The Secret Of Our Lives escrita por DanielaMiranda
Notas iniciais do capítulo
Obrigada a todas pelos comentários, estou a contente por estarem a gostar.
Têm aqui mais um capitulo.
Saí do carro preto e segui o meu pai até á entrada, ele até estava bem conservado para a entrada. Não era daqueles velhos gordos com bigode que sempre se viam, muito pelo contrário ele até tratava bem do seu corpo e tinha os músculos como eu gostava, sem serem exagerados. A minha mãe sempre me pareceu uma Barbie. Os seus olhos azuis perfeitamente desenhados combinavam na perfeição com o seu loiro natural do seu cabelo.
Mal entramos dentro da casa fugi deles e sentei-me num dos cantos mais escondidos da casa. Ali apenas existia um sofá e um candeeiro. Infelizmente o sofá era de três lugares.
Tinha uma visão periférica da sala de baile, os vestidos flutuavam ao mesmo ritmo da música. Consegui encontrar a minha irmã lá no meio. Lá estava ela em mais uma das suas conquistas. Às vezes perguntava-me como é que ela conseguia fazer aquilo.
Reparei num rapaz com uns olhos verdes enormes que olhavam para mim do outro lado da sala. Ele começou a andar e eu “rezava” para que ele não viesse na minha direcção.
E é por isto que eu nunca acreditei em Deus, ele nunca ouve nada do que lhe peço, é igualzinho á minha mãe. Quando é que isto vai mudar?!
O rapaz sentou-se á minha beira e eu encarei o chão. O meu coração batia aceleradamente e eu não sabia porquê. Isto nunca me tinha acontecido antes.
-Estás sozinha? – Perguntou-me. A sua voz era maravilhosa, algo que dava gosto ouvir. Mas o quê que eu estou a dizer?! Jessie pára com isso., tu não és assim.
-Depende. – Respondi e olhei para ele perdendo-me nos seus olhos.
-De quê?
-Do porquê dessa pergunta. – Sorri-lhe e ele retribui instantaneamente.
-Eu só perguntei porque te vi aí toda solitária.
-Podia estar á espera de alguém.
-Sim, podias. Por isso é que perguntei. Mas agora já sei que não estás. – Riu-se e olhou para o chão, parecia um pouco envergonhado e ao mesmo tempo orgulhoso.
-És mesmo perspicaz. – Disse ironicamente e ele riu-se.
-Sou o Nathan. – Disse-me estendendo-me a mão. – E tu?
-Jessie. – Dei-lhe também a mão e ele deu um beijo no cimo, fazendo-me rir.
-Que foi? – Perguntou-me surpreso.
-Hoje em dia já ninguém faz isso. Surpreendeste-me.
-E isso é bom?
-Acho que sim. – Sorri-lhe envergonhada.
-Então, sendo assim, queres ir até ao jardim?
-Acho… - olhei á minha volta e não vi nem os meus pais nem a minha irmã – que pode ser. – Levantamo-nos e começamos a andar em direcção ao exterior. Aqueles sapatos estavam a dar cabo dos meus pés. De repente só me senti no ar, estava nos seus braços.
-Que pensas que estás a fazer? – Perguntei esperneando para que ele me pusesse no chão.
- Eu estou a poupar-te trabalho, reparei que não costumas andar com sapatos assim tão altos. – Pousou-me no chão. – Vamo-nos sentar ali? – Apontou para um banco de pedra que lá se encontrava.
-Sim. – Disse olhando para o chão, aquilo estava a mexer mesmo comigo.
Sentamo-nos e eu permaneci com o olhar preso no chão, até que ele quebrou o silêncio.
-Posso saber mais sobre ti?
-O que queres saber? – Perguntei-lhe curiosa.
-Não sei, talvez, …que idade tens?
-17 e tu?
-20. És tão novinha. – Disse-me a rir
-Novinha?! Tu é que és velho! Podias ser meu pai.
-Pois, claro que sim. Eu com 3 anos tinha como hobbie fazer sexo sem protecção. – Eu comecei a rir com a cara de parvo que ele tinha feito.
-Sempre me pareceu que tinhas cara de tarado. – Continuamos a conversar sobre as mais diversas coisas. Quando reparamos já eram 4 da manhã, a minha hora de ir embora.
-Bem, eu tenho que ir.
-Já? – Perguntou-me triste. Eu também estava a adorar a nossa conversa. Ele era simpático, engraçado, além de ser lindo, é claro.
-Sim, os meus pais já devem estar á minha espera.
-Então podes fazer como a cinderela e deixar aqui o teu sapato para eu depois te ir entregar?
-Não. – O sorriso que ele tinha na cara desvaneceu – Mas posso-te dar o meu nº de telemóvel. Aliás, se eu deixar ficar aqui um sapato eras bem capaz de nunca mais me encontrar, pois a minha irmã matava-me logo que descobrisse. – ele riu-se e eu dei-lhe o meu número. De seguida desapareci por entre as árvores até chegar á entrada. Eles também estavam a chegar.
Não sei porquê mas desta vez eles não me fizeram perguntas. Embora estivessem animados por causa do álcool conseguia ver preocupação nos seus olhos. Decidi deixar aquela conversa para o dia seguinte, estava demasiado cansada para a começar.
A Cheryl já vinha a dormir quando chegamos a casa, ou então fingia que estava, como sempre. O pai levou-a para cima e eu segui-o.
Tinha acabado de me deitar quando o meu telemóvel recebeu uma mensagem. Noutro dia qualquer teria deixado para ler no outro dia. Mas hoje, não.
Peguei no telemóvel que estava do outro lado do quarto e voltei a deitar-me.
“Espero que estejas bem.
Boa-Noite filha. :)
Nathan xx”
Quando li aquilo sorri para mim própria, aquilo estava-me a fazer mal á cabeça.
“Continuo óptima pai, não te preocupes.: D
Boa-Noite xx”
O meu coração estava a bater aceleradamente, mas o quê que se passa comigo?!
Pousei o telemóvel e acabei por adormecer a pensar em tudo o que tinha acontecido hoje.
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