Doce Sangue escrita por Franflan, Inativo


Capítulo 4
Capítulo 4




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Minha jornada continuava, depois de horas chorando eu me levantei não queria continuar chorando por vingança, eu continuaria a minha vida por vingança, eu sabia que não era isso que o meu pai queria, mas é isso que eu quero e eu vou continuar viva por isso, me levantei de cabeça erguida, meu corpo concordava comigo, eu mataria todos os seres das trevas que cruzassem meu caminha, todos sem exceção, girei minhas adagas nas mãos com um olhar, fulminante, um olhar de puro ódio e determinação, que com certeza tiraria qualquer um da minha frente.

Andei dias sem parar para nada, comia andando e não parava para descansar quando fui abordada por três lobisomens. Vários lobisomens sabiam da minha existência, pois eu já havia matado muitos uns na frente de outros e os mais fortes sempre me procuravam para provar que eram fortes, mas sempre acabavam mortos desta vez não seria diferente principalmente agora que eu estava mais do que determinada a matar eles.

-Vamos brincar. –Os três vieram pra cima de mim de apenas uma vez, mas não chegaram nem a relar um dedo em mim, a minha espada fora mais rápida e os feri na parte da barriga, mas um deles conseguiu chegar por trás e me dar um soco nas costas, ao qual me jogou longe fazendo bater em uma rocha, “Como eu odeio lobisomens” esse foi o meu pensamento no momento em que bati as minhas costas na rocha, eu cai de cara no chão quase sem conseguir respirar, um outro lobisomem veio e segurou a minha cabeça e me levantou no ar, outro deferiu um soco no meu estomago, soco suficientemente forte que fez eu sentir mais falta de ar e acabar cuspindo sangue, naquele momento a minha raiva chegou no limite, meus olhos estavam muito mais que vermelhos, me bater era uma coisa, mas me bater a ponto de fazer cuspir sangue já era o extremo. Minha cabeça começara a girar, minha energia aumentava a cada segundo, quando chegou ao maximo uma explosão que veio de dentro de mim fez os lobisomens me soltarem, meus olhos queimavam de tanta raiva eu podia sentir a minha energia saindo por todos os meus poros, com uma tacada só as minhas adagas perfuraram os corações dos lobisomens mais próximos, com a minha espada eu decapitei o ultimo lobisomem sem problema algum. Minutos após eu mata-los meu corpo parecia não me obedecer, tudo que ele fazia era reclamar, ele estava todo machucado, varias partes eu aposto que estavam quebradas e varias outras partes estavam muito machucadas, andei por mais algum tempo até que a minha vista embaçou, meu corpo desmoronou e eu perdi completamente a consciência.

Quando eu acordei a minha vista ainda estava embaçada, mas dava para perceber que eu não estava mais na floresta, minha cabeça assim como o resto do corpo doía por tanto eu preferi ficar quietinha ao invés de me mexer. Aos poucos a minha vista foi voltando ao normal, mas meu corpo parecia doer cada vez mais. Pouco tempo depois de acordar eu ouvi passos de alguma pessoa vindo me ver, eu não sei por que, mas eu fiquei feliz, e pela porta  entrou um senhor já de idade, eu não entendi o porquê, mas eu gostei dele, ele transmite uma segurança:

-Vejo que já acordou senhorita!

-É.

-Você consegue se mexer?

-Conseguir eu consigo só que dói um pouco!

-Entendi, eu achei à senhorita...

-Me chame de Sophie, senhorita é meio antiquado! E como o senhor se chama?

-Eu me chamo Keitan. Tudo bem então Sophie... Mas voltando ao assunto, então eu te achei desacordada na floresta há um dia, você estava desidratada e muito ferida, e também já tinha perdido muito sangue, e bem sem querer ser curioso, mas já sendo, eu gostaria de saber o que aconteceu para que uma garota como você ter ficado naquele estado!?

-Bom é meio complicado, e é bem provável que você não iria acreditar! –Mesmo ele sendo legal, seria difícil até pra eu acreditar em uma historia de uma garota que enfrenta vampiros, lobisomens, ceifadores, entre outros tipos de demônios, como se fosse o demônio entre os demônios:

-Tente me convencer!

-Tudo bem então. Eu estava enfrentando três lobisomens que foram idiotas de me enfrentar e acabaram morrendo por causa da sua idiotice. Foi mais ou menos isso que aconteceu!

-Realmente é difícil de engolir uma desta, mas porque você os enfrentou você é apenas uma criança...

-Uma criança que cresceu sem os pais para lhe ajudar, uma criança que viu os pais serem mortos e teve que lutar para sobreviver e que hoje luta pra se vingar dos vampiros que fizeram isso!

-E que tem mais poder do que imagina ter! – “Pera ai essa eu não entendi, como assim tem mais poder do que imagina? Eu sei o meu potencial!”.

-Como assim “Tem mais poder do que imagina”?

-Eu sai de casa por que tinha escutado uma explosão de energia mágica, e foi ai que eu te encontrei desmaiada, com pouca energia e muito ferida!

-Mas que eu saiba para uma criança ter algum poder ela tem que herdar de um dos pais ou de ambos não é?

-Tem alguns casos que são diferentes, mas tenho certeza que este não é o seu caso!

-Mas os meus pais que eu saiba eram normais.

-Tudo bem então, mas como você tem este potencial com magia eu irei te treinar para você conseguir controlar esse poder! E você me seguira pra onde eu for entendeu?

-Sim senhor.

Fazia um ano que eu conheci o Keitan e desde o dia que eu conheci aquele velho senhor minha vida mudou muito, muitas vezes tive de passar a noite acordada como estou fazendo, eu tento fazer o que ele me pede e cada vez que fracasso eu passo a noite em claro, hoje não consegui produzir nem uma leve brisa de vento, mas eu vou até eu conseguir. Mesmo sem dormir eu fui com Keitan até um castelo que tem em um vilarejo, muito bonito por sinal, aqui perto. Parece que o rei está tendo alguns problemas com os lobisomens e como o rei sabe da minha humilde existência me chamou para dar um fim nestes demônios, agora estou eu a caminho do castelo, e parece que o vilarejo inteiro decidiu vir ver os visitantes, por que eu? Meu Deus o que eu fiz? Além de matar alguns monstros?!

-Sophie chegamos! – Parece que ele está tão animado quanto eu, mas vamos lá eu vou ter que ajuda-los eu prometi para ele.

-Tudo bem. –O castelo era cheio de beleza, detalhes que passariam batidos por uma pessoa que não é muito de prestar atenção em detalhes, dentro existem muitos quadros de reis e rainhas, príncipes e princesas, muitas escadas espalhadas por todos os cantos, e eu não faço a mínima ideia de onde estamos indo, se eu estivesse aqui sozinha já teria me perdido na primeira escada que subimos!

-Chegamos! – Logo deu para nós ouvirmos um leve “entre” de uma voz cansada. Entramos, em uma sala enorme com apenas dois tronos de frente para a porta, vários guardas espalhados pelos cantos, e em um dos tronos estava sentado um velho senhor gorducho, que cheira a álcool e que provavelmente é o rei. – Majestade. –Eu não acredito que vou me ajoelhar e abaixar a cabeça para um gorducho daquele, mas vamos lá!

-Levantasse Keitan, você não precisa se ajoelhar diante de mim!

-Sim majestade, mas qual é o problema que o aflige?

-Lobisomem caro amigo, e quem é o matador de monstros que você me disse? – A esse cara deve estar tirando com a minha cara não é possível, será que esta tão bêbado que não me vê?

-Majestade esta é a matadora de monstros que eu lhe disse!

-Essa garota, ela não deve nem matar uma mosca de tão fraca! – Esse cara ta tirando com a minha cara, não é possível, como eu odeio gente idiota, mas vamos lá.

-Mande seu melhor lutador que eu lhe mostrarei quem não mata nenhuma mosca!

_Então vou mandar o meu melhor guarda ,pois o meu melhor lutador não vai querer lutar com uma dama.

-Então ta. - Ele chamou o seu melhor guarda, ele dava pelo menos uns cinco de mim, no tamanho, já na largura deveria ser umas duas ou três, mas eu já lutei com coisa muito pior. Ele já começou me atacando, eu deixei ele se cansar apenas me defendendo e ele me atacando e com apenas um golpe eu o derrubei no chão. – Esse seria o seu melhor guarda, se for você esta precisando melhorar a sua guarda. –Eu falei isso só pra provocar, mas de certa forma era verdade esses guardas num agüentariam enfrentar um vampiro quem diria mais vários lobisomens. A cara que o rei fez era imperdível, já a do Keitan era meio difícil de decifrar ele tava muito serio como se estivesse preocupado, mas um minúsculo sorriso se formou no canto da boca dele o denunciando, ele estava se divertindo com a situação, ele sabia que eu não usei toda a minha capacidade e muito menos magia.

- Desculpe majestade, desculpe a minha aprendiz, ela não é muito paciente. - Como assim eu não tenho paciência é claro que eu tenho só não a uso muito, se fosse em outras circunstâncias eu já teria caído fora daqui e xingado meio mundo por terem duvidado da minha capacidade.

-Esta tudo bem Keitan, eu que devo desculpas para a sua aprendiz, ela tem mais capacidade do que os meus guardas, mas será que ele venceria o meu filho? – Ele fala isso na cara de pau e com um sorrisinho cínico, o vontade de matar esse cara, mas vamos ver o que eu posso fazer pra revidar na mesma moeda. Dei um sorrisinho tão cínico quanto ele.

-Não sei, vamos ver.

-Amanhã no pátio do castelo, às dez horas em ponto!

-Por mim tudo bem. -Ufa já não agüentava mais aquele cheiro de álcool.

Uma cambaleada e uma tontura foi isso que me atingiu algumas horas depois do encontro com o ignorante do rei, meu treinamento continuava por que eu insistia em treinar naquele dia, mas minha felicidade durou pouco Keitan me obriga a descansar já que eu vou ter que lutar com o filhote do rei.


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