Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 15
Capítulo 15 - Nobody Cared


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/155080/chapter/15

Tinha voltado ao princípio, pensou Maiko, enquanto olhava pela janela da torre, para as gotas que não paravam de cair sobre a cidade. No entanto, ao contrário de o seu primeiro dia com a Akatsuki, Maiko não tinha conseguido pregar olho.

Não estava autorizada a sair da torre a não ser que fosse acompanhado por Konan ou Pain. Não estava autorizada a fazer contacto com nenhum membro da Akatsuki a não ser que fosse acompanhada por Konan ou Pain. Se fizesse alguma dessas coisas sem permissão, seria imediatamente executada.

Por isso, quando Tobi viu Tobi pela janela, a entrar na Torre, quase se escondeu debaixo da cama. Isso porque sabia que o Pain e a Konan estavam em missão.

- Maiko-chan! – exclamou Tobi, entrando de rompante no quarto, mas encontrou-o vazio – Maiko-chan?

Entretanto, Maiko tinha saído mesmo a tempo para escapar a Tobi e ia agora a correr pelas escadas abaixo. Não tencionava sair do prédio. Só precisava de um sítio onde pudesse esconder-se.

Quando chegou ao último andar, deparou-se com a porta da saída e com uma que estava trancada. Depois de tentar abrir a segunda porta, sem quaisquer resultados favoráveis, Maiko olhou para a porta da saída e ponderou o que devia fazer. Até Tobi pousar uma mão no ombro dela e todos os seus pensamentos desaparecerem.

- Maiko-chan! – repetiu Tobi, abraçando-a – Porque é que estavas a fugir?

 - Tobi-san, você não pode estar aqui! – gritou Maiko, entrando em pânico – A Konan-san vai chegar a casa não tarda nada!

- Só estou a brincar. – disse Tobi, esfregando-se nela – Não há problema.

- Tobi-san, você sabe que não posso fazer contacto com os membros sem a companhia da Konan-san ou o Pain-sama!

- Não há problema. – repetiu Tobi, que ainda não a tinha largado – Eu tenho permissão para estar aqui.

- Mas, Tobi-san…

Maiko não acabou a frase porque ouviu a porta que estava trancada a abrir-se e quase parou de respirar quando viu que era Itachi que a tinha aberto.

- Itachi-san! – exclamou Maiko, tentando-se libertar de Tobi, sem sucesso.

- Itachi-kun! – disse Tobi, ignorando os esforços de Tobi – Anda brincar connosco!

- Larga-a. – disse Itachi, num tom soturno.

- Oh, desculpa. – pediu Tobi, mas não a largou – Talvez estejas demasiado cansado para brincares connosco. Com a doença e tudo.

Demorou pouco mais de dois segundos para que Itachi percorresse a distância que o separava de Tobi e o encostasse à parede, com a mão a apertar-lhe a garganta. Maiko, que nem tinha visto o movimento, caiu de joelhos no chão.

- Pensas que eu não sei quem tu és? Pensas que não consigo acabar contigo? – murmurou Itachi, de maneira a que Maiko não ouvisse – Estás enganado. Se voltas a tocar-lhe, vai ser o teu fim.

Tobi sorriu e, apesar de não se conseguir ver com a máscara, Itachi sabia exatamente o que é que ele estava a pensar.

- Se pensas que vou morrer assim tão facilmente, estás a delirar. – disse Itachi – Esta doença não me vai matar tão depressa.

- Mas o teu irmão vai. – sussurrou Tobi – E depois, quem é que vai proteger a pobre Maiko?

Itachi apertou-lhe a garganta, disposto a matá-lo mas Pain, que tinha entrado há alguns segundos, atirou-o ao chão sem se quer lhe tocar, libertando Tobi. Itachi sabia que tinha sido Nagato a trazer Pain, depois de ouvi-los. Não havia nada a fazer. Tinha ido longe demais.

- Nenhum de vocês tem autorização para estar aqui. – disse Pain, olhando para Tobi e depois para Itachi – Tu, mais do que ninguém, devias saber o que pode acontecer à Maiko por terem vindo até aqui.

- Eu só estava a passar. – disse Itachi, levantando-se – Quando ouvi o Tobi, tentei levá-lo de volta, mas ele resistiu.

- Isto é verdade? – perguntou Pain, virando-se para Tobi – Foste tu que quebraste as regras?

- É verdade. – disse Tobi, voltando à sua personalidade alegre.

- Como és novo aqui, vou deixar passar. Mas não pode voltar a acontecer. – resolveu Pain – Maiko, volta para o teu quarto.

Como ordenado, Maiko levantou-se e começou a subir as escadas. Itachi segui-a com o olhar até a perder de vista e depois acompanhou Tobi até ao esconderijo, em silêncio.

Até Maiko estar a salvo, Itachi não entregaria a vida a Sasuke.

Enquanto caminhava em direção ao esconderijo, ao lado de Itachi, Tobi tinha os pensamentos em Maiko.

Aquela rapariga tinha-lhe escapado como uma ninja profissional. Quando tinha tentado localizá-la pelo chacra, não conseguira senti-la e, quando tentou usar um genjutsu nela, não tinha funcionado. Se nem mesmo os seus poderes funcionavam, Maiko podia ser uma boa aquisição para que o seu plano resultasse.

O problema era Itachi.

Pelos vistos, ele não tencionava encontrar-se com o irmão antes de garantir a segurança de Maiko e Tobi sabia que não venceria que tentasse enfrentá-lo. Mesmo que estivesse afetado com a doença.

A única solução era raptá-la e Tobi também não tinha a certeza que isso funcionaria. Se não tivesse a certeza, podia acabar morto antes de o seu plano estar concluído.

Quando chegou ao esconderijo, não falou com ninguém e seguiu diretamente para o seu quarto. O quarto que antes pertencera a Sasori.

O que havia de fazer a seguir?

Maiko deitou-se na cama e pensou no que havia de fazer a seguir.

Era óbvio que não podia sair dali sem ser notada, mas queria falar com Itachi e descobrir mais sobre a doença que Tobi tinha mencionado. Tinha a certeza que conseguia curá-lo e não sabia porque é que ele nunca lhe tinha pedido.

Talvez não confiasse nela, ou não gostava dela, simplesmente. Só de pensar nisso, o seu coração partia-se mas, mesmo que esse fosse o caso, Maiko queria curá-lo.

Mesmo correndo o risco de ser apanhada, Maiko esperou que a noite caísse e esgueirou-se do quarto. Desceu as escadas em bicos de pés e olhou em volta antes de correr para a porta da saída. Quando sentiu o ar fresco na pele, apressou-se a afastar-se da torre para não ser apanhada.

O esconderijo ficava a poucos minutos dali e Maiko chegou lá sem problemas mas não entrou pela porta da frente. Em vez disso, deu a volta à casa e entrou pela janela de Itachi. Sabia que ele deixava-a sempre aberta, confiando no jutso que tinha montado lá para garantir que ninguém entrava.

No entanto, Maiko entrou facilmente e sentou-se na cama, à espera que Itachi entrasse. Infelizmente, isso demorou mais de uma hora e, quando aconteceu, ela já tinha adormecido, impelida pelo cheiro dele.

Quando a viu, Itachi ficou surpreendido, mas depois suspirou. Aquela rapariga nem conseguia ficar acordada depois de vir de propósito até ali para falar com ele. E ainda tinha arriscado a sua vida ao quebrar as regras que Konan e Pain tinham imposto.

Mesmo assim, deixou-a dormir e, quanto a ele, aconchegou Maiko para que esta não apanhasse uma constipação, estendeu a capa da Akatsuki no chão e deitou-se, adormecendo pouco depois. Decidiu acordá-la de madrugada para que ela pudesse voltar antes de notarem a sua absência. Mas acabou por adormecer e só acordou quando lhe cheirou a comida, notando que Maiko o tinha cobrido. E agora estava sentada na cama a olhar para ele, com uma travessa de comida no colo.

Constrangido e envergonhado, Itachi levantou-se e vestiu a capa.

- Bom dia. – cumprimentou Maiko vendo, por segundo, a cara vermelha de Itachi – Preparei-lhe o pequeno-almoço.

- Não o devias ter feito. – disse Itachi, sentando-se ao lado dela – Os outros podiam ter-te visto.

Mesmo dizendo isso, Itachi olhava para a comida como se já não comesse há dias. Maiko sabia que ele queria comer, mas era demasiado teimoso para o admitir.

- Está tudo bem. – garantiu Maiko – Eu acordei de madrugada, por isso ainda não estava ninguém de pé.

Ainda mais envergonhado por Maiko ter acordado às horas que ele tencionava acordar, Itachi levantou-se e dirigiu-se à janela.

- Tens de voltar. – lembrou Itachi – O Pain vai notar que saíste.

- Vou depois de comer. – disse Maiko, pegando numa laranja – Quer juntar-se a mim? Não me vou sentir bem se for a única a comer.

Itachi suspirou, como se fosse uma decisão muito difícil de tomar e voltou a sentar-se ao lado de Maiko, como se lhe estivesse a fazer um favor.

Escondendo o sorriso vitorioso ao ver Itachi pegar noutra laranja, Maiko começou a descascar a sua e perguntou-se quando seria um bom momento para falar sobre a doença. Agora não, claro. Se o fizesse, ele não acabaria de comer.

Quando Maiko acabou de comer a laranja, Itachi já tinha comido metade da comida que ela tinha trazido, mostrando-lhe um lado que ela desconhecia. Notando que estava a ser observado, Itachi engoliu o último ovo enrolado rapidamente e pousou os pauzinhos.

- Está na altura de voltarmos. – disse Itachi, levantando-se. Aproximou-se da janela e agachou-se de maneira a que Maiko pudesse subir para as suas costas – É mais rápido se eu te levar. – justificou ele.

Apesar de já ser quase tão rápida quanto Itachi, Maiko aceitou. Aliás, nunca recusaria nada assim. Chegaram à torre em poucos momentos e Itachi até fez questão de a deixar no seu quarto, para que ela não tivesse que entrar pela frente. Entrou pela janela e pousou-a.

- Então, vou indo. – disse Itachi – Obrigado pela refeição.

- Espera! – pediu Maiko, antes de ele sair pela janela – Na verdade, eu fui ao esconderijo para falar sobre outra coisa.

- O que é que se passa? – perguntou Itachi, voltando para trás – O Tobi incomodou-se, outra vez?

- Não! – respondeu Maiko – Mas, o que ele disse sobre a doença…é verdade?

- É verdade. – disse Itachi, sem hesitar. Não havia motivos para escondê-lo dela. Maiko nunca contaria a ninguém – Mas não vejo porque é que estás a perguntar.

- Não é óbvio? Porque preocupo-me consigo. – disse Maiko, imediatamente e estendeu as mãos – Eu posso curá-lo. Porque é que não me disse antes?

- Eu não quero ser curado. – respondeu Itachi – Não tens nada a ver com isso.

- Não tem de se castigar por ter matado o seu clã dessa maneira. – disse Maiko, acertando em cheio – Não vai adiantar de nada se morrer por causa de uma coisa tão insignificante.

- Não preciso que te preocupes comigo. – concluiu Itachi – Ninguém se importou até agora. Espero que sigas o exemplo deles.

Itachi tencionava sair depois de dizer aquilo, mas viu o lábio inferior de Maiko começar a tremer e os olhos a encherem-se de lágrimas. Pouco depois, encontrava-se a chorar e a soluçar e Itachi não conseguia mexer-se nem sabia o que fazer.

- Porque é que estás a chorar? – perguntou Itachi, tentando manter-se calmo.

- Eu não quero que morras! – exclamou Maiko, entre soluços.

- Eu não vou morrer. – disse Itachi, para que ela parasse de chorar.

Ainda a soluçar, Maiko olhou para ele seriamente.

- Prometes?

- Eu prometo! – disse Itachi, exausto graças àquela conversa – Eu prometo que vou procurar uma cura. E prometo que não vou desaparecer.

Maiko ainda estava com o lábio a tremer, mas os soluços já tinham parado. Por isso, Itachi aproximou-se e limpou-lhe as lágrimas da cara.

- Francamente. – murmurou ele, abanando a cabeça – Se o Pain te vir assim, vai descobrir que aconteceu alguma coisa.

- A culpa é sua. – queixou-se Maiko. Aquele lado amável era outro que ela não esperava ver em Itachi.

- Está tudo bem, agora. – garantiu Itachi, fazendo-lhe festinhas no cabelo – Devias dormir mais um bocado, agora.

- Está bem. – concordou Maiko, fechando os olhos.

- Hei, eu não disse “aqui”! – exclamou Itachi, pegando nela ao colo para que ela não caísse ao chão – És uma miúda problemática, não és?

Mas tinha ido ao esconderijo à noite e acordado de madrugada, pensou ele. E depois tinha chorado, o que a devia ter desgastado ainda mais. Era natural que estivesse cansada.

Com outro suspiro, deitou-a na cama e foi apanhado por Konan ao fazê-lo.

- O que é que estás aqui a fazer? – perguntou Konan.

Mesmo depois de ter sido apanhado, Itachi continuou a tarefa de deitá-la e cobri-la antes de responder.

- Ela saiu? – perguntou Konan, determinada a obter uma resposta.

- Ela saiu. – confirmou Itachi, sabendo que Konan descobriria mais tarde ou mais cedo – Eu acho que não deviam deixá-la fechada aqui, todo o dia. Eu sei que não acreditas que ela é uma espiã. Ela nunca poderia ser uma espiã.

- O problema não é esse. – confessou Maiko – O problema é que ela quer estar contigo e começo a desconfiar que tu queiras a mesma coisa. Isso vai prejudicar-te.

- Não vai. – disse Itachi – Não vou pô-la em perigo, outra vez.

Konan olhou para Maiko e abanou a cabeça.

- Itachi, mudaste os teus objetivos? Ainda tencionas morrer nas mãos do teu irmão? – perguntou Konan mas, mais uma vez, não obteve resposta. O Itachi que conhecera antes de Maiko aparecer, não hesitaria em responder-lhe mas, agora, ele parecia estar a reconsiderar o seu futuro – Muito bem. Eu vou falar com o Pain e, se a Maiko quiser voltar, eu levo-a para o esconderijo ao pôr-do-sol.

Itachi anuiu com a cabeça, sorriu e começou a pensar como manteria a promessa que tinha feito a Maiko, enquanto voltava para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentário?
Eu sei que demorei muito, mas estou a acabar a minha própria história para mandar para as editoras.
Mas como uma das minhas fics está a acabar, vou ter mais tempo para esta.
espero que não deixem de ler ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Naruto - My Chance At Love (itachi)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.