MINSEUL P.O.V.’s

– Ah~ Um pequeno gemido espreguiçado eu dei, naquela manhã assim que o sol pediu que eu acordasse, me posicionando de barriga pra cima. Ainda sem abrir os olhos posicionei meu braço de uma forma de pudesse consultar meu relógio de pulso. 8:47 da manhã.

Geralmente esse não é o meu horário de despertar, a partir das 9h é o meu lema, mas ok, era o fuso horário afetando meu cérebro. Ao jogar de novo meu braço na cama, olhei ainda durante uns três segundos o teto acima de mim e depois meus olhos percorreram os quatro cantos daquele cômodo, onde pudessem alcançar. Me sentei depressa. – Eita! Aonde é que eu estou?! – dando mais algumas olhadas no quarto as lembranças rapidamente apareceram em minha mente e aquele cheiro perfumado assim que entrou pelo meu nariz me provocou um sorriso bobo nos lábios... – Sandeul. – as letras ordenadas simplesmente saiam da minha boca e ainda o sorriso me estampava.

Eu realmente tinha vergonha daquela situação, sabe? A única garota entre três garotos e ainda por cima desconhecidos. Não pude evitar pensamentos assustadores até cair no sono antes de dormir, mas algo me dizia que eles eram do bem.

E também... Como ele saberia o nome da unnie se não a conhecesse? Eu estava totalmente perdida em uma capital enorme como Seoul, qualquer ajuda era bem vinda e qualquer ajuda que fosse, seria de estranhos. Pelo comportamento deles da noite anterior pareceram ser estranhos legais, e ainda mais o Sandeul, todo atencioso e cuidadoso. Coreanos... Não sabem que com isso podem matar o coração de qualquer uma?

Incrível... Venho aqui para fazer uma surpresa pra unnie e eu é que sou surpreendida em conhecer três novas pessoas de uma vez

Me levantei e dei uma ajeitada no cabelo. Ainda iria tomar banho mas com certeza os garotos já estariam acordados e teriam que me ver pelo menos um pouco ajeitada. Coloquei também uma roupa apresentável e confortável e só então saí do quarto.

NARRADORA P.O.V.

Naquela manhã o jovem rapaz cozinheiro havia se levantado cedo para preparar o café da manhã. Aquela não seria uma manhã qualquer, pois eles teriam visita então teria que ser um bom café da manhã para que a vista, a pequena Minseul, pudesse ter o seu primeiro café da manhã “legitimamente coreano” e de qualidade. O garoto se orgulhava enquanto preparava a mesa e beliscava alguns petiscos e apreciava como havia deixado a mesa tão bonita.

De seus amigos, apenas o maknae Gongchan acordou cedo porque tinha que ir à faculdade para os ensaios de seu festival. Ele experimentou um pouco do que seu hyung preparou, aprovando, e logo em seguida saiu. Jinyoung acordou um pouco mais tarde e como a mesa já estava posta, não fez cerimônia em se sentar e se alimentar.

– Sandeulri, não vai comer também? – Jinyoung disse assim que engoliu uma colher de arroz. O mais novo entre os dois havia se sentado à mesa também mas não havia tocado na comida, apenas fazia companhia para seu hyung.

– Oh hyung, eu estou esperando a MinSeul-ssi para fazer companhia à ela.

– Mas SanDeul, são 9:30 da manhã, você está acordado desde quando? – Jinyoung levava mais uma colher de arroz em sua boca.

– Desde as 7AM. Porque, hyung?

– E desse tempo todo você não – Jinyoung foi interrompido por um barulho estranho mas que conhecia muito bem. – Sandeul, você está com fome, deixe que quando a MinSeul-ssi acordar você faz companhia pra ela também, mas por enquanto coma com seu hyung, hm? – O mais velho disse com sua voz serena. SanDeul teve que aceitar suas palavras pois seu estomago estava mesmo seduzido com todo aquele cheiro.

Os dois garotos riam e conversavam, e quando o mais novo estava por imitar seu amigo Baro, colocando um dos jokarak(palitinhos coreanos) entre o beiço e o nariz, sem as mãos, uma voz feminina foi ouvida no local presenciando a cena.

– Annyonghaseyo~ Good morning~ - A garota fez uma pequena reverencia e quando voltou à posição normal não pode se conter da cara que o garoto mais novo fazia: ele arregalava seus olhos e fazia um certo “biquinho” tentando controlar o jokarak em seu “bigode”.

Sandeul, assim que percebeu que estava sendo alvo de risadas, tirou rapidamente o jokarak de seu beiço e o colocou sobre a mesa, completamente envergonhado.

SANDEUL P.O.V.’s

“Ah eottokke? Estou fazendo papel de palhaço bem na frente dela, aish! Não... Mas por um lado isso até que é bom, não é? Estou fazendo ela sorrir. Isso é bom, não é? Aish!” – Pensava enquanto estava completamente sem reação por ela ter chegado do nada na cozinha e eu nem ter percebido, continuando com a minha imitação do Baro. Quando voltei em mim apenas tirei logo o jokarak do meu bigode e com uma risada totalmente sem graça o coloquei sobre a mesa.

– Bom dia, MinSeul –ssi! Como foi a noite? Conseguiu dormir bem? – O hyung se pronunciou depois de ficar rindo de mim junto com a MinSeul.

– Sim~ Acho que a cama me ajudou bastante. – Ela respondeu sorridente pro hyung, arrastando uma cadeira e se sentando conosco.

– Oh, o chá acabou. – disse ao perceber que os sorrisos estavam demorando demais. – Hyung, você não quer pegar mais cá pra gente?

– Claro! Eu já acabei mesmo, só um minuto por favor, MinSeul-ssi – Ele se levantou e mais um largo sorriso abriu direcionado à MinSeul. “Ele por um acaso não ouviu o ‘para nós’? Eu também vou querer o chá, ele não tinha que sorrir só pra ela.” Resmunguei comigo mesmo ao ver o hyung desaparecer atrás do muro da cozinha.

– Já você, acho que não teve uma das melhores noites, não é mesmo? - MinSeul se pronunciou quebrando o súbito silêncio que havia ficado naquela mesa depois que o hyung se levantou.

– Bem, eu...

– Desculpe. – ela me interrompeu.

– Como? Desculpar porquê? – Não havia entendido o porquê das desculpas, ou melhor, não havia porque de desculpas.

– Por ter feito você dormir no sofá. Com certeza você deve estar com os ombros incomodados, quer que eu faça uma massagem?

– Ma-massagem?! – Posso jurar que minhas bochechas ficarem coradas naquela hora, e se não, ao menos bem quentes elas ficaram.

– Sim, massagem. É o mínimo que eu posso fazer depois de ter te tirado da sua cama. E quê cama, por sinal! – Ela se levantou e deu a volta na mesa em minha direção. – Vamos ver...

– Oh não, não é pre..ci...so.. – Era tarde demais ela já estava atrás de mim, em pé, enquanto eu, sentado, sentia suas mãos em meus ombros e o quão bom eram os movimentos provocados por ela.

E alguns segundos se passaram.

– Está doendo? – Ela perguntou quebrando o silencio.

– ANIYO! – Mas como isso é bom... Ahr... – Eu disse quase dormindo. Uma risada eu ouvi depois que disse essas palavras e quando abri meus olhos vi o Jinyounggie encostado no muro alto da cozinha e se contendo para não cair na risada. Suponho que pelas caretas que eu fazia enquanto a MinSeul-ssi me massageava.

Aquilo realmente era bom, mas eu me envergonhei naquele momento, fazendo aum movimento para que ela pudesse parar a massagem.

Aquilo realmente era bom, mas eu me envergonhei naquele momento, fazendo um movimento para que ela pudesse parar a massagem. Ela, percebendo o movimento, voltou para sua cadeira e ainda percebi uma risada doce dela para o hyung.

– É... Então Minseul-ssi, como está o café da manhã? – O hyung dizia enquanto colocava a vasilha de chá sobre a mesa, voltando e parando pelo meio do caminho para recostar no muro de novo. – O Sandeulri acordou bem cedo para preparaá-lo, está bom? – O hyung dizia com a maior cara de ironia, literalmente, pois de onde ele estava ficava de costas para Minseul, então ela não percebia suas caras de debochado, até porque ela estava concentrada em toda Àquela comida à sua frente e ainda demorou um pouco pra responder pos estava com a boca cheia de comida, o que deixou suas bochechas bastante gordas e completamente apertáveis.

– Wo~ Isso está uma delícia! – Disse levando um copo de suco de manda à boca, ao mesmo tempo que um sorriso se formava em seu rosto.

Ôh, devo admitir que pilotando um fogão o nosso Sandeulri aí é um dos melhores. – Jinyoungie hyung me elogiou enquanto deixava sua xícara na pia e voltava para a mesa. – Mas bem, agora vou deixar vocês pois tenho que resolver algumas coisas no meu quarto, com licença então, Minseul-ssi. – Dando uma leve curvada na cabeça e um sorriso, ele saiu e se trancou em seu quarto. Eu ainda diquei fazendo companhia à Minseul e de vez enquanto beliscava algumas coisas por lá.

Quando ela terminou foi levantando e levando os pratos para a cozinha, logo a impedi.

– Ei, ei, ei, o que é isso? Você é visita, nada de ficar dfzendo as coisas da casa. Já não basta ontem er em ajudado com a bagunça que tava essa casa; - Me levantei e fui até ela.

– Mas eu-

– Não tem essa de “mas”. Onde já se viu visitas fazendo as coisas da casa...? – Tirei algumas coisas que estavam em sua mão e fui em direção à pia para despejá-las.

– Mas eu quero fazer mesmo assim. É o mínimo que eu posso fazer, Sandeul. Por tudo o que você está fazendo por mim, isso é o mínimo. – Ela ficou do meu lado e me empurrava com a coxa para o lado com certa dificuldade pois eu resistia, mas ao fim se posicionou em frente à pia, já colocando as luvas e pegando a esponja para lavar os pratos. Por ver aquela cena dei uma leve risada e ela, percebendo, riu também. – Mas ande! Vá pegar o resto das coisas que ficaram na mesa para eu poder lavar! – Disse tirando o sorriso do rosto.

– Ok senhorita Minseul! – Fiz como se estivesse “batendo continência” para ela, que só soube rir e me jogar um pouco de água que tinha sua mão, me fazendo correr para não ser atingido.