O Novato escrita por Ruan


Capítulo 13
Capítulo 13 - Vinganças


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora.
Boa Leitura!!!



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Bella Swan

No momento em que meu pai abriu a porta do banheiro, pensei que estaria ferrada. Afinal, Edward estava lá dentro. Quem sabe Charlie não desse de cara com o filho que fez quando traiu minha mãe? Ou quem sabe nem reconhecesse Edward – o que seria uma boa, pois assim eu não iria ter que dividir minha herança com ninguém –mas então ele perguntaria o que um homem estava fazendo ali? E o que eu responderia?

Bem, pelo menos meu caso não ia ser tão ruim do que quando papai encontrou um garoto de programa no banheiro da minha avó.

Mas todos estes pensamentos foram respondidos quando meu pai fechou a porta do banheiro e escutei a tampa do vaso sendo erguida.

– Pai? – Gritei, encarando a porta do banheiro.

Um barulho violento saiu lá de dentro, fazendo-me pular de susto.

– Droga, eu não deveria ter comido aquelas batatas fritas com moqueca! – Meu pai gritou de volta.

Eu quis cair no chão e rir.

Edward estava lá dentro, escondido e obviamente quase morrendo com o fedor.

Apoiei minhas mãos na maca e fiquei ali esperando.

Nos minutos que se passaram, fiquei pensando em Alice. Na nossa briga da noite anterior, no quanto eu tinha sido fria e horrível com ela. No final, conclui que quem estava certa não era Alice, e muito menos eu.

Nós duas tínhamos errados. Uma por ter sido desastrada, outra, que era meu caso, por sempre tratar a outra como um fantoche ou coisa assim.

Respirei fundo depois de ter tomado a decisão que a primeira coisa que eu iria fazer depois de sair do hospital era procurar Alice e pedir desculpas.

– Filha?

Olhei na direção de meu pai que já tinha saído do banheiro. O fedor imediatamente invadiu meu quarto e imediatamente fechei a porta do banheiro.

– Então, pai... – Falei, agora olhando para ele.

Parecia que Charlie estava desconfortável por estar ali comigo. E isso era obvio, pois nenhum homem deveria se sentir uma pessoa fiel depois de ter traído uma ótima mulher e a melhor filha do mundo.

– Sei que errei, com você e principalmente com sua mãe – ele foi falando, colocando as mãos no bolso – mas aconteceu e não sei o que fazer. A mulher com quem trai sua mãe, me ligou e disse que estava na cidade junto com o filho. Só quero que saiba – Ele acrescentou rapidamente – que trai sua mãe há muito anos, quando estávamos brigados.

– Mas você traiu.

– Só que não fiz de propósito.

Percebi que aquela briga ia ser em vão e que no final ele obviamente iria implorar para eu não contar a mamãe.

– Mamãe sabe que estou no hospital? – Perguntei, jogando meus cabelos para os lados.

– Eu disse que você estava na casa de Alice, que autorizei você a ir para lá depois da festa, porque estava muito tarde para vim para casa sozinha. – Ele respondeu rapidamente.

Sem hesitar em perguntar e ignorando o fato que Edward obviamente estaria escutando a conversa, perguntei:

– É menino ou menina?

– Ainda não sei. Mas logo vou conhecer o jovem que esta morando com a mãe e...

Aquelas palavras me pegaram de surpresa e me encheram de esperança.

Se o filho/filha de meu pai estava morando com a mãe, era obvio que não era Edward. Pois Edward estava morando com o pai e o irmão. Lembrei disso porque tinha visto na ficha dele.

– Espere! – Eu o interrompi – Então, ele ou ela mora com a mãe, certo?

– Certo.

Quando meu pai confirmou, quis cair no chão e começar a rezar ali mesmo. Então era isso, meu irmão não era Edward. Era impossível.

Edward.

Que estava dentro do banheiro, obviamente fedendo.

– Olha pai, eu preciso ficar sozinha agora, ta? – Falei, colocando a mão sobre a testa – preciso pensar em tudo e colocar as coisas no lugar.

Era mentira. Eu não queria tempo algum para pensar, e sim para tirar Edward de dentro do banheiro. A verdade era que sempre fui boa em interpretação. Principalmente quando tinha que culpar alguma menininha de ter roubado minhas bonecas, nos meus seis anos.

– Tudo bem então. E, tchau filha.

Meu pai me deu um beijo na testa e logo saiu do quarto.

Depois de ter contado mentalmente até dez e ter confirmado que meu pai já teria ido embora, fui em direção do banheiro e abri a porta.

Um fedor horrível me atingiu em cheio.

– Edward? Você esta vivo? – Perguntei, o procurando dentro do pequeno banheiro.

O Box se abriu e de lá saio um Edward com a cara verde, e um pouco tonto. Ele venho em disparada para cima de mim, tonto.

– Ei, Edward ...

Só que foi tarde demais para colocar minhas mãos por cima de seus ombros e afastá-lo, pois em questão de segundos ele já havia se jogado para cima de mim e nós dois já estávamos no chão.

Seus olhos fitavam os meus. Parecia que o tempo havia congelado e uma sensação de choque atingiu todo meu corpo, e era ainda mais forte do que quando eu via na vitrine de uma loja um novo lançamento de sapatos. Ou de jeans...

Um barulho vindo da porta me despertou. E como se eu tivesse sido pega no flagra, olhei na direção da porta.

– SEXO NO CHÃO DO HOSPITAL! – Gritou uma enfermeira desesperada, enquanto olhava espantada de Edward para mim.

Edward Cullen

Depois de ter tentando convencer a enfermeira de que não havia sexo nenhum no hospital, sai de cima de Bella e comecei a fazer as perguntas, enquanto ela me respondia ironicamente.

– Você tem uma irmã?

– Não, meu pai comprou um cachorro novo e esta com medo de contar para minha mãe.

– O que cachorro tem haver com isso?

– O que seu nariz grande tem que se meter nisso?

– Meu nariz é grande?

– É.

– Igual ao seu ego.

– Meu ego é grande?

– Acredite, é maior que tudo que já na vida.

– ESTÃO DIALOGANDO SEXO NO HOSPITAL! – Gritou a enfermeira, depois de ter chutado a porta do quarto, de novo.

Depois disso, paramos de tentar nos falar dentro daquele hospital. E infelizmente tive que ajudar Bella a tirar todos aqueles enfeites rosa do quarto.

Então, pelo que entendi enquanto estava quase morrendo dentro do banheiro, era que Bella tinha um irmão novo na cidade.

– Então, você tem um irmão novo na cidade? – Perguntei, enquanto saiamos do quarto a caminho da recepção para entregar os enfeites de Bella do quarto, para eles jogarem fora.

Bella disse que não iria levar aquelas coisas do hospital, mesmo tendo comprado há poucas horas.

– Tenho, e isso não é da sua menor conta, entendeu?

Desisti de falar com Bella.

Ainda era de manhã cedo, por isso que pegaríamos um taxi e iríamos ate a escola para aproveitar o resto das aulas. Tivemos um pouco de atraso na recepção, pois não queriam jogar os enfeites rosa fora para Bella – mesmo eu insistindo que eu poderia jogar fora, mas ela dizia que era dever deles fazer isso - e acabou que ela armou um barraco e começou a gritar: ‘’Sou rica’’ enquanto tentava avançar na mulher da recepção.

Foi preciso eu e mais um segurança para carregar a maldita para fora.

Emmett Cullen

Jacob estava na minha frente e me olhava preocupado.

– Quer que eu pegue a DIRETORA? – Ele perguntou incrédulo, enquanto olhava para o popozão de uma ruiva que passava por ali.

– Isso! – Respondi, coçando meu umbigo.

– E porque eu faria isso?

– Porque se não Edward está ferrado, eu estou ferrado, Jane está ferrada!

Jacob bufou. Quer saber? Quem já estava de saco cheio era eu. Afinal, há quantas horas eu não tinha ido no banheiro com uma gatinha?

– Eu vou pensar, beleza? – Ele disse, suspirando.

Sem dizer tchau e um pouco irritado com ele, sai dali.

Poxa, era só pegar uma corroa. Só isso.

Depois de ter passado vários minutos vendo as gatinhas que passavam pelo corredor, encontrei Edward vindo em minha direção, correndo.

– Cadê a maldita? – Perguntei.

Ele estava com um sorriso de safadinho no rosto.

– Escuta, acabei de descobrir uma coisa. Lembra que Bella e Alice foram para a cadeia? Então, elas vão ter que fazer trabalho comunitário.

– O que é trabalho comunitário? – Perguntei novamente – É algum tipo de marca de camisinha, Sei lá?

– Não seu idiota! Olha, não tenho tempo para essas coisas. Elas vão trabalhar para as freiras. E eu tive uma idéia, para me vingar de Bella.

Opa! Se vingar da maldita? Era comigo!

– Qual é o plano?

– Te conto no caminho – Edward respondeu, sorrindo.

Bella Swan

As aulas de manhã foram incrivelmente chatas, pois Alice não falava comigo e fingia que eu nem existia. Até falar com Edward a caminho da escola tinha sido mais interessante –tirando o fato de que sem querer, contei a ele sobre fazer o trabalho comunitário para as freiras essas tarde – do que ficar sendo ignorada pela Alice.

Acabou que a manhã de aula que me restou, fiquei lixando minhas unhas e pensando em qual cor de unha seria melhor.

Não quis passar em casa para almoçar, pois logo eu teria que ir fazer o trabalho comunitário.

Logo que cheguei lá, uma freira chamada Nazaré me atendeu. Ela me deu um conjunto de roupas de freira para usar (aquilo era quente, ai que nojo ficar suada!) e um cabo de vassoura para limpar o pátio lá fora. O pátio era enorme e me arrependi de não ter comido nada. Enfim, sentei em um banco mais próximo e fiquei ali, esperando as horas passar, esperando a lerda da Alice.

– Então Bella, como está indo o trabalho? – Perguntou Nazaré, quase me pegando no flagra sentada, ainda bem que eu tinha visto ela e fingi que passava a vassoura no banco.

– Oh, estou tãããããão cansada! – Falei, passando a mão na testa.

– Minha filha, o senhor ira te abençoar por seu ótimo trabalho! – Depois de ter dito tais palavras, ela fez o sinal da cruz.

– Claro. Pois sou pura e inocente. Enfim, sou uma mulher trabalhadora!

Satisfeita comigo, Nazaré saiu dali para que eu finalmente pudesse sentar em meu banco.

Quando Alice finalmente chegou e já tinha posto sua roupa de freira, fingi que estava passando a vassoura no pátio.

– Ainda bem que chegou. Agora o resto é com você! – Falei, sentando-me em meu banco,

Alice não disse nada, apenas revirou os olhos e começou a passar a vassoura.

Edward Cullen

– Então, só temos que chegar lá e ficar se esfregando nas duas garotas que estão limpando o pátio? – Perguntou um dos caras de programa, subindo o muro do convento pela escada.

– Isso! – Respondi, querendo cair no chão e rir ali mesmo.

Depois dos cinco caras de programa terem conseguido atravessar o muro, peguei a escada e a escondi em um canto.

Aquelas duas estavam tão ferradas! Pensei, antes de subir em uma arvore e me por ao lado de Emmett, que segurava um binóculo.

– O show vai começar! – Anunciu Emmett, me passando o binóculo.

Bella Swan

Alice já estava ficando suada.

Fiquei com um pouco de nojo, mas fiquei olhando para uma árvore próxima e não para o suor que escorria pelo rosto de minha amiga.

Um barulho de passos vindo em minha direção me fez dar um pulo do meu banco, e passar a vassoura por ali mesmo.

Só que quando olhei na direção do barulho, não era Nazaré que estava vindo em minha direção.

E sim um monte de homens usando apenas cuecas pretas, assim que chegaram perto o suficiente, começaram a se esfregar em mim e em Alice.

– MEU DEUS! – Gritei, enquanto um cara me agarrava.

O QUE ESTAVA ACONTECENDO ALI?

– PECADORES DENTRO NO CONVENTO! O SENHOR TENHA PIEDADE! – Gritou uma voz conhecida, aparecendo do nada no meio do pátio.

Era Nazaré.

Só que agora ela não estava mais gritando, e sim estava caída no chão, inconsciente.



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Notas finais do capítulo

Então, espero que tenham gostado!
O próximo capitulo vai ser postado nesse final de semana.
Não esqueçam de comentar! Beijos



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