Flashs do Amor escrita por L_Baseggio


Capítulo 1
Capítulo 1




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Isabella recostava-se no banco a fim de dormir, não podia deixar de imaginar como seria sua vida dali para frente. Já faziam dois meses que havia se formado, e graças aos céus conseguira uma bolsa de estudos na universidade de Harvard, infelizmente essa inusitada aceitação fez-lhe motivos de fofocas nas últimas semanas, passado! Melhor deixá-lo para trás, afinal nunca mais voltaria a Forks, pensou ela.

Muito tempo depois, foi acordada pelo motorista, já tinham chegado em Hanover. Ela era a única passageira que ainda não desembarcara. Com a faze corada, rapidamente ajeitou seu cabelo, em seguida pegou sua bolsa e desceu. Lá fora fazia tempo bom, diferente de Forks, lá, o sol brilhava no horizonte. Entregou sua passagem e pegou sua bagagem. Dentro da rodoviária, em frente ao portão de desembarque, encontrava-se um homem vestido elegantemente com um terno preto, segurando também uma placa onde o nome “Isabella Swan” estava escrito.

Caminhou até ele, rindo consigo mesma ao compara o homem a sua frente com os agentes do FBI que via nos filmes policiais.

―Bem, vinda a Hanover Srta. Swan. Eu sou Emmett Mcarty e sua mãe me pediu para buscá-la.

―Obrigada.

O jovem homem fez menção de carregar suas malas, mas ela não o permitiu, argumentando de que precisava fazer algum exercício depois de tanto tempo sentada. No estacionamento embarcaram em um luxuoso Volvo prata. Rapidamente e sem mais comentários chegaram a uma casa, que poderias ser facilmente definida como mansão.

Seus três andares estendiam-se horizontalmente, tirando a visão da parte de trás do terreno, os acabamentos requintados pintados com branco, assim como as paredes exteriores, e lírios delimitando o espaço entre o gramado e a rampa, por onde o carro passava devam a impressão de requinte.

Entraram em uma garagem subterrânea onde ela, mesmo sem ter certeza, poderia afirmar que existiam ali pelo menos, vinte modelos diferentes de carros. Seguiram por uma passagem, desta vez com Emmett carregando as malas, por onde puderam avistar muitas portas, todas feitas com madeiras negras, provavelmente nogueira, onde estavam entalhados símbolos, talvez um brasão, perguntou-se. No fim daquele corredor atravessaram uma porta, que diferentemente das outras, era feita com vidro fumê. A mesma dava para o jardim da casa, onde o que mais chamava a atenção era a enorme piscina construída ali, trazendo uma água brilhante e cristalina em seu interior, em volta à ela haviam cadeiras de praia, spaguets, e bóias infláveis. Por de trás havia um longo gramado que acabava com o início da floresta, e quase imperceptível entre eles havia um chalé de madeira, pintado apenas com óleo a fim de manter sua cor original, que apesar de simples, demonstrava ser um lugar muito aconchegante, parecendo ter saído das páginas de algum conto de fadas. Suas portas se abriram revelando uma mulher, já com seus quarenta e cinco anos, transbordando de felicidade e orgulho, que vinha na sua direção o mais rápido o possível.

― Bella! Minha filha, já fazem seis anos que não a vejo, você é uma mulher agora. Que saudades. ― Suas frases saiam esganiçadas pelo choro compulsivo, enquanto abraçava sua tão amada filha.

***

Observando a cena ao longe, através de uma janela, encontrava-se um homem alto, de cabelos cor de bronze e olhos dourados. Perguntava-se se teria feito a coisa certa ao aceitar que a filha de sua empregada viesse morar ali, porém não teve como negar o pedido da fiel criada, já a tinha ávida de que não fosse incomodado, mas mesmo assim não conseguia deixar e lado o receio que o afligia.

Balançou a cabeça, a fim de espantar seus pensamentos sobre o assunto, e votou-se ao sócio que o observava sentado na cadeira fronte a sua mesa.

― Que tal deixarmos a reunião para amanhã? Você não conseguiu prestar atenção em nada do que falei até agora.

― Você tem razão. ― após uma pequena pausa refletindo, Edward continuou. ― Jasper, que tal irmos ao “Hanover Point” como antigamente, sem nenhuma preocupação.

― Claro! Aliás, ótima idéia. Nos vemos lá as nove. ― Sem esperar resposta alguma, retirou-se do escritório, pegando sua mala e saindo porta a fora com um sorriso estampado na face, afinal era muito raro para Edward propor algo assim, nos últimos tempos começara a ser muito reservado, fugindo sempre de compromissos como este.

Sem mais o que fazer, Edward decidiu nadar, algo que não fazia a tempos, não sabia se isso era falta das águas ao redor de si ou se era, apenas, pura curiosidade de avistar a tal garota, filha de Renée. Passou por seu quarto vestiu a sunga e desceu para o pátio interior. Antes de adentrar na piscina, olhou para o chalé, onde se não fossem pelas malas lá fora, na pequena varanda, não notaria diferença alguma. Mergulhou, ficando o máximo de tempo o possível por lá, e quando voltou à superfície, necessitando ar, fitou novamente o mesmo local, notando que as malas já não se encontravam lá.

***

Com dificuldade Isabella tentava levar as malas para cima, sua coordenação motora não a ajudava. Com suor escorrendo pela testa chegou ao segundo andar, agradecendo aos céus por conseguir, mas em um pequeno descuido sua bagagem desceu escada abaixo causando um estrondoso barulho. Exausta e desanimada, apenasdeitou no chão olhando para o teto curvo do chalé, enquanto limpava o suor do rosto.

― Bella! Bella! Você está bem? O que acontece? ― Renée subiu aflita até aonde sua filha repousava.

― Eu estou bem mãe. Só não sei se o aconteceu o mesmo com as malas. ― Bella começou a rir descontroladamente, no que foi acompanhada por sua mãe.

― Só será preciso concertar o zíper. ― Anunciou Emmett, aparecendo ao patamar das escadas, revelando um sorriso com covinhas, subiu-as e estendeu a mão para a garota de cabelos castanhos avermelhados e pele alva, que se encontrava estirada no chão. A mesma segurou a mão que lhe era estendida e ficou em pé, admirando o pequeno cômodo ao seu redor.

Sob o assoalho escuro, cuidadosamente encerrado, haviam duas camas de solteiro arrumadas com lençóis e fronhas brancas, adornadas com pequenos bordados verdes, entre elas existia um criado mudo, aonde um botão de rosa, posto em um copo, repousava belo e solene, e no canto, ao lado da janela, estava um armário de aspecto antigo, porém muito bem conservado.

Adentrou no quarto a fim de vê-lo melhor, e sem que percebesse movimento algum ao seu redor, Emmett já carregava sua mala para cima de uma das camas enquanto começava a conversar animadamente com as duas mulheres.

― Então, como foi à viagem?

― Bastante tranquila.

― Que ótimo. Pretende fazer o que?

― Não sei bem, estou meio dividida entre direito, administração e medicina.

Olhou-a com uma expressão admirada fazendo algo que poderia ser considerado uma menção se não fossem pelas gargalhadas dos seus interlocutores.

― Emmett, sem exageros. Bella é uma garota esforçada, espero que ela tenha uma carreira mais admirada do que a minha. ― Renée veio a favor de sua filha, que se encontrava corada, no entanto sem perceber nada Emmett continuou.

― Com certeza, se não conseguir fazer nenhum desses cursos pode virar modelo.

―Bom, já chega. Bella você deve estar cansada, o banheiro fica em baixo das escadas, então tome um banho relaxe e vá dormir.

Renée saiu com Emmett no seu encalço, deixando a jovem Isabella sozinha com seus pensamentos. Aquele parecia um bom lugar para se viver, mesmo tendo de estudar, arranjar algum emprego e também ajudar sua mãe, sempre suportará tudo o que foi preciso e não seria agora que desistiria. Caminhou até a sua mala, depositada sob a cama, abriu-a e ao ver seu conteúdo soltou um grito agudo. Ao perceber o som que saia de sua boca, logo a tapou com a própria mão e ficou, com os olhos arregalados, fitando a mala.

― O que ouve? ― Bella ouviu sua mão perguntar do andar de baixo, percebendo uma nota de preocupação em sua voz.

― Nada, eu... Não foi nada. ― Seria muito vergonhoso para ela, se sua mãe soubesse o motivo do seu estado de surpresa e espanto.

Flashback on

― Alice, eu consegui a minha bolsa de estudos vou pra Hanover semana que vem.

Animada Isabella contava sua mais nova novidade para sua melhor amiga. Mal podia esperar para começar a fazer a tão sonhada faculdade. Sua animação foi retribuída pela amiga que com gritos estridentes, pulou nela abraçando-a.

― Bella, você conseguiu. Agora temos algo muito importante a fazer.

― Não me diga são...

― Sim, nós, ou melhor, VOCÊ precisa fazer compras urgentes.

― Alice eu não vou fazer isso, não gosto e nem tenho dinheiro para pagá-las.

― Mas eu tenho, mas se você não quiser fazer compras eu faço isso por vocês.

― Por favor, não. Isso é tão injusto.

― Não é nem um pouquinho. Afinal eu vou para uma universidade na Flórida e não vou mais poder fazer compra, deixe-me fazer suas malas? Por favor! Como uma despedida! Veja! Eu nem lhe obrigarei a me acompanhar, sei perfeitamente o que vai ficar bem em você. ― Alice considerava fazer compras praticamente um culto, e fazer isso era indispensável, se não fosse pela sua amável simpatia, a qual todos se envolviam como em mágica, poderia ser considerada uma patricinha. Sabia muito bem como ter sua amiga na mão, e ao contrário do que poderia parecer, manipulava a amiga porque a amava, exatamente porque aos seus olhos fazia o certo.

― Mas, Alice...

― Ah, por favor, deixe me fazer pela última vez, quem sabe daqui a quantos anos vamos voltar a nos ver? Por favor. ― Pela última vez ela implorou, fazendo com que seus olhos chegassem a marejar, e a amiga, com pena disse.

― Eu vou pensar.

A outra recebendo o simples talvez pulou nela novamente e exclamou que a amava muito.

― Isso não é um sim.

― Mas vai ser! Tchau, eu preciso fazer compras agora.

Então a garota de cabelos espetados deixou a outra confusa e alarmada, para entrar no porche amarelo, e se dirigir até a cidade vizinha onde havia um shopping.

Flashback off

Amarradas com um laço de ceda azul claro, encontravam-se várias lingeries, Bella procurou no meio delas alguma que fosse menos abertas, com dificuldade para realizar sua árdua tarefa, retirou o pedaço de tecido que as prendia, espalhando-as sobre a cama. Não encontrou nada que a agradasse, então optou por um conjunto de cetim branco, que apesar de ser um tanto provocante, seria melhor do que as minúsculas calçinhas fio-dental ao seu lado.

Ela procurou dentro da mala, um pijama, ou camisola, ou qualquer peça confortável para que ela pudesse dormir. Ignorando os amarelos berrantes, vermelhos, estampas coloridas e de animais, no fundo da mala terminou sua busca ao encontrar uma caixa branca, de formato retangular, onde com letras garrafais estava escrito “Bons Sonhos”. Sentou-se na cama, abrindo a caixa, onde se encontravam três conjuntos, empilhados. Uma baby doll preta, de cetim e rendas, linda, pensou, perfeita para alguém como Gisele Bündchen, Isabeli Fontana ou Angelina Jolie. Em baixo dela uma camisola vermelha, apertada no busto, onde o tecido fazia pregas, e em estilo balonê até o começo das coxas onde a mesma acabava, parecendo mais com um vestido de festa do que roupa de dormir. E bem por último um pijama rosa bebê, formado por um calção curto, e uma blusa de alcinha, que deixava seu umbigo a mostra, devido ao seu formato em “V” invertido: o seu escolhido.

***

Enquanto sua filha entrava no banheiro Renée, que conversava com Emmett na sala de sua casa, se precipitou para a porta ouvindo algumas batidas.

― Olá! Algum problema Renée? ― Seu patrão, estava na soleira da porta, enrolado em um roupão azul marinho.

― Não, desculpe se o incomodamos.

― Não se preocupe, apenas fiquei preocupado ao ouvir um grito vindo daqui.

― Foi minha filha, sinto muito. Bom, agora ela esta no banho, É uma pena não poder apresentá-la neste momento.

― Tudo bem, vamos ter tempo para isso. Avise Emmett de que vou precisar dele ás nove horas.

― Sim senhor, até mais.

Edward seguiu para dentro da casa, a fim de se arrumar. Renée fechou a porta e transmitiu a recado a Emmett.

― Faz tempo que o patrão não sai à noite. Não é?! Jasper deve ter sofrido para convencê-lo. ― Os dois trabalhavam ali há anos, e por este motivo conheciam Edward muito bem. ― De qualquer forma, eles provavelmente vão se demorar, então avise Bella que vou levá-la para conhecer a cidade às nove e meia. Tchau.

Despediram-se normalmente. Emmett foi até a garagem e preparou o carro. Enquanto Renée passava o recado à Isabella, a mesma preocupadíssima tirou o pijama, erguendo a tampa da mala, onde as peças que antes foram ignoradas, agora a zombavam enquanto procurava algo simples e confortável para usar. Achou um vestido com decote em “V”, seu vermelho bordô, não poderia ser chamado discreto, porém era confortável e bonito, sem exageros, indo até o final da coxa, adornado, na cintura, com uma faixa na mesma cor.

Sentou-se no sofá, enquanto conversou com sua mãe, até ouvirem a campainha tocar.


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Notas finais do capítulo

Hey! Espero que vocês tenham gostado, não esqueçam de comentar.

Até Breve!



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