Amalgamados escrita por Vick_Naomi, Samantha


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpe pela demora...
Ultimamente estou sem inspiração, e não gostei muito desse capitulo.
Mas vamos logo para o que interessa kk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/155656/chapter/11

Um verde e outro azul, sim era ele mesmo que estava me seguindo e eu corria e saltava por entre as árvores com um garoto de capuz que parecia se destacar.

Corríamos lado a lado para longe daqueles olhos, um parecia distribuir crueldade e o outro mistério, o que acabava me deixando com mais medo.

Chegamos a um portão de ferro enorme que não se podia escalar, percebi que estávamos em um terreno não em uma floresta.

O homem moreno que estava nos seguindo deu um sorriso macabro que me fez tremer da cabeça aos pés.

–Parece que chegamos ao impasse, você não poderá mais a proteger. - disse ele com sua voz rouca e estrondosa.

E de repente ele se transformou, não era mais um homem com um olho verde e outro azul e sim um lobo com um olho verde e outro lilás.

Fiquei tão assustada que gritei o máximo que pude, mas esse pesadelo não acabava, ainda tinha coisas que eu deveria saber antes que acabasse, não sei como, mas eu precisava continuar.

Olhei para o garoto de capuz ao meu lado, que entrou na minha frente de repente na hora que o lobo pulou em cima de mim.

Rolaram na grama, o lobo tentando morder o pescoço do garoto e ele tentando segurar o lobo, ambos lutavam, quando o capuz do garoto caiu...

–Droga. - disse quando me levantei.

Será que eu não parava de pensar nele, mesmo nos meus sonhos ele estava lá, ou melhor pesadelo?

Agora os sonhos estavam piorando, em vez de eu sonhar só com lobos, agora sonhava com lobisomens.

Balancei a cabeça tentando me concentrar.

E porque o Trevor estava lá? Provavelmente deveria ser porque eu estava muito nervosa com ele, mas não fazia sentido que ele me ajudasse em um sonho. Porque, na verdade eu queria o matar de tanta raiva, só que ultimamente eu não controlava meus sonhos e muito menos os meus pesadelos.

Meu celular começou a tocar eu atendi, deveria ser umas 7 horas da manhã.

–Alô? - disse muito sonolenta.

–Alô Sophie, posso falar com a Wendy? -Pediu alguém no telefone que logo identificou ser a mãe da Wendy.

–A Wendy não está aqui.- disse muito confusa, ela nem tinha ido no meu encontro desastroso.

–Que estranho... Ontem ela disse que ia se encontrar com você, só que não voltou e eu imaginei que ela estaria na sua casa.

Comecei a me preocupar e ouvi o celular dela tocar pelo telefone.

–Espera um pouco.

Fiquei esperando uns 3 minutos.

–Sophie acabei de saber que a Wendy sofreu um acidente estou indo para lá agora. - disse ela muito rápido já desligando o telefone.

–Espera, espera, você pode passar aqui também?- perguntei antes que ela desligasse.

–Está bem, mas fique pronta logo. - disse ela desligando.

Lavei o rosto e troquei de roupa em tempo recorde, peguei dois biscoitos para ir comendo no elevador enquanto descia.

Quando cheguei no térreo a mãe da Wendy já me esperava no carro. Entrei e sentei no banco da frente.

A mãe da Wendy estava péssima, seus olhos estavam inchados por não dormir, o cabelo a qual a Wendy puxou estava todo bagunçado e as roupas todas amassadas demonstrando claramente que ele não teve tempo de se arrumar, mas se eu não estivesse igual, provavelmente estaria pior que ela, mas pouco me importava, minha amiga estava precisando de mim, mesmo que ela tivesse muito estranha esses dias, ela continuava sendo a minha melhor amiga, lembro-me até hoje quando começamos nossa amizade. Estávamos no fundamental, eu adorava trazer minha boneca Luci para escola e na hora do intervalo uma valentona, a qual eu não lembro o nome, tentou tirar de mim, mas eu não deixei e ela me empurrou para a lama, chorei muito por causa disso e todas as crianças estavam se afastando, ela tentou tirar de mim de novo, quando a Wendy, ainda pequena a enfrentou, a Wendy era muito corajosa, mas acabamos as duas cheias de lama e a professora nos colocando de castigo, e daí em diante viramos melhores amigas.

Chegamos ao hospital e a Christine, mãe da Wendy, logo foi atendida pela recepcionista que nos indicou o quarto e o andar.

Fomos direto para o quarto, e ao lado da cama da Wendy, bloqueando minha visão, estava um cara de jaleco branco, que eu supus ser o médico.

Ele se virou para nós e chamou a Christine para conversar com ela fora da sala, pude ver pela troca de seus olhares, que eles já se conheciam.

Fiquei olhando para a cama em que ela estava, me aproximando cuidadosamente para os seus pés onde estava a ficha medica dela, dei uma olhadinha rápida e li; Ataque de Animal selvagem.

Arregalei os olhos e olhei para a Wendy, não dava para ver muito, pois o lençol a cobria até o pescoço, mas o pouco que se via era assustador, seu rosto estava inchado cheio de hematomas e seu pescoço enfaixado, mas o sangue estava aparente nas bandagens e logo seriam trocadas. Senti muita culpa, se eu não a tivesse chamado ou pelo menos dado carona a ela... Toquei no rosto dela.

De repente ela abriu os seus olhos cinza arregalando os e me assustei, ela ficou me fintando parecendo querer dizer algo e me aproximei.

–E-Eles estavam atrás de você, n-não de mim...E-Eu achei que e-eles estavam a-atrás de m-mim...-disse ela no meu ouvido e apagou por causa da anestesia. Fiquei a olhando por um tempo, pensando se acreditava no que ela estava falando ou achava que ela estava tonta por causa da morfina, considerei a segunda opção, que era com certeza a mais sensata.

A mãe dela entrou com o médico, ela parecia mais cansada do que quando chegou.

O médico começou a trocar as ataduras e eu olhei, horrorizada, uma marca de mordida de algum tipo de cachorro ou hotvallier, pois a mordida era muito grande para ser de um cachorro comum, mas eu não era especialista em identificar mordidas.

–Graças a Deus a mordida não foi muito profunda. - disse o médico enfaixando de novo.

Senti lágrimas nos meus olhos, ainda mais arrependida, e olhei para a Christine.

–Desculpa. - pedi, mas ela só balançou a cabeça.

–Não foi culpa sua... -disse com um olhar distante.

Quando o médico terminou disse alguma coisa no ouvido dela que me olhou.

–Sophie... Eu acho melhor você ir para a casa descansar... - disse ela e eu estranhei - Não se preocupe, eu vou ficar aqui e o Carl já chegou de viajem e está vindo para cá. - explicou.

Assenti me despedindo, Carl era o pai da Wendy que estava em uma viajem de negócios, ele era muito amável, a Wendy sempre pedia às coisas que ela queria para ele, pois ele já deixava na hora, diferente da mãe.

Liguei para Clarice pedindo para que ela me buscasse.

Logo ela chegou e percebeu meu rosto. Entrei no carro.

A Wendy... Foi atacada por... Animais selvagens. - disse a ela mais baixo que um sussurro.

Ela arregalou os olhos e logo ficou com uma expressão que eu nunca antes tinha visto, ela estava sombria.

–Sinto muito. - disse ela me abraçando e voltando a sua antiga expressão, doce e compreensiva.

Entramos no carro e eu sentei no banco de trás, meio deitada tentando descansar um pouco, mas o sono não me vinha, então comecei a pensar no que tinha acontecido com Wendy, atacada por animais selvagens? Não poderia ser, era praticamente improvável, mas não impossível, cães com raivas nunca fariam estragos tão horripilantes como aqueles.

Chegamos à garagem e eu não tinha percebido até Clarice parar o carro, o som que o freio de mão do carro velho da Clarice fazia era estrondoso, parecia um som agudo de osso se quebrando, Clarice sempre foi boa motorista, ela me explicou que o pai lhe ensinou desde pequena a pilotar um carro para casos de emergência, mas aquele era o carro que ela só usa em certos casos, pois estava muito velho, o outro que a filha dela deu para ela devia estar com Joe em algum lugar...

Meus pensamentos vaguearam para o Joe, ele deveria estar muito assustado depois do acidente e depois do meu vexame de garota super sentimental, mas eu me sentia traída, usada e o pior de tudo é que eu achava que ele realmente gostava de mim, que eu realmente tinha encontrado minha alma gêmea e toda essa baboseira clichê, isso mesmo, baboseira, era isso que eu achava agora, só fui um dos brinquedinhos que ele poderia descartar quando achasse um melhor.

Clarice saiu do carro e eu a segui até o elevador.

–Você quer que eu fique com você?- perguntou ela com preocupação aparente.

–Não, não precisa. - disse virando a chave e já entrando. Desejando sinceramente um banho quente e o conforto da minha cama.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentários?