Resident Evil: a Nova Supremacia escrita por duuhalbuquerque


Capítulo 1
Capítulo 1: Cidade Maravilhosa


Notas iniciais do capítulo

Os capitulos serão pequenos, porém repletos de ação e mistério. Tudo se desenrolará aos poucos, deixando o suspense mais intenso.



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         Após o desastre em Raccoon City, Umbrella tentou de todas as maneiras possíveis ocultar a tragédia biológica. Muitos ainda dizem convictamente que a Empresa é inocente de todos aqueles incidentes que destruíram a cidade.

Mesmo com a constante luta, Umbrella fechou suas portas. Tudo aparentava estar resolvido, mas muitos outros países decidiram estudar os vírus criados pela a Empresa falida clandestinamente, pois os Estados Unidos proibiu que os mesmos continuassem sendo estudados. Por fim, uma guerra biológica poderia se expandir por todos os cantos do mundo, caso o T-Vírus e o G-Vírus caíssem em mãos de terroristas.    

         Um pouco depois dos acontecimentos com as Las Plagas numa pequena vila na Espanha, outros lugares voltaram a estudar o T-Vírus e o G-Vírus.

Brasil era um dos países que agora usava de maneira ilegal tudo que fora criado pela Umbrella. O laboratório encontrava-se em algum lugar do Rio de Janeiro, uma cidade muito conhecida por seu visual privilegiado. Poucos sabiam desses estudos clandestinos, mas os Estados Unidos descobrira logo sobre o laboratório Brasileiro, e, temendo um ataque terrorista, decidiram impedir que o país mexesse com algo tão mortal. 

         Vivian acordou quando sentiu o fulgor dos raios solares invadirem seu quarto.

Abriu seus olhos de maneira cautelosa, sentindo-os arder e embaçar.  Sentou-se na cama desarrumada, dando seu rotineiro bocejo matinal.   O rádio-relógio ao lado soltou o som ao chegar a hora 07h30min. Sendo desligado pela a adolescente logo depois.

Vivian Herrera tinha os cabelos até a metade dos ombros, lisos e loiros escuros. Seus olhos, cobertos levemente por alguns fios dourados, eram azuis escuros.

Realmente a jovem garota tinha uma beleza incrível, sendo cobiçada por todo o colégio onde estudava.  Levantou da cama, fechou as cortinas brancas e seguiu até o banheiro.

Desceu as escadas, ainda estava um pouco zonza, mas prontamente arrumada para mais um dia no colégio.

      – Mãe? – A televisão estava desligada, o silêncio incomum se propagava por toda a casa de classe média. O que havia acontecido?  – Mãe? – Chamou novamente, mas ninguém a atendera.

Chegou até a cozinha, e nada. As cortinas agitavam-se conforme o vento da manhã pairava por todo o ambiente vazio. Na pia, havia duas xícaras de café pela metade, já frios.  Não chamou por seu pai, sabia que o mesmo estava no trabalho naquele horário. Mas e sua mãe? Andou por toda a casa, e nenhum vestígio dela. Talvez tenha saído para comprar pão.

Enfim, a loirinha decidira logo sair para o colégio, não poderia se atrasar mais uma vez.  Pegou sua mochila, o casaco sobre o sofá e seguiu para seu destino com sua bicicleta branca.

         Andava calmamente pela calçada sobre o sol quente. Seus cabelos esvoaçavam-se enquanto observava ao seu redor.

O que acontecera? Tudo estava tão calmo, tão... Vazio. O mercadinho da esquina continuava fechado. Sendo que naquele horário o comércio funcionava como sempre fora.  Olhando agora para sua direita, passando por uma avenida movimentada nos dias anteriores, pôde constatar que não era apenas sua casa que se encontrava deserta. Nem carros, nem pessoas transitavam por aquele pequeno bairro no Rio de Janeiro. O silêncio era discretamente interrompido apenas pelo pedalar de Vivian, que continuava seguindo para o colégio.

Chegou até o mesmo após quinze minutos. Não acreditara no que via a sua frente... O colégio estava completamente destruído! O portão principal escancarado, o porteiro não estava ali. Os vidros das janelas de cada andar estilhaçados por todo lado.

      – O que aconteceu aqui? – Perguntou-se enquanto continuava caminhando e observando os lados.

Entrou no colégio ainda hesitante. O silêncio perturbador pairava por todos os cantos, sendo interrompido algumas vezes pelos passos de Vivian ou alguma outra coisa alheia.

Abriu uma porta a esquerda do corredor em que andava, ali estava escrito “Secretária”.

Ao entrar, assustou-se novamente. A escrivaninha estava tombada. Papéis, canetas e cadernos faziam parte do mar de bagunça sobre o chão amadeirado.  O que estava acontecendo por ali, afinal? Na parede, encontrava-se ainda ao centro, um quadro com a imagem do diretor atual do colégio. A estante de livro, assim como a mesinha, também estava jogada ao chão.

Vivian saiu agora da secretaria, apertando seus passos para o segundo andar, onde estava sua sala de aula. Como no andar a baixo, o de cima também não se via ninguém.

Andara no corredor longo com diversas portas até sua sala. Abriu a porta de madeira, deixando um rangido ecoar pelos corredores. Como já era de se esperar, ali também não havia ninguém e todas as cadeiras estavam amontoadas ao chão. Olhando a direita, pôde perceber o quadro-negro com algumas manchas vermelhas. A loira se aproximou em passos cautelosos, querendo identificar o que manchava o quadro.

      – Sangue... – Imaginou após sujar um de seus dedos ao verificar a mancha vermelha. Vivian recuou apavorada, pensava apenas em sair daquele lugar o quanto antes.

Mas antes que pudesse sair, ouvira um gemido ao canto escuro da sala onde o sol não conseguira alcançar. Virou-se rapidamente, tentando identificar o que pudera ser aquilo. Continuou caminhando. Suas pernas trêmulas e seu coração palpitante entregavam todo seu pavor. Ao chegar ao fundo da sala, encontrou uma garota sentada no chão agarrada em suas pernas encolhidas.  Vivian logo percebera quem era. Gisele Rocha.

      – O que houve, Gisele? – Vivian ajudou a sua amiga de classe a se levantar. Enquanto a mesma soluçava e se tremia por inteiro.

Gisele era uma garota magra, tinha os cabelos curtos e pretos. Seus olhos marejados eram azuis, e aparentava ter a mesma idade que Vivian.

      – Eles estão aqui... Precisamos sair... Eu não quero... Não quero morrer! – Gisele falava entre soluços. Vivian ainda não conseguira entender as palavras desesperadas da amiga.

      – Eles? Eles quem? O que houve aqui? Onde estão todos, Gisele? – Vivian segurava com ambas as mãos os ombros da amiga. Gisele chorava e não conseguira responder os questionamentos da loira. Deixando Vivian mais nervosa e alheia a tudo que acontecia.

Antes de Vivian voltar a tentar tirar explicações do que acontecera, um estrondo na sala ao lado trouxe as meninas de volta a si. Vivian e Gisele ergueram suas cabeças até a porta, percebia-se fácil o horror que nascera nos olhos da amiga da loira.

      – Eles sabem que estamos aqui, Vivian. Vamos sair logo! – Gisele segurou o braço da loira com força, fazendo a mesma se assustar com repentina atitude.

      – Eles quem? – Novamente Vivian indagou.

Agora passos arrastados ao corredor começaram a se aproximar da sala onde estavam as duas meninas. O silêncio planou sobre a sala de aula grande e desarrumada, sento interrompido apenas pelo andar alheio de alguém ao lado de fora se aproximando.

Os raios solares perfuravam a janela e iluminavam parcialmente o recinto, mas mesmo sobre aquele dia claro e lindo, nada fizera o medo de Vivian e Gisele desaparecer.


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Notas finais do capítulo

Mais informações, só me seguir no twitter @fuckingduuh.

Espero que tenham gostado, comentem e opinem e logo sairá o próximo capitulo.