Love Me Do escrita por Nikki


Capítulo 10
Oito. II


Notas iniciais do capítulo

continuação do outro...



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POV Rebeca.

O que é isso? Qual é! EU QUERO COMER.

- Porque? – perguntei choramingando.

- Porque ainda não. Você não pode esperar só mais um pouquinho? – disse com uma carinha que não dá pra negar nada. - Prometo que não vai se arrepender. – complementou.

- Tá, tudo bem. Não vou comer. Ainda. – respondi cruzando os braços emburrada, por ele conseguir me convencer. Odeio quando conseguem.

Ele sorriu. E que sorriso. Caramba, eu conheço esse sorriso de algum lugar. Mas eu não vou ficar perdendo tempo tentando me lembrar uma coisa insignificante dessas. To aqui com esse gato do meu lado, e ficar pensando?? Vou é aproveitar.

O que é isso? Eu não acredito. Depois de alguns minutos, chegamos na London Eye, e caramba... É linda. Mas espera aí...

- Danny, não pode entrar com comida pode? – perguntei confusa.

Ele sorriu de um jeito sacana, e sem dizer nada, pegou uma mochila no banco de trás do carro, e colocou os lanches e os dois copos de refrigerante lá dentro, não sei como. Saiu do carro, e veio pro meu lado, abrindo a porta em seguida. Saí do carro, e fomos em direção a um segurança que havia ali. Pagamos e entramos, não sei como, Danny escondeu a mochila, me abraçando por trás, e colocando a bolsa ao lado, para que o segurança não visse.

Já estava tarde, devia ser umas 23:00 agora, e por causa disso, não havia muitas pessoas lá, então, eu e Danny entramos sozinhos. Ficamos esperando a roda voltar a girar, para sairmos da visão do segurança que nos olhava desconfiado, enquanto isso, Danny estava abraçado a mim. Ainda. E eu to começando a achar que ele tá se aproveitando um pouquinho disso, mas eu não ligo, porque eu não to com nenhuma vontade de que ele me largue. Tá tão bom.

Começamos a subir, e quando sumimos da visão do troglodita lá embaixo, muito cedo Danny me soltou, e se sentou no chão abrindo a mochila pegando os lanches e as cocas, que não sei como, continuavam intactas. Me sentei a frente dele, e começamos a comer.

Danny começou com as suas gracinhas, me fazendo rir. Já tínhamos acabado de comer, e Danny já tinha acabado a sua coca também, só a minha que não, e então teve um momento que não houve mais gracinhas, brincadeiras. Ele ficou sério, parecendo estar pensando, muito.

De repente, ele começa a me fazer um monte de perguntas sobre a minha vida. Como por exemplo, o que eu estava fazendo aqui, quantos irmãos, se tenho irmãos, essas coisas. Respondi tudo, e depois ele me contou da sua vida. Estava tudo bem, até que...

- ... Eu tenho uma banda com os meus amigos, aqueles que você viu no show... – o interrompi.

- Qual o nome da sua banda? – perguntei curiosa.

- McFly. – respondeu e eu fiquei paralisada.

Como assim MCFLY?? É a mesma que eu to pensando que é? Peraí, eu disse que conhecia o Danny de algum lugar. Mas é claro que eu conhecia, como eu pude esquecer, ou melhor, como eu pude não reconhecer o meu platônico desde que eles lançaram a primeira musica? Como eu sou idiota.

Meus olhos começaram a brilhar, mas por causa das lágrimas. Eu tava com muita vontade de chorar, demais. Tudo misturado, raiva por eu não ter reconhecido ele antes, e olha que eu ainda disse que era uma coisa insignificante. COMO ASSIM EU DISSE ISSO? Sou uma idiota mesmo. Felicidade por estar aqui com ele; medo do que ele vai pensar de mim, sei lá por que. 

Ainda estava parada, e acho que sem respirar, olhando pro meu lindinho na minha frente, com uma carinha preocupada.

- Becky, hey... – despertei do transe. - Você tá bem? – perguntou preocupado.

- Ahn? Ah sim... To bem sim. Não é nada. – respondi.

Ele pareceu não acreditar muito e insistiu.

- O que aconteceu? Porque ficou assim depois que eu disse o nome da banda? –

- Merda. Oh, droga. Argh, mas que coisa. Eu tenho que aprender a calar a boca. Sabe o que tá acontecendo? – inquiri me levantando. – O que tá acontecendo é que eu to com raiva. De mim mesma. – completei.

- Mas porque? – perguntou ainda confuso com o que estava acontecendo comigo.

- Eu não acredito que eu não te reconheci. Quer dizer, eu sabia que eu te conhecia de algum lugar, só não me lembrava da onde. Talvez pelo nervosismo de estar em um lugar diferente, sei lá, tivesse me feito esquecer de tudo. Mas você, eu nunca poderia ter feito isso. – lamentei-me

- Você não me reconheceu? – perguntou com uma sombra de um sorriso em seus lábios.

- Não, e eu não podia ter feito isso. Caramba, eu adoro vocês desde quando lançaram a primeira musica, e adorei ainda mais quando apareceram no filme com a Lindsay Lohan, a propósito, ela é uma perua sem classe, mas principalmente você. Você era quem eu mais gostava. – continuei divagando, nem prestando atenção que Danny se aproximava devagar com um sorriso satisfeito no rosto.

- Era? –

- Não, você é. – respondi, percebendo que tinha falado demais e que ele estava muito próximo, colocando os braços ao redor da minha cintura, me beijando calmamente.

OMG!!! QUE BEIJO É AQUELE? Danny pediu passagem e eu dei, ansiando por sentir seu gosto. Não me arrependi. Quando que eu iria imaginar que um dia eu sairia com Danny Jones, meu ídolo, e que ele me beijaria?! Nunquinha mesmo, e a realidade é bem melhor do que a imaginação.

Desgrudou sua boca da minha, e ambos arfávamos.

- Bom saber. – disse depois que conseguiu recuperar o fôlego.

- Bom saber o que? – perguntei confusa.

Ele sorriu, e disse olhando nos meus olhos.

- Bom saber que ainda gosta de mim. – fiquei vermelha. Como eu pude falar tanto? Merda, toda vez que eu fico nervosa, ou faço alguma coisa que não gosto, como isso que aconteceu, começo a falar e não paro mais.

- Não precisa ficar com vergonha. É normal gostar das pessoas. – disse erguendo meu rosto corado de vergonha.

- É fácil pra você falar. Não é você que tem um amor platônico pelo seu ídolo. – opa, falei demais de novo. Olhei para o Danny, só para vê-lo sorrindo feito uma criança que acabou de ganhar um doce. Abaixei a cabeça de novo.

- Não precisa ficar com vergonha, já disse. Gosto de te olhar, de te ver sorrir, de olhar nos seus olhos. – disse

Ficamos nos olhando mais um pouco até que sentimos que a roda gigante tinha parado, e estavam abrindo a porta. Pegamos a mochila e saímos, indo para o carro. Danny abriu a porta para mim.

Quando entrou no carro, perguntou da minha amiga, Jane. Não pude deixar de sorrir quando lembrei daquela louquinha. Apesar de a conhecer há pouco tempo, já gostava muito dela. E acabei falando demais, de novo.

- Ela gosta do Dougie. – merda, merda, merda. – O que foi que eu falei? Ah, não foi nada. Esquece. – disse me virando no banco do passageiro, fazendo com que ficasse de frente para ele.

- Sério?! – ficou surpreso. – Nossa, mas eles nem se conhecem. Quer dizer, Aquele idiota beijou ela hoje, mas foi só.

- Acredite, ela gosta dele, só ainda não descobriu isso. Você viu o jeito que se olham? Aliás, ele também gosta dela. Ah, e falando nele, é melhor deixar ele bem longe de mim.

- Mas porque? Ele é tão indefeso. – Danny só pode tá de brincadeira.

- Claro que é. – respondi sarcástica. – Mantém ele longe de mim, porque eu sou capaz de matá-lo pelo que fez hoje mais cedo. Quem ele pensa que é pra beijar a minha amiga, e depois simplesmente virar as costas e sair? – respondi.

- Tá, desculpa. Eu só tava brincando. Não precisa ficar brava assim, a propósito, você fica linda assim. – roubou um selinho quando paramos no sinal.

Preciso dizer que fiquei com vergonha de novo? Não, gente. Eu só fiquei MORRENDO de vergonha. E esse lindinho ainda riu. Olhei no relógio e já era 1:00 da manha. COMO ASSIM? Ficamos uma hora rodando de carro? Não acredito. Esse idiota rodou em círculos. Fiquei tão distraída que nem vi o tempo passar, e nem o caminho.

- Vou te levar em casa. –

- Tá, já tá tarde. Amanha é dia de show de novo. –

- Ah, falando em show... ah, esquece. Depois eu te falo. É melhor conversar com os seus amigos também, todos juntos.

Chegamos no hotel, e já eram 1:30. Danny dirigiu devagar, dizendo que queria mais tempo comigo, por isso a velocidade tão baixa, e ainda disse que correr pode causar acidente. Mas nem tinha carro na rua.

- Tchau Danny, obrigado pelo jantar. Eu adorei. – disse, e quando ia saindo do carro, ele segurou o meu braço e me puxou pra ele, me beijando.

Quando me largou, sorriu e disse.

- Agora você já pode ir. E sonhe comigo – completou.

- Claro que sim. – sorri e roubei um selinho dele. Corri pra dentro hotel, indo para o elevador. Chegando no meu andar, abri a porta do quarto e fui direto pra cama. Ainda teria que tomar banho, mas estava pensando naquele beijo na London Eye.

Foi tão perfeito. E com esses pensamentos adormeci. 



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Notas finais do capítulo

fiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim,comentários?