Everything Changes escrita por ReLane_Cullen


Capítulo 8
Blind


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou outra vez ^^ Eu tive uns probleminhas com esse capítulo, eu tinha acabado de escrevê-lo e acabei não salvando as alterações, o que me obrigou a reescrever algumas coisas, e como sempre nada fica igual, entãoMas, eu estou louca para saber a opinião de vocês sobre o reaparecimento do Edward e o encontro dele com a Cathy.
Para quem também acompanha essa fic no FF, ficou sabendo que plagiaram Everything Changes lá. Mas agora já está tudo bem (claro que na hora fiquei p* da vida...) Eu só gostaria de pedir a vocês que se identificarem qualquer tipo de plágio avisem a autora, e eu não falo isso só por mim não. Qualquer autora. Obrigada.
Beijos



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After all this time

I never thought we'd be here

Never thought we'd be here

When my love for you was blind

But I couldn't make you see it

Couldn't make you see it

That I loved you more than you'll ever know

and part of me died when I let you go

(Blind- Lifehouse)

Capítulo 7- Blind

Cathy ainda não sabia ver as horas, mas ela tinha a sensação de que a hora do almoço estava demorando demais. Ela já estava impaciente, não via a hora de ir para a sua aula de música.

“Você já está com fome?” Cathy perguntou a Mandy.

“Estou sim.” A loirinha olhou para sua barriga.

“Essa aula está demorando muito.” A morena reclamou, revirando seus olhos verdes. Aquele era mais um hábito que ela herdara da mãe.

“Catherine, você já terminou seu trabalho para estar conversando?” A professora chamou sua atenção.

“Já, Srta. Jessica.” Ela respondeu prontamente.

“Então abaixe a cabeça e fique quieta.” A professora disse rispidamente.

Mesmo contrariada, a pequena obedeceu. Sua mãe sempre falara que ela devia obedecer e respeitar os mais velhos, mas era difícil obedecer uma pessoa tão malvada quanto a madrasta da Cinderela.

Finalmente, a Srta. Jessica dispensou a turma e Cathy e Mandy foram correndo até o refeitório. Depois do almoço as meninas ficaram sentadas, esperando ansiosamente pela próxima aula.

“Olá, meninas.” A Sra. Cheney as cumprimentou. “Esperando pela aula de música?”

“Sim.” Responderam em uníssono.

“Hoje o professor vai conversar com vocês individualmente, está bem?”

“Individu-o-quê?” Cathy perguntou com o cenho franzido.

“Individualmente. Isso quer dizer que vai conversar com  vocês uma de cada vez.” Angela esclareceu.

“Ah, sim!” Mandy e Cathy assentiram.

“Na turma de vocês tem outras três crianças. Vamos lá ficar com elas?” Angela pegou-as pela mão e as levou para o outro lado do refeitório onde outras três crianças aguardavam. Cathy reconheceu as três. O garoto loiro e de olhos azuis era Peter, do lado dele estava Jack, que tinha os cabelos pretos e os olhinhos puxados. Afastada dos dois, estava uma garota loira de olhos castanhos cujo nome era Lauren. Cathy não gostava dela. Aquela menina se achava a mais legal da escola, mas ela só sabia ser má com as outras crianças.

“Quem quer ir primeiro?” Angela perguntou.

“Eu!” Lauren se prontificou.

“Está bem. Vocês fiquem aí!”

Um a um, Cathy viu seus coleguinhas irem até a sala de música e todos voltavam bem animados. Tímida, como sempre, ela acabou sendo a última.

“Está pronta?” Angela sorriu. Cathy segurou na mão da Sra. Cheney e a acompanhou até a sala de música. “Divirta-se.”

Cathy respirou fundo e entrou na sala, sempre encarando  o chão.

“Olá.” O professor a cumprimentou. Ela levantou os olhos e franziu o cenho. Seu professor tinha um cabelo engraçado, todo desarrumado e tinha uma cor bem estranha que ela nunca tinha visto. Mas ele era bonito, ela pensou. Na verdade, ele parecia um príncipe. Ainda mais com aqueles olhos tão verdes. “Qual o seu nome?” Ele perguntou curioso.

“Catherine.” Ela respondeu.

“É um nome muito bonito.” Ele elogiou e a menina não pôde evitar o breve rubor em seu rosto.

“Eu não gosto.” Ela reclamou, com um biquinho.

“Então como eu posso te chamar? Kate?” O professor perguntou, tentando esconder um sorriso.

“Não. Minha mamãe me chama de Cathy.” A garota informou.

“Cathy é legal.” Ele sorriu.

“Qual é o seu nome?” Cathy perguntou com olhinhos curiosos.

“Anthony.” Ela o encarou por um longo momento, como se  estivesse estudando-o.

“Sr. Anthony, que cor é o seu cabelo? É estranho.” Ela perguntou, não aguentando mais de curiosidade. Ela ficou receosa com a possível reação dele, mas tudo o que ouviu foi uma sonora risada.

“É estranho mesmo, né? Minha mãe fala que é cor de bronze.” Ele respondeu bem-humorado.

“O meu é castanho, mas fica vermelho no sol.” Ela disse, sentando-se ao lado dele na banqueta.

“É bonito.” Ele elogiou

“Obrigada.” Ela sorriu.

“Você gosta de música?”

“Gosto.” Cathy respondeu prontamente.

“Que bom. Você sabia que na música nós temos sete notas musicais? São essas notas que juntas formam a melodia, ou seja a música.”

“Todas as músicas tem essas notas?”

“Não.”

“E quais são as notas?” Ela perguntou, curiosa, não conseguindo tirar os olhos do seu professor.

"Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, La e Si." Ele respondeu.

A aula prosseguiu. Cathy ficava maravilhada com cada coisa que aprendia enquanto seu professor se espantava com a rapidez que ela absorvia as informações.

"Parabéns! Eu nunca tinha tido uma aluna tão boa quanto você. Você tem muito talento. Já estudou música antes?" Ele perguntou, verdadeiramente impressionado.

"Não."

"Tem alguém na sua família que é músico?"

"Minha mamãe fala que meu papai sabe tocar piano."

"E ele é bom?"

"Eu não sei. Eu não conheço ele. Ele viajou e eu não sei onde ele ." Cathy respondeu com um olhar tristonho.

"Tenho certeza que, onde quer que ele esteja, ele está pensando em você." O professor sorriu reconfortante.

"O senhor acha mesmo?" Ela o encarou.

"Com certeza!" Ele sorriu e a pequena assentiu.

"Tchau, Sr Anthony." Ela se despediu enquanto descia da bancada.

"Tchau. Até semana que vem"

"Eu conheço esse olhar. No que você está pensando, Eddie?" Emmett perguntou ao notar o olhar pensativo do amigo. Ele e Edward haviam parado num bar para tomar uma bebida e se distrair dos problemas, mas parecia que seu amigo não estava muito disposto a isso.

"Você é o principal motivo de eu ter adotado Anthony como meu nome." Edward reclamou com uma careta.

"Mentira, era porque todo mundo te zoava na faculdade." Emmett apontou.  "Sua mãe deveria ter comprado um daqueles livros com nomes de bebês. Teria te poupado algum sofrimento." Nisso Edward teve que concordar. "Mas então, qual o motivo desse olhar pensativo?"

"Você já viu a aluna nova?" Edward perguntou. Desde o momento que colocara os olhos naquela garotinha, não conseguia parar de pensar nela.

"Eu tenho várias alunas novas."

"O nome dela é Cathy."

"Cathy?" Emmett franziu o cenho, não reconhecendo o nome. "Eu dei aula para uma Catherine essa semana..."

"Ela não gosta de ser chamada pelo nome." Edward tratou de corrigi-lo.

"Enfim, o que tem ela?" Emmett perguntou sem o menor interesse.

"Ela tem um talento nato para a música. Eu nunca vi uma criança pegar tudo tão rápido." Edward comentou impressionado. Já tinha visto alunos com certo talento antes, mas nada comparado àquela menina.

"Ela já teve aula antes?"

"Não. Acho que o pai dela é músico, ou alguma coisa assim." Edward respondeu com um olhar perdido.  "Ela não tem certeza, porquê não conhece o pai."

"Agora está explicado!" Emmett exclamou.

"Você não pode me culpar por pensar nisso." Edward se defendeu.

"O problema é que você tende a se martirizar."

"Emmett, você já pensou que o que a Cathy passa pode estar acontecendo com o meu filho ou filha?"

"Você já está tratando ela pelo apelido." Emmett apontou num tom de lamento. Aquilo não acabaria bem e ele já podia prever.

"E o que tem?" Edward encolheu os ombros.

"Edward, eu não sou psicólogo, mas eu acho que você está enxergando o seu filho nessa criança."

"E se eu estiver, o que tem demais?" Ele disparou. Se ele não podia ter contato com seu próprio filho, o que havia de errado em ter algum tipo de ligação com seus alunos?

"Não é saudável! Você é apenas o professor dela." Emmett disse irritado. Ele já havia visto o Edward em seu pior momento nos tempos da faculdade e não estava disposto a ter que passar por isso novamente.

"Eu só notei a similaridade entre os casos, nada mais." Edward desconversou.

"Sei. E o que você pretende fazer com a pequena Mozart?"

"Eu vou conversar com a Angela para ver se há alguma possibilidade da mãe autorizar que a Cathy estude comigo lá no estúdio." Ele respondeu. "Um talento como aquele precisa ser trabalhado."

"Você acha que a mãe vai deixar? Nada contra, mas se fosse no meu caso, eu não deixaria minha filha ir sozinha para um estúdio de música com um professor que eu nem conheço. Com tantos pedófilos, os pais desconfiam de todos."

"Eu vou tentar pensar numa maneira. Talvez a mãe tenha alguém que possa acompanhar as aulas." Ele concluiu.

***

"Como foi a aula hoje?"  Bella perguntou a filha na hora do jantar.

"Mais ou menos. A Srta. Jessica brigou comigo só porque eu estava conversando." Cathy respondeu com um biquinho. A Srta Jessica era muito chata, a menina pensou.

"Se você estava atrapalhando a aula..."

"Mas eu não estava, eu já tinha acabado o trabalho e estava conversando baixinho com a Mandy." A menina se prontificou em sua defesa.

"E como foi sua aula de música?" Bella perguntou, vendo os olhos de sua filha ascenderem.

"Foi perfeita!" Ela exclamou com os olhos arregalados. "Como é aquela palavra que o tio Jasper usa? Estúpida?"

"Estupenda!" Bella corrigiu, achando graça.

"Isso mesmo! Minha aula foi estupenda!"

"E o seu professor?"

"O Sr. Anthony é demais, mamãe! Ele parece um príncipe." A menina respondeu com um ar sonhador.

"É mesmo?" Bella tentava se manter séria.

"O cabelo dele é estranho. Ele falou que é cor de bronze." Ela comentou e Bella não pôde evitar pensar em um outro Anthony que também possuía cabelos cor de bronze.

"É?" Ela falou, ainda absorta em seus pensamentos.

"Mamãe ele disse que eu tenho muito talento. O que é isso?" Cathy perguntou curiosa.

"Quer dizer que você tem mais facilidade para uma coisa do que a maioria das pessoas." Bella explicou.

"Ele disse que sou a melhor aluna dele." A pequena comentou alegre.

"Sério? Meus parabéns, filha!" Bella se levantou e deu um beijo estalado na bochecha dela.

"Eu não vejo a hora de chegar semana que vem." Cathy disse animada.

Bella olhou o relógio, que não havia despertado, e concluiu que só daria tempo de colocar Cathy na escola antes de ir para a faculdade. O café só seria tomado se a Starbucks não estivesse muito cheia. 

"Srta. Swan, eu posso lhe falar um instante?" Angela chamou no momento em que Bella se preparava para ir embora.

"Claro."  Ela entrou novamente na escola.  Pelo visto teria que dar adeus a sua aula. "Sobre o que se trata?"

"O Sr. Anthony, professor de música da Catherine, esteve conversando comigo sobre o maravilhoso desempenho que sua filha teve na primeira aula."

"Ela falou que foi bom, mas foi tão bom assim?" Bella não duvidava da aptidão da filha, mas sabia que crianças na idade dela tinham uma tendência a distorcer a verdade e exagerar os fatos.

"Segundo o professor, ela conseguiu em uma aula o que a maioria dos alunos leva quatro aulas para aprender."

"Uau!" Foi tudo o que Bella conseguiu expressar.

"O Sr. Anthony tem um estúdio de música bem conhecido aqui mesmo no Village. Quando ele não está dando aulas aqui ele está dando aulas nesse estúdio e ele gostaria que a Catherine fosse aluna dele." Angela informou.

"Isso é muita informação para mim." Bella sacudiu a cabeça, como se o gesto organizasse seus pensamentos.   "Mas qual é o valor dessas aulas?"

"Eu conversei com ele que a senhorita é mãe solteira e ele está disposto a dar uma bolsa integral a sua filha." Angela sorriu.

"Esse Sr. Anthony é confiável?" Bella não costumava ser paranóica, mas precisava saber quem estaria em contato com sua filha.

"Alguns alunos de nossa escola estudam com ele no estúdio e nunca ouvi nenhuma reclamação. Ele é um ótimo professor e sempre muito dedicado às crianças." Angela tentou tranquilizá-la.

"Qual seria o horário dessas aulas?"

"Como sua filha não tem nenhuma atividade extra na quinta e na sexta, ele sugeriu que as aulas fossem ministradas nesse horário."

"E não teria como ser aqui na escola? É porquê eu não tenho condições de levá-la ao estúdio nessa hora."

"Eu não posso permitir, pois isso abriria brecha para os outros alunos e aqui na The Studio School, nós não ministramos nenhum tipo de aula particular. Você não tem nenhuma amiga ou amigo que possa levá-la?"

"Eu tenho um amigo que trabalha próximo a esse local e uma amiga que mora perto." Talvez se conversasse com ambos, Rosalie poderia levá-la até o local enquanto Jacob poderia buscá-la.

"Veja com eles, talvez eles possam levá-la."

"Está bem." Bella concordou.

"Mas veja mesmo. Olha, como educadora eu posso dizer que é raro um aluno tão novo se destacar da maneira que Catherine se destacou. Ela tem um talento nato. Seria estupidez desperdiçá-lo." Angela incentivou.

"Eu vou fazer o máximo para levá-la."

"Hakuna Matata, é lindo dizer. Hakuna matata, sim vai entender." Bella e Jacob riam, enquanto as crianças cantavam desafinadamente pelas ruas. "Os seus problemas, você deve esquecer. Isso é viver, é aprender. Hakuna Matata!"

"Pelo visto eles gostaram do musical." Ele apontou.

"Rei Leão é o desenho preferido deles." Bella respondeu, omitindo que a obra também estava entre seus favoritos. Ainda conseguia se lembrar quando tinha cerca de quatro anos de idade e sua mãe levara ela e seu então melhor amigo para ver o desenho nos cinemas.

"Quem quer um sorvete?" Jacob perguntou ao passar em frente a uma sorveteria.

"Euuuu!" Dean e Cathy gritaram em uníssono.  Bella sorriu com a disposição das crianças e os quatro entraram no estabelecimento. Bella e Jacob estavam olhando o cardápio, decidindo que sorvete pedir, enquanto as crianças ao lado discutiam sobre o musical que acabaram de assistir.

"Tia Bella, a Cathy não deixa eu ser o Simba." Dean queixou-se.

"E por quê?" Bella olhou para a filha.

"Porque eu sou a Kiara e se eu sou a Kiara ele é o Kovu." Ela explicou, fazendo referência aos personagens do Rei Leão 2.

"Você não quer ser a Nala?" Bella franziu o cenho, curiosa em saber a escolha da filha.

"Claro que não. Você é a Nala, mamãe." Cathy respondeu como se fosse óbvio.

"E quem é o Simba?" Jacob perguntou interando-se na conversa.

"Meu papai." A menina respondeu sem pestanejar.  "Sabe tio Jake, assim como o Simba, meu papai conhece minha mãe desde pequeno. E meu papai também foi pra longe da mamãe. Assim como o Simba. Mas eu tenho certeza de que meu papai vai voltar." Ela respondeu confiante.

"Vocês podem pedir o sorvete para mim? Eu vou ao banheiro rapidinho." Bella levantou-se da mesa e foi até o banheiro, onde deixou suas lágrimas caírem.

Bella lavou o rosto enquanto tentava entender como sua filha de apenas quatro anos tinha conseguido fazer um paralelo entre um desenho e sua própria vida. Como ela odiava toda aquela situação! Como ela odiava ele!  Bella não conseguia entender como ele conseguia dormir a noite, sabendo que em algum lugar no mundo existia uma garotinha que sempre perguntava por ele antes de dormir.

"Como se ele pensasse nela."  Ela disse amargamente. Ela nunca conseguia entender como ele podia ter dado as costas a Cathy, quando ela era capaz de fazer de tudo para que ela fosse feliz. E por mais que doesse, parecia que a filha só seria feliz tendo o pai em sua vida.

Bella secou as lágrimas e lavou o rosto mais uma vez antes de sair do banheiro. Quando voltou a mesa, um delicioso sundae de chocolate a aguardava.  Bella sorriu ao ver as crianças lambuzadas e depois voltou seu olhar para Jake que a olhava atentamente.  

"Muito obrigada, Jake. Vou ficar te devendo essa." Bella agradeceu, parando em frente ao seu prédio.         

"Foi um prazer." Ele sorriu.

"Crianças, despeçam-se do Jake. "

"Tchau, tio Jake." Cathy se despediu, abraçando-o.

"Tchau, Cathy."

"Eu também posso te chamar de tio?" Dean perguntou, hesitante.

"Claro que pode." Jake respondeu amigavelmente.

"Então, tchau tio Jake." O menino disse, imitando o gesto de Cathy.

"Tchau, Dean."

"Adeus, Jake."

"Tchau, Bella." Ele se despediu com um beijo no rosto dela.

"Os dois para o banho enquanto eu preparo o jantar." Bella anunciou enquanto ia direto para a cozinha.

"Mãe, a gente não pode ver tv primeiro, não?" Cathy perguntou com um biquinho, muito semelhante ao de Alice.

"Nada disso. Banho e depois televisão." Bella disse firme. Se deixasse pelas crianças o banho só ficaria para o segundo dia.

"Dean, você toma banho primeiro." Cathy ordenou. Da cozinha Bella podia ver sua filha de braços cruzados e batendo o pezinho enquanto encarava o amigo.

"Ah, não. Vai você." O menino se esquivou.

"Você tem que ir primeiro. Seja um cavalo." Bella teve que se controlar para não rir.

"É cavalheiro." Dean corrigiu-a.

"Dá no mesmo." A menina encolheu os ombros.

"Eu vou contar até três. Se eu chegar aí na sala e encontrar os dois aí, vocês vão ficar de castigo. Sem televisão!" Bella decidiu intervir, ou do contrário, aquela discussão iria durar a noite toda.

"Eu indo." Cathy anunciou derrotada.

Minutos depois, Cathy retornava a sala, já vestindo o seu pijama.

"Pronto. Agora é a sua vez." Ela falou olhando para Dean, que não perdeu tempo e foi logo para o banheiro.

"Filha, senta aí que eu quero conversar com você." Bella pediu.

"O que é?" Cathy a olhou curiosa.

"Você gostou mesmo das suas aulas de música?"

"Anham! Gostei muito." A menina respondeu animada.

"Se a mamãe te colocasse para ter aulas particulares, você ia gostar?" Bella perguntou. Havia uma grande diferença entre gostar de uma coisa e estudá-la mais  profundamente.  "Você teria que estudar dois dias à tarde."

"Eu quero sim, mamãe" Cathy falou decidida.  "Mas o meu professor vai ser o Sr. Anthony?"

"Ainda não sei. Talvez sim."

"A mamãe, por favor, deixa ser ele." A menina suplicou.

"Você gostou muito dele." Bella apontou.

"Gostei sim. Ele parece um príncipe."

"Eu já não falei que não devemos gostar das pessoas apenas pela aparência?"

"Mas eu não gosto dele só porquê ele é bonito. O Sr. Anthony também é muito legal." Cathy o defendeu.  "Aposto que você também ia gostar dele."

"Certo." Bella concordou.


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