Olhei fundo nos olhos de Gabriel, ele tinha um olhar provocador e ao mesmo tempo sexy.

Na minha mente veio a imagem de Alec, e seu sorriso torto, era parecido com o de Gabriel, mas... Era tão mais sincero, tão mas bonito tão mas... Gentil?

Gabriel não prestava mais atenção em meus pensamentos- muito menos em mim- Seu celular tinha tocado e ele estava falando. Eu não quis prestar atenção na conversa, comecei a olhar o lugar que eu estava.

Era macabro, fotos minhas espalhadas por todos os cantos, de minha família e de Alec. Foi ai que eu vi, era um mapa com anotações, eu não conseguia entender muito bem, parecia que quando a pessoa escreveu ela estava morrendo de raiva. Eu percebi que era o mapa da cidade em que estávamos, acho que no momento eu me encontrava na cabana no meio do nada. Li as anotações, o pânico tomou conta de meu corpo quando eu li a frase: '' Matar Renesmee ao por do sol''. O que eu faço agora? Olhei pela janela, que era coberta por taboas de madeira, e arranquei uma, o sol veio no meu rosto, e pela sua posição, faltava apenas alguns minutos para ele ir embora.

Olhei Gabriel, que sorria cinicamente para mim, deu um passo a frente, o que me fez recuar dois para trás, ele riu e disse:

-Achou mesmo que eu era teu amigo Renesmee?

-Não, só achei que você não queria por minha vida em risco – Falei tentando manter a voz firme.

-Engano seu minha cara, você é preciosa e perigosa demais para continuar viva.

-Perigosa?

-Sim! Mas, pelo jeito não sabe usar seus dons na hora do aperto- Me desafio com um sorriso.- Agora mesmo, você podia fugir daqui, usando o tele transporte, não é mesmo?

-Eu encaro meus problemas de frente Gabriel, não fico usando a ironia e a indiferença igual você meu caro.

-Pena que não ira conseguir sair dessa viva não é mesmo? - Sorri cinicamente, eu sabia que não sairia, ou pelo menos achava.

Gabriel se aproximou de mim e sua mão no meu rosto colocou, e sorriu, eu sabia que aquilo era um tipo de despedida macabra. Não mexi um músculo, não que eu quisesse morrer... Só não me importava muito, não dava importância.

Ele colocou as mãos em meu pescoço e eu fechei os olhos, então senti ele apertando, não puxava pra cima, só apertava. De repente, eu ouvi um estrondo e não senti mais as mãos de Gabriel em meu pescoço, não precisei abrir meus olhos para saber quem estava ali, o cheiro inconfundível o denunciava.

Alec estava por cima de Gabriel, socando sua face, eu não sabia o que fazer, na verdade não tinha o que fazer.

Alec arrancou a cabeça de Gabriel fora, e com um isqueiro colocou fogo. Olhou para mim com seus inconfundíveis olhos vermelhos tom rubi e sorriu, seu sorriso não foi sinico, irónico, nem nada que expressasse maldade. Foi gentil e completamente fofo, ele se aproximou de mim e colocou a mãe em meu rosto, sorriu novamente e balançou a cabeça, seu perfume invadia minhas narinas, se aproximou e inconscientemente eu fechei os olhos, foi quando os lábios gelados tocaram os meus, em um selinho delicado, cuidadoso... Como se ele falasse '' Eu senti tua falta''. Alec pediu passagem com a língua, e eu concedi, e logo estávamos embalados em um beijo calmo e sem segundas intenções.

Quando o beijo acabou, Alec nada fez, só me abraçou e sussurrou em meu ouvido:

-Nunca mais suma desse jeito.