Razão escrita por Lily Moon


Capítulo 13
Agradecimentos


Notas iniciais do capítulo

Yo...
Tudo bem crianças?
Mais curtinho dessa vez.
=3
enjoy o/



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Inoue tinha a estranha impressão que alguém estava lhe chamando insistentemente. Era tão urgente. Sabia que precisava acordar. Não preocupar seus amigos, mas seu coração dilacerado pedia por Ulquiorra. E sabia que ele não estava em lugar nenhum.

- Não acha que já dormiu demais? – perguntou uma voz masculina.

Inoue encolheu-se na cama e tapou até a cabeça. Seria aquela voz que a chamava? Não.

- Não quero acordar, Onii-chan. – respondeu Inoue.

Sora puxou o lençol da cabeça da irmã. Os cabelos laranja refletindo violentamente o sol que entrava pela janela aberta.

- Seus amigos estão preocupados com você. – Insistiu. E como a garota não respondeu, continuou. – Até quando pretende ficar se escondendo?  Para alguém que queria ser forte esta se comportando como uma f...

- Eu sei! – cortou Inoue. Não suportaria ouvir que estava sendo fraca. Mas essa era a verdade. Escondendo-se  dentro de seus próprios sonhos. – Onii-chan... Você teria gostado do Ulquiorra-kun. – disse Inoue de repente animada. Sora a fitou com um sorriso triste. – Ele era muito curioso. Ia querer saber tudo sobre aquele seu emprego! E dizia coisas engraçadas sobre os seres humanos. Nós íamos ter um encontro... – respondeu e novamente lagrimas cobriram seu rosto.

- Inoue – Foi tudo o que Sora conseguiu dizer, a puxou para que deitasse a cabeça em seu colo. Deslizou os dedos nos cabelos da Irma que tanto amava.

A garota chorava silenciosamente aproveitando as caricias do irmão. Entregue aquela ilusão, que de alguma forma poderia ser a alma dele tentando lhe ajudar. Uma dor sem tamanho, sentia-se quebrada.

- Você se lembra de quando cortaram seus cabelos?  Você chorava dizendo que nunca mais cresceriam... – Sora sorriu saudoso. – Mas olhe só você agora. Virou uma mulher linda Inoue. Superou tantas coisas.

- Porque você estava lá comigo Onii-chan.

- E agora por acaso você esta sozinha? – Perguntou Sora e deu um beijo na testa da irmã. E a voz novamente a chamou. Uma voz forte e rouca. Urgente.Inoue abriu os olhos e estava no mesmo quarto de seu sonho.  O sol entrava pela janela aberta da casa desconhecida. Mas seu irmão não estava mais lá.

- Já vou levantar... Onii-chan... – Respondeu como fazia quando seu irmão estava vivo. Sentou-se com muita dificuldade. Sentiu sua cabeça girar e sua visão vacilar. Reconheceu aquele aposento, como sendo da loja de Urahara. Pela luz que penetrava nas frestas das janelas, o sol devia ter acabado de nascer. Viu Rukia dormindo em um futon próximo e não pode deixar de sorrir.

- Desculpe por preocupá-la. – sussurrou. Mas a verdade é que ainda queria fechar os olhos e desaparecer. Inoue levantou-se com muita dificuldade. Usava uma camisola branca ate os joelhos. Os ombros nus, abraçou o próprio corpo para se proteger do frio. Pelo jeito era muito cedo ainda, ninguém percebeu que levantara. Foi quando abriu a porta dos fundos e deu de cara com Ichigo. Que ficou muito espantado.

- I...Inoue?!

- Kurosaki-kun... o que faz aqui?! Como estão todos?

- Estão todos bem... ele.. você esta bem?! – perguntou incrédulo. Notando o tom de voz, a garota pergunta:

- Sim. Tenho fome, mas me sinto bem. Porque o espanto?

- Inoue... faz, quase um mês que você esta dormindo– disse Ichigo.

- UM MÊS?! – gritou a garota. Fugira tanto tempo assim? Sentiu seus olhos arderem, percebeu que estava prestes a chorar. Estava se enganando achando que superaria a morte de Ulquiorra. Sentiu-se apenas uma garotinha fraca. A voz de Inoue atraiu Urahara, que parecia muito tranqüilo.

- Ora ora veja quem acordou! Ooi! Ururu! Precisamos de comida! Muita comida para nossa heroína!

- Sim, Urahara-sama. – Puderam ouvir a voz de Ururu mais ao fundo.

- Heroína?! N..não me chame assim... – disse muito envergonhada.

- É a verdade Inoue-san – disse Renji, também aparecendo no jardim dos fundos. Sorria para a garota. – Se não fosse por você não estaríamos aqui. Fico feliz em saber que você esta bem, mas peço que se reporte imediatamente para o mestre Yamamoto. A Soul Society esta esperando noticias suas.

E antes que a garota pudesse responder qualquer coisa, sentiu um par de braços esmagando-a. E uma imensidão de cabelos loiros tapando sua visão.

- Eu achei ter ouvido sua voz. – disse Matsumoto, e pela primeira vez Inoue via a vice capita do décimo esquadrão derramar lagrimas. – Que bom... que bom Orihime-san! Que bom que você esta bem!

Carinhosamente Inoue retribui o abraço da amiga. Era muito bom ver todos bem. Mas sentia seu coração arranhar. Sentia-se falsa. Era como se o sorriso que dava por ver Matsumoto bem, fosse uma mentira.Não gostava de se sentir assim. Logo, com toda aquela movimentação viu que Ishida, Sado e Hitsugaya também estavam na casa. Yoruichi apareceu bocejando na cozinha parecendo muito surpresa em ver Inoue acordada devorando o café da manha. Estava faminta. Olhou para os lados como se procurasse alguém.

- E então?! Não ainda? – disse inesperadamente. Urahara pareceu mudar de assunto de propósito.

Inoue estava muito ocupada para notar e todos pareciam querer sua atenção. Rukia também, a essa altura, já tinha acordado. Foi um café da manha animado. Todos estavam tão contentes que chegava a assustar, menos Ichigo que pareceu distante de tudo. A garota sentia como se assistisse aquela cena de fora do seu corpo. Queria voltar a dormir. Mas não podia deixar seus amigos preocupados novamente.

- Inoue-san, agora vamos entrar em contato com a Soul Society... – Falou Hitsugaya, quando a garota terminou de comer.

- Sim... – Foi o que conseguiu dizer. E a cada passo que dava em direção a sala, com a enorme tela instalada em um dos aposentos da loja de Urahara, sentia suas pernas mais pesadas. Mal acordara e já pensava em sumir, mesmo com todos felizes a sua volta. O que pensaria quando voltasse a ficar sozinha em sua casa? Ichigo continuava chamando sua atenção. Porque parecia tão triste?

- Estabelecendo conexão – disse Renji, e a tela antes negra começou a mostrar riscos de interferência no sinal e logo a imponente imagem do capitão Yamamoto apareceu. Ao seu lado esquerdo, Ukitake, parecendo meio frágil como sempre. Deu um sorriso e acenou amigavelmente. Do seu lado direto Byakuya, que mal movera a cabeça em sinal de cumprimento. Atrás puderam ver o vice capitão Sasakibe e a Capitã Unohana, que sorria docemente.

- Inoue Orihime! – Disse o comandante Yamamoto, sem se importar com cumprimentos.

- S.. sim... – respondeu a garota timidamente, dando um passo a frente.

- Fico feliz em saber que esta bem. O que tenho a lhe dizer é simples e ao mesmo tempo muito importante. Pois seria arrogância de minha parte, não admitir a sua parcela na nossa vitoria. Por isso, venho pessoalmente, Inoue Orihime, agradecer por toda sua ajuda. – E, quase que imperceptivelmente, se curvou. A garota olhou chocada para o ato do comandante da primeira divisão. Ao seu lado Ukitake e Byakuya lhe imitaram, seguidos por Unohana e Sasakibe e assim pelos presentes no aposento onde a própria Inoue estava.

- P...por favor, não precisam fazer isso! – disse totalmente desconfortável.

- Inoue Orihime, seu poder é fantástico. – continuou o comandante Yamamoto. – Sem a sua interferência na luta contra os espadas, a Soul Society e a cidade de Karakura não existiriam mais. É um poder que ultrapassa os sonhos dos humanos. Adentrando os limites de Deus e os manipulando...

- NÃO! – gritou Inoue de repente, interrompendo o capitão. Lagrimas cortando seu rosto. - NÃO! Se.. se meu poder fosse tão incrível assim... se eu fosse tão forte... então Ulquiorra estaria vivo!! – disse, guspindo as palavras que estavam engasgadas.

- Inoue Orihime, tem mais alguém da Soul Society que quer lhe agradecer. – disse o capitão Yamamoto. A garota voltou novamente sua atenção para a tela. Com raiva e tristeza misturados, as lagrimas escorrendo de seus olhos, sacudiu a cabeça negando quem quer que fosse. Os outros não pareciam entender, estavam todos tranqüilos, podia senti-los quase rindo a suas costas. Algo estava muito errado. O mais serio era Ichigo, que estava apoiado na batente da porta, assistindo tudo meio de canto. Ao ouvir os passos de alguém se aproximando pelas costas do comandante Yamamoto, o shinigami substituto saiu da sala sem dizer palavra. Apenas Rukia percebeu.

- Já disse que não mereço mais agradecimentos – Dizia Inoue entre lagrimas - Eu... eu não.... VOCÊ ESTA VIVO??!!!


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Notas finais do capítulo

yooooooooooooooo
quem sera?! O.O



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