Desisto escrita por Aryh


Capítulo 3
Os pensamentos dele


Notas iniciais do capítulo

Yoo... dessa vez o capitulo saiu mais rapido qq..
Espero que gostem
kissus =*



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Uma semana já tinha se passado desde que Pucca tinha voltado a falar. O tempo que a menina dedicava a Garu, agora ela passava ajudando um pouco mais no restaurante, praticando algumas artes marciais, estudando para as provas, antes das férias, ou apenas passando um tempo com Ching.

- Garu... – Pucca estava na frente da casa do garoto. Que não mudara nada, ainda era o velho dojo da família dele. Sem receber nem uma resposta, a garota entrou na casa, deixando um pacote encima da pequena mesa que havia ali no meio, logo se dirigindo aos fundos da casa.

Durante esses 5 anos Garu nunca deixara de treinar, pelo contrário, eles só ficavam mais perigosos. Houve vezes dele chegar todo machucado na escola, ou até mesmo de ter que faltar por estar se recuperando, mas mesmo assim ainda era um aluno exemplar.
E ali estava ele, mais uma vez em seus treinos de final de semana, que pelo cansaço que demonstrava tinha começado cedo.

- Ei Garu ! – a voz de Pucca tirava a concentração do garoto, que acabava errando o local onde estava o próximo bambu, por fim caindo no chão. – Você ainda vai se matar de tanto treinar.

Garu sentava-se na grama, logo tirando a venda preta que cobria seus olhos. Um calafrio correu por sua espinha ao ver Pucca ali. Ela deve ter voltado ao normal, pensava o garoto encarando-a com um olhar de medo. Ao ver a reação do garoto a sua frente Pucca não pode conter as risadas. Ele estava mesmo tão acostumado aos meus ataques, que sempre que me vê espera o pior? , pensava ela, logo sorrindo para o garoto.

- Não se preocupe... Eu não te falei antes? De agora em diante será assim. – Pucca se virava, deixando um Garu confuso para trás. – Há.. deixei o seu macarrão em cima da mesa. – Uma solitária lágrima correu pelo rosto da garota até parar em seus lábios. Ainda era doloroso olhar para alguém que você tanto amou e nunca foi correspondida uma única vez.

Garu tinha ficado sentado na grama por um tempo, esperando a garota ir embora. Vendo que ela não estava mais ali, e que ele não corria perigo, levantou-se e decidiu por parar os treinos um pouco, estava cansado, e já estava ficando com fome. Voltou para casa, tomou um belo banho, vestiu-se, ficando apenas com a calça preta casual e foi se servir. Pegou a tigela com o macarrão, que ainda estava quente e foi para a varanda dos fundos. Ficou um tempo encarando a comida, parecia que faltava alguma coisa, ate que se deu conta de que os legumes não estavam cortados em forma de coração, como Pucca sempre fazia para ele, mas isso não importa não eh? , pensou logo se pondo a comer.

Tinha terminado a refeição há algum tempo, mas decidirá ficar ali descansando. Uma leve brisa bagunçava os cabelos, ainda um pouco molhados, de Garu. Como os dias tinham sido calmos, pensava o garoto passando a mão em seu abdômen definido e que apresentava algumas cicatrizes.
Garu nem notara o tempo se passando, não se lembrava há quanto tempo seus pais tinham morrido, apenas se lembrava da dor de estar só, de ter que se virar sozinho. Só não foi mais doloroso porque encontrara amigos e tinha com o que se manter ocupado, os ataques de Pucca, Tobi querendo derrotá-lo, entre outros que só o atrapalhavam. Agora ele já era quase um homem, Garu já estava quase completando seus 18 anos, estava terminando a escola, era um dos guerreiros mais fortes, dono de um corpo definido que dava inveja ate mesmo em alguns homens mais velhos, e de fazer algumas meninas fantasiarem com ele, mas ainda faltava alguma coisa. Em todo esse tempo ele tentava recuperar a honra de sua família. Mas há algum tempo ele vinha se perguntando: Como?
Já tinha reconquistado a fama que o nome da família tinha, sendo um dos mais fortes espadachins, ganhara campeonatos de artes marciais como seu pai, e os assassinos de seus pais já estavam mortos. Então o que estava faltando? Por mais que o garoto se perguntasse, não conseguia achar uma resposta. Resolveu por deixar o assunto de lado mais uma vez.
O que eu devo fazer agora? Garu agora estava deitado no chão. O que estava fazendo semana passada há essa hora mesmo ? Um leve sorriso tomou conta dos lábios do garoto. Aquela idiota tomou conta da minha vida, que sem ela agora não tenho mais o que fazer. Por um momento a imagem da garota tomou conta dos seus pensamentos. Aquela menina que tanto lhe atormentara na infância e até uma semana atrás, tinha crescido, e mesmo não querendo admitir para si, ela tinha se tornado uma bela mulher.
De algum modo aquele amor obsessivo que ela tem por mim, me fazia esquecer que eu estava sozinho, que não tinha mais uma família e que talvez não tivesse um futuro, mas com ela por perto eu me sentia melhor, mesmo que algumas vezes aquilo me irritasse..
‘‘De agora em diante será assim’’ aquelas palavras voltavam aos pensamentos dele. Sem mais brincadeiras, perseguições, tentativas de me agarrar.... parece tão solitário  sem ela...
Sem que tivesse percebido, o garoto ficara imerso em seus pensamentos até o fim da tarde, o pôr-do-sol já manchava o céu de laranja, e depois de muito tempo, depois da morte de seus pais, Garu estava sozinho novamente.


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