O Almoço foi bem agradável, estávamos conversando quando ouvi meu celular tocar.

_ Com licença – falei e fui para a área da piscina.

*Oi Pattie

*Oi querida, está tudo bem?

*Está indo Pattie – falei andando na margem da piscina.

*Posso te pedir um favor?

*Claro que sim

*Você pode vir ficar um pouco no hospital?

*Claro que posso, só vou deixar o Ryan terminar de conversar que... – senti alguém me puxando pela cintura e duas mãos diferentes em minhas costas.

_ AAAH – gritei e saí de perto da piscina.

*Pattie chego aí em 15 minutos – sorri

*Ok, obrigado – ela desligou o telefone.

_ Ah meu Deus Charles – o olhei – quer me matar?

_ Me desculpa, mas você ia se molhar toda – ele me olhou e eu vi a Miley correndo para dentro de casa

_ Vou matar essa menininha – falei

_ Então, o Ryan estava perguntando se você vai pro hospital agora com ele

_ Vou – o olhei – deixa eu te dar um abraço Charles – ele fez cara de confuso e eu o abracei

_ Você não é normal – ele falou e eu ri – o Ryan não acha ruim isso que você faz?

_ Não, acho que não – falei cruzando nossos braços

Entramos na casa e chamamos o Ryan, Chris e a Tay.

Fomos todos para o hospital no carro do Ryan.

_ Cadê sua namorada Chaz? – perguntei

_ Em casa- ele deu de ombros

_ Você já apresentou ela pros outros? – perguntei

_ Já, para a Tay e o Christian – ele falou

_ Hm – falei e o Ryan estacionou o carro.

Descemos do carro e entramos no hospital, a Pattie estava com uma expressão sonolenta.

_ Pattie - sentei-me ao lado dela – vai pra casa e descansa agente fica aqui.

_ Obrigado querida – ela sorriu e me abraçou – qualquer coisa pode chamar.

_ Ok – sorri, ela falou com os outros e saiu.

_ Então gente, vamos conversar – sentei-me e fiquei os olhando

_ Agente tá no hospital e o Justin tem pouco mais de 24 horas de chance e você quer conversar? – a Tay me olhou

_ Ele não vai morrer gente, vamos pensar positivo, ficar alimentando os pensamentos com isso só vai fazer mal – os olhei

_ Mas é difícil não pensar – a Tay apoiou-se no ombro do Christian e uma lágrima escorreu por seu rosto – e pensar que foi culpa minha, sou uma idiota mesmo – ela passou as mãos nos olhos

_ Não foi culpa sua Tay – o Christian afagou seus cabelos

_ Para de pensar isso Tayany, não foi culpa sua - sentei-me ao seu lado e a abracei de lado – vamos tomar um café – sussurrei e a levantei

_ Vocês vão aonde? – o Ryan perguntou

_ Vamos ali, já voltamos – sorri – me dar a chave do carro – estendi a mão

_ Do meu carro? Eu pago um taxi – ele mexeu no bolso

_ Vai Ry, eu sei dirigir – o olhei

_ Mas é meu carro importado – ele me olhou com pena

_ Por favor? – lhe dei um selinho – são só 15 minutos – sorri.

_ Toma, mas sem nenhum arranhão – ele me entregou a chave

_ Obrigado – sorri e saímos do hospital

Fomos até a Starbucks compramos cinco cappuccinos e voltamos para o hospital.

_ Toma – entreguei a bandejinha com dois cappuccinos ao Ryan e me sentei

_ Cadê a chave do meu carro?

_ Aqui – coloquei em seu colo e peguei um copo.

_ Você vai pagar se tiver algum arranhão – ele me olhou

_ Você tem mais ciúmes do carro que de mim – fiz bico e fui me sentar ao lado do Chaz – está bom o café Chaz? – perguntei

_ Tem mel aqui? – ele me olhou

_ Tem mel e um pouco de canela – sorri

_ Hm – ele me olhou estranho – Posso te fazer uma pergunta?

_ Já fez – eu ri e ele me olhou – pode fazer

_ Você usa drogas? – ele me perguntou normalmente

_ Uso, mas só no café da manhã – falei e ele semicerrou os olhos – Não me olha assim.

_ Bom, cada um de vocês tem 20 minutos de visita hoje, quem vai ser o primeiro? – um homem de jaleco branco perguntou.

_ Eu – levantei-me e o segui até o quarto.

_ Qualquer coisa é só chamar – ele ia saindo do quarto.

_ Ér, doutor Marques – olhei em seu crachá – se ele não reagir até amanhã de tarde vão desligar os aparelhos? – o olhei

_ Infelizmente sim – ele me olhou

_ Mas porque em tão pouco tempo? – o olhei

_ Ele não reagiu de forma alguma a nada – ele me olhou

_ Ok – sorri e virei-me, ouvi a porta fechar.

_ Justin, será que dá para mover um dedo? Mostrar progresso, não quero que você morra, é a única coisa que eu peço. – sentei-me – eu sinto falta de quando éramos crianças sabe, lembra da época de natal? Você caiu e disse que a neve era gelada – ri – e antes no meu aniversário, você tinha comprado uma boneca doce e comeu tudo, só me deu os pés dela – senti meus olhos encherem de lágrimas – eu sinto falta de quando nós éramos amigos sabe só você ria das minhas brincadeiras, você cantava pra mim e quando sua mãe chegava saia correndo. Eu disse ao Chaz agora que eu só usava drogas no café da manhã e ninguém riu, se fosse você, bem, teria ao menos dado uma tapa na cabeça, só... fica melhor, você é um ótimo amigo. – sorri e saí da sala.

Justin narrando –

Vodka, dor de cabeça, lágrimas, luz, buzina, estrondo, dor, dor, dor e escuridão.

Não vi mais nada.

­_ Fica melhor, você é um ótimo amigo – ouvi uma voz ecoar em minha cabeça, tentei abrir os olhos, mas não consegui, tentei me mover, mas não consegui.

Em seguida ouvi um barulho de porta abrindo e fechando, ouvi alguma vozes, eu reconheceria de qualquer lugar, o Ryan, Charles, Chris e uma menina, deve ser a Tay, eles começaram a discutir alguma coisa e começaram a conversar em seguida, eles conversavam comigo, mas eu não conseguia responder, eu estava me sentindo um nada naquele momento, um homem entrou no quarto falando e senti uma pequena pontada em meu braço, comecei a sentir sono e dormi.