Anny narrando –

O dia passou rápido, o Justin teria apenas poucas horas, eu sentia meu coração apertar a cada pensamento desses, era horrível a sensação, nós jantamos no Mcdonalds e voltamos para nossas casas, tomei banho e dormi.

Acordei com o sol em minha janela, abri os olhos lentamente e levantei-me. Tomei um banho para despertar, vesti uma roupa básica, deixei meu cabelo solto, arrumei as ultimas coisas para voltar para a França e desci a escada.

(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=36537153&.locale=pt-br)

_ Oi Ry – sorri quando o vi no sofá

_ Oi – ele levantou-se e veio em minha direção – agente só tem agora pra ir no hospital, nós vamos viajar de 13horas – ele me olhou

_ Ok, então vamos? – sorri segurando em sua mão – alguém mais vai?

_ Não – ele falou abrindo a porta do carro para eu entrar

_ Obrigado – sorri.

O caminho todo foi silencioso, nós teríamos apenas 30 minutos de visita, já que eu havia dormido mais que o esperado rs.

_ Eu vou primeiro – o Ryan sorriu – depois você vai – ele falou e entrou no quarto.

Uns 10 minutos depois ele saiu da sala, passando as mãos nos olhos, corri e o abracei.

_ Não fica assim Ry – falei o abraçando

_ Ele é meu melhor amigo, ele não pode morrer – ele falou

_ Ele não vai morrer meu amor, daqui a uns dias ele vai está saudável, sorrindo pra todo mundo – lhe dei um selinho – vai beber água, que daqui a pouco volto.

Justin narrando –

Eu acordei e novamente não consegui abrir os olhos, o Ryan falou umas coisas sobre morte, mas quem vai morrer? Porque eu não consigo abrir os olhos ou me movimentar?  Só queria uma resposta pra tudo isso.

_ Justin – ouvi aquela voz doce novamente – bom Justin é a Anny, e se eu te pedisse uma coisa você faria? – ela pausou e eu tentei abrir minha boca para dizer que sim, claro eu a amo, tudo por ela eu faria – Se move Justin, eu não quero te perder, apesar de não sermos mais namorados somos amigos, não somos?! Eu vou voltar para a França daqui a algumas horas e é difícil pensar que você pode nunca mais abrir os olhos. Mas se você mostrar alguma reação – a senti tocar em minhas mãos – eu só peço que quando você sair daqui faça o que eu pedi, sabe, viver a sua vida, sei lá, arranjar uma namorada, quem sabe a Ariana seja uma boa namorada? Eu sei que errei quando pedi pra você não se aproximar muito dela, mas eu pensei em nós dois, não era ciúmes como você pensava, era medo de te perder, era melhor eu ter ficado calada mesmo, quem sabe nada disso tivesse acontecido – não, eu que errei, eu queria a dizer isso, mas não conseguia – Bom, eu estou namorando, talvez essa seja a ultima oportunidade que eu tenho para dizer. Somos amigos, e acho que você deveria saber disso, não se preocupe, eu estou feliz com o Ryan – ela estava namorando o Ryan? Tinha que ser meu amigo? – Por favor, abre os olhos, meche o dedo ou qualquer coisa, em fim, o meu tempo acabou só espero que você fique bem – senti seus lábios encostando-se a minha testa, foi como se aquilo bastasse pra mim, eu senti minhas pálpebras pesarem menos, eu abri uma delas, mais minha vista ainda estava embaçada, eu apenas a vi saindo da sala.

Era o fim de tudo, ela se foi novamente.

Anny narrando –

Após sairmos do hospital, fomos para minha casa, nós almoçamos e pegamos as ultimas coisas, nós fomos até ao Aeroporto, todo mundo estava lá.

Nos despedimos de novo e rumo a França.

...

_ Vou dormir – dei um selinho no Ryan e fui para o quarto

Já era madrugada, e nenhuma notícia sobre o que havia acontecido com o Justin, liguei inúmeras vezes para os celulares de todos, mas ninguém atendia. Em meio a pensamentos dormi.

Uma semana se passou, pois é, e notícias? Nada. Hoje (sábado) o Ryan vai viajar pra ver umas coisas que a mãe dele pediu, ele vai à casa da tia dele, e vai voltar na segunda.

_ Tchau amor – ele me deu um selinho

_ Tchau, se cuida ok?! Eu te amo muito – sorri e ele iniciou um beijo.

_ Eu também te amo – ele sorriu e entrou no carro quando ele virou a esquina entrei na casa.

Peguei um copo de achocolatado e sentei-me no sofá, liguei a televisão e peguei um livro para ler.

Quase uma hora depois, eu estava entretida com o livro, até vi o Lenny correr e desligar a televisão.

_ O que foi Lenny? – perguntei

_ O Ryan... – ele sentou no sofá

_ O que tem o Ryan? – perguntei agoniada

_ Jornal, acidente – ele fechou os olhos

_ O QUE TEM ISSO? – perguntei com os olhos cheios de lágrimas

_ O Ryan, sofreu um acidente, na estrada, um ônibus bateu nele, o carro virou... – o Lenny deixou algumas lágrimas escaparem e me olhou – ele morreu Anny – ele deitou-se no sofá escondendo o rosto.

_ Não é hora para brincadeira Lenny – o olhei

_ Se fosse brincadeira eu não estava chorando, você já me viu chorar? – ele falou alterado

_ Ah meu Deus – passei a mão no rosto – não pode ser, quero voltar para o Canadá, à França só me trouxe coisas ruins.

_ Os nossos pais já sabem, eles vão mandar um helicóptero pra nos buscar – ele passou as mãos nos olhos.

_ Ah não Lenny – falei deitando em seu colo, chorei e chorei até sentir meus olhos pesarem e eu dormir.

Acordei eu estava em um lugar totalmente diferente. Parecia meu quarto, só queria que aquilo fosse um pesadelo, peguei meu celular e liguei para o Ryan, estava desligado, sentei-me e tentei mais umas três vezes.

_ Ryan – sussurrei e lágrimas caíram de meu rosto - Não pode ser, não podia acontecer – eu chorava sentada em minha cama, me senti sozinha no mundo, apenas a lua me iluminava ali. -   Porque comigo? Não não não não – eu repetia inúmeras vezes.

Eu sentia a presença de alguém comigo, mas por mais que eu olhasse para os lados era mais difícil de encontrar alguém ali, até sentir braços me envolvendo em um abraço.

_ Se acalma, não precisa ficar assim – uma voz doce falou em meus ouvidos

_ Não posso me acalmar – falei ainda chorando – meu namorado...  Eu nasci para ficar sozinha mesmo nada dá certo – levantei-me e entrei no banheiro me trancando.

_ Anny, sai daí – alguém batia na porta, levei meu rosto e saí, pela primeira vez olhei bem para aquele garoto.

_ Oh meu Deus – encarei aqueles pares de olhos caramelos – Justin... – sussurrei e ele aproximou nossos rostos - não Justin, eu estou muito feliz em que você esteja bem, mas pode me deixar só? – perguntei

_ Ok – ele sussurrou e saiu do quarto.

Eu tenho motivos para sorrir, mas nenhum se compara ao meu motivo para chorar, meu namorado, eu o amava, eu estava começando a amá-lo cada vez mais e chega um momento e tudo acaba assim, não, acho que eu sou uma azarenta, eu não consigo ser feliz, olha o que eu fiz comigo e com o Justin, olha o que aconteceu com o Ryan, eu realmente queria sumir do mundo.