O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 15
O futuro - 2ª Fase da História


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, a partir de agora começa uma nova etapa na história. Nesse capítulo você confere como todos permanecem depois de oito meses.
OBS:Há momentos no qual os personagens relembram os fatos. Fiquem atentos para não se perderem!
Boa leitura. :)



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Na cadeira do escritório, coronel Roy Mustang relembrava os últimos momentos com Riza Hawkeye. Lastimava só depois de tanto tempo entender o verdadeiro sentido de tudo aquilo. Se tivesse sido mais perspicaz, ela não teria feito o que fez. O desenrolar dos fatos foram tão rápidos depois daquele beijo que ele mesmo não conseguia lembrar tudo com clareza.


Naquela manhã de tempo duvidoso fora onde Riza falecera. Passado longos oito meses, pairava sobre o escritório um homem completamente solitário. Sem o melhor amigo e sem o ‘’braço direito”, ele
não se considerava mais nada. O trabalho acumulava-se em pilhas sobre a mesa e só restava a seus subordinados apresarem os serviços para dar conta aos de Roy.Mesmo depiois de um certo tempo, nada parecia ter brilho aos olhos do homem. A guerra que se declarava em chamas naquela época, virara brasa depois do acontecimento. O último golpe dos homúnculus fora a morte de Riza.


–- Lembranças de Roy Mustang –

O dia havia amanhecido claro e cheio de sol, mas transformara-se no meio da manhã. Tudo já era mais escuro e o estacionamento deixava tudo ainda mais macabro. Fora ali, naquela escuridão, onde seu pedaço havia morrido.

A sombra terrivelmente assustadora aparecera entre eles e
sussurava as palavras de reprovação.

’Sombra- Eu avisei você, Riza! - Falando tenebrosamente. - Sequer hesitou um minuto. Tenho que parabenizá-la, superou seus medos com Roy, fiquei impressionado. Quem sabe não queira mais um tempinho para terminar o que começaram anos atrás? - Isso fizera com que Roy lançasse chamas por todos os lados. – Fale para ele se acalmar, isso
só vai queimar os carros por aqui. - Rindo satisfatoriamente.

Riza- Eu tomei minha decisão. Se a morte é o preço que tenho que pagar para ficar livre de minha consciência, que assim seja. Não vou me rebelar, se quiser me levar... Faça-o. - Olhando-o nos olhos centrais.


Realmente não sentia nenhum medo em seus olhos. Definitivamente ela tinha o superado, em qualquer ângulo de visão. Já havia se libertado de tudo e qualquer problema que a prendesse por ali. Tinha feito sua parte, e aquilo desesperou Roy, pois começava entender toda a situação.


Roy-
Riza! O que está fazendo? Não fique dizendo essas bobagens agora! - Dizia soltando chamas contra as sombras que se aproximavam.

Riza- Eu disse. – Olhando-o ternamente. - Que no fim eu resolvi o começo. Esse é o fim, Roy. Esse é o meu fim, não o seu. Minha história acaba aqui.


Havia chamas por todos os lados e o homem via perplexo toda aquela situação. Riza em meio a chamas soltara os cabelos. Ela sabia que ele adorava vê-la assim, mas seus gestos significavam que ela estava morrendo como Riza, não como Primeira Tenente. Isso era ainda mais desesperador.

Roy- Riza. Não vou aceitar isso! Você não pode fazer isso comigo! – Sacudia-a asperamente.

Riza- Eu já fiz. Adeus. E, eu o amo. - Atravesando as chamas com os cabelos soltos, em direção ao imenso olho que estava ao centro.


O homem ainda em sua total perplexidade olhava-a. Achava sinceramente que iria voltar a qualquer momento, aquilo não parecia ser real.


 “Não é real, não é mesmo!” – Pensava, atortoado.


       No entanto, nada daquilo aconteceu, o enorme e assustador olho dilatou-se abrindo mais ainda sua extensão. Logo em seguida simplesmente a engoliu. Ela desapareceu sobre sua escuridão. E acabara. Rápido e limpo como se nunca tivesse passado por ali. No mesmo momento todas as sombras se foram e
só restaram as paredes escurecidas da briga anterior. E ele ficou lá, caído no
chão, sem balbuciar uma palavra sequer. Todos logo apareceram, desesperados e questionando sem parar. Mas Roy não ouvia nada, eram apenas rostos surdos e sua visão. Era como se um chumbo enorme de repente tivesse caído sobre seus
ombros e não tinha a menor pretenção de sair.’’


          E foi assim, numa perspectiva de sua memória falha, o falecimento de sua Tenente. Passado três meses, concluiu-se que a morte havia sido acidental. A versão blefante do quartel incluía que a mulher havia entrado no carro, mas devido à problemas mecânicos o carro pegara fogo. A polícia afirmou ter morrido carbonizada. Irônia do destino seria se aquilo fosse verdade. Mais fácil o próprio alquimista das chamas matá-la, afinal a história era mais curta. Gastaria menos papel com a sandice nada criativa inventada pela polícia. Ele mesmo não se manifestara sobre o caso. Não tinha o que dizer, não estava ligando para o final da história. De finais trágicos o homem já estava saturado.


          Passado oito meses depois do acontecido, nada mudara para o moreno. Os monstruosos humúnculus não tinham mais se manifestado depois daquele dia e nenhum motivo existia para se ter uma guerra. Eles não tinham inimigos reais. Fullmetal mesmo assim, prestou toda sua solidariedade e era o único que sabia por alto tudo o que ocorrera. Foi por isso mesmo que mantia a garota de Reseempool o mais longe possível dele. Nada mais soava seguro, já que a teoria do próprio Coronel, dizendo que não matariam Riza, nem ele, por serem sacrifícios, não havia sido coerente no final. A grande questão era que tudo estava confuso demais e ninguém estava a salvo. A tristeza era eminente no quartel e nada parecia ser motivo o suficiente para uma briga.


          Nos dois primeiros meses Roy permanecera em casa,já que havia conseguido uma licença. Soava até cômico para o seu sarcasmo implacável: uma lincença pós morte de pessoas queridas? Seria esse um nome adequado?


          Fora definitivamente a pior época, pois tudo no qual olhava, lembrava-se de Riza. Nada passava despercebido, já que eles faziam tudo juntos. Percebera então como eram dependentes um do outro. Não ter a presença mais essencial de todas, deixava-o destroçadamente infeliz. Sentia tanta falta e saudade, que não conseguia suportar. Era muita dor para uma pessoa. Não era aceitável ter feito aquela escolha irracional. Escolheu que ele sofresse eternamente sem ela ali. Era terrivelmente massacrante o dia a dia. E quando voltara ao trabalho fora ainda pior.

 O alquimista de aço agora se firmava em outra região, por precaução. Mantinha Winry sempre o mais longe possível. Fora nômade por um tempo, junto de Al, chegando a participar da guerra que se instalou no oeste. Ficara lá 5 meses, que soavam intermináveis. Tentou tantas maneiras de sair de lá, mas todas eram inviáveis. Cão do exército, essa era a realidade afinal. Enquanto que a garota estava muito longe, na cidade de Rush Valley.


       Ele nunca respondera as cartas da garota, mesmo ela mandando notícias boas como: a que conseguira montar uma loja e que havia feito muito sucesso. Conseguira, inclusive, abrir outra filial na cidade mais próxima. O fato era que com a guerra, infelizmente, a maioria das pessoas mutiladas procuravam recuperar seus corpos. E era com Winry que se sentiam seguros. Porém, depois de um determinado tempo as cartas não vinham mais, o que era mais um motivo enloquecedor para Alphonse.


       Em Rush Valley, tudo parecia caminhar bem, totalmente sem guerras. Aparentemente, pois a toda hora pareciam soldados no quais perderam pernas ou braços. O que eles mais queriam era poder reconstruir a vida. E para Winry aquilo era muito satisfatório. Poder ajudar de uma forma tão nobre, como seus pais fizeram na Guerra de Ishval.


Pinako– Winry, temos um cliente novo. Venha atendê-lo.


Winry- Já vou! Estou terminando de me arrumar. - A moça descera rápido pelas escadas e abrira a porta. Estava na loja antes mesmo do sininho
tocar.


Winry- Olá, em que posso ajudar?


Cliente- Oi, eu ouvi falar muito desse lugar que restaura e faz auto-mails. Estou precisado de um braço e de uma perna para um amigo mutilado
na guerra.


Winry- Sim, que bom que ouviu falar de nós. Somos garantia de qualidade. - Dando um terno sorriso. - Só preciso saber as medidas, altura, peso, idade. - Dando a lista completa para o homem. – É só trazê-lo aqui para ajustar tudo.


Cliente- Nossa! A senhorita não sabe o quanto me ajudou! Estava tão desesperado com o meu amigo naquele estado, vou recomendar realmente aos
meus amigos. Voltou hoje mesmo, até mais! – O homem de farda saíra satisfeito.


      Pinako, com seu cachimbo, aparecera perto da porta, dando uma tragada.


Pinako- Incrível como você tem o mesmo talento que seus pais. - A garota a olhara quieta.

Pinako - Todos vocês nasceram para ajudar, para cuidar da vida das pessoas que aqui estão.


Winry- Eu me sinto orgulhosa por fazer tudo isso. – Mostrando com os braços os arredores. - Sinto-me retribuindo tudo o que eles fizeram por mim. E mais, continuando o legado dos Rockbell. - Argumentava completamente satisfeita. Os tempos difíceis que elas haviam passado já não existiam mais. Graças a deus.


Pinako- Tudo aquilo ficou para trás minha neta, agora é seguir em frente. Ser feliz do jeito que nos é possível.


Winry- É o que eu mais tento, vovó. É o que eu mais tento.- Passando a mão sobre a protuberância que havia em seu ventre. Por certo, ela estava sim, grávida.




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Notas finais do capítulo

Bom, aí está mais um capítulo da história.
Quem quiser dar dicas e sugestões, ficarei agradecida.
Beijos, seus lindos! E obrigada por estarem seguindo minha história! (:



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