Melhores Amigas... ou será que Não? escrita por ChrisAguiar


Capítulo 25
XXV.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! =D
Eu não tenho muito a dizer hoje, só que vcs vão me ODIAR depois desse cap, mais ainda do que vcs me odeiam XD
Enfim, aproveitem!
>>> Narradora: Carol



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Todas me encaravam na expectativa de saber o que tinha acontecido comigo e...

Não, Carol, não chora. Se recomponha mulher!

Suspirei. Duvido que alguma delas estivessem realmente preocupada comigo. Queriam apenas saber do ocorrido, bando de fofoqueiras... A única que realmente pensava em mim ali era...

A Bia.

Sim, a Bia. Minha melhor amiga. Se não fosse por ela... Eu provavelmente já teria me cortado.

Não. Me cortado não. Me matado.

Suspirei, colocando minhas mãos no meu rosto. Logo depois senti um abraço quentinho me envolver, e alguém me dizer:

- Tudo bem. Eu estou com você.

Tirei as mãos do meu rosto e vi a Bia olhando para mim, sorrindo. Ao vê-la eu senti uma imensa vontade de chorar, e logo eu me joguei nos braços dela. Eu não podia mais agüentar. Eu...!

- Ok, meninas, eu acho que ela não está em condições de falar nada. Voltem depois, ok? – Bia disse, com uma voz cansada.

Ana ainda quis falar alguma coisa, mas a Daniela a pegou pelo braço e a arrastou, dizendo que voltariam mais tarde. A última a sair foi Fernanda, que continuava olhando para a Bia com a cara de... Espera aí. Ela parecia triste!

Por que diabos a Fernanda estava triste? Ela não sentia emoções!

Ok, confesso que fui má no que eu falei agora. Mas sei lá... Ela era tão... Reservada. E agora olhava para a Bia assim. Por quê...?

Seja qual for o motivo, eu não estava gostando disso.

- Nanda... – Bia falou, suplicando. Desde quando elas eram tão íntimas?! – Por favor...

Fernanda suspirou, e por fim disse, se dirigindo a mim:

- Melhoras para você. E não se preocupe. Você está em boas mãos.

Ela deu uma ultima olhada na Bia, e foi embora.

-...

Passamos um tempo em silêncio, até que a Bia finalmente falou:

- Você não quer mesmo falar nada sobre isso?

Eu sacudi a cabeça, querendo dizer “não’.

- Então... – ela sorriu e se ajeitou na cama – Vem cá.

Ela abriu os braços, como se quisesse que eu fosse até ela, o que eu fiz. Me deitei no colo dela enquanto ela fazia cafuné na minha cabeça. Aquilo era tão bom...!

Não sei quanto tempo eu fiquei ali, mas eu nunca tinha me sentido tão bem assim. Não era a mesma coisa que eu sentia quando eu estava com a...

Soltei um gemido de choro. Droga...! As imagens do que aconteceu estavam invadindo minha mente...

Tudo começou no dia anterior, quando a Fernanda saiu do quarto da Bia. Eu estava com muita raiva, pois eu tinha visto elas quase se beijando... Mas a Bia continuava dizendo que não era nada. Eu a olhei com uma cara duvidosa, mas logo sorri. Era tão bom ter ela de volta!

- Ok, amor, eu sei que você está feliz, mas precisamos ir logo, a exploração já vai começar. – Manu disse me abraçando por trás e dando uma mordida no meu pescoço. Eu adorava quando ela fazia aquilo... Mas não dessa vez. Naquele momento eu me sentia... Culpada.

Bia virou o rosto, e começou a mexer nas coisas dela, ignorando a gente. Aquilo fez eu me sentir muito mal, a ponto de dizer:

- Você quer que eu fique aqui com você?

Ela se virou rapidamente para mim, espantada, enquanto Manu falava “O quê?” em tom de surpresa. Eu dei um meio sorriso para a minha namorada, e voltei a encarar a Bia. Ela parecia realmente surpresa com o que eu tinha dito, mas ao mesmo tempo... Feliz.

- Ah, não, amor! – Manu disse, irritada, se colocando entre mim e a Bia – Agora você vai me trocar por ela, é isso?

- Quê? – era a minha vez de ficar surpresa – Mas é claro que não!

Ela fez um biquinho para mim, e colocou suas mãos em volta do meu pescoço, se aproximando sua cabeça da minha. Seus lindos lábios iam de encontro aos meus...

Rapidamente eu me afastei, olhando para o lado. Eu... Não podia fazer isso. Não na frente da Bia. O porquê, eu não sei...

Manu me olhou com uma expressão magoada, e em seguida me empurrou, indo embora. Eu fiquei sem saber o que fazer, até a Bia dizer:

- Vai atrás dela.

Ela me fitava com uma expressão estranha, não-identificável, não parecia com ela mesma. Mas a convicção em seus olhos me fez sacudir a cabeça e dizer “sim”.

Eu corri o máximo que eu pude, procurando por ela, perguntando as pessoas sobre ela,enfim, eu estava que nem uma doida atrás dela. Quando finalmente eu estava desistindo, aquela garota nerd veio me dizer que ela estava perto da lagoa do hotel. Desde quando aquele hotel tinha lagoa? Mas isso não importa agora.

Assim que eu soube disso eu fui correndo até lá, e finalmente a encontrei, sentada em um banco olhando para a água parada. Ela estava tão linda... Meu anjo...

- Manu... – eu sussurrei, ao mesmo tempo em que um vento forte passava por nós. Seus cabelos cacheados se moviam na direção dele, enquanto ela dizia:

- Eu sabia que você viria aqui me procurar.

Ela se levantou, e veio lentamente na minha direção. Seu andar era excitante, assim como seus olhos verdes. Ela chegou bem petinho de mim e disse:

- Você... Não consegue ficar longe de mim nem um minuto não é?

Eu sorri.

- Claro que não, amor.

Então nos beijamos. Primeiro com carinho, depois com um desejo enorme. Logo estávamos nos acariciando, chupando, mordendo...

- Espera. – ela parou de uma vez. Eu fiz uma cada de “por que diabos você parou?” – Se a gente não se apressar, perderemos a exploração...

- Dane-se. – eu disse, “atacando” seu pescoço.

- Hahaha, espera, amor. – ela se separou de mim enquanto eu fazia uma cara de cachorro abandonado – Isso é muito importante para mim.

Ficamos nos encarando por alguns segundos, até que eu finalmente disse, sem vontade:

- Tá bom... Se você quer tanto assim...

- Ai, tem muito inseto aqui! – Manu disse, com nojo.

- Ah, amor, você que quis vir... – eu disse, cansada. Estávamos naquela floresta pelo que pareciam ser horas, completamente perdidas.

- Isso não é coisa que se diga para uma dama! – ela bateu de leve no meu braço, brincando.

- Ai! Ei, eu também sou uma dama, esqueceu? – eu também entrei na brincadeira.

De repente, ela parou. Eu parei também, confusa. Ela estava com uma expressão estranha.

- Ei amor...

- Hum?

- Você me ama? – ela olhou para mim com aquelas imensas bolas verdes. Eu fiquei meu surpresa com a pergunta, mas logo sorri e disse:

- Claro que sim!

- Muito?

- Muito!

- Muito mesmo?

Suspirei. Aquela garota não jeito mesmo...

- Olha... – eu peguei pelos seus ombros, e olhei profundamente em seus olhos – Você é tudo pra mim. Você é o ar que eu respiro, o som da sua voz me faz chegar aos céus, cada mensagem sua faz meu coração bater mil vezes mais forte. Eu te amo. Estou compleamente e perdidamente apaixonada por você. Tá bom assim?

Eu sorri. Eu nunca tinha me expressado tanto para pessoa alguma... Eu realmente amava aquela garota!

Fiquei esperando pela resposta dela, mas ela olhava impassível para mim. Só depois de algum tempo foi que ela sorriu. Mas não foi aquele lindo sorriso dela. Foi um sorriso estranho. Foi um sorriso...

Macabro.

Então ela finalmente falou:

- Se tá bom...? Ora... Tá bom até demais!

E colocou sua boca bem pertinho de meu ouvido.

- Você... Está totalmente presa a mim.

Então, de repente, ela me jogou no chão.

Eu bati minhas costas com toda a força no solo, e como tinha várias pedras, senti uma dor insuportável. Mas eu não tive tempo de gritar de dor, já que a Manu se sentou em cima de mim, colocando seu rosto bem perto do meu e apertando meus braços com força.

- Diga... – ela passou sua mão pelo meu rosto - Isso não te faz ficar excitada...?

Tudo o que eu menos podia sentir era excitação. A dor ainda tomava de conta do meu corpo. Mas ela não me dava tempo de responder. Ela continuava apertando meus braços, dessa vez com uma força inimaginável. Eu nunca pensei que ela fosse tão forte! Ela aparentava ser tão fraca...

- Aaah... – eu gemia, mas de dor.

Ela sorriu.

- Ora, mas já está assim...? Eu mal comecei, meu amor...

De repente, ela tirou de sua bolsa uma espécie de corrente. Era pequena, mas bem grossa.

Eu arregalei os olhos ao ver aquele pequeno objeto. Mas o que diabos...?

- Isso, amor... – ela balançava a corrente – É a nossa passagem para o orgasmo.

Sua voz parecia sinistra, assim como o seu sorriso. Eu não sentia nenhuma espécie de prazer. Em vez disso, eu sentia medo.

- O quê...? – eu tentei falar alguma coisa, mas ela me impediu, colocando seu dedo sobre meus lábios.

- Shhhh... – sua voz estava macabra – Deixe que agora eu tomo de conta, meu amor. Vou te fazer ir aos céus.

Então, de repente, ela pegou a corrente e colocou em volta do meu pescoço, apertando.

Após isso o ar faltou na minha garganta e eu comecei a me debater. Que sensação horrível! Eu... Não... Conseguia... Respirar!

- Ora amor, você não consegue se sentir excitada? – sua voz parecia divertida – Não? Pois eu estou!

O... Quê...?

- Ora, você me ama? Que lindo! – ela continuava rindo – Era bem isso que eu queria. Que você se apaixonasse profundamente por mim. Sabe por quê?

Eu sacudi a cabeça, quase chorando.

- Por que eu quero que você sofra o máximo possível, vadia. Assim como ela.

Eu pisquei. Imagens do quarto do hotel começaram a entrar em foco. Teria tudo aquilo sido um sonho?

Infelizmente não. As marcas na minha pele indicavam que era tudo realidade. Depois de ela dizer aquilo, ela fez muito mais coisas comigo, e me machucou muito. Naquele momento já tinha começado a chover. Depois que ela terminou de fazer aquelas coisas comigo, ela dissera que seu plano original era me matar, mas ela que tinha mudado de idéia, pois a partir daquele momento iria me fazer muito mais coisas ruins. E faria eu me arrepender de ter nascido.

Eu comecei a chorar de novo. Logo  após isso ela disse que tinha terminado comigo, obviamente. Que nunca tinha gostado de mim. Que sentia nojo e me odiava profundamente. Então ela foi embora, me deixando sozinha na floresta, enquanto chovia.

Eu... Me sentia muito mal! Eu tive vontade de morrer, naquela hora. E agora essa sensação voltou de novo. Eu estava sozinha no quarto, a Bia provavelmente tinha saído... E me abandonado ali. Eu estava sozinha... De novo.

Olhei em volta à procura de algo pontiagudo. Como não tinha achado, eu peguei um lápis que estava ali perto e coloquei na minha boca. Eu estava a ponto de me matar ali mesma. Apenas mais uns milímetros, e toda aquela dor iria embora. Tudo seria melhor. Tudo...

- O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

Me assustei, largando o lápis no chão. Ela me encarava horrorizada. Alguns segundos depois, senti minhas pernas falharem, e eu caí de joelhos no chão.Então comecei a chorar ainda mais.

Eu não agüentava mais aquilo, não agüentava...!

De repente, senti um abraço gentil e carinhoso. E uma voc dizendo que tudo iria ficar bem. Eu queria acreditar nessa voz. Queria mesmo. Mas eu não conseguia! Ninguém sabe pelo que eu estou passando! O que ela fez comigo... E o que ela é capaz de fazer... É horrível...

Por que ela tinha feito aquilo comigo? O que eu tinha feito para ela a ponto dela fazer essas coisas horríveis? E o mais importante...

Para onde foi aquela Emanuella gentil e sorridente que eu conheci anos atrás...?


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Notas finais do capítulo

É uma boa pergunta, Carol. Pra onde foi ela...?
Antes eu gostava da Manu, mas depois dessa eu criei um ligeiro desafeto com ela >=/
Enfim, amores, eu tava pensando em uma coisa, e quero a opinião de vcs:
— Eu planejo muito mais coisas pra essa fic, o que vai fazer ela ficar muito grande, então eu resolvi dividir ela em duas fics, essa sendo a 1ª (dã) e a outra será lançada quando eu terminar essa (daqui a uns 2cap). O que vocês acham? Mandem-me suas opiniões. E VCS, leitores anonimos, digam o que vcs acham! Isso é muito importante pra mim ;)
Então pessoas, é só isso por hoje. Até sábado ;D