu alguns passos longe da criança, tampando os ouvidos. - Não vou te dar privacidade, se é isso que quer. Anda logo, não aguento mais esse barulho! 

Com o aviso nada educado de Envy, a loira se apressou e desabotoou a blusa, colocou o seio para fora e calou o bebê com o leite. O homunculus a encarava interessado. 

Envy - Belos seios. - Cruzou os braços. 

Winry - Você é só um moleque que não sabe a diferença entre amamentação e nudez. - Revirou os olhos, com uma coragem que nem ela acreditou. Ele poderia muito bem torturá-la. 

Envy - Cala a boca, sua insolente. - Desferiu-lhe um tapa em seu rosto, fazendo-o arder até sua alma. Lágrimas surgiram no rosto da loira. - Não me desafie ou eu faço o que quiser com você e essa criança. 

A loira se calou, precisava ser prudente e aguentar o que viria a seguir. Sua única esperança era alguém conseguir salvá-la ou bolar um plano de fuga. 

Após quase uma hora de silêncio, a loira procurou o homunculus na sala. Ele parecia descansar de olhos fechados. 

Winry - Preciso fazer xixi. - Falou baixo. 

Envy - Problema seu. - Cruzou os braços atrás da cabeça. 

Winry - Se eu pegar uma infecção, não vou poder alimentar esse bebê. 

Envy - Não enche o meu saco, garota. - Abriu os olhos, irritado. 

Winry - Você quer ver ele gritar até sair todo o ar dos pulmões? 

Envy - Porra, garota do inferno! - Levantou, irritado. - Pois eu não vou ficar mais aqui cuidando de vocês, a Lust que se vire. - Soltou as correntes e a levou ao cubículo separado do ambiente em que estavam antes. - Faz logo. 

A loira se abaixou e levantou a saia comprida até os joelhos. Havia somente um buraco no chão, mas seu desespero era tanto, que não importava a higiene. Aliviou-se e voltou a descer a saia. 

O homunculus voltou a amarrá-la somente nos pés e se sentou na cadeira, observando a criança. 

Envy - Quem diria que aquele pirralho nanico teria um filho mesmo. 

Winry - Vocês planejaram isso. 

Envy - E vocês executaram. - Deu de ombros. 

Winry sabia. Sim, ela havia executado o plano. Agora que todo o seu temor nos últimos meses se concretizou em poucas horas, cogitava se poderia ter agido diferente. 

Lágrimas de desespero lhe tomaram conta. Os soluços eram tantos que quase a fez vomitar. 

Envy - Não adianta mais chorar, vocês todos vão morrer. Apenas aceitem. - Levantou da cadeira, rindo. - Sabe o que é mais patético de tudo isso? Enquanto você aí fica chorando pelo seu amor e lidando com as consequências de abrir suas pernas, o nanico está lá comendo gente. 

A loira o olhou estarrecida. 

Winry - O que você está dizendo? - A confusão estava instaurada em sua cabeça. 

"Edward também está aqui sequestrado? Será que está bem? Ele quis dizer literalmente comer alguém ou transar?", confabulou a garota em poucos segundos. Nada daquilo fazia sentido. 

Envy - Igual ele fez com você. Ele estava na sala ao lado, transando com Lust. - Falou pausadamente no intuito de feri-la. 

Winry- Você mente. Só está dizendo isso para me magoar. 

Envy- De jeito nenhum. Ter você surtada aqui dentro só vai me dar mais trabalho. - Deu alguns passos no pequeno espaço. - É difícil ouvir a verdade. 

Aquelas palavras faziam sentido e eram um grande soco em seu estômago. Winry estava sem comida há dois dias, seu corpo ainda se moldava a antiga forma após o parto, seu emocional estava confuso, sentia a baixa dos hormônios e estar naquele lugar com aquelas pessoas era demais para ela. 

Sentia uma angústia e desespero lhe invadir. Sua respiração ficou descompassada, o coração parecia explodir. O choro começou a descer pelos olhos, tremores lhe invadiram o corpo e uma vontade excruciante de fugir daquele cubículo. Estava sufocando com uma clara sensação de estar enlouquecendo. 

Envy - Chilique não! Não consegue ouvir a verdade? Lust curte homens que a desprezam. Então ela coloca uma substância no nosso corpo que nos deixam a ponto de bala. Não tem como não foder. Entende, garota? - Puxa o cabelo da loira. - É isso que ela faz com todos. O seu namoradinho é só um homem igual a todos que precisa despejar a porra em algum lugar. 

A loira vira a cabeça para não olhá-lo. A ânsia de vômito aumenta, a hiperventilação começa a deixá-la tonta. Os olhos embaçados de tanto chorar cravam a visão na porta quando ouve um estrondoso barulho lhe invadir os tímpanos. Podia jurar que o som era de uma bomba, mas fora impedida de completar o raciocínio quando viu Edward na porta de entrada. 

O barulho acordou o bebê que gritava, mas a loira não conseguia tirar os olhos daquele homem. Um homem que não parecia o Edward que conhecia. Estava usando somente uma calça preta, seus cabelos estavam soltos e seu olhar era duro, frio, vingativo. Parecia ainda mais forte e mais largo, como se aquilo fosse possível. Um olhar tão impiedoso que fazia ela duvidar ser ele. 

Envy - Que porra é essa? - Gritou o homunculus. 

Ed - Me dá a garota. - Ordenou. Avistou Winry abatida e encolhida em um canto. Parecia em pânico, chorava muito.

O loiro desceu a visão e viu que sua barriga de grávida havia sumido. O choro de um bebê à sua direita o fez sair de seu círculo de ódio. Controlou-se, mas não virou sua visão em direção ao barulho. 

Envy - Que merda é essa? - Gritou ao ver no peito forte de Edward uma tatuagem de ouroboros. - Você matou Lust? Você matou! - Questionou e acusou Edward. 

O homunculus corre em direção ao loiro na tentativa de acertá-lo, mas é facilmente esquivado pelo alquimista, que em um movimento rápido lhe dá uma rasteira, fazendo Envy cair pesadamente no chão. 

Ed - Não vou deixar você invocar aquele monstro. - O loiro sobe em suas costas e prende seus braços para trás. Sabia que Envy poderia se transformar em uma criatura grande o suficiente para atrapalhar tudo.

Envy visualiza com o canto do olho Heinkel soltar as correntes da loira, pegá-la no colo, junto com a criança.

Envy - Não adianta! - Berrou, desesperado, mas ria. - O pai sabe de vocês. Ele vai atrás de vocês aonde for! 

Ed - Não dê ouvidos a ele, Heinkel. Leve os dois! - Falou Edward, sem desviar os olhos do homunculus.

Envy - Você foi burro, nanico! Agora que se apossou da pedra, ele tem você nas mãos! Não adianta se esconder! Ele sabe onde está.

Ed - Heinkel, estou mandando! Vá! - Berrou para a quimera, que rapidamente levou ambos para fora. 

Edward apenas teve coragem de olhar de relance Winry lhe fitando com um rosto assustado. A quimera estava de costas, por isso não lhe deu tempo e até mesmo coragem de ver o rosto daquela criança. 

Voltou sua atenção a Envy. 

Ed - Me fala o que você sabe ou eu vou arrancar o seu couro. 

Envy só ria, tirando o alquimista do sério. 

Ed - É bom você ter medo, porque estou usando a pedra filosofal de Lust e não pretendo ser bonzinho.

Envy - Você sabe o que vem junto de tomar conta da pedra? A própria Lust está junto de novo. Gosta de saber que ela faz parte da sua alma agora? 

Ed - Cala a boca! - Apertou o braço do garoto a ponto de quebrá-lo.

Envy - Está descontando a raiva que tem das coisas em mim, faça isso. Seria você ou Lust agora? 

Ed - Eu tomei sua alma, quem manda sou eu. 

Envy dera uma risada satisfeita. 

Envy - Isso é o que você pensa. Espere ficar sem sexo para ver se ela não tomará conta para transar com todos que aparecerem.

Edward passou uma das mãos no rosto, irritado. Ele sabia que seria um grande inconveniente todos os efeitos colaterais de ter aquela mulher lhe infernizando a alma, mas era preciso ter sua força.

Ed - Sabe qual é o seu problema? Subestima a minha força e seu poder. 

Envy - Você se acha esperto demais, acha que está conseguindo destruir nosso plano, mas está aqui dentro, embaixo da Central, ao lado do círculo de transmutação. Seu filho está há poucos metros do nosso pai e você tem uma pedra filosofal. - Ria sem parar. 

Edward apertou ainda mais os braços do garoto que parou de rir e gritou de dor. Aquelas palavras lhe subiam à cabeça, fazendo-o explodir de ódio.

“Se continuar desse jeito, a Lust vai tomar meu lugar!”, tentou controlar o ódio que subia por suas entranhas. 

Envy se desvencilhou do alquimista assim que sentiu o homem afrouxar o laço em seu punho. O loiro cambaleou no chão, com a mão no rosto, lutando contra si mesmo. 

Envy - Coitado de você, Lust vai destruir sua cabeça. 

Pensou por um minuto que o garoto até foi esperto, apossou-se do corpo para conseguir o poder, mas também sabia que os outros homunculus não lhe matariam enquanto Lust estivesse em sua alma. Isso com certeza iria atrapalhar abrir o portal. Bufou, irritado. Edward não era um ermitão.

Envy - Enquanto você se debate, vou lá buscar os dois fujões. - Saiu rapidamente. 

Ed- Não, Envy, fique aqui! - Gritou, mas em vão. 

Debateu-se no chão, tentando controlar a ira de Lust. 

Ed - Porra, sua maldita, fica quieta aí dentro! - Colocou as mãos na cabeça. 

“Lust - Eu não vou lhe dar sossego, moleque! E sabe o que mais vou judiar de você? No sexo, vou estourar sua libido até você enlouquecer. Tudo isso como vingança porque não me comeu como deveria.”

Ed - Mulher dos infernos! É tão difícil entender que eu não te queria? 

“Lust - É sim, todos me querem. Todos que eu quero.” 

Edward estava com o ouvido aguçado e podia ouvir que Winry foi sequestrada novamente. 

Ed - Porra! - Tentou se levantar, lutando contra Lust, que queria mantê-lo deitado. - Vamos fazer um acordo, porra! - Falou, exasperado. 

“Lust - Acordo com você?”  

Ed- Vamos dividir esse corpo, quando for sexo, deixo você tomar o controle, quando for luta, eu tomo o controle. 

“Lust - Está dizendo que você vai deixar eu agir no seu corpo na hora do sexo? Sempre?”

Ed - Quase sempre. 

“Lust - Sempre.” 

Edward arfou, tudo bem, não iria deixá-la muito tempo dentro de seu corpo. 

Ed- Fechado, sempre. - Seu corpo riu, tomado pela alma de Lust. 

Colocou a mão no rosto, confuso. Não era para estar rindo. Sentiu que a mulher parou de resistir e ficou de joelhos. Algumas fisgadas no ventre fizeram-o perceber que Lust estava o instigando para ficar excitado. 

Ed -Porra, Lust. Agora não, só no sexo, você não tem noção das coisas? 

“Lust - Desculpe, mas nunca estive no corpo de um homem e saber que posso deixar tudo duro a hora que eu quiser, é fascinante.”

Ed - Não é a hora que quiser. Respeite o nosso acordo. 

“Lust - Você tem a minha palavra.” 

Olhou para a protuberância na calça ceder, fazendo-o respirar aliviado. 

Ouviu passos mais rápidos e próximos a ele. Levantou-se, preparando para agir. 

Envy - Eu tenho a garota, Fullmetal. - Adentrou o espaço com Winry em seus braços. 

Ed - Winry. - Seus olhos estavam inchados e vermelhos. - Eu sinto muito. - Disse quase sussurrando para a garota. Voltou seu olhar para Envy. - Me dá a garota ou eu juro que vou matar você. 

Winry - Maes, Maes… - Ela sussurrou tão baixo que se Edward não estivesse com o ouvido aguçado, ele não entenderia. 

Ed - Calma, eu vou dar um jeito nisso. - Sabia que ele havia levado a criança para outro lugar.  

Envy - Seu filho está bem protegido, nanico. Sabe com quem? Com o nosso pai. - Edward bufou, a situação havia ficado ainda mais complexa. 

Ed - Ele não é meu pai. 

Envy - Hohenheim fez o corpo de nosso pai, eles são um só. Ele está curtindo seu neto. 

Ed - Cala a sua boca imunda! 

Aquelas palavras, a náusea por não comer, fez Winry vomitar os últimos líquidos que lhe restavam no corpo. Envy a derrubou no chão assim que viu-a regurgitar. Edward rapidamente a acudiu, impedindo que seu corpo caísse com tudo no chão. 

Ed - Estou aqui. - Segurou-a pelas costas, afagando-a. - Não se preocupe com Maes, vou pegá-lo de volta. Só descanse. 

Ouviu aquela voz próxima ao seu ouvido e estremeceu pelo toque do homem em sua pele. Sua visão ficou turva, sentia sua pressão baixa demais a ponto de fazê-la perder os sentidos. 

Ed- Merda, ela desmaiou. - Pegou-a no colo, deixando-a deitada no colchão que havia no local. Rasgou metade de sua saia comprida que já estava coberta de vômito e sujeira. Deixou a saia no comprimento do joelho.

Envy assistia tudo, dando risada. 

Ed - Para de rir, seu verme! Vê se traz comida para ela. Algo possível de comer, não está vendo que ela está fraca? Vocês querem abrir o portal ou não querem? Se ela ficar doente, a criança também vai. 

Envy parou de rir, o pirralho tinha razão. 

Envy - Vou trazer, não aprontem nada ou eu mato a criança. - Saiu do local bufando.

Edward arfou, mais irritado do que nunca. Olhou Winry frágil, seus lábios pálidos e quebradiços, os cabelos colados no rosto, suava frio. 

Ed - Está tudo bem, Winry. Logo você vai comer algo. - Recolheu-a em seus braços. Estremeceu ao sentir seu corpo próximo ao dele. Abraçou-a, sentindo o calor de sua pele. - Faz tanto tempo, senti sua falta. 

Afastou-lhe e reparou que a loira abria os olhos com dificuldade. Levantou a visão quando Envy lhe trouxe um prato de sopa e um pão. O homunculus saiu em seguida, trancando ambos dentro do local. 

Ed - Tem comida, engole um pouquinho. - Colocou a colher de sopa em sua boca, fazendo-a tomar todo o líquido. 

O alquimista fez isso por algumas horas, secando seu suor até ela estar melhor e alimentada o suficiente para ficar de pé. Conseguiu convencer Envy a colocar um chuveiro, privada e uma porta para ambos, naquelas condições era impossível. 

Ed - Está melhor agora? - Afastou os cabelos da loira do rosto. - Já está bem mais corada que antes. 

Winry piscou várias vezes até se localizar no tempo e espaço. Sentou-se no colchão com um gosto amargo na boca. Parecia ter sido atropelada por um caminhão. Olhou Edward, que vestia uma camisa branca, deixando a mostra um pequeno pedaço da tatuagem do símbolo de ouroboros no dorso. 

Winry - Por quê? - Olhou com todo a amargura que pôde. 

Ed - Confia em mim, por favor. - Disse-lhe, quase suplicante. 

Winry - Você é um deles agora? 

Ed - Não fale isso. - Afastou-se da loira. - Eu estou apenas sendo estratégico. 

Winry - Tomando um poder sujo nas mãos? 

Ed - Eu aprendi que idealismos não levam a lugar algum, Winry. 

Winry - Mas o poder de um monte de gente morta nas suas mãos tem, não é? 

Ed - Você quer que aquela criança morra ao abrir o portal? Quer isso? 

Winry fechou os olhos, o sangue lhe subindo a cabeça com velocidade. 

Winry - Aquela criança é seu filho! - Sentiu lágrimas de ódio escorrerem por seu rosto. - Como pôde perceber, ele já nasceu, coisa que você não viu porque não quis, e seu nome é Maes. 

Ed - Só me deixe... - Tentou expressar o que sentia, colocou as mãos sobre os olhos, parecia cansado. - Só me deixe ajudá-los e depois me dê um tempo para me acostumar com essa ideia, eu não sei como fazer isso, você ao menos teve nove meses para entender. 

O silêncio ocupou o pequeno espaço. 

Winry - Você não sabe de nada, só consegue agir por conta própria. - Levantou-se com dificuldade. - Não me toque! - Desviando da tentativa do loiro de apará-la. 

Ed - Por que precisa ser tão orgulhosa mesmo quando precisa de ajuda? - Passou as mãos nos cabelos, sentando do outro lado da sala. 

Ouviu a loira abrir o chuveiro e tomar banho. Aquietou a mente por alguns segundos, em silêncio. 

“Lust - Por que não vai lá e a beija?” 

O alquimista bufou, não tinha paz nem mesmo dentro de sua cabeça. 

“Lust -Ela está chateada porque você não parece demonstrar amor.” 

Ed- Calada. - Fechou os olhos, irritado. - Eu combinei que você só se intrometeria se fosse sexo. Pode ir embora.

“Lust - Você a deseja, eu sinto. Vá lá vê-la nua, sei que deseja isso no fundo. Está sem sexo há muito tempo, homem. Peça a ela o que deseja. Tome seu corpo para si!” 

O loiro passou a mão nos cabelos, exasperado. 

Ed - Pare de tentar me dissuadir, ela acabou de parir uma criança, sua maníaca. 

“Lust - Diga a ela que é 'o seu filho', não apenas 'uma criança', quando vai ter coragem de chamá-lo de filho? Ela está esperando isso de você”. 

O alquimista tirou a mão das têmporas, titubeou.

“Lust - Vai lá naquele chuveiro, Fullmetal.” 

Seu corpo se levantou, andou alguns passos até chegar a porta. Colocou a mão na maçaneta e a girou. Viu Winry de costas, lavando o cabelo. Desceu a visão por seu corpo, por suas costas delineadas e seu bumbum maior e mais arrebitado que antes, devido à gestação. 

“Porra, que mulher perfeita!”, sentiu seu órgão manifestar-se na calça. Hesitou, tentando tomar sua mente de novo. “O que estou fazendo aqui? Pelo amor de deus, a mulher acabou de dar a luz!”, recriminou-se, mas não conseguia se mover. 

Winry sentiu uma presença atrás de si, virando rapidamente para o barulho. Surpreendeu-se ao ver Edward olhando-a de cima a baixo, quase a comendo com os olhos. 

“Que olhar é esse? O que ele está pensando?”, ficou chocada ao cogitar que ele a desejava, mesmo depois de tudo. 

Winry - O que pensa que está fazendo? - Gritou. - Saia daqui já! - Puxou a toalha para cobrir seu corpo desnudo, mas o homem continuava se aproximando. 

A loira não fazia sexo há muito tempo e quase morreu de desejo durante a gravidez sem ter como aliviar todo aquele tesão acumulado. Assim que viu Edward na tenda, sabia que o queria como louca, mas não podia sucumbir a ele, não depois de tudo o que ele a fez. Não depois de tudo que ela havia feito a ele também. 

Não podia deixar aquele homem se aproximar dela ou estaria perdida em seus braços. Estava dolorida do parto, com os seios inchados, mas já sentia aquele torpor lhe atingir entre suas pernas. 

O alquimista fechou a porta e a trancou, indo em sua direção como se ela fosse sua presa. 

Winry - Edward, estou lhe avisando, não chegue perto! - Falou, em tom ameaçador, mas ele não parou. 

Ed- Eu não consigo. - Parecia respirar fundo. Chegou perto de seu rosto, fazendo-a encostar na parede atrás de si. 

Winry - Edward, não faz isso, por favor. - Estava quase suplicando, não poderia tocar aqueles lábios ou estaria perdida. 

“Lust - Edward, essa mulher quer que você a faça gozar.”

“Merda, Lust, deixa ela em paz, saía da minha cabeça!”, falava internamente com a mulher. 

“Lust - Eu até poderia deixar, mas ela está suplicando com os olhos, atenda ao seu pedido. Vou te dar uma ajuda!” 

O loiro arfou de desespero, apoiou a mão na parede ao lado do rosto da loira. Seu membro estava duro igual uma rocha entre suas calças, se ele roçasse a mão, iria gozar como louco. Simplesmente não conseguia controlar. 

Winry - Por que está me torturando desse jeito? Apenas vá embora! - Tentou desvencilhar-se do homem, mas não conseguiu. 

Ed- Porra, Winry, eu estou… - Tentou explicá-la que estava sendo tomado pelo espírito de Lust, mas as palavras não saíram como queria. - desesperado para estar dentro de você. 

“Porra, mil vezes porra!”, amaldiçoava-se por ter feito o acordo com Lust. As palavras e ações saíam sem seu desejo. Apoiou a outra mão na parede, tenso, encurralando a garota que segurava sobre seu corpo a toalha. 

Puxou o rosto da mulher para sua direção.

Ed - Eu sei que você me quer. - Diminuiu o espaço entre os dois, sentindo seu membro dolorido de tão duro encostar na barriga da loira. Sua boca no ouvido da protética. - Me deixa te fazer gozar. 

Passou a mão por sua nuca, empurrando os lábios sobre os dela, que não colocaram resistência. Pelo contrário, Winry soltou a toalha, deixando seu corpo nu encostado ao dele. Deixou aqueles lábios lhe invadirem a boca, aquele beijo lento e sedutor lhe fazer afastar as pernas para tê-lo. 

O beijo se aprofundou, o alquimista pegou em seus seios, gemendo alto, desceu a mão ligeira pelos seus quadris e apertou sua bunda com força, impulsionando-a para frente. Ela sentiu todo aquele membro rígido e quente esfregando-se na sua barriga. 

“Meu deus, eu só quero terminar com esse sofrimento de uma vez”, pensou a garota, metendo a mão por dentro da calça do homem e segurando aquele órgão deliciosamente quente e grande o suficiente para que sua mão não fechasse em sua circunferência. 

Ed - Porra. - Gemeu o homem, empurrando-se mais contra ela. 

A garota o liberou da calça, fazendo um movimento de vai e vem em seu membro. Olhou-o com água na boca, mas o homem grunhiu com o movimento, segurando seu punho. Parecia estar no limite, pois um pequeno líquido transparente escorria em seus dedos. 

Voltou a beijá-la, mordendo seu lábio inferior e seu queixo. A loira se entregou, deixou-se levar. E se morresse naquele dia? Não poderia viver aquilo de novo. Deixou o homem tocar em seu sexo, bastou roçar um dedo em seu clitóris para arrancar um grito contido de prazer. 

“Eu só quero ter aquela sensação de novo”, a loira só conseguiu se agarrar naquela mão habilidosa fazendo-a se desmanchar sobre ele. Estava tão lubrificada que o dedo do homem rapidamente escorregou para dentro dela, em um tortuoso movimento de entra e sai. 

Winry - Por favor. - Suplicou, pingando entre as coxas. - Me faz gozar. 

Ed - Não me pede isso, por favor. - Suspirou entre um beijo e outro, mas os movimentos foram ficando cada vez mais impiedosos, fazendo-a pegar em seu membro novamente e esfregá-lo como se o gozo do homem fosse o dela. 

O homem gemia prestes a gozar, enfiando o dedo dentro dela sem dó. Winry gritou, liberando seu prazer em pequenos jatos que saíam de si. Ele continuava fazendo aquele movimentos enquanto as ondas cada vez mais fortes invadiam seu ventre, liberando jatos de um líquido transparente. Enquanto ainda gritava do prazer que a dilacerava por dentro, sentiu o homem não aguentar a fricção e sucumbir em sua mão, gozando desesperado, deixando os jatos de esperma molharem seus peitos. Aquele orgasmo havia sido tão forte que sua cabeça girava e suas pernas estavam bambas, embora um alívio e um relaxamento tomavam conta do corpo da garota. 

Ed -  Meu deus, garota. - Respirava, tentando se recompor, embora as últimas ondas do forte orgasmos ainda vibravam em seu membro. - Por que não me rejeitou? - Saiu da frente daqueles peitos perfeitos e cheios de esperma ou ficaria excitado novamente. Apoiou as mãos na parede ao lado dela, controlando a respiração. - Por que não disse não? 

A culpa lhe invadia a mente, não podia ter feito o que fez naquele dia, naquela hora, naquele lugar, com aquela homunculus de espectadora e causadora de todo o rompante de loucura.

Winry - Eu simplesmente não pude. 

“Você influenciou ela, sua maldita?”, exasperou para Lust, em sua cabeça. 

“Lust - Não, ela apenas se entregou ao que sonhava por muitos meses. Posso ver em seus olhos que ela está louca para te dar. Apenas faça o trabalho completo e a faça gozar com você dentro dela nesse chão frio."

“Puta merda, para com isso!”, sacudiu a cabeça, nervoso ao ver seu membro pulsar de sangue de novo. Não ia deixá-la tomar conta de seu corpo novamente. 

Ed- Winry. - Falou, fechando os olhos, enquanto a loira lavava o busto no chuveiro sem falar nada. - Saia daqui, por favor. - Seu membro estava duro como pedra novamente e se ela não saísse, ia jogá-la de quatro e consumar o que sua cabeça ordenava.  

Winry viu tudo aquilo em pé novamente até Edward escondê-lo dentro da calça com dificuldade. 

Ed- Saí, estou te pedindo. - Implorou. 

Winry - É ela quem está te controlando? - Desligou o chuveiro. 

O homem a encurralou novamente na parede, puxando seu cabelo, tomando seus lábios, fazendo o tesão crescer em seu ventre. Não podia negar que o queria dentro dela, desesperadamente. Mas não deveria, estava de resguardo e não pretendia se entregar a ele sem proteção mais uma vez. O roçar da cabeça de seu membro na entrada de sua vagina a fez delirar e afastar as pernas, ela só queria aquilo tudo dentro dela, fazendo-a enlouquecer de prazer. O loiro forçou pouco o quadril, adentrando a cabeça do membro dentro de seu corpo. 

“Meu deus, não tenho forças para sair disso”, pensava a loira. 

Ed - Você é gostosa demais, é muito difícil me controlar. - Não se movia, sentindo todos os músculos do corpo da mulher se abrindo para ele, quase o sugando. 

Suspirou, agoniado. Se não tinha forças para controlar seu corpo, tentaria em sua fala afastá-la. 

Ed - Winry, apenas me tire de dentro de você e saia daqui, deixe-me recompor os sentidos para conversarmos. - A loira apertou-se na nuca do homem, desesperada para que ele colocasse tudo dentro dela. - Por favor, não estou no meu juízo perfeito. - Arfou, trincando os dentes de tesão.

Winry respirou fundo, olhou para baixo, vendo seu sexo engolindo somente a cabeça do falo. Afastou-se do homem, respirando firme, moveu só um pouco seu quadril para frente, desejosa de sentir só mais um pouco aquela quentura em si. O alquimista abriu os lábios, gemeu segurando sua cintura. A loira parou o movimento, segurou o órgão e o tirou de seu corpo. 

Correu o mais rápido que pode, pegando suas roupas penduradas. Fechou a porta atrás de si. 

“Meu deus. Meu deus. Meu deus!”, pensou a loira, estarrecida, em pânico, em chamas, em estado de raiva. Tudo ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Digam se estão curtindo. ;)



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