POV Jane.

O show já tinha acabado, então estávamos do lado de fora do clube falando tchau para as pessoas. Bem... nós não, eu. Rebeca já tinha ido embora pois ia ter um encontro com Danny, e os meninos tinham que resolver não sei o que.

  Do outro lado da rua estava ele e seus amigos. Acho que nunca comentei nada de seus amigos né? Pois bem, um tinha os olhos castanhos, o cabelo loiro e uma covinha forever alone. Já o outro tinha uma cicatriz na cabeça, os olhos super azuis e o cabelo castanho.

Eu prestava o maximo de atenção neles, eles estavam conversando com o loirinho baixinho e lindo, e eu queria loucamente saber o qual era o assunto, já tava até pensando em atravessar a rua e falar: ”Oi,só vim aqui ouvir qual é o assunto de vocês, por favor finjam que eu não existo, obrigado”, mas invés disso tentei leitura labial, o que deu um pouco certo.

- Vai lá falar com ela tonto – falou o moreno lhe dando um empurrão.

- Não tenho coragem, to sem saco de papel e microondas com skate na geladeira – respondeu ele, ou não respondeu? Acho que essa leitura falhou bem falhada. Enfim... só sei que ele levou outro empurrão, e depois veio em minha direção.

  Eu definitivamente não estava afim de passar pelo que passei na noite anterior, então antes que ele chegasse perto demais e me tirasse o controle, dei as costas ao local e comecei a caminhar.

- Ei, não fuja! – gritou ele, enquanto corria atrás de mim.

Depois dessa tive que parar, e me virar para encara-lo.

- Nossa, falou o Sr. Enfrenta tudo.com – respondi.

- Olha, desculpa. – falou, e então se calou.

- Só isso? – perguntei já me virando novamente.

- Não espera! – falou segurando um de meus braços.

- Só se me soltar.

- Eu sou um idiota.

- Isso eu já sei – falei revirando os olhos. Ele sorriu. Meu Deus para tudo! Que sorriso era esse?!?! Fingi estar entediada e me apoiei na parede, já me prevenindo, se ele der outro sorriso desses eu caio de cara no chão.

- Para vai, você entendeu.

- Entendi o que?

- Queeuquerosaircomvocê.

- Ahn? Desculpa mais eu só entendo português e inglês, to sem tempo pra aprender coreano.

- Eu... – começou mas o interrompi.

- Espera, qual é seu nome?

- Dougie – respondeu.

- Hm. Sei que você não perguntou, mas o meu é Jane.

- Não perguntei porque já sabia seu nome – nossa segura essa na cara Jane.

- Sa-sabia? – gaguejei.

- Sabia, e antes que você me chame de psicopata ou alguma coisa do tipo, já vou explicar o porque sei o seu nome – falou – Sei o seu nome porque quero sair com você – completou.

- Se quer sair comigo, porque fugiu ontem?

- Como já te disse, sou um idiota.

- Você se arrependeu de ter me beijado! – afirmei.

- Não! Claro que não! – falou quase gritando – só não queria ter te beijado daquele jeito, quer dizer... eu queria sim ter te beijado daquele jeito, só que ...

- Ta com fome? – perguntei sorrindo ao perceber como ele estava nervoso.

- Ahn?

- Perguntei se ta com fome – repeti.

- Ta me convidando pra sair ? – perguntou.

- Não, no momento só estou perguntando se está com fome.

- Aham – respondeu.

- Quer comer uma pizza? - Não, não Jane, ele quer jogar uma partida de futebol.

- Só se for de chocolate – respondeu.

- Perfeito, você paga. – falei, dando as costas e começando a andar em direção ao hotel.

- Ok... Ei, você me convida e eu que pago? – perguntou arqueando uma sobrancelha.

- Ué, alguém havia me falado que queria um encontro comigo...

- ENTÃO É UM ENCONTRO? – gritou me interrompendo.

- Talvez...

  Dougie saiu em disparada me agarrando pelo braço e pelo o que me parece, indo em direção ao hotel?

- Onde se ta indo? – perguntei.

- Para o hotel. Eu poderia te levar em uma pizzaria, mas sei que você odeia jantar fora.

- Como você sabe disso???? Quem te falou?? – Como assim ele sabia disso? Como assim produção?!?!

- Tenho minhas fontes.

- Claro que você tem suas fontes, eu também tenho as minhas. – retruquei.

- A é? E quais são? – perguntou curioso.

- Olha... eu tenho a fonte do carregador do meu celular, a fonte do carregador do meu notebook, e na minha outra casa eu tinha uma fonte de água que era em formato de anjinho, ele soltava a água pelo pipi.

  Dougie ria feito uma criança enquanto esperavamos o elevador, e eu adorava isso. Ele tinha um dos braços apoiado em meus ombros, e mesmo Londres sendo uma cidade fria, seu toque era quente e reconfortante.