O Filho do Alquimista de Aço escrita por animesfanfic


Capítulo 14
O Beijo de Roy Mustang e Riza Hawkeye


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, neste capítulo Riza tomará uma atitude inesperada por Roy, mas que terá motivos fortes! Confiram!



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Já no lugar onde ficaram na Central, Ed e Winry chegaram do encontro com o Coronel. Winry estava exausta, tinha acordado muito cedo.


Ed- Winry, eu preciso conversar com você.


Winry- Sim, nem me contou como foi a conversa com o Coronel. Não quis forçar.


Ed- Winry. – Imterrompeu. - Escute-me, sei que não vai ser fácil você aceitar agora, mas depois irá compreender melhor.


Winry- Você está me assustando.


Ed- Eu conversei com o Coronel e as notícias não são nada boas.


Winry- Está dando para perceber. – Sentando assustada.


Ed- Aquilo que eu temia, é muito pior. E, não, espere, deixa eu terminar. - Tampando os lábios da protética com as pontas dos dedos.


Winry- Desculpe.


Ed- Não vai dar para você ficar aqui comigo. Eu já separei uma casa pra você em Rush Valley. – A garota não fazia qualquer expressão.


Ed- Sei que tem amigos lá e que já trabalhou na cidade por um tempo. Qualquer coisa que precisar, eu posso enviar dinheiro. – Parara esperando alguma manifestação da loira.


Ed- Veja a minha situação, estou tentando proteger todos. Os fatos são realmente preocupantes. É para zelar pela vida das pessoas que são importantes para mim que estou tomando essa atitude. Dessa vez não tem volta. Não sei quando vou vê-los de novo. – Lamentava com os olhos.


Ed- Estou sendo franco. Vai começar uma guerra que não sei se vou sair vivo dela. – Sentando-se na poltrona, ao lado dela.

Aquilo ecoou fundo no peito da garota. Sentiu um aperto no peito. Não era justo, depois que finalmente as coisas estavam melhorando para eles, tudo voltava a piorar. Seria um buraco sem fim aquelas sequências de más notícias e separações?


Winry- Eu... – Segurava as lágrimas em seus olhos. - Entendo, mas não sei se vou conseguir ficar lá. Não garanto uma vida feliz.


Ed- Sobreviva, é o que mais importa pra mim. - Fazia um carinho com as costas das mãos em seu rosto suave. - Eu vou sentir muita falta disso. - E fechando os olhos, deliciou-se com a pele macia e cheirosa da amada.


Winry- Eu devo estar causando muitos problemas para você. – Limpando o rosto com as duas mãos rispidamente. Queria secar suas lágrimas o quanto antes. Chega de chorar.

Ed- Está sendo imatura! – Percebera na hora que sua intonação havia sido demasiadamente grosseira.


Ed- Desculpe, tenho que dar o braço a torcer que até agora tem se comportado de forma muito digna. Eu que estou metendo os pés pelas mãos e fazendo tudo errado mais uma vez.


Winry- Do que exatamente está falando?


Ed- Sobre tudo que aconteceu entre nós. Desde o trem, não falamos sobre isso porque você não quis, mas tenho que confessar que precisamos dessa conversa. Como vai ser agora?


Winry- Escuta Ed, eu gosto de você. Sempre gostei minha vida toda. Não sei se seu cérebro conseguiu captar isso com muita clareza até hoje. – O alquimista ficou olhando-a com a mais incrédula alegria interna. Ela estava falando de forma muito segura e clara. O perdido da história pelo jeito era ele mesmo.


Ed- Está tão mudada. – Olhando-a estranho, mas com um leve sorriso nos lábios.


Winry- Como? Você acabou de me “chamar” de imatura. Mudei para pior, por acaso?


Ed- Tirando o seu gênio forte e sua cabeça dura, mudou para melhor. Sem falar no seu doce, que é enormíssimo. – A garota dera de ombros.


Winry – Olha só, estou nervosa e estressada com tudo isso.


Ed- Todos nós estamos. – Passando a mão pelos cabelos.


Winry – Não sou ”todos nós.”


Ed- Somos um todo.


Winry- De que parte?


Ed – Desta que todos nós fazemos parte.


Winry- Suas ideologias estão muito falhas ultimamente, Edward.


Ed- Olha só quem fala.


Winry- O que você está ensinuando?


Ed- Nada, nada. Só estou conjecturando. – Dando-lhe um beijo. A garota ficou sem graça. – O que foi? – Perguntou ele.


Winry- É meio estranho depois de tantos anos termos essa intimidade. – Olhando para o chão.


Ed- Essa? Desculpa lhe informar, mas já tivemos outras bem mais íntimas. – Com um sorriso nos lábios.


Winry- Edward!


Ed- O que tem? Se você não lidar com isso de uma maneira natural vamos ter problemas toda vez que isso acontecer. – Dando-lhe outro beijo.


Winry- Nossa, você é tão direto. – Jogando os cabelos para trás, levantava-se devagar, mas fora puxada pela cintura.


Ed- A não ser que você não queira mais. – A garota assustara-se pelo movimento brusco, mas a presença dos lábios de Edward tão perto não parecia ruim.


Ed- Winry? – Já dava um sorriso pela “derretição” da menina por ele. - Posso lhe fazer uma pergunta? – Segurando os braços da moça. A linda loira saíra na hora de sua moleza. Gelara momentaneamente, mudando a feição. Manteve a postura, dando uma afirmação com a cabeça.


Ed- Você sempre gostou de mim? – A menina se solta das mãos do rapaz, aliviada. Não sabia o que dizer.


Winry – Se tudo que aconteceu não foi suficiente para você entender, posso lhe garantir que sou mais inteligente. – Falou um pouco nervosa, mas tentou manter o humor. Ele jamais poderia desconfiar. Aquilo era tão triste e ao mesmo tempo tão lindo. Seu sonho sempre fora se declarar para ele, mas nunca imaginou que só poderia fazê-lo nessas circunstâncias.


Ed – Eu sinto tanto por nos resolvermos só agora. – Levantando-se do lugar. - Não temos muito tempo. – Virando-se para ela.


Winry- Eu sei. Eu sei. – Abaixando o cenho.


–-

[No Quartel General]

Shesca- Coronel Mustang, como vai? - Dando a mão para cumprimento, totalmente atrapalhada.

Roy- Vou bem sim. Na verdade um pouco tenso.

Shesca- Eu imagino, depois de tudo o que aconteceu, o senhor deve estar arrasado. -Baixando os olhos, triste.

Roy - Sim, tanto eu quanto você, não é?

Shesca- Eu sinceramente estou em pedaços. Ele salvou minha mãe graças ao emprego que me deu. – Começava a melancolizar o assunto.

Roy- Você estava fazendo o que exatamente no laboratório? - Com tom desconfiado, mudara a conversa de forma brusca. Sheska o olhara assustada.

Shesca- Eu estava, na verdade, arrumando umas... – Arfou, desistindo.– Tudo bem, não consigo mentir. Estava analisando umas substâncias recolhidas no sangue de Maes. -Em tom derrotado.

Roy- E o que viu?


Shesca-
Nada, é esse o problema. Não vejo nenhum motivo para a morte dele. Tento encontrar alguma explicação coerente, pesquiso coisas, mas nada me parece razão o suficiente. Então tive a ideia de analisar o sangue retirado de seu corpo, mas não vi nada de muito diferente.

Roy- Já que não viu nada, pare com essas coisas. Vai acabar vendo o que não quer. -Shesca levanta os olhos, surpresa.

Shesca- Sim. Imagino que devo parar. - Parecendo entender as entrelinhas.

Roy- Ótimo. – Enquanto ia se afastando, voltou-se para ela novamente. - Só uma última pergunta.

Shesca- Diga.

Roy- Viu a Primeira Tenente? Ela chegou há um tempo e não a vi pelos corredores.

Shesca- Ela não avisou o senhor?

Roy- Avisar o que? - Olhando mais atento que antes.

Shesca- Estava meio estranha quando a encontrei, mas parecia preocupada.

Roy- Seja mais clara, por favor.

Shesca- Ah, sim, sim. Encontrei-a na biblioteca lendo alguma coisa, mal me cumprimentou e disse que ia embora para casa hoje. Achei que tivesse avisado o senhor.

Roy- Quando foi isso?

Shesca- Não faz 15 minutos. Eu acho.

Roy- O lugar, a biblioteca, lá estava escuro? Tinha claridade?

Shesca- Como? Ah, não lembro bem. Provavelmente a penumbra de sempre, mas por quê?

Roy- A Primeira Tenente sente enxaquecas horríveis no escuro, com licença, prazer em revê-la. - Largando-a ali, com livros na mão. Ela que ficou sem entender absolutamente nada.


“Quinze minutos, ela ainda deve estar por perto.”


Foi o que motivou a procurá-la. Preferiu ir ao estacionamento e por sorte a encontrou abrindo a porta do carro.

Roy- Ei, aonde pensa que está indo?

Riza- Como me encontrou aqui? - Virando com um ar de costumeira surpresa.

Roy- Ia fugir nas minhas barbas, Primeira Tenente?

Riza- Escute, as coisas estão muito piores do que imagina. Se quer me ajudar, deixe-me.

Roy- Eu pensei que você tivesse sido sincera hoje.

Riza- Estou sendo.

Roy- Você está correndo muito mais perigo do que imagino, não é?

Riza- Não é isso. Eu fiz a coisa certa. - Levantando os olhos para ele.

O homem sedutor ficou por um momento, tentando decifrar o que tinha por trás daquelas palavras tão soltas. Nunca viu ela o olhando tão intensamente, podia jurar que sentiu um certo flerte vindo dela. Agora mesmo que não estava mais entendendo. Devia ele ter enlouquecido com toda aquela situação ao ver seu braço direito flertando-o? Enquanto afundava em seus devaneios, a mulher foi se aproximando bem devagar, enquanto ele continuava imóvel.

Riza- Essa é a última coisa. - Aproximou-se mais dele, arfando contra seus próprios medos e angústias. Segurou a longa mão do homem, que continuava com uma expressão interrogativa. Ele era esperto, mas ela era sútil demais para seu pouco senso. Foi contornando as mãos pelos braços delineados, parecendo com as pontas dos dedos querer guardar seu contorno. Os dois arfaram.

Riza- Eu estou tentando dar paz pra você, Roy. - Respirando nervosamente, ela parara a milímetros dele, olhando-o como se quisesse guardar cada pedaço, cada expressão de seu rosto escultural.

Riza- Diga-me, como você pode ser tão perfeito assim? - Passando a mão por sobre seus cabelos negros, desalinhados como sempre. - Eu gosto do cheiro deles. - Era uma sensação fresca estar ao lado daquele homem. Seu perfume era tão bom, que melhorava sempre que sentia-o.

Roy- Não tenho o que dizer, estou tão perplexo quanto extasiado. Nunca imaginei receber um carinho seu, assim, espontaneamente. Não sabe como esperei por isso. Sempre se esquiva de meus toques... Estou tão satisfeito... Não... - Foi interrompido pelo roçar dos doces e carnudos lábios da tenente sobre sua bochecha.

Riza- Eu estou tentando te satisfazer, só por um instante.


Bem devagar, arfando, passara para o outro lado do rosto: o perfume dele ajudava-a a não tremer. Até ela mesma se surpreendeu, pois o homem parecia completamente extasiado com aquele momento. Aquilo para eles era como qualquer prazer maior do que era verdadeiramente. O momento era incomensurável. Uma libertação de julgamentos e angústias de anos e anos.
A mulher passara os lábios pelo queixo, nariz e testa. Queria ter cada pedaço do moreno em sua memória.

Riza- Eu vou lhe dar a libertação depois de todos esses anos. A nossa libertação daquele dia. Viva. Sobreviva, Roy.


Respirando asperamente foi aproximando-se devagar. A liberdade, o voltar a viver para morrer. Era a ironia no final das contas. A linda loira percebera que passara anos combinando bobagens por cima de bobagens e nunca se deu ao trabalho de olhar para seus verdadeiros sentimentos. A realidade crua: era irrevogavelmente apaixonada por Roy Mustang. Mas preferia controlar seus instintos, ferrenha.


A morte a acompanhava e só a ela, mais ninguém. Não era egoísta ao ponto de deixar o buraco aberto para Roy ir junto. Ela já havia tirado seu viver por um longo período, mas agora, agora era libertação. Quando viu a verdadeira face da morte é que soube valorizar a vida, e o viver. Era tudo que podia conceder: um respirar aliviado, um sobreviver. Deu por fim o tão esperado e emancipador beijo. Seus lábios se encostaram pela primeira vez voluntariamente. E era tão perfeito, tão igual, na qual era impossível dizer que não foram feitos sob medida. Os lábios dançavam juntos o último arfar, começando a aprofundar-se. O Coronel pareceu sair do extase em que encontrava e começou a retribuir, pausadamente, mas intensamente. Sempre sutil com ela, até nas horas mais fortes. Era preciso calma. Foram se invadindo aos poucos, respirações mais fortes e quentes. O dançar dos lábios eram mais ousados e não pareciam querer parar. Tornava-se cada mais experiente, conhecedor. Envolvente. Até que, lentamente, foram dimunuindo até acabar com um último roçar de
lábios e respirações ofegantes.

Roy- Riza. – Ainda de olhos fechadas, não acreditava que tinha beijado ela. -Obrigada por isso. Estou tão... Nem sei como me expressar com você agora.

Riza- No fim, resolvemos o começo.


O homem olhava os lábios de seu braço direito e não acreditava que tinha se apossado deles a segundos atrás. Havia sido o beijo que desejara sua vida toda. Motivo de apostas e prejuízos com os amigos. Não fazia ideia do que era aquele momento. Não entendia porque Riza falava daquela maneira fúnebre. Parecia se despedir dele.







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Notas finais do capítulo

Bom, aí está mais um capítulo da história.
Quem quiser dar dicas e sugestões, ficarei agradecida.
Beijos, seus lindos! E obrigada por estarem seguindo minha história! (:



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