Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 26
Capítulo 26 - Fim


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Maiko preenchia as horas livres a colher fruta e a caçar – ou pelo menos a tentar – enquanto a sua barriga continuava a crescer. Claro que tinha treinos ninja e podia rapidamente caçar um animal, mas não conseguia matá-lo depois de o apanhar.

Ela suspirou e olhou para o céu.

O tempo não tinha melhorado muito desde a partida de Itachi. Pois é…quantos dias é que já tinham passado? Ele prometera voltar mas ela ia perdendo esperança, dia após dia.

Tinha ouvido que uma guerra tinha começado, mas não sabia as razões. Sabia que as Aldeias estavam a juntar-se numa reunião. Quando patrulhava a barreira, todos as semanas, encontrava sempre corpos que tinham tentado entrar naquela área e que tinham caído no genjutsu que Itachi tinha criado

Apesar de maioria ser ninjas que ela deixava lá sem um mínimo de remorsos, alguns eram crianças ou mulheres que, como ela, tinham ido ali para apanhar fruta ou ir até ao rio. Nesse caso, Maiko curava-os e afastava-se antes de eles acordarem.

Com mais um suspiro, Maiko pegou na cesta com frutas e ervas medicinais e começou a dirigir-se para casa. Tinha de pescar qualquer coisa antes de o sol se pôr. Também tinha de decidir em que Aldeia ficaria quando estivesse prestes a dar à luz.

Teria de partir com um mês ou dois de antecedência. Talvez fosse para Suna. Pensando melhor, a guerra podia ainda não ter terminado nessa altura. Tinha de preparar tudo, se tivesse de dar à luz na cabana.

De o que precisaria? Água quente? Alguns panos? Será que conseguiria fazer sozinha? Era uma ninja, não era uma parteira.

Maiko olhou para o céu outra vez e soprou quando uma gota caiu na sua cara.

Entretanto: No meio da Guerra

Depois de ter sido trazido de volta do mundo dos mortos, Itachi caminhava lentamente, com o braço de Nagato por cima dos seus braços.

- Com esse corpo fraco, porque é que eles te trouxeram de volta? – perguntou Itachi, abanando a cabeça.

- Estás a elogiar-me? – perguntou Nagato, com um sorriso na cara – Quando te livrares do controlo do Kabuto, vais ter com a Maiko?

- Ela não pode ser envolvida nesta guerra. – respondeu Itachi – É melhor que eu não vá.

- Eu acho que devias ir. – disse Nagato, que achava que Itachi devia pelo menos saber que ia ser pai, antes de voltar para o mundo dos mortos – Ela pode já estar envolvida nesta guerra. Quando a vi pela última vez, ela disse que ia voltar para a sua Aldeia natal.

Itachi não disse nada. Tinha-lhe dito para ficar naquela área. Não acreditava que ela tinha quebrado o que prometera. Por outro lado, ele também tinha quebrado uma promessa.

- Depois de quebrar o controlo, vou acabar com o que o Kabuto está a fazer. – disse ele, finalmente – Vou libertar todos aqueles que deviam estar a descansar e não a lutar numa guerra estúpida.

- Tem cuidado, Itachi. – pediu Nagato – Se o meu corpo voltou como era antes, o teu também voltou.

- Eu sei. – disse Itachi. Conseguia senti-lo. Com cada passo que dava ia perdendo forças. Por isso é que também não sabia porque é que o Kabuto tinha-o trazido. No entanto, mesmo com o corpo assim, iria derrotar Kabuto. Era o mínimo que podia fazer para ajudar a acabar com aquela guerra.

- E então, Itachi? – começou Nagato – Valeu a pena?

- O quê? – perguntou Itachi, olhando para o amigo com uma expressão confusa – O que é que valeu a pena?

- A breve paz e a felicidade que tiveste durante a tua vida…com a tua família…com a Maiko…com a Akatsuki. Apesar de ter acabado tudo em dor e teres acabado por morrer sozinho. – explicou Nagato – Prometeste que me dizias.

- Ah, é verdade. – Itachi baixou a cabeça – Não acabou tudo em dor. Apesar de ter quebrado a Maiko, amei-a até ao último segundo. Apesar de ter morrido, fi-lo nas mãos do meu irmão como queria e libertei-o do Orochimaru.

- Ah, sim, o Orochimaru. – Nagato riu-se ao lembrar-se do membro que tinha expulsado da Akatsuki – Tu foste sempre o alvo dele. Mesmo quando ele descobriu que estavas doente. Mesmo quando raptou o teu irmão. Foi tudo uma manobra para te atrair.

- Como podes ver, para mim, não houve solidão nem dor. – disse Itachi.

- Para ti. – murmurou Nagato. Sabia que Sasuke tinha jurado que ia destruir Konoha depois de ele morrer, mas tinha a sensação de que aquela não era a melhor altura para o dizer. Afinal, ele estava contente e, apesar de tudo acabar em dor como lhe tinha dito, se não tinha acabado em dor para ele, não seria Nagato a magoá-lo – Devias mesmo ir ver a Maiko.

Itachi suspirou e olhou para Nagato. – Vou pensar no assunto, quando terminarmos aqui.

Depois de ter conseguido, com sucesso, apanhar três peixes, Maiko dirigia-se lentamente para a cabana com a rede às costas.

Felizmente, a chuva tinha parado rapidamente e o sol tinha-se imposto. Tinha ouvido uma explosão ao longe, mas ignorou-a. Apesar de ter algum medo que alguns ninjas imunes a genjutsus, como ela, passassem por ali, Maiko fazia o máximo que podia para ignorar o que ouvia e não saía da barreira.

Quando viu a cabana ao longe, pensou no trabalho que teria para preparar aqueles peixes e suspirou outra vez. Viver sozinha era difícil. Perguntava-se como iria aguentar quando envelhecesse…tinha de começar a fazer exercício.

Quando o viu, sentado na escada que ia dar ao alpendre da casa, Maiko parou e deixou cair a rede com os peixes lá dentro. Quando ele a viu, levantou-se e sorriu.

Deixando os peixes para trás, Maiko começou a caminhar.

- Estás atrasado. – disse Maiko, com a voz a tremer, enquanto começava a caminhar mais depressa – Começava a duvidar que aparecesses.

- Tive alguns problemas. – disse ele, vendo-a com as lágrimas nos olhos.

- Pareces mais pálido. – gozou Maiko, já com as lágrimas a escorrer pela face – Tens apanhado sol suficiente?

Ele limitou-se a abrir os braços. Ao ver isso, o lábio inferior de Maiko começou a tremer e ela começou a correr até estar nos braços dele.

- Não apertes tanto. – riu-se Itachi, quando Maiko o abraçou com força enquanto soluçava – Eu posso desfazer-me.

Mesmo dizendo isso, Maiko continuou nos braços dele durante mais de cinco minutos, até parar de chorar.

Ela ficou surpreendida, quando ela se afastou e viu-o a passar por ela para ir buscar os peixes.

- Fico contente por teres mantido a promessa. – disse Itachi, casualmente – Quero que fiques aqui, durante algum tempo.

- Eu ouvi dizer que há uma guerra… - murmurou Maiko, vendo-a a sentar-se na escada para arranjar os peixes para cozinhar – Porque é que estás assim?

Itachi parou o que estava a fazer e olhou para ela. – Eu estou morto.

Maiko parou de respirar durante alguns segundos mas sentou-se ao lado dele para ouvir a explicação.

- E é por isso que voltei. – acabou Itachi, pondo o peixe amanhado de lado. Ele olhou para ela durante alguns segundos em silêncio – Eu amo-te, Maiko.

- Tu podes ficar aqui, desta vez. – disse Maiko, sabendo que ele estava a dizer aquilo como despedida – Não tens obrigação para com ninguém.

- É errado. – disse Itachi, levantando-se seguido por Maiko – Eu nem sequer devia estar aqui. Há muitas pessoas que estão aqui, apesar de não quererem envolver-se nesta guerra nem magoar os seus relativos.

- Não tens de ser tu! – exclamou Maiko, abraçando-o por trás – Não tens sempre de ser o herói!

Itachi afastou-a, virou-se e abraçou-a. – Desta vez não vou voltar, Maiko.

Quando ouviu-a a chorar outra vez, apertou o abraço, encostou a cara ao cabelo dela e fechou os olhos. Maiko levantou a cabeça, com as lágrimas a caírem na capa de Itachi e murmurou-lhe ao ouvido. Depois encostou a testa no ombro dele e sorriu quando sentiu o seu ombro molhado.

Quando finalmente se afastaram, ele encostou os lábios à testa dela e uma mão na barriga.

- Tens de te cuidar bem. – pediu Itachi, depois de se afastar. No entanto, mantinha a mão na barriga dela, como se quisesse passar uma mensagem para o bebé que dormia lá dentro – Não saias daqui enquanto a guerra não acabar.

- E tu tens de esperar por mim. – pediu Maiko, enquanto limpava algumas lágrimas que tinham escapado dos olhos dele – Porque, quando a minha vida acabar aqui, eu vou procurar-te na próxima.

Ele anuiu com a cabeça e afastou-se mas, antes que ele pudesse ir, ela agarrou-lhe o pulso.

- Escolhe um nome. – disse Maiko – Se for menina…ou se for menino. Tens de ser tu a escolher o nome para a tua criança.

Itachi olhou para ela e sorriu.

10 Anos Depois

- E foi aí que ele escolheu o meu nome? – perguntou a menina de dez anos com olhos brilhantes e cabelos pretos, ondulados.

- Sim, foi aí, Misaka. – Maiko sorriu e fez festinhas no cabelo da filha que tinha nascido com os poderes do pai e também com os poderes de cura dela – Não é um nome lindo?

- É um nome lindo! – exclamou Misaka, com um grande sorriso nos lábios.

- Para de fazer a mãe contar essa história dezenas de vezes! – protestou um menino saindo da cabana – Estamos atrasados!

- Porque é que estás a falar assim!? – Misaka levantou-se e foi ter com o irmão para protestar também – O pai também escolheu o teu nome!

Maiko sorriu.

No final das contas, tinha dado à luz gémeos. Um rapaz e uma rapariga. Apesar de ambos conseguirem usar o sharingan e todos os poderes que vinham com o nome Uchiha, apenas Misaka tinha nascido com os poderes de cura.

- Misaka, Takero, vamos indo. – disse Maiko, vendo os dois filhos a pegarem nas malas – De certeza que querem ir daqui a Konoha só para verem?

- Eu quero ver! – exclamou Takero, sendo o primeiro a sair da barreira.

Maiko encolheu os ombros e seguiu-os. Já tinham ido a Konoha dezenas de vezes, mas aquela era especial. Porque o Hokage actual tinha considerado Itachi como um herói que tinha morrido na guerra e, consequentemente, escrito o seu nome na pedra dos heróis caídos.

Apesar de protestar das histórias que Maiko contava, Takero era o que mais admirava o pai e aproveitava cada ocasião para dizer que era filho dele.

Quando chegaram a Konoha – depois de pararem para fazerem um piquenique – fizeram uma vénia ao ninja que protegia os portões da Aldeia e entraram.

Takero foi directo à pedra, apontando para o nome de Itachi e dizendo a toda a gente à sua volta que aquele tinha sido o seu pai.

- Não sejas mal-educado, Takero! – exclamou a mãe, puxando-o pelo colarinho – Os outros também estão aqui para ver os seus relativos.

Mesmo assim, quando Maiko viu o nome encrostado na pedra, sorriu para si mesma e olhou para o céu. O esforço dele estava finalmente a ser reconhecido.

- Tio Sasuke, tia Sakura! – Misaka correu, ao ver Sasuke e Sakura e abraçou-se ao tio.

- Maiko. – disse Sakura com um sorriso – Quantas vezes é que vou ter de te dizer para arranjares uma casa em Konoha e mudares-te para cá?

Maiko abanou a cabeça. – Podes dizer quantas vezes quiseres. Eu vou ficar naquela cabana até a minha vida acabar. No entanto, vim entregar a Misaka e o Takero.

- Tens a certeza? – perguntou Sakura, enquanto Sasuke pegava nos dois sobrinhos como se fossem sacos de batatas.

- Sim, afinal, aqui é a Aldeia natal dos Uchiha e a escola começa amanhã, não é? – perguntou Maiko, continuando com o sorriso – Obrigado por tomarem conta deles.

- Não há problema. – disse Sakura, sorrindo também – A Misaka gosta de cuidar do Sataro. Até ajuda.

Sataro era o filho que Sakura tinha tido com Sasuke e que agora tinha dois anos. Agora, que o Clã Uchiha estava a crescer, já tinham a sua parte da Aldeia outra vez. Era por isso que Maiko conseguia deixar os filhos ali. Por isso e porque o novo Hokage era um amigo chegado a Sasuke.

- Bem, eu vou indo. – Maiko acenou aos filhos – Eu volto daqui a um par de semanas.

Sakura anuiu, mas ficou a vê-la a ir com as lágrimas nos olhos.

- Achas que fazemos bem em deixá-la ir? – perguntou Sakura, olhando para Sasuke que se encontrava cercado pelos sobrinhos. Estes, estavam de momento a tentar escala-lo pelas costas acima – Os filhos não vão sentir falta dela? Ela não vai ter saudades dos filhos, sozinha, naquela cabana?

- Ela tem preparado os filhos ao longo dos anos. – respondeu Sasuke, pegando em Takero, que tinha conseguido chegar-lhe aos ombros – A decisão é dela. E não é como se ela estivesse a abandonar os filhos. Eles vão ficar connosco e ela vai voltar. Tu própria a ouviste.

Sakura conformou-se e abraçou Misaka, que correu para ela. – Queres ir ver o Sataro?

Entretanto, Maiko passou novamente pela pedra dos heróis e passou o indicador pelo nome de Itachi.

Iria comer peixe à noite, pensou Maiko com um sorriso, enquanto voltava para a cabana.


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Notas finais do capítulo

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