O Novato escrita por Ruan


Capítulo 12
Capítulo 12 - Hospital




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Bella Swan

Eu estava em uma praia.

Era tudo tão lindo – tirando o fato que a areia iria sujar meus cabelos – o mar estava tão azul.

Percebi que meus cabelos estavam soltos e acompanhavam o ritmo do vento. Eu usava um biquíni estampado com bolinhas e coberto por uma tanga rosa.

Eu estava uma diva, como sempre.

De repente, uma musica começou a ticar.

De onde vinha a musica?

O pior era que eu reconheci aquela musica: All by miself.

- Bella! – Ouvi uma voz me chamar e imediatamente olhei na direção da mesma.

Foi Edward Cullen

Ele estava sorrindo para mim. E por incrível que possa parecer, meu corpo se arrepiou na hora.

Ele usava uma... Uma... CUECA DE ELEFANTE?

- Edward! – Gritei de volta, abrindo meus braços.

E inesperadamente, corri na direção dele e ele na minha. Seu cabelo dourado estava todo bagunçado, ah! Aquele cabelo lindo! Nós dois fomos feitos uma para o outro, nossos destinos estavam unidos...

- Bella, Bella? – Uma outra voz começou a me chamar, mas só o que eu conseguia fazer era correr na direção de Edward.

A musica mudou.

Agora estava tocando ‘carruagem de fogo’, uma melodia mais ou menos assim: Tam, Tam, Tam, Tam, Tam, Taam...

Ah, eu o queria. Queria mais que aquele anel de esmeralda rosa que tinha visto na vitrine de uma loja...

- Bella? – Chamou mais uma vez a outra voz, só que nada importava alem de Edward.

Foi ai que me joguei nos braços dele...

- Bella?

Algo bateu levemente em meu rosto, e eu abri meus olhos.

- Bella? – Chamou novamente aquela voz irritante.

Só que agora reconheci a voz. Era de meu pai.

Que estava em pé na minha frente.

Seu hálito fedia a álcool, e quase vomitei ao sentir o cheiro.

- Pai, o que houve?

A única coisa da qual eu me lembrava era ter chego em casa depois da festa e receber a noticia que havia mais um herdeiro em minha família. Um herdeiro novo na cidade.

Edward Cullen.

Só de pensar que Edward poderia ser meu irmão, me dava vontade de assistir ao programa da Oprah, comendo um pote de sorvete.

- Bem... - Meu pai começou a se explicar, parecia que não havia dormido há dias – Depois de ter recebido a noticia, você desmaiou e não queria mais voltar a acordar. Tive que te levar no hospital.

Foi ai que percebi o ambiente ao meu redor.

As paredes brancas, o cheiro estranho que só os hospitais tinham; a camisa grande e cafona de gente pobre que eu estava usando.

- Filha, sobre aquele assunto...

Meu pai foi tentando se explicar.

Desesperada e com nojo das roupas que eu estava usava, cortei sua fala:

- Olha ai, agente conversa outra hora, ok? Apenas me tire daqui.

Ele me olhou preocupado.

- Você tem que ficar ate o meio dia, em observação.

Aquelas palavras me pegaram desprevenida.

Suspirei e comecei a falar calmamente:

- Então, por favor, ouça. Vá ate em casa, pegue meu roupão rosa, escova de dente, minha pasta dente das princesas da Disney. E não esqueça a escova de cabelo para tirar os apliques. Ah, meu celular também, preciso ver o meu horóscopo...

Quando olhei para ele, vi que estava com os olhos fechados e seu ronco – mesmo baixo – ecoava pelo quarto.

- Pai! – Gritei, o fazendo acordar com apenas um salto.

- Sim, Sim! – Papai foi dizendo rapidamente, enquanto esfregava seus olhos – To indo.

Quando Charlie saiu do quarto, me dei conta de suas coisas:

Primeiro, havia acabado o creme dental das princesas da Disney.

Segundo, eu acabara de sonhar com EDWARD CULLEN.

O dia não poderia ter começado melhor.

Do nada, minha barriga começou a roncar.

Fome, talvez?

- Ei, você temo numero do tele entrega de comida japonesa? – Perguntei quase gritando para a enfermeira que passava na frente de meu quarto.

Edward Cullen

Assim que acordei, depois de ter um sonho estranho em que Bella tinha virado um ET e tentara destruir toda Phoenix, coloquei meu uniforme e fui surpreendido quando vovó Cullen apareceu na porta do quarto dando um salto mortal.

- Vovó? – Perguntei incrédulo.

Vovó me deu um forte abraço e em seguida me pegou pelo ombro, levando-me para a sala.

Eu ia perguntar o que estava acontecendo ali, mas fui surpreendido quando vi Emmett segurando uma cesta enorme nas mãos.

O cheiro que vinha dali me lembrava dos bolos que vovó fazia quando eu era criança. Emmett nunca gostou dos bolos de nossa vovó, e sempre dava os pedaços para o Sr. Tagarela (que depois ficava a tarde inteira soltando gases, vovó pensava que era algum tipo de encosto e enchia o passarinho de ervas daninhas).

- Eu soube que uma de suas amigas está no hospital, meu bebe! – Minha vovó foi dizendo, enquanto apertava minhas bochechas – Então, antes de ir para a escola, vocês dois vão lá e levarão um bolo para ela.

Assim que minha avó finalmente largou minhas bochechas, perguntei:

- Que amiga?

Como se isso fosse á pior coisa do mundo, Vovó Cullen virou a cabeça com tudo em minha direção e me olhou incrédula.

- Isabella Swan.

Aquelas palavras me pegavam desprevenido.  Eu não sabia se começava a dançar ali mesmo ou abraçar minha avó enquanto chorava de tanta felicidade. Tirando as duas idéias de minha cabeça, agi igual a um bom garoto.

- Sim, nós vamos.

Fui até Emmett e peguei a cesta de suas mãos, todo feliz. Cheguei ate a imaginar se o velório de Bella seria todo rosa. Antes de tudo, eu teria que pedir para meu pai a melhor marca de champanhe.

- Meninos, eu levo vocês! Depois começo a fazer o almoço para os meus dois bebezinhos e quando vocês chegarem vai ter presentes para vocês. E ah, mais tarde o Sr. Tagarela vai acordar. O coitadinho tomou uma grave dose de remédios para dormir durante a viagem. Mas nada que um bom despacho da Vovó não cure!

Sentindo pena de mim e de Emmett que obviamente não iríamos dormir essa noite, fomos para o Hospital.

***

- Essa cesta ta pesada, aonde é o quarto de Bella? – Perguntou Emmett, enquanto carregava a enorme cesta de doces nas mãos.

Vovó já tinha nos deixado no Hospital. Ainda com dor nas minhas bochechas porque minha avó tinha apertado-as antes de eu ter saído do carro, me certifiquei mais uma vez no numero do quarto que a mulher da recepção tinha anotado e nos entregado.

- O quarto é no terceiro andar, numero quatorze. – Anunciei mais uma vez, enquanto eu e Emmett procurávamos o quarto de Bella no terceiro andar.

Certo, numero onze nos já tínhamos passado, o quarto pertencia a um velhinho que tinha acabado de dar um tapa na bunda da enfermeira. O numero doze estava fechado, assim como treze.

Quando chegamos ao número quatorze, tive certeza que aquele era MESMO o quarto de Bella.

A porta não estava toda branca com apenas o número do quarto, assim como a dos outros pacientes. E sim estava com alguns enfeites rosa e uma placa escrita em letras rosas e brilhantes:

“Aqui esta hospedada uma rainha.”

- É o quarto de Bella! – Deduzi – Então Emmett, agora você entra lá e entrega a cesta de doces, depois vamos embora porque tenho que falar com Jake a respeito da nossa diretora...

Emmett me surpreendeu ao passar a cesta de doces para mim, se eu não tivesse visto antes com os cantos dos olhos que ele estava me entregando, a cesta certamente teria caído do chão.

- Eu é que não entro ai – Ele disse, cruzando os braços.

Engoli em seco ao me lembrar da noite passada. Das ultimas palavras de Bella.

Ela sabia que eu tinha medo de baratas.

- Emmett, por favor. Entrega você a cesta de doces. – Pedi. Mas não deu tempo de passar a cesta para meu irmão, pois a porta do quarto se abriu.

Lá estava Bella.

Ela usava o que me parecia um roupão rosa e cheio de plumas que eram da cor rosa também; quando ela me viu parecia que tinha visto um fantasma.

- Cullen! – Ela falou, me puxando para dentro do quarto.

Bem, o quarto estava com alguns enfeites rosa. A ideia de pedir para Bella como ela tinha conseguido aquilo me passou pela cabeça, mas desisti de perguntar, pois a resposta veio a mente rapidamente: Bella tinha dinheiro.

Quando percebi, ela tinha pegado a cesta de minha mão e a colocado ao lado de um monte de flores vermelhas que estavam encima da mesa.

- Ei, quem disse que era para você? – Perguntei, revirando os olhos.

- Claro. Você deveria estar segurando a cesta em frente ao meu quarto porque queria se vestir de Papai Noel e distribuir os doces pra as crianças aqui no Hospital. Bem, você iria acabar com a infância delas se fosse fazer isso.

Ela me olhava com o ar triunfante, como se estivesse a resposta irônica na língua para tudo que eu iria dizer.

- Bem, elas não devem saber que tem um duende rosa no Hospital. – Argumentei, sorrindo ironicamente.

- Não temos tempo para isso. – Ela foi dizendo, puxando a gola de minha camisa, fazendo-me senta na maca que estava ao meu lado.

Ela se sentou ao meu lado, e olhava para cada parte do meu rosto. Parecia que estava me estudado.

- Nos não temos nada parecidos, temos? – Perguntou, enquanto olhava para meu nariz.

- Se Deus é bom, não – Respondi, perguntando para mim mesmo o que estava acontecendo ali.

Suas unhas compridas e vermelhas tocaram minhas bochechas.

- Bella... – Tentei falar, mas ela colocou um dedo sobre meus lábios, calando-me.

Eu queria perguntar como ela veio parar no Hospital e principalmente o que estava acontecendo ali.

Só que além de ser interrompido pelo dedo de Bella em meus lábios, escutei o barulho da maçaneta da porta.

- Bella? – Foi dizendo uma voz, enquanto abria a porta de leve.

- Pai! – Ela gritou, sendo pega de surpresa.

Rapidamente, Bella me empurrou para dentro do banheiro e fechou a porta.

- Tudo bem filha? – Perguntou a voz de homem, que obviamente tinha aberto a porta por completo.

- Sim pai, ta tudo bem – A voz de Bella demonstrava calma.

- Ah, que ótimo.  Bem, antes que nos finalmente falarmos do assunto da noite passada, preciso ir ao banheiro.

Assunto da noite passada?

Vir até o banheiro?

ESTOU FERRADO.

Foi a ultima coisa que pensei antes de me jogar dentro do Box.

Emmett Cullen

Depois de ter deixado meu mano no hospital com aquela doida, peguei um táxi e fui direto para a escola.

Mesmo não entendendo nada do que os professores explicavam durante as aulas, tinha vontade de ir para a escola porque lá tinha gatinhas, e gatinhas gostavam de ser pegas por jogadores de futebol. E eu era um jogador de futebol.

Nossa! Como sou tudo de bom!

 Foi um sacrifico entrar na escola, mas por fim a mulher da portaria me liberou (depois de ter prometido a ela que passaria na casa dela mais tarde).

Os corredores da escola estavam vazios.

Poxa, nenhuma gatinha para me empurrar para dentro de um banheiro.

Logo percebi que tinha uma menina escorada na porta de seu armário, dava para ouvir ela fungando de onde eu estava.

OPA! GATINHA TRISTE! Isso que é oportunidade boa na vida...

- Você ta bem? – Perguntei, me aproximando da garota que tinha cabelos louros e cacheados, ela até ficava sexy com uma mecha vermelha que tinha.

Opa! Consegui pensar a palavra SEXY! Da ultima vez que escrevi essa palavra em uma prova, me dei mal. Pois o professor tinha dito que eu escrevi ‘Secsy’.

Quem era ele para dizer que eu estava errado?

- Sim, estou.

Depois de ter respondido minha pergunta de cavalheiro, a garota limpou seus olhos que estavam banhados de lagrimas.

- Pois não parece, quer ir ao banheiro? Eu te ajudo...

- Não, não quero...

- Sério, minha anaconda vai te fazer bem...

- Que?

- Ah, nada.

A garota olhou para mim e logo a reconheci.

Era Jane.

- Er, Jane! – Falei todo animado, querendo enfiar minha cara na privada.

Mano, eu falei da minha anaconda para ela!

- Não me reconheceu? – Jane passou as mãos nos olhos, fungando – Tudo bem, Emmett. Só não quero que você comente com ninguém que me viu chorando, Ok?

- Por que?

- É que não me sinto segura falando isso com alguém...

- Estou aqui pra te ouvir, mas lá no banheiro seria bom. – Falei, não desistindo de levá-la para o banheiro.

- TUDO BEM, TUDO BEM! – Ela gritou desesperada.

Jane começou a chorar desesperada e inesperadamente afundou seu rosto em meu peito.

- Então vai ir ao banheiro? – Perguntei, passando as mãos na cintura dela.

- A vida é tão i-injusta. N-não é?

- A vida seria melhor lá no banheiro.

- Emmett, escute. Há quanto tempo estou aqui?

- Sei lá, te levo lá no banheiro e vamos conversar direito...

Surpreendendo-me mais uma vez, ela tirou o rosto de meu peito e me deu um soco no braço, se afastando de mim.

UÉ, SERA QUE A TÁTICA DO BANHEIRO NÃO FUNCIOU?

- ATÉ VOCÊ, SEU IDIOTA? – Ela berrou, chorando – SERÁ QUE É TÃO IGUAL À BELLA QUE NÃO PERCEBE QUE É CAPAZ DE MACHUCAR AS PESSOAS? SERÁ QUE VOCÊ NÃO PODE ME OUVIR? SÉRA QUE NINGUEM ME NOTA NESSA DROGA DE ESCOLA?

- Eu estava te notando, te convidei para ir no banheiro e ...

- NÃO FALE BESTEIRA! IDIOTA. SABE HÁ QUANTO TEMPO ESTOU AQUI? MENOS DE UM MÊS, E NINGUEM, NINGUEM FEZ AMIZADE COMIGO. E ISSO POR CAUSA DA IDIOTA DA BELLA!

- Calma gatinha...

- SEU IDIOTA! – Ela continuou berrando, depois me empurrou com tudo para trás e foi embora dali.

Mano, será que ela tinha ficado maluca? Será que ela tomou água com sal antes de sair de casa? Ok, é só eu achar outra gatinha por ai e...

- Ei, Emmett – Chamou uma voz feminina.

Olhei na direção da voz, só que não era uma mulher.

E sim um menino com grandes unhas rosa, que mordia os lábios ao me fitar.

- Quer me levar no banheiro? – Perguntou, mordendo a ponta das grandes unhas.

- Claro que não! – Respondi, indo em direção a sala.

Só que naquela manhã não consegui prestar atenção na aula, e sim que eu estava usando a calçinha da vovó Cullen, que peguei por engano no varal.

Droga.


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Notas finais do capítulo

Gente, aqui é a Lily (beta do Ruan) estou postando porque ele anda meio sem tempo. Mas tá ótimo o capítulo neh? Contem comigo pra fazer ele postar o próximo capítulo mais cedo rsrsrs'
Não esqueçam de comentar!
Beijos