O Desafio Final dos Deuses - a Prole de Loki escrita por ZackSun


Capítulo 1
Capítulo 1- 8 anos depois


Notas iniciais do capítulo

Como prometido... Os capítulos sairão de acordo com minha disponibilidade para escrevê-los, então faço um trato: se tiverem paciência, eles terão excelência.



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Ele esperava sentado, quase cochilando, em uma das desconfortáveis cadeiras do Aeroporto Internacional de Brasília. Havia acordado cedo para fazer um favor, não gostava de acordar cedo, não existe nada pior que deixar o calor da sua cama, principalmente quando o clima do cerrado é quase desértico, com dias quentes e noites frias. Ele também escolheu esse clima, porque lhe era mais familiar, desde aventura, há oito anos.

Uma voz de mulher que saia do autofalante anunciava que o vôo de Joinvile havia chegado, tirando o rapaz dos seus sonhos. Ele se levantou da cadeira e a passos lentos seguiu para o portão de embarque. Sempre fora paciente e atento, olhava todas as pessoas que cruzavam com ele, todas as possíveis rotas de fuga e o grau de perigo de cada ameaça aparente. Não o fazia porque queria, era automático, havia sido treinado para que essas ações fizessem parte de seus instintos.

Mesmo assim ele foi surpreendido...

???: – AMOOOOOR!!!!(^3^)

Uma garota de cabelos loiros o abraçou com tal força que os dois foram ao chão. Ela iria beijá-lo intensamente, mas ele interrompeu antes.

Vitor: Acredite em mim, o Douglas não vai gostar nada disso.’(^-^)

A garota ficou muito vermelha se ajoelhando e olhando pro chão.

???: Me desculpe senhor, achei que fosse meu namorado. (._.)’

Vitor: Senhor? Também não precisava me envelhecer 10 anos Ariel.

A garota fez cara de surpresa. Vasculhou rapidamente os bolsos, retirando deles óculos tão grossos que parecia ser feitos com parte de lentes de telescópio. Seus olhos ficaram pequenininhos por de trás das lentes e ela abiu um sorriso quando descobriu quem era, derrubando o rapaz novamente.

Ariel: SENPAIIIIII! (^o^)!

Vitor: Ai minhas costelas! (>_<;)

***

Eles desciam pela vias sem esquinas de Brasília. Ariel olhava admirada a cidade planejada. Brasília era um sonho que havia se tornado realidade, através do esforço de milhares de trabalhadores. Também admirava Vitor. Em oito anos ele havia se tornado um homem elegante, forte, bonito e pelo carro que dirigia, um esportivo de luxo com designe futurista, rico também. Mesmo assim tinha cara de jovem, sua característica inconfundível.

Ariel: Senpai ainda tem cara de criança! -Disse sorrindo, ela não usava mais os óculos.

Vitor: Ué? Cadê o “fundo de garrafa”?

Ariel: Só usei aquele trambolho porque esqueci minhas lentes em uma das malas. – Disse fazendo uma cara feia.

Vitor: Cara de criança é? Olha só quem fala...

Ariel, apesar de ser uma mulher muito atraente, não perdia o jeito de moça ingênua, quase infantil.

Eles cruzaram a Ponte JK de arquitetura inconfundível, três arcos brancos cruzavam a ponte sustentado-a com tubos de ferro. Eles pararam no Setor de Clubes, em um restaurante modesto quase escondido no meio da densa mata. O lugar tinha cheiro de natureza e o lago contribuía para que uma fina névoa se formasse, dando um clima misticidade.

Ariel: Onde nós estamos?

Vitor: No meu restaurante. Bem Vinda a “Toca do Poring”.

Ariel: Você deu o nome de um mostro do Ragnarök para seu restaurante?

Vitor: Na verdade eu comprei o Poring, enquanto marca, da empresa que produzia o jogo. Tá tão obsoleto que quase ninguém mais lembra dele, tadinho.

Ariel: Mas não parece tão... “criança”?

Vitor: O termo correto é familiar. Meu restaurante não é pra executivos. É um ambiente familiar agradável, com música boa e comida diferente. Brasília é a capital dos barzinhos. As famílias quase não têm um espaço como esse para se divertir.

Eles entraram no restaurante que já tinha uma clientela saboreando um farto café da manhã. Eram todos turistas vindos de algum lugar do Brasil para conhecer a Capital, era fácil perceber isso, pois tiravam fotos quase toda hora. Vitor e Ariel passaram pelo salão e entraram na cozinha dos fundos, muito limpa e organizada, os empregados estavam preparando as receitas para o almoço. Vitor rapidamente preparou umas panquecas com muita aveia e creme de banana, que Ariel comia em uma felicidade extrema depois de provar da comida do avião.

Ariel: Então você virou cozinheiro?

Vitor: É, mas por aqui chamamos de Chef. Eu terminei minha faculdade de publicidade, mas sabe como é... Isso aqui é minha verdadeira paixão.

Ele alisava o chapéu branco, tipo de chef de cozinha.

Vitor: Aprendi muitas receitas em Rune-Midgard e pra minha surpresa isso aqui fez um sucesso danado. Estou abrindo a terceira filial já! Aqui mesmo e só em lugares como esse, meio escondidos, afinal é uma toca!

Ariel: Isso daqui tá muito bom! Vou repetir!

A moça se estendeu para pegar panela com creme que estava no fogão, mas se desequilibrou na banqueta e foi ao chão com tudo que tinha direito. Ou quase, porque na mesma hora Vitor a aparou, e também a panela e a banqueta.

Ariel: Vejo também que não perdeu suas qualidades de Algoz.

Vitor: Bem, eu nunca deixei de trei...

VITOOOOOR!(ò_ó)

O rapaz empalideceu. Uma mulher de cabelos negros muito bonita e muito zangada, estava na porta com duas crianças de uns 7 anos.

Vitor: Er...Oi amor. (o_o”)!

???: Então foi isso que você foi fazer saindo mais cedo de casa!

A posição em que Vitor segurava Ariel dava a impressão de que iria beijá-la a qualquer instante. Ao perceber isso ele, soltou a loirinha que caiu de costas no chão, batendo a cabeça.

Vitor: Blenda, não é nada do que você está pensando!(ó.ò)”

Blenda: Típica frase de um cafajeste, sem vergonha!

Vitor percebeu que tinha deixado à garota cair e ajudou a levantá-la. Meio tonta, Ariel começou a delirar.

Ariel: Meu queridinho finalmente te encontreiiiiii...(X_X)! Me dáa um beijinhuuu!!(x3x)

Vitor: Ariel calma, Blenda ela não tá legal deve ter batido a cabeç...

*PIMBA* ((((((X_X)*

A última coisa que Vitor viu foi sua panela de ferro fundido acertar a sua cabeça, a última coisa que ele sentiu foi o chão frio da cozinha, a última coisa que ouviu foi Blenda chorar desesperada. E então, tudo ficou escuro e ele começou a sonhar.

***

Estava em uma sala. Era uma prisão subterrânea com toda certeza. Parede úmidas, feitas de blocos antigos e cheias de limo. Não era a primeira vez que entrava em lugar semelhante. Ouvia-se o som constante de gotas batendo na rocha, outro som constante e bem mais macabro, era o som das lindas mulheres gemendo e chorando de dor. Elas estavam acorrentadas e muito machucadas, suas asas estavam quebradas e em posições estranhas. Algumas estavam perfuradas, outras exibiam machucados de queimadura. Ele andou pelo corredor dos horrores, sentindo o peito apertar por cada uma delas. Mas uma que estava acorrentada no fim do corredor lhe chamou a atenção. Estava banhada em seu próprio sangue, ofegava e era a única presa por 2 pares de correntes grossas, cheias de cravos cortantes. Cabisbaixa ela parou de chorar assim que ele chegou perto.

Vitor: Eu conheço você... Você é Hellena, a Valquíria que nos levou para Rune-midgard.

A mulher levantou a cabeça, seus olhos de cores opostas, brilhante pelas lágrimas, procuravam por quem havia falado.

Hellena: Quem é? Revele-se!

Vitor não sabia como obedecer.

Hellena: Espere, essa voz, esse espírito... Por Odin! Você é um dos escolhidos!

Vitor: Sim mas, o que aconteceu com você e com suas irmãs, quem fez isso?

Hellena: Foi um erro! – Dizia enquanto tossia sangue – Vocês não deveriam ter...

Sons de passos ecoaram pelo frio corredor chamando a atenção dos dois. Hellena empalideceu.

Hellena: Volte! Todos vocês, voltem! Precisamos de vocês novamente.

A visão de Vitor foi escurecendo de novo, ele tentava falar, mas sua voz não era ouvida, a última coisa que viu foi a Valquíria sorrindo com lágrimas nos olhos.

***

Ele abria os olhos devagar, via sombras borradas das coisas ao redor, fixou seus olhos em uma sombra mais clara.

Vitor: Hellena...

Ariel: Loira que nem ela, só que menos divina.

As imagens foram tomando forma e Vitor percebeu que estava no seu escritório e Ariel usava as mãos para curá-lo. Douglas também estava ajudando do lado oposto. Estava de jaleco e atravessou meia cidade quando soube do incidente da cozinha.

Vitor: Onde está a Blenda?

Douglas: Devagar amigo você levou 4kg de ferro fundido na testa. Nenhum ser humano normal teria sobrevivido sem uma testa dura como essa.

Vitor: He-he, quando você chegou “doutor piada”?

Douglas: Faz pouco tempo. Acalmei a Blenda, ela foi levar as crianças na escola.

Vitor começou a se sentir melhor e sentou-se na mesa onde estava deitado.

Ariel: Vitor! Desde quando você é casado?

Vitor: Desde quando voltamos. Eu percebi que depois de passar por tudo que passamos, era hora de dar rumo na minha vida.

Ariel: Ah entendi! Então ela era aquela menina por quem você suspirava tanto!

Vitor: Ela mesma. Descobri a importância dela na minha vida e não tive dúvidas. Foi meio difícil no começo, para nossas famílias aceitarem, uma vez que éramos muito novos, mas graças a Deus tudo deu certo!

Ariel: Quem eram aquelas crianças?

Vitor: Zack e Lara, gêmeos amores da minha vida e temores do meu sossego. Meu filhos e os afilhados do seu noivo.

Ariel ia fazer mais algumas perguntas, mas foi interrompida por Douglas.

Douglas: Chega de interrogatório Ariel e vamos deixar meu paciente descansar.

Vitor: Tá me chamando de animal?

Douglas tinha se tornado um veterinário de renome. Poderia ter se tornado médico, mas havia perdido a fé nos seres-humanos da Terra e achava que valia mais a pena cuidar dos animais. Conservava seu calo loiro curto, barba feita e usava um par de óculos meia-lua. Deixara de ser um garoto magricela e havia se tornado um homem muito forte, impunha respeito pela postura sempre ereta. Seria um militar se não fosse pelo jaleco branco. 

Douglas: Ora, mas isso é um elogio!

Vitor: Obrigado doutor Dolittle!

Douglas: Huehehehe! Pode deixar que eu cuido da Ariel a partir daqui. E muito obrigado pelo favor.

Ariel: É, desculpa senpai pela confusão e pelo galo!

Vitor: Não me agradeçam, é um prazer ajudar os amigos, mesmo que algumas vezes isso doa pra cacete!

Os três riram e Douglas foi saindo, mas parou na porta e olhou para Vitor um pouco sério.

Douglas: Por que você chamou a Ariel de Hellena?

Vitor ficou sério também ele pensou se era apenas um sonho ou se realmente aconteceu. Ele balançou a cabeça e achou melhor não preocupar seus amigos com sonhos tolos.

Vitor: Não foi nada, foi só um sonho... Apenas um sonho louco.

***

Eu diria que o Parque Nacional das Emas, no município de Mineiros, estado de Goiás é um dos lugares mais lindos do Brasil. Você com certeza chamar-me-ia de exagerado, até conhecer os 132 mil hectares de cerrado, ricos em flora e fauna, escondendo belezas como a Gruta da Verdade.

Era um salão de pedra circular de uns 30m de altura por 28 de raio, formado por acidentes geológicos há muita eras. Uma fina cachoeira escorre por uma perfuração no teto e alimenta um lago no centro, que mesmo límpido, brilha em uma cor esmeralda hipnotizante. O lago praticamente convida-o  a mergulhar em suas águas gélidas e silenciosas.

Havia um garoto de cabelos loiros, lisos e curtos, na altura da orelha. Estava sentado na borda de pedra e observava os bagres albinos nadando no fundo do lago. Tinha oito anos de idade e os olhos verdes como as águas que observava.

Arthemis: Pietro, meu filho, não tão perto da borda. O seu tio já te disse que esse lago é fundo.

Pietro era o filho que Arthemis tivera na sua viajem pra Dinamarca atrás de vestígios de RuneMidgard. Um pequeno e intenso romance com um dinamarquês atrasou suas pesquisas em nove meses. O pai do garoto ela nunca mais viu e nem queria ver, rumores diriam que ele era um político e que teria oferecido dinheiro pra ela sumir do mapa, ela assim o fez, não levou o dinheiro, mas encheu o safado de porrada! Outros rumores mais perniciosos, diriam que ela só ficou com o tal estrangeiro porque ele era idêntico ao Douglas, se era verdade ou não, ela nunca iria esclarecer.

Pietro: Eu sei nadar mãe! O tio Arthur e o tio Rafa me ensinaram no rio cheio de piranhas, mais cedo.

Arthemis: Eles o que?! Argh! Eu mato aqueles dois!

Os dois a quem ela se referia saiam do lago vestidos com roupa de mergulhador e um tanque de oxigênio nas costas, faziam uma busca pelas galerias submersas.

Arthemis: Que história é essa de levar meu filho pra nada em um rio cheio de piranhas!

Arthur tirou a máscara de mergulho. Tinha se tornado um belo homem, físico malhado, pele morena, olhar forte e olhos castanhos intensos. Deixou um confortável emprego de engenheiro mecânico e um título de Melhor Inventor do Século, para se juntar com Arthemis e procurar um jeito de voltar pra RuneMidgard. Ele não tinha se tornado só belo como muito maduro e sábio, havia parado um pouco, de agir por impulso e continuava gentil e atencioso.

Arthur: Foi na correnteza, não tinha perigo nenhum!

Arthemis: CORRENTEZA! Eu vou te matar!(ò_ó)

Os anos tinha sido generosos com Arthemis. Fora professora de mitologia e arqueologia em cinco universidades federais e mais duas estrangeiras. Tornou-se de grande renome na área da arqueologia exploratória, conhecida por “Indiana Arthemis” explorando os lugares mais inóspitos atrás da história, principalmente da mitologia nórdica. Mas não era só com sua carreira que o tempo havia sido generoso. Arthemis era uma latina caliente! Curvas volumosas e provocantes, pele alva, apenas seus cabelos haviam mudado de corte, estava mais curtos e mais lisos, mas continuavam belos.

Rafael: Relaxa “Mimi”, o pirralho nada melhor que peixe-boi!

Arthemis: Já pedi pra você parar de me chamar por esse apelido estúpido! E você padrinho dele! Porque diabos deixou ele entrar naquele rio?!

Fechando a lista dos Gungnir Hunter’s, grupo criado por Arthemis para procurar vestígios de Rune-Midgard, Rafael. O irmão mais novo de Vitor e Arthur era um jovem obcecado por adrenalina e desafios. Fazia todos os tipos imagináveis de esportes radicais e desafiara a morte tantas vezes quanto seu irmão mais velho. Se parecia com ele também, não em físico, uma vez que era mais atlético que forte, mas na aparência, com o mesmo olhar desafiador, até mais desafiador que seu irmão. Não acreditou muito quando os dois revelaram sobre a aventura ocorrida á oito anos, mas os indícios que encontravam ao redor do mundo estavam mudando sua opinião pouco a pouco.

Rafael: Ih, relaxa tia! O guri tava seguro, amarramos ele no Arthur e ele nadou até cansar os muques, né?! –Disse piscando para o garoto que abriu um sorriso largo.

Arthemis: Enfim, o que acharam lá em baixo?

Arthur: Pedras, sedimentos, um indício de um portão de um templo soterrado sobre as pedras e sedimentos, peixes albinos...

Arthemis: Droga! Não dá pra explodir como fizemos em Budapeste?

Rafael: Se quisermos nos suicidar até que é uma boa ideia. Sem contar que iríamos destruir algumas eras de formações geológicas, causando um prejuízo enorme à natureza e...

Arthemis: Tudo bem “Capitão Planeta”, eu já entendi, não dá. Outra busca sem resultados, droga!

Arthur: Bom, se esse medalhão de cristal aqui servir pra compensar...

Arthemis quase desmaiou quando viu um medalhão esculpido em quartzo repleto de runas. Ela tomou da mão de Arthur foi até suas mochilas em um canto da gruta e retirou de uma delas um livro, tão grosso quanto três listas telefônicas. Era intitulado ironicamente de “O Pequeno Segredo das Runas”. Então entrou em um estado de concentração anormal, de onde só sairia quando terminasse de decifrar todo amuleto.

Rafael: É parece que ela entrou no modo robô de novo.

Arthur: Ela é ávida por conhecimento, sempre faz isso quando recebe um novo achado.

Rafael: E então Pietro, o que me diz de banharmos nesse lago maneiro?

Pietro: Pensei que nunca fosse sugerir, Irmãozão!

Enquanto iam se divertir, Arthur aproveitou para descansar no chão da gruta. Pensou no sonho macabro que tivera na noite passada com a Valquíria Hellena. Sem querer acabou lembrando de seus amigos e seu irmão e também da briga feia que tiveram quando ele decidiu se juntar a Arthemis para achar um jeito de voltar. Vitor não queria que ninguém voltasse, também, quem o culparia? Tinha dois filhos pequenos pra criar e uma vida, ele tinha apenas um emprego satisfatório e um título de pouco renome. Queria sentir o fulgor das batalhas, o vento no rosto ao viajar, o calor das pessoas em uma feira de domingo e não desistiria  até que encontrasse um meio de voltar. Será que estava mais perto depois daquele sonho?

***

Vitor atendeu ao telefone que tocava insistentemente na sua mesa, despertando-o de um merecido cochilo tirado depois de um almoço com casa lotada. Ele tateou a mesa até achar o aparelho.

Vitor: Toca do Poring, onde comida e felicidade são sinônimos. (~o~)Uahhh....

???: Sinceramente, nunca entenderei esse seu slogan. –disse uma voz feminina.

Vitor: Blenda?

Blenda: Desculpa te acordar amor, mas é que eu não podia esperar pra te falar... Desculpa por hoje de manhã.

Vitor: Não se sinta culpada, eu também sentiria ciúmes se te encontrasse naquela posição com outro homem... Mas jogaria em você uma panela menos pesada.

Blenda: (>_<) Aiii Desculpa! A Ariel me explicou que você só a salvou de um tombo feio, só que, quando eu vi que ela ia te beijar joguei sem olhar... Eu queria acertar ela!

Vitor: Amor, sua pontaria está péssima.

Blenda: Você me perdoa?

Vitor: Só se você me encher de beijos!

Blenda:  E se for beijos de nós três?

Vitor ouviu a voz de seus filhos no fundo mandando um beijo pra ele.

Vitor: Então vai estar perdoadíssima!

Blenda: Estamos passando pela 3ª ponte e já chegamos a... Mas o que é essa luz, eu não estou vendo nada...

Vitor: Blenda?

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Vitor: BLENDA!

Pela sua janela Vitor podia ver a ponte no momento em que um carro saiu voando da mesma em direção ao lago.

Seu coração parou... Aquele era o carro da sua esposa.

***

Arthemis: ARTHUR, ACORDA!

Arthur nem teve tempo de perguntar o que acontecia. Estava dormindo em um momento e no outro já era puxado por Arthemis para a borda do lago, um barulho de água corrente preenchia o lugar. O lago havia se transformado um turbilhão aquático que puxava Rafael e Pietro. Eles estavam desesperadamente agarrados a uma pedra do outro lado da margem.

Arthur: Mas o que aconteceu aqui?

Arthemis: PREOCUPA COM ISSO DEPOIS! SALVA MEU FILHO DROGA!

Arthur: Calma!Histeria não vai resolver. Pegue uma corda!

Arthemis correu para as mochilas e trouxe uma corda de alpinismo. Arthur deu alguns nós na corda e arremessou para Rafael que já havia compreendido o plano do irmão. Ele segurou a corda no braço e pediu para Pietro agarrar suas costas. Com sua força, Arthur começou a puxar os dois do turbilhão.

Pietro: Tio Rafa eu to com medo...

Rafael: Tudo bem guri, eu vou te proteger custe o que custar...

A travessia estava na metade quando Rafael sentiu um puxão na suas costa. Pietro havia se soltado.

Pietro: S-socorro! Mãe!

Rafael: PIETROOO!

Um estalo foi ouvido e a corda se rompeu Rafael e Pietro se agarraram e sumiram no turbilhão. Instantes depois a caverna se encheu de luz branca e voltou ao normal. As águas estavam calmas novamente.

Arthur: Impossível, essa corda deveria aguentar 200kg!

Arthemis: Arthur, Aquela luz branca, nos já vimos àquela luz branca!

Arthur: Não... É... Possível.

Uma musiquinha de celular encheu a caverna quebrando a tensão dos dois. Arthur atendeu o telefone por satélite era Vítor do outro lado da linha.

Vitor: Arthur, eu preciso da sua ajuda.

Havia muito barulho de sirenes e gente falado.

Arthur: Vitor? O que aconteceu? O que barulheira é essa...

Vitor estava encharcado na borda da 3ª ponte. Tinha chegado e mergulhado quase no mesmo instante do local onde o carro havia caído. Não havia ninguém no carro e os cintos de segurança estavam presos nos assentos.

Vitor: Minha mulher e meus filhos acabaram de sumir... Ela falou de uma luz branca antes disso.

Arthur: Acabou de acontecer à mesma coisa com o Rafael e o filho da Arthemis...

Vitor: Não pode estar acontecendo de novo, porque Hellena faria isso com a gente?

Arthur: Eu não sei, mas eu andei sonhando com ela nessas últimas noites...

Houve uma pausa incômoda.

Vitor: Vou estar em Alto Taquari em 4 horas... Esteja lá com a Arthemis, levarei o Douglas e a Ariel também.

Arthur: Mano, você que dizer que...

Vitor: Sim Arthur... Nós vamos voltar pra RuneMidgard!


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Notas finais do capítulo

Nossos heróis estão de volta e precisam de voltar para o mundo de RuneMidgard mas como fazer?
Não percam o próximo capítulo: Skills do coração...