Os Perigos da Sala Precisa escrita por isa_c_bella


Capítulo 7
Confiança quebrada




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Capitulo sete.

Confiança quebrada.

Quadribol. Essa palavra animava todos de Hogwarts. Ainda mais os da Grifinória. A Sonserina estava acostumada a ganhar, isso até Harry entrar na escola. Então, tudo mudou! A Grifinória havia se tornado o melhor time de Quadribol de todas as casas. Até quem não era da Grifinória, gostava de vê-los jogar.

Era sexta feira, e Harry não conseguia parar de andar de um lado para o outro. O jogo seria no dia seguinte e Harry estava mais que satisfeito com o seu time. Mas ele ainda estava com aquela típica dor de barriga de nervosismo. Ele ficou lustrando a sua Firebolt a manhã inteira. Eles jogariam contra a Corvinal, que estava em terceiro lugar na colocação.

- Nossa... Estou sentindo meu coração bater! – Exclamou Rony sentado ao lado de Harry na sala comunal.

- Genial! Agora você sabe que tem um coração! – Disse Gina ironicamente.

- Você é muita ingênua para entrar nessa conversa, Gininha da mamãe. – Vociferou Rony.

- “Gininha da mamãe”? Tá de brincadeira comigo, não é?! Você que é o Roniquinho da mamãe, se esqueceu? – Perguntou fazendo Neville e Simas rirem.

Rony fingiu não ouvir.

- Hermione está meio esquisita comigo... Ela me deixa confuso.

- Ela tem todo o direito, afinal, você ainda não a pediu em namoro! – Disse Harry abrindo o Profeta Diário.

- Eu pedirei quando for a hora certa!

Hermione entrou na sala, carregando diversos livros.

- Ronald Weasley e Harry Potter! O que estão fazendo aqui? – Exclamou com ar de exigência. – Agora vocês têm aula com o Snape! Andem logo! Eu tenho que mandar vocês fazerem tudo?

- Não! Você não vem?

- Eu vou daqui a cinco minutos

Os dois se levantaram com cara de mau-humor. Quando estavam saindo, Hermione disse:

- Rony! Venha cá! – Ele foi até a ela com o medo estampado no rosto. – Você vai, simplesmente embora sem me dar um beijo? – Perguntou ela, tirando a cara brava e colocando um sorriso.

Ele a beijou, e saiu com Harry, sorrindo.

- Eu odeio as aulas com o Snape! – Exclamou Rony, sem tirar os olhos dos degraus.

- E quem não odeia? Eu estou cansado de tentar executar os feitiços não convocatórios! Eu sou péssimo! E o pior ainda, é ver Malfoy se exibindo por ser o primeiro de todos a conseguir. E daí que ele conseguiu? E daí que ele quer ser o maio puxa-saco de todos os tempos? – Perguntou Harry.

- Ultimamente nem ando me preocupando com o Malfoy! Ele está tão apaixonado pela Lovegood que nem liga para gente mais!

- É mesmo... – Harry colocando a mão no bolso. - Ron, porque você chama a Luna de Lovegood e não de Luna?

- Sei lá! Eu e ela, não são somos muito íntimos, entende cara?

- Sim... Entra você primeiro. – Disse Harry empurrando Rony pra dentro da sala.

A sala era fria. E o clima era tenso. O professor estava sentado da mesa lendo alguma coisa, e poucos alunos já haviam chego.

- Potter. Weasley. Venha cá! – Pediu com uma voz fria.

- O que é? – Perguntou Rony.

- O que é, não! Fale direito senhor Weasley.

- O que o senhor deseja, senhor professor Snape? – Disseram com uma voz de zombação. Deixando o professor de cara feia.

- Eu tenho notado, que os senhores estão indo muito mal nos feitiços não-convocatórios. Por isso... Vocês terão detenções comigo. Começando por amanhã.

- Não! Por favor, não, senhor! Nós vamos jogar amanhã! Dê mais uma chance para a gente. Qualquer outra cosia. Deixe a gente sem ir para Hogsmeade, mas não deixe a gente sem jogar Quadribol! – Suplicou Harry.

- Hum... Vamos pensar numa condição...

Os dois sorriram de orelha á orelha.

- Vamos ver... Hum... Vocês deixarão Draco Malfoy ajudar vocês, após as aulas de segunda e quarta. Este horário é bom para você, Draco? – Perguntou a Draco que ria debochadamente da primeira carteira.

- Sim, senhor.

- Então é isso! Todas as noites de segunda e quarta, vocês se encontrarão com Draco nessa sala e ele vai ajudá-los a aprenderem os feitiços não-convocatórios. Vejam como eu sou um professor bonzinho.

- Ah sim! Muito bonzinho! – Murmurou ironicamente, Rony.

- O que disse senhor Weasley?

- Nada!

- Excelente. Agora se sentem que vamos começar a aula.

Ele deu inicio, se levantando e escrevendo coisas no quadro. Harry não estava com vontade de copiar. Ele olhava o sol brilhar. O estomago dele chacoalhava pedindo comida. Ele tinha acordado tarde demais, e por esse motivo, perdera o café da manhã.

Hermione entrou correndo, com a mochila aberta, derrubando alguns livros.

- Atrasada, senhorita Granger? Isso não é do seu fetiche. Sente-se e fique com a sua mão abaixada, e com a sua boca fechada, por favor!

Pansy Parkison riu.

A aula estava tão devagar que não parecia andar e sim se arrastar. Rony parecia não prestar atenção assim como Harry. Ele babava por Hermione, que não tirava os olhos da lousa e não parava de anotar tudo que Snape falava.

- Senhor Weasley me diga, qual é o feitiço que faz objetos voarem? Senhorita Granger, se for pedir demais eu gostaria que você não levantasse a sua mão.

- Mas ela nem levantou a mão, senhor! – Manifestou Draco, surpreendendo todos da sala. Draco era conhecido por ser rude com ela.

- Perguntei?

- Não senhor, mas... Ela nem abriu a boca, isso foi meio injusto com a garota, não acha?

- Porque está sendo tão intrometido, Malfoy?

- Porque eu acho que as coisas não estão indo de acordo.

- Calado! Agora me responda se for capaz senhor Weasley!

- Eu nunca irei esquecer isso! O feitiço é Vingardium Leviosa.

O professor Snape levou a mão á boca, parecendo realmente surpreendido. Primeiro uma Hermione quieta, depois um Draco gentil e para finalizar, um Ron inteligente.

- Bom... Mas essa pergunta é coisa de primeiro ano mesmo! Potter você esta realmente disperso! Venha já aqui na frente!

Harry se levantou amedrontado. A sala o encarava.

- Execute um feitiço em mim. Sem convocar.

Harry estava furioso com ele. Ele sabia que isso não seria difícil demais.

Ele pensou: Estupefaça! Etupefaça! Estupefaça! Estupefaça! E mirou a varinha em Snape.

TUM!

O professor caiu no chão, fazendo todos abafarem as risadas nas mangas.

- Hum... Isso... Foi bom. Agora sente-se.

A aula acabara, e Harry estava se sentindo triunfante.

- Acabou com ele, hein Potter?! – Disse Malfoy.

- É... Eu acho... – Disse pensativo. Porque Malfoy estava tão simpático? Perguntou para si mesmo.

Os três desceram as escadas para irem para a próxima aula. Era aula de Transfigurações, na sala da professora Minerva.

Hermione parou do nada. Deitando-se no chão.  

- O que está fazendo, Mione? – Perguntou Rony agachando do lado dela.

- Ai! Meu corpo está queimando internamente! Que dor! – Exclamou ela, se revirando de um lado para o outro.

- Mione! Calminha! Harry ajude-a!

Harry agachou junto, e ficou olhando-a. Ele não sabia o que fazer, não sabia que feitiço usar. A mão dela começou a pegar fogo, e ele foi se espalhando pelo corpo.

- AAAH! QUE DOR! – Disse ela se debatendo.

- Eu não sei o que fazer! Não sei!

- Harry! Tente qualquer coisa, rápido! Tente! Pense em alguma coisa!

- Eu não sei! Não sei! Aguamenti! – Disse Harry. Mas nada aconteceu. A água saiu de sua varinha, mas não apagou o fogo.

Draco correu para perto deles. Apontou a varinha e corpo de Hermione foi se apagando aos poucos.

- Olha... Aprendam uma coisa. Aquela sala são deve receber visitas de gente que não á conhece. Vocês não podem simplesmente aparecer lá e bater um papo. Aquela sala é perigosa! Há coisas que não deveriam sair de lá e também há coisas que não deveriam nem ser encostadas. Tem magia das trevas de monte. E eu suponho que aquela poltrona que vocês dois estavam sentados aquele dia, tenha alguma coisa de anormal. A Granger não pode ter pegado fogo do nada. Do mesmo jeito que a Weasley tentou se matar por causa do anel. Me entendem?

- Sim! Mas porque está nos ajudando? Você nos odeia.

- Talvez seja o espírito de Luna. Tenho que ir. É melhor você darem uma passadinha na enfermaria.

- Draco! Espera. – Pediu Hermione se levantando.

- Sim?

- Obrigada! Obrigada mesmo! Eu poderia ter morrido. – Ela deu um abraço nele.

- Talvez... Eu estou sendo um pouco simpático, mas não preciso receber abraços seus Granger!

Ele saiu parecendo sorrir.

- Você pirou, Hermione? Você o chamou de Draco e ainda o abraçou.

- Você que pirou Rony! Eu poderia estar morta! Ele me salvou!

- Que seja! Vamos! Você precisar ir para a enfermaria. 

Era sábado. Hermione estava completamente normal.  Já estava até tentando aprendendo a dar estrelinha com a Gina.

Era dia de jogo. Harry estava ansioso. Foi almoçar com o pessoal. O sol atravessava as janelas, o tempo estava perfeito para um bom jogo.

- Harry, estou muito nervosa... – Disse Gina abraçando ele.

- Também estou. Mas já esta no papo! É contra a Corvinal! Molezinha!

- Não julgue a Corvinal assim Harry. Os alunos mais inteligentes são da Corvinal. – Disse Luna fechando a cara.

- Desculpe Luna! Mas os melhores jogadores são da Grifinória. Desculpa ai! – Disse Harry tentando não entregar sua risada á Luna.

- Bem... Isso é verdade! Boa sorte para vocês!

Os garotos entraram no vestiário.

- Vai ser difícil de me concentrar, com a Mione me assistindo.

- Ai cara... Para de falar dela! Estou enjoado de ouvir sempre o mesmo assunto. É Hermione para lá, Hermione para cá! Eu não fico falando da Gina toda hora!

- Tudo bem, senhor estresse.

- O que estão falando de mim? – Perguntou Gina, colocando a joelheira.

- Que você é linda e maravilhosa. – Disse Harry dando um beijinho em sua testa.

- Ah! Já disse que você é um fofo?

- Já!

Os dois riram, escutando a gritaria fora do vestiário.

- É isso galera! O jogo vai começar! Arrasem, e me dêem orgulho!

- É isso ai! O que o Harry disse é ordem, e quem não obedecer pode se consideram um bode. – Disse Angelina.

- Não exagere Angelina... O essencial é se divertir! Vamos!

As portas se abriram e eles entraram em campo, sorrindo. A galera gritava tão alto que Harry estava começando a ficar surdo.

- Agora, quero que o chefe de cada equipe se cumprimentem. E quando eu apitar, que o jogo comece. – Disse madame Hooch.

Harry cumprimentou Cho, que ria.

- Me perdeu, não é, Potter.

- Não! Você me perdeu, Chang!

- Ah! Como se eu sentisse, muita falta d’O Eleito! – Ironizou.

O apitou sôo. Harry subiu em sua Firebolt e deu um impulso bem forte. Logo estava no ar caçando o pomo de ouro.

- Harry subiu com força deixando todos surpresos! Angelina desvia de Karly deixando-a tonta. – Luna narrava o jogo. – Gina ataca a goles, e... Ah! Errou por pouco! Rony continua defendendo muito bem. Ele ainda continua sendo o rei da grifinória? Ai! Peter levou um balaço na cara! O que é isso? Cho tenta seguir Harry e acaba batendo em Clenk. Harry olha para todos lados. Ele encontrou um pomo? Gina faz vinte pontos para a Grifinória!

Harry estava tonto. Ele não via o pomo em nenhum lugar, em um balaço quase o acertou.

- Opa! Harry quase levou um balaço na perna! E Karly rebate o balaço de novo. Mas

Angelia conseguiu se esgueirar. Clenk ataca a goles e... Trinta pontos para a Corvinal!

Cho viu o pomo. E Harry começou a segui-la. Peter ataca a goles e... O rei defende! Muito bom Rony!

No fundo ainda se ouvia: “Weasley é nosso rei! Weasley é nosso rei”!

- Ah! Mas Peter tenta de novo e... Ah! Acertou! 10 pontos para a Corvinal. Karly ataca um balaço e Gina que... ai! Levanta Gina! – Gina estava se segurando na vassoura, prestes a cair. – Ah! Ela conseguiu! Vai garota! Marco começa a agir e defende a bola de Angelina. Ui! Rony deixou a goles passar de novo! 10 pontos para a Corvinal! Não! Cho capturou o jogo? Sim! Sim! O jogo acabou! A Corvinal venceu! Uau! Que partida rápida! Muito boa! Muito boa! Duzentos pontos para a Corvinal e vinte para a Grifinória! Mais que lavada!

Harry desceu muito desapontado. Eles perderam. Cho foi mais atenta que ele. Ele estava muito irritado.

- Não fique bravo Harry! Não foi culpa de ninguém! – Disse Gina.

- Cara desculpe! Eu fui muito mal! Desculpe. – Disse Rony.

- Não foi culpa sua! Não foi culpa de ninguém! – Disse Hermione confortando ele.

Os quatro estavam parados do meio do corredor do segundo andar. Gina segurava o choro. Cho apareceu.

- Ora, ora! Os perdedores! – Disse ela, prendendo o cabelo.

- Não fale assim dos meus amigos, Cho! – Neville a repreendeu.

- Desculpe, é só que, estava brava por sempre perder para a Grifinória. Mas agora tudo mudou. Desculpem-me.

Neville deu um beijão nela, deixando Harry de queixo caído. Cho nunca beijou muito bem, mas depois de ver o Neville gatão dando aquele beijo, Harry mudou de opinião. Os dois saíram, e o sorriso de Neville era visto até de costas.

- Mione, vem rapidinho comigo no banheiro. Preciso fazer necessidades.

- Tudo bem. A gente já volta.

As duas saíram. Harry e Rony estavam encostados na parede, quando Rony foi puxado por alguém para um armário de vassouras.

- RONY! Você esta bem? – Perguntou Harry encostando a orelha na porta.

- Sim! É só que a Lilá quer falar comigo pessoalmente.

Harry se sentou no chão, largando a Firebolt. Ele estava irritado consigo mesmo e também com Cho. Ela o deixou com os nervos a flor da pele. Hermione voltou sozinha, com os cabelos esvoaçando.

- Cadê o Ron?

- Ai dentro! – Harry apontou o armário.

Hermione puxou a porta e no exato momento, o mundo dela pareceu despencar. Harry também não acreditava no que estava vendo.

Lilá estava beijando Rony.

- RONY! – Exclamou Hermione já enchendo os olhos de lagrimas.

 Rony se distanciou da garota e olhou assustado para Harry e Mione.

- Não é o que vocês estão pensando!

- Me poupe! Você acabou de partir meu coração! Nunca irei te desculpar por isso! – Disse entre os soluços.  

- Mione! Por favor! – Ela virou as costas e foi andando. - Mione volta! – Ela voltou.

- Sabe o que é pior de tudo isso, Rony? O pior é que eu não posso questionar, porque nem estávamos namorando! – Disse ela antes de sair correndo.

- Você deu uma bela mancada dessa vez cara! – Disse Harry saindo para seguir Hermione.

Ele estava tão bravo com Rony quanto ela. Ele nunca iria imaginar que Rony poderia ser tão covarde assim. Ele segurou a amiga pelos braços, que se soltou e gritou.

- ME DEIXE EM PAZ! Você sabia que ele estava beijando ela, lá dentro e nem me disse nada!

- Não sabia! Eu juro! Hermione... – Ela parou se debater e abraçou ele com muita força. – Eu estou do seu lado. Dessa vez, estou te apoiando.

- Ah Harry! Não diga, dessa vez! Você SEMPRE está me apoiando. – Ela sorriu entre o choro e deu um murro forte na parede.


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