O Desafio Final dos Deuses - a Prole de Loki escrita por ZackSun


Capítulo 6
Capítulo 6 - Esmola demais...


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não morri.
Sim, eu sei que atrasei séculos.
Sim, vou terminar a fic antes do mundo acabar... Desculpem todos os meu leitores.
Vou TENTAR postar com mais regularidade, até porque estou doido pra acabar essa fic e começar outras.

Espero que me perdoem, sem mais delongas... A história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/15619/chapter/6

6- Esmola demais...

 

A chuva corria abundante pelo teto de amianto faltando pedaços. Chovia dentro do barraco precário também, varias bacias de plástico coletavam a água da chuva que mais tarde seria usada para lavar os pratos, tomar banho e beber também, uma vez que água tratada naquele local era tão valiosa quanto uma carroça cheia de Zennys. O barraco era precário, mas bem construído, e desafiava a chuva torrencial que caia do lado de fora. Dentro dele seu único morador esquentava água para o chá em um bule amassado e já enferrujado em alguns lugares. Um estrondo rompeu o chiado da chaleira e um homem robusto entrou pela porta carregando uma sacola de lona cheia de volumes incertos.

 

???: Papai, trago ótimas notícias!

 

O morador, um homem velho, com seus cabelos e barbas brancas e bem cuidados, aliás, era a única coisa que era bem cuidada naquele homem, já não tinha os dois olhos e sua roupa fedia pela falta de banho. Aparentava estar na casa dos sessenta, mas tinha o corpo torneado sinal de que um dia foi um grande guerreiro.

 

???: Pelo bom cheiro, meu filho, teremos uma mesa farta pelos próximos meses.

 

???: Sim, isso daqui eu “peguei emprestado” de uns ladrões. Mas não é essa a notícia boa, é algo bem mais espetacular!

 

???: Fala da vinda dos escolhidos, Thor? Eu já os senti, uma fagulha de poder na manta do universo. Senti assim que eles chegaram.

 

Thor se sentou em uma cadeira tão rústica quanto sua aparência. Tinha envelhecido, seus cabelos loiros estavam ficando brancos e ele não passava mais a altivez de guerreiro que já tivera um dia, mas ainda tinha muita energia faiscando pelos olhos azuis celeste.

 

Thor: E não é uma notícia maravilhosa?

 

Odin soltou um longo suspiro e serviu duas canecas velhas de chá fumegante. Sentou sem dificuldade na cadeira ao lado do filho e sorveu um longo e barulhento gole antes de responder Thor, que fazia uma careta ao tomar o chá com gosto ferroso.

 

Odin: Não sei Thor, acho que desta vez não vieram por causa de nós.

 

Thor: Então porque motivos viriam? Eles não salvaram o mundo uma vez? Podem ter sentido as mudanças no nosso mundo, Helena os deve ter avisado.

 

Odin: Helena está presa, e sofre todas as noites. Eu sinto em meus ossos cada grito de minhas Valquírias. È nessa hora que me amaldiçôo por tê-las criado imortais.

 

Thor: Eu falei da contraparte mortal dela, a Sumo-Secerdotisa.

 

Odin: Deve ter sentido, mas como você mesmo disse, ela é mortal e sabemos, agora mais do que nunca, como eles são limitados.

 

Odin sorveu outro bom gole da caneca tomando muito cuidado com a barba. Thor começava a ficar vermelho, Odin esperou o que viria a seguir.

 

Thor: São limitados? LIMITADOS? ESSES MALDITOS NOS EXPULSARAM DO NOSSO LAR, NOS SUBJULGARAM E NOS HUMILHARAM. E SE NÃO FOSSE POR IDUNA ESTARIAMOS MORTOS AGORA!

 

Odin: Abaixe o seu tom de voz,Thor. Ainda sou seu pai.

 

Thor se conteu e tomou todo conteúdo do seu caneco. Sem que pedisse Odin ofereceu mais um pouco ao filho.

 

Odin: Sei o quanto perdemos Thor. Mas entenda que erramos muito meu filho, tomamos decisões como deuses e estamos sendo punido na mesma magnitude.

 

Thor não respondeu.

 

Odin: Enfim, a sua notícia é sim uma boa nova. Os escolhidos eram nossos aliados no passado. Podem muito bem nos ajudar.

 

Thor: Sim, mas primeiro vão ter que livrar o próprio rabo deles. Estão no castelo de Loki XX.

 

Odin: Então estão no lugar certo.

 

Thor: Está ficando surdo também pai? Ele está no castelo de nosso inimigo!

 

Odin: Então estão no lugar certo. Use sua mente e menos seus olhos e verá o porquê digo isso.

 

Thor levantou-se furioso novamente. Despejou metade do saco de comida na geladeira velha e foi saindo pela porta.

 

Thor: Esconda melhor sua “maça da vida” velho, alguns de seus filhos já tramam uns contara os outros porque suas partes já acabaram.

 

Odin: Não se preocupe meu filho, não temo nenhum de vocês.

 

Thor: Bah! Que seja!

 

Odin: Eu também te amo, filho.

 

E o antigo deus dos trovões saiu batendo a pequena porta de madeira. Odin foi até sua velha geladeira, abriu um compartimento de plástico na porta, que continha uma maça toda picotada, mas ainda fresca, pegou mais um pedaço em forma de cubinho e mastigou bem devagar. Seu corpo encheu-se de luz e algumas de suas rugas desapareceram dando-lhe uma aparência de um homem de 40 anos.

 

Odin: Tenho que estar apresentável para “ver” os escolhidos novamente, não é mesmo?

 

---

 

 

 

Os passos ecoavam pelos vastos salões do colossal castelo de Neo Prontera. Loki XX era acompanhando pelos cinco visitantes que observavam tudo com muita curiosidade, exceto Vitor, que não tirava o olho do monarca. Loki XX era a imagem e semelhança de seu ancestral mítico, cabelos negros azulados como uma noite sem lua, lisos e brilhantes, pele branca desacostumada com o toque quente de Sol, era alto e seus olhos brilhavam em um pálido púrpura, a lembrança mais clara na mente de Vitor, olhos venenosos dispostos a tudo.

 

Vitor: Pode ter a vantagem agora Loki, mas em breve iremos escapar e vamos colocar um fim em qualquer plano que esteja tramando. ­-Disse sem cerimônia.

 

Loki XX olhou com estranheza para o Algoz, como se ele disse algo sem sentido. Sua boca se abriu e voz que saiu era melodiosa e atraente, Ariel e Arthemis tiveram que disfarçar o arrepio que sentiram.

 

Loki XX: Creio que esteja muito enganado sobre minha pessoa, jovem senhor.

 

Vitor: Corta essa Loki! Você já nos tem como prisioneiro, não precisa mais fingir!

 

Loki XX: Espero que tenha calma até chegarmos ao nosso destino, jovem senhor Vitor, haverá esclarecimentos sobre todos os assuntos. Vocês devem estar um pouco desatualizados.

 

Vitor não falou mais, mas ficava a frente do grupo. Eles não estavam algemados e não havia guarda para proteger o rei. Render Loki seria fácil agora que ele era um humano, mas o Algoz preferiu não agir impulsivamente. Tinha muito a descobrir e quem sabe algo revelasse o paradeiro de sua família.

 

Andaram por vários corredores amplos e frios até chegar a uma sala toda de carpetada de veludo vermelho. O cheiro de comida atingiu todos eles com uma força de um soco e cinco barrigas roncaram e uníssono.

 

Loki XX: Acertei em cheio! Sabia que heróis como vocês estariam famintos depois de tanto “exercício” no pátio, não é mesmo?

 

Frango com batatas gratinadas, bisteca ao molho madeira, arroz a grega com estrogonofe de frango, feijoada carioca, essa era algumas das iguarias que estavam dispostas sobre uma mesa ricamente decora, com cinco lugares disposto de frente para um palco. Todos olhavam apara a comida como se fossem mendigos esfomeados, Ariel começou a babar inconscientemente.

 

Vitor: Não vamos comer.-Sussurrou- Sabe lá o veneno que essa comida tem.

 

Ariel: Só um pouquinho Senpai, olha lá, tem tudo que a gente gosta e mais um pouco. Até seu prato predileto!

 

Vitor: Não devemos...

 

Arthemis: Que se dane sua paranóia! Eu vou comer!

 

Arthur: Eu também!

 

Ariel: Sinto muito Senpai.

 

Douglas: Amigo, eu te apoiaria se aquele bife acebolado não olhasse pra mim com tanto desejo!

 

Vitor: Oh Saco! ¬_¬

 

Todos se sentaram a mesa e comeram até a calça apertar. Loki XX tinha uma expressão satisfeita no rosto ao ver seus convidados fartos.

 

Loki XX: Ótimo! Vocês apreciaram esse ínfimo banquete! Mereciam muito mais é claro, mas acho que estão com pressa em saber o que houve desde quando impediram o Ragnarök e partiram para nunca mais voltar.

 

Um ponto de luz surgiu do teto fazendo Vitor dá um pulo e agarrar as facas de mesa. Todos olharam para ele com uma cara aturdida, fazendo-o encolher em sua cadeira. O ponto de luz parou no meio da sala e todos foram lançados para dentro de uma projeção cinematográfica. Eles viram do alto a velha Prontera e a batalha que pôs um fim na investida do Aesir Loki.

 

Loki XX: Tudo começou aqui! Quando os deuses tiraram a divindade de meu ancestral para que Ariel pudesse ascender ao posto de deusa da vida. Naquele dia Loki era um simples humano, limitado, mortal e mundano.

 

Demorou um tempo até todos se acostumarem com as mudanças de cenário, hora estavam em uma fazenda, hora estavam em um castelo, mas aos pouco foram assimilando tudo.

 

Loki havia se tornando humano e enxergado o valor da raça. Decidiu redimir-se de seus pecados e implorou aos deuses que pelo menos tivesse os filhos dele ao seu lado. Assim, todos seus filhos, menos Slepnir, o cavalo de seis patas de Odin e Hell, a senhora do submundo foram transformados em humanos comuns vivendo com seu pai por toda vida deles. Mas não só as virtudes humanas despertaram em Loki e seus filhos. Houve ganância, desejo por atingir algo mais elevado, uma vida melhor. Então, em pouco tempo, Loki era o principal conselheiro do rei Tristan III e seus filhos faziam parte da guarda real do próprio rei.

 

Loki XX: É claro que isso significou o fim da linhagem dos Tristan...

 

Vitor: Eu sabia, Loki ursupou o trono!

 

Disse o mercenário dando um murro estrondoso na mesa. Os olhares agora eram de reprovação, menos o de Loki XX, ele parecia compreender todo o rancor do Algoz.

 

Loki XX: Ele nunca fez nada do gênero, caro Vitor. A Filha de Tristan III, Princesa Lena, casou com Fenrir dando início a linhagem da “Prole de Loki”. Fenrir I foi o primeiro dos filhos de Loki a sentar-se no trono, enquanto o pai dele apenas o aconselhava. Essa foi a “época da bonança”. Enquanto a linhagem de Fenrir I governou, Prontera nunca viu prosperidade igual!

 

Mais e mais imagens foram sendo mostradas, Pronteira, junto com outras cidades foram evoluindo, chegando à idade industrial e posteriormente a idade que seria conhecida na Terra como: tempos modernos.

 

 

Loki XX: A época dos Fenrir duraram 15 gerações, culminando em uma sociedade bem desenvolvida e democrática parlamentar, com uma monarquia apenas representativa. Igual a alguns países da Terra, de onde vocês heróis vieram.

 

Vitor ia abrir a boca para perguntar sobre como ele sabia desse detalhe, mas Loki XX foi mais rápido.

 

Loki XX: Descobrimos que haviam outros mundos iguais aos nosso, ligados pelas raízes e galhos da  mítica Yggdrasil. Inclusive o reino dos deuses e esse foi nosso maior erro.

 

 Loki XX fez silêncio e olhou para o vazio com um semblante triste.

 

Loki XX: O que é claro, também, culminou numa guerra que quase acabou com a humanidade...

 

Quando Midgard, que um dia foi uma enorme serpente, subiu ao trono para comandar os humanos, choveu fogo dos céus e o Mjolnir fez sua primeira vítima.

 

Loki XX: Toda cidade de Ligthalzen foi reduzida a pó em um só dia. Cidade por cidade, foram sucumbindo diante a fúria do martelo de Thor.

 

Arthur fazia careta enquanto via a imagem de cidades sendo pulverizadas por explosões que só mesmo o Mjolnir poderia causar. Um pesar foi se alojando no peito definido do Mestre-Ferreiro ao ver provas irrefutáveis da destruição desenfreada que o deus trovão causou.

 

Loki XX: Geffen, Payon, Aldebaran… Até mesmo a pequena e inofensiva Lutie. Todas sucumbiram, todas menos uma... Prontera. Ao ver que seria atacada, Midgard, que já tinha se apegado aos humanos, retornou a forma de serpente colossal e engoliu o martelo, isso o matou, mas salvou a cidade de Prontera dando aos humanos tempo para reorganizar um contra ataque.

 

No comando do vingativo Midgard II, os humanos procuraram um jeito de criar armas para deter os deuses. Descobriram que os ataques de Thor não foram aleatórios, as cidades iam sendo destruídas, pois possuíam armas capazes de rivalizar os deuses.

 

Loki XX: Mas um local passou sem ser notado pelos deuses, uma terra esquecida, ainda mais antiga, que vocês, ainda mais antiga que os Deuses.

 

Arthemis: Juperos...

 

Loki XX: Exato, minha cara Acadêmica. Juperos! Descobrimos que ela era remanescente do ápice de outra civilização, uma civilização igual a essa, uma civilização que caiu devido ao Ragnarök.

 

Arthur: Mas nós impedimos o Ragnarök!

Loki XX: Sim, impediram ESTE Ragnarök.

 

Douglas: Está dizendo que não é primeira vez que isso acontece?

 

Loki XX: Infelizmente sim.

 

Os cientistas descobriram que esta terra já foi devastada e reconstruída muitas vezes. Cada vez com deuses diferentes, criaturas diferentes, sociedades diferentes, sempre criando e destruindo, numa maré infindável de caos evolutivo.

 

Loki XX: E os Juperianos foram o povo que chegou mais perto de romper esse circulo mas, desapareceram sem explicação aparente deixando para trás conhecimento de gerações variadas.

 

Ariel: E isso permitiu aos humanos criar armas capazes de rivalizar os Deuses?

 

Loki XX: Não exatamente. Isso permitiu que usássemos as armas que eles criaram, contra eles mesmos.

 

A Imagem abriu e mostrou uma lâmina negra fosca, coberta de runas escritas em cor de sangue, possuía o tamanho de um homem, sendo larga na base e afinava um pouco até a ponta. Emanava uma aura que sugava toda esperança do grupo e o negro fosco dava a sensação de que toda vida iria desaparecer.

 

Loki XX: GodBane, a lendária espada do também lendário paladino-caído Thanatos. Ela foi criada e fortificada com a alma de mil guerreiros transcendentais para dar um fim na vida do demônio Morroc em uma batalha que criou o deserto de Sograt. Ela também é a única coisa capaz de ferir um Deus.

 

Da lendária espada foram tirados fragmentos para criar novas armas. Os mais habilidosos guerreiros de cada profissão, antigos transcendentais, empunharam tais armas e começaram uma batalha sem precedentes na história. A destruição causada foi tamanha que até mesmo o planeta sofreu estragos.

 

Loki XX: Achávamos que o Ragnarök desta vez viria e nada poderia impedi-lo. Foi aí que Helena entreviu.

 

Ariel levou um susto, não esperava que a sua contraparte divina fizesse parte da guerra.

 

Helena, tomada de fúria pelos milhares de mortes causadas pelos deuses, se rebelou e lançou sobre eles uma maldição que levaria a humanidade a vitória. Ela usou seu poder e retirou completamente toda dádiva divina deste mundo, inclusive a sua própria.

 

Loki XX: Todos seres que estavam na batalha caíram. Ainda eram imortais, mas também eram humanos e deixando seu exército para trás eles fugiram e nunca mais se ouviram falar neles. Apenas Mani(Lua), Sol e Iduna permaneceram com seu status divino, por serem essenciais para a vida e por não terem se envolvido na batalha.

 

Mas a humanidade não venceu completamente. Sem os deuses não havia poder divino. As principais magias de cura e ressurreição deixaram de funcionar o que fizeram as perdas ser ainda maiores ao logo do tempo. A magia também começou a desaparecer e corríamos contra o relógio para suprir essa nossa necessidade com tecnologia de Juperos. Mas havia outro grande problema, A linhagem de Midgard havia sido destruída na guerra e conflitos internos ameaçavam jogar a abatida sociedade em um caos completo.

 

Loki XX: Eis que do meio do povo um homem que dizia ser herdeiro bastardo de Loki reivindicou o poder. Assim Loki II chegou ao poder e a nossa família transformou Prontera por completo a tornando a o centro literal do mundo moderno.

 

Loki XX não conseguia esconder a satisfação em dizer isso. 

 

Agora as imagens mostravam Prontera arruinada se recuperando e se transformando em NeoProntera.

 

Vítor: Quer realmente que acreditemos nisso?

 

Arthur: Vitor, já chega!

 

Vítor: Pro inferno Arthur!Você sabe o que esse cara fez, você viu quantos ele dizimou! Quem me garante que esse “show de holywood” é verdade?

 

Loki XX: Eu não teria motivos para mentir pra você...

 

Vítor: Você não precisa de motivos Loki, VOCÊ É O DEUS DA MENTIRA...

 

Loki XX: Eu não sou um deus, e não sou meu antepassado. Você está sendo injusto me culpando dessa maneira.

 

Vítor: INJUSTO! Ora seu filho da....!

 

Douglas: Vitor! – Entreviu o Paladino ao ver que os músculos do Algoz rastearem.

 

A fúria de Vitor era tão tangível que ele mataria Loki com um garfo se aquela discussão se prolongasse. Ele largou os talheres amassados em cima da mesa e saiu da sala.

 

Douglas: Me perdoe majestade, ele está transtornado com a perda da família.

 

Loki XX: Oh, eu entendo, minhas condolências.

 

Douglas: Não, não... Eles não morreram. Eles vieram pra esse mundo.

 

Loki XX: Espere... Então este é o motivo de estarem aqui?

 

Douglas: Sim, alguns amigos e familiares foram transportados para cá por motivos que desconhecemos.

 

Loki XX: Estranho... Quanto tempo faz isso?

 

Douglas: Para nós oito horas, mas como os mundos estão em tempos diferentes, já deve fazer oito anos que eles chegaram.

 

Loki XX: Oito anos... OITO ANOS! Caríssimo Paladino, eu acho que posso ajudar!

 

Todos se levantaram da mesa e até mesmo Vitor voltou à sala.

 

Loki XX: Faz oito anos que detectamos 6 picos de energia no fluxo da mana. Isso só acontece quando um efeito mágico muito poderoso acontece.

 

Arthermis: Como uma teleportação extraplanar?

 

Loki XX: Exatamente. Estudamos esses fenômenos desde que descobrimos sobre a Yggdrasil e os mundos.

 

Arthur: Mas em que isso nos ajuda? Já sabíamos que eles estariam aqui...

 

Loki XX: Sim, mas tenho o registro das localizações desse pico.

 

Ariel: Isso é maravilhoso!Viu Vitor agora nós temos uma pista deles.

 

Vitor não se permitiu sorrir.

 

Vitor: É... Só espero que estejam vivos.

 

---

 

Loki XX já havia preparado as instalações dos escolhidos. E em nenhum lugar da terra eles teriam mais luxo que nos aposentos onde se encontravam. Se é que se poderia chamar aquilo de aposento, O quarto era do tamanho de um apartamento de luxo, decorado de forma vitoriana, com móveis antigos e pesadas cortinas de veludo vermelho em paredes que eram de vidro, fornecendo uma vista maravilhosa da cidade noturna.

 

Arthur: Porque vamos dormir na suíte real?

 

Loki XX: Não, Não meu caro Mestre, esse é o quarto de você, o meu nem ostenta tanto luxo assim, mais parece uma biblioteca mal organizada.

 

Douglas: É realmente adimirável sua generosidade vossa majestade mas nos contentaremos com algo menos luxuoso.

 

Arthemis: Diga isso por você loirinho, eu quero a cama perto da janela.

 

Disse a professora entrando no quarto sem a menor cerimônia.

 

Arthemis: Venha Ariel, vamos tomar um banho antes que esses meninos vandalizem o banheiro todo.

 

Ariel olhou com olhos pidões e expressivos para o paladino que estava sem ação no momento.

 

Douglas: Te, ta bom! Vai...

 

E as duas garotas sumiram quarto adentro.

 

Loki XX: Fornecerei todos os meios necessários, assim como boa parte da minha guarda pessoal para ajudar vocês na busca.

 

Vitor: Não queremos.

 

Douglas: Queremos sim! E agradecemos muito toda essa hospitalidade.

 

Vitor olhou para Douglas de forma ameaçadora mas logo deu as costas e entrou no suntuoso aposento.

 

Douglas: Amnhã ele vai estar melhor, Vitor é muito racional, esse sangue quente é por causa dos eventos que ocorreram mas ele vai perceber que vossa majestade só quer nos ajudar.

 

Loki XX: Eu entendo perfeitamente, devo me retirar, por favor, fiquem à vontade. Estou certo de que pela manhã todos os dados para sua busca estarão completos.

 

Douglas: Obrigado novamente vossa majestade, sua hospitalidade muito nos comove, mesmo que alguns relutem em demonstrar isso.

 

Loki XX sorriu e apertou a mão do Paladino seguindo pelos corredores em seguida. Douglas fechou a gigantesca porta do quarto e logo foi tirando suas vestes.

 

Douglas: Cara, tudo que eu preciso é de um banho.

 

Arthur: Ufa... Que dia maluco. Eu tinha me esquecido de como as coisas nesse mundo são intensas.

 

Douglas: Tudo mudou completamente. No final não fizemos tanta diferença assim...

 

Arthur: Ainda custo a acreditar que os deuses se voltaram contra os humanos. Eu conheci Thor, trabalhei com ele, ele não lançaria o Mjolnir em cidades sem um bom motivo. Ele não mataria inocentes.

 

Arthemis: É o panteão nórdico Arthur, eles não precisam de motivos pra matar, eles apenas vão lá e matam!

 

Arthemis e Ariel acabavam de sair do banho enroladas em dois roupões de seda com toalhas brancas enroladas na cabeça.

 

Ariel: Banheiro liberado meninos... Ou diria, piscina liberada.

 

Douglas pois o pé no aposento que deveria ser o banheiro, mas que  parecia mais uma piscina coberta. Era duas plataformas, uma com  uma piscina mais rasa e chuveiros, e outra com uma banheira para o relaxamento.

 

Douglas: Sem chance, esse banheiro é maior que minha CASA!

 

Arthur também se despia a camisa revelando o físico, ainda invejável entre os rapazes e adorado entre as moças.

 

Arthur: Você não vem irmão?

Vitor: Não, alguém precisa vigiar o aposento.

 

Arthur suspirou e entrou no banheiro.

 

Arthur: Essa sua paranóia já está dando no saco.

 

---

 

Enquanto relaxavam na banheira que tinha dimensões exageradas para uma banheira, Arthur observava seu irmão pelo portal.

 

Douglas: Aposto que ele pegou uma cadeira, um livro e está sentado de frente pra porta lendo, mas com algum objeto pontudo na mão, não estou certo?

 

Arthur: Ele está com a lista telefônica e um prendedor de cabelo das meninas. Caramba, isso já exagero!

 

Douglas: É um exercício de concentração, ele focou o olhar no livro, não esta lendo. Assim ele se isola de todos os ruídos e só presta atenção em uma coisa: nas portas e janelas. Se alguém tentar força a entrada em alguma delas, ele vai matar com o prendedor de cabelo.

 

Arthur: Extremamente estranho, mas de toda forma é incrível. Como sabe tanto sobre ele?

 

Douglas: Ele viajava comigo para os congressos de Medicina veterinária e agia como meu guarda-costas, apesar de eu nunca ter pedido por isso. Ele diz que as cidades grandes são muito perigosas.

 

Arthur: Está vendo, é isso que irrita nele! Até parece que não sabemos nos cuidar.

 

Douglas: Não é assim... Ele só tem... Medo.

 

Arthur: Medo? Medo de quê?

 

Douglas: Ele descreve como um “medo tão grande que a mera possibilidade disso acontecer o faria ficar insano”, o único inimigo que ele realmente teme: o medo de ficar sozinho.

 

---

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, Douglas revela uma história macabra sobre o algoz.
Porque Vitor teme tanto a solidão?
E ainda tem mais! Nossos heróis descobrem a localização dos seus familiares, mas estariam vivos depois de oito anos em Rune-Midgard?
Não percam!

See!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Desafio Final dos Deuses - a Prole de Loki" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.