Melhores Amigas... ou será que Não? escrita por ChrisAguiar


Capítulo 26
XXVI.


Notas iniciais do capítulo

E aí gente!!! Não me matem por favor!!! Sei que demorei um bocado, mas é que as provas, ai as provas... --'
Enfim, o útimo cap dessa temporada vai ser lançado sábado, e na outra semana eu começo a segunda temporada (é nois!!!)
Decidi dividir, até por que a maioria de vocês concordaram (mas eu ia dividir mesmo assim xD). Eu não decidi o título da próx temporada, mas no úlimo capítulo eu digo ;D
Então... Vamos ao capítulo!
>>> Narradora: Bia



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O que leva uma pessoa a iludir uma pessoa, dizendo que a ama, se na realidade é justamente o contrário?

Deveria ser uma coisa simples, o amor. Talvez ele tenha sido criado como uma coisa realmente simples. Mas as pessoas o complicam. Dizem dele uma coisa que não é. Hoje em dia, um “eu te amo” é uma das expressões mais faladas no mundo...

E também uma das mais falsas.

Passei minha mão por aqueles cabelos negros lisos.  Era madrugada do outro dia, e já dava para ouvir os passarinhos cantando. Imagens de ontem invadiram minha mente. Ela tinha tentado se suicidar... Se eu não tivesse aparecido naquela hora, ela, ela...!

Sacudi minha cabeça, tentando tirar esses pensamentos ruins. Depois daquilo, ela passou a noite chorando no meu ombro, sem dar uma única palavra. Eu também não falava nada. Eu não conseguia. Eu estava sofrendo o tanto – se não até mais que ela.

Olhei para o seu rosto moreno, inchado de tanto chorar. Ela tinha uma expressão triste... Seus lábios estavam meio abertos, e ela parecia querer falar alguma coisa...

Por que, meu Deus? O que ela tinha feito para merecer isso?

Aquela vadia. Eu nunca vou perdoar ela. Pode apostar, ela vai pagar na mesma moeda, se depender de mim...

Um som esquisito me despertou desses pensamentos ruins, e eu assustada procurei com a cabeça de onde veio isso. Ele se repetiu, então eu finalmente vi a fonte daqueles sons estranhos.

Carol estava gemendo baixinho, falando a seguinte frase em sonho:

“Não... Por favor não... Manu... Eu te amo...”

Aquilo atravessou meu coração como uma faca.

- Psiu! Ei Bia. Bia!

Já era meio-dia, e todos os alunos estavam almoçando no restaurante do hotel. Uns conversavam animados, outros dormiam, outros faziam bagunças. Tudo estava normal. Se não fosse por um motivo.

Carol.

Ela parecia um zumbi sentado. Não comia, não falava, parecia não respirar. Só ficava olhando para a comida, de um jeito muito esquisito.

- Ei. Psiu. Bia – Ana sussurrou para mim, do outro lado da mesa. Era uma mesa redonda para quatro pessoas, muito chique por sinal.

A olhei com raiva, mas mesmo assim respondi:

- Que foi?

Ela indicou com a cabeça a Carol, e fez uma cara de quem não está entendendo nada. Eu sacudi a cabeça negativamente. Eu também não estava entendendo nada... Eu nem mesmo podia ajudá-la, dizendo palavras motivadoras, já que ela não tinha dito o motivo.

E isso era frustrante. Muito frustrante.

- E-essa comida tá boa, né? – Daniela forçava um sorriso, parecia tentar alegrar o ambiente. Não conseguira.

Um silêncio mortal pairou naquela mesa, e até seria engraçado se aquela situação não estivesse tão tensa...

De repente, Carol se levantou da mesa e foi embora. Mas antes que conseguisse, segurei pelo seu braço.

- Aonde você pensa que vai? – eu perguntei em tom de reprovação. Mas confesso que estava muito nervosa naquele momento...

- Ao banheiro. – ela me encarou séria, com os olhos inchados. – Não posso?

Eu rapidamente soltei seu braço em resposta, e antes de eu falar qualquer coisa, ela foi embora.

-...

Carol...

- Ah, ela foi embora... – Ana disse, suspirando. – E a gente nem teve tempo para perguntar nada.

- Mas ela não ia responder do mesmo jeito. – Daniela já estava no segundo prato, ela realmente tinha gostado daquela comida.

Afinal, o que era aquilo? Parecia muito bom...

- Isso aí é picadinho de jacaré.

Daniela soltou a colher que estava levando à boca no mesmo instante. Em seguida fez uma cara de nojo extremo, e afastou o prato para longe dela.

Me virei para olhar a pessoa que tinha dito aquilo, e vi a Fernanda me encarando, em pé perto da nossa mesa.

O clima tenso voltou.

- Er... Oi. – eu disse, forçando um sorriso.

- Oi. – ela não sorriu.

De novo, o silêncio.

- Gente! – Ana bateu palma com tanta força que assustou a nós duas. – Tive uma idéia.

- O que, amor? – Daniela perguntou, ainda com nojo da comida.

- Que tal se a gente fosse atrás de saber o que aconteceu com aquelas duas? – ela disse, empolgada.

- Não vai dar certo, amor, você não viu que a Carolina não quer dizer nad...

- Eu não to falando da Carol. – ela deu um sorrisinho maldoso. – Eu estou falando de a gente perguntar diretamente à outra pessoa envolvida... A Manu.

Só em ouvir aquele nome a raiva percorreu meu corpo.

Eu finalmente poderia saber o que tinha acontecido... E dar àquela vaca a lição que ela merece.

- Então, preparadas? – Ana perguntou, olhando ansiosa para a gente.

Aquela vadia estava no jardim do hotel, sentada em um banco conversando com as garotas populares da escola. Seus nomes eram Débora (a loira oxigenada), Jesse (a ruiva com cara de idiota) e a líder delas, “a toda-poderosa” Patrícia. Uma morena fatal com olhos cor de mel.

Ela era considerada a garota mais bonita da nossa escola, e talvez até mesmo da cidade. Todos os meninos babavam por ela, todas as meninas tinham inveja dela. Bem, não todas. Eu não tinha. E eu acho que a Fernanda também não.

Falando nela, ela tinha sido forçada a nos acompanhar, então ela estava ali com a cara emburrada. Daniela parecia ainda pensar na comida, e Ana estava muito nervosa. Ela queria saber o que tinha acontecido a qualquer custo.

Fofoqueira.

Mas eu também queria saber... Para poder confortar a Carol. Eu não quero a ver sofrendo desse jeito, De maneira alguma. Se eu pudesse, eu sofria no lugar dela, só para poder ver aquele sorriso lindo de novo...

Sacudi a cabeça. Eu tenho que me concentrar agora...

E dar um belo chute no traseiro daquela vaca.

- Vamos gente. – Ana falou firme e puxou a Dani pela mão, sendo em seguida acompanhada pela Fernanda.

Ela se virou para mim e disse:

- Não vem?

Ficamos nos encarando por alguns segundos, até que eu sorri e disse:

- Claro!

Andei rapidamente até passar por ela e alcançar a Ana. Mas ao passar, pude jurar que tinha visto um suspiro...


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Notas finais do capítulo

Capítulo curto, esse!
Mas o outro vai ser maior. Acho xD
Enfim...! xD Nem digo nada. Esperem e verão MUAHAHAHA!
Mais uma vez, desculpem a demora, e até sábado gente ;D
PS: Débora, feliz aniversário (de novo) xD esse cap é em sua homenagem viu! ;D
Vamos cantar: Parabéns pra voc...
*tempo esgotado*