Naruto - My Chance At Love (itachi) escrita por Mirytie


Capítulo 16
Capítulo 16 - O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Quando Maiko acordou, já passava do meio-dia.

Konan tinha deixado um tabuleiro com alguma comida em cima da mesa aos pés da cama de Maiko, juntamente com um bilhete para ela ler.

Um bocado envergonhada por ter dormido até tão tarde, Maiko pegou numa maça e começou a comer enquanto, com a outra mão, pegou no bilhete e começou a ler. Quase se engasgou quando o fez.

“Maiko, eu e o Pain decidimos que não é saudável ficares dentro de casa todo o dia. Por isso, estivemos a falar com o Itachi e ele concordou em tomar conta de ti se quisesses voltar para o esconderijo. Se estiveres de acordo, faz as malas. O Itachi vai estar à tua espera quando o sol se puser.

-Konan”

“Porquê?” era o que Maiko perguntava mentalmente. Mas não hesitou durante muito tempo. Só faltava uma hora para o pôr-do-sol e, apesar de não ter muita coisa para transportar, o Itachi-san estava à sua espera e ela não o queria chatear.

Por isso, saiu e ignorou a chuva que parecia estar mais forte naquele dia. Chegou ao esconderijo em menos de dez minutos e deparou-se com Itachi que a esperava à entrada.

Itachi quase suspirou quando viu Maiko. Estava ali há mais de duas horas. Começava a pensar que ela tinha escolhido ficar na torre. No entanto, manteu a expressão vazia, quando Maiko sorriu e parou em frente a ele.

- Itachi-san. – começou Maiko – Espero que não tenha esperado muito.

Sem responder, Itachi avançou, pegou nas coisas dela e entrou.

- Maiko! – exclamou Hidan, levantando-se imediatamente – Voltaste! O que é que vamos ter para o jantar?

Os outros imitaram Hidan menos Kakuzo que ainda não concordava com a estadia de Maiko ali. Mesmo assim, não disse nada.

- Ela ainda agora chegou e já está a dar-lhe trabalho? – protestou Kisame – Por favor, deixe-a descansar primeiro, Hidan-san.

- Ela tem que arrumar as coisas no quarto dela. – anunciou Itachi, dirigindo-se para lá com as malas dela – Anda, Maiko.

Com um sorriso brilhante na cara, Maiko segui-o de bom-grado e, enquanto ele voltava a colocar genjutsus na sua porta e janela para que ninguém entrasse, ela começou a arrumar a roupa.

- Eu mudei o colchão. – disse Itachi, obtendo a atenção de Maiko – Claramente, sentias-te desconfortável com aquele colchão, por isso troquei-o pelo meu, enquanto não compramos outro. Amanhã podemos ir até Konoha com o Kisame para escolher um novo.

Apesar de Maiko preferir continuar com o colchão de Itachi, considerou que ele devia querer o colchão de volta mais tarde ou mais cedo e que aquela viagem podia ser considerada como um encontro, mesmo que Kisame os acompanhasse. Por isso, concordou.

- Não tens de fazer o jantar, se não quiseres. – continuou Itachi, olhando agora para ela – Eles não vão morrer se tiverem de ir comer fora durante mais um dia.

- Não me custa nada fazê-lo. – disse Maiko, vestindo a nova capa da Akatsuki que Konan lhe tinha dado – E ainda falta cerca de duas horas para a hora de jantar. Dá-me tempo para ir ao mercado, voltar e preparar alguma coisa.

- Eu vou lá. – ofereceu-se Itachi, surpreendendo-a – Volto daqui a trinta minutos.

Dito isso, saiu e deixou a corada Maiko sozinha para acabar de arrumar as coisas.

Itachi voltou mesmo trinta minutos depois mas, enquanto escolhia o que devia levar para que Maiko pudesse preparar o jantar, deu-se por si a pensar porque é que estava a fazer tudo aquilo por ela. Até tinha trocado o seu próprio colchão pelo dela, agora que pensava nisso.

A única pessoa com quem se preocupara tanto tinha sido Sasuke. Não se preocupara com outra pessoa para além dele, até ter conhecido Maiko.

Depois de se ter apercebido disso, nem sequer conseguiu olhá-la nos olhos quando chegou a casa. Maiko interpretou o gesto como um sinal de que ele estava chateado por ter de ir buscar os ingredientes sozinho.

- Partimos ao raiar do sol. – informou Itachi depois de acabar de comer. E dirigiu-se imediatamente para o seu quarto sem partilhar outra palavra.

Cabisbaixa, Maiko esperou que os outros terminassem de jantar e começou a arrumar a mesa.

- Não fique triste, Maiko-san. – pediu Kisame, que tinha ficado a fazer companhia a Maiko até ela acabar de arrumar – O Itachi-san pode ser frio, às vezes, mas ele preocupa-se. Ele disse-me que amanhã vamos a Konoha para lhe comprar um novo colchão. – continuou ele – Normalmente, ele não dar-se-ia ao trabalho de ir tão longe para comprar algo assim. Isso quer dizer que é importante para ele.

Era no que Maiko queria acreditar, mas não conseguia.

Quanto a Itachi, não se permitiu adormecer até ouvir Maiko a entrar no quarto.

Tal como combinado, quando o sol nasceu Itachi, Kisame e Maiko saíram de casa em direção a Konaha.

Mais uma vez, Maiko subiu para as costas de Itachi, apesar de não ser absolutamente necessário. Chegaram a Konaha em três horas, mais devagar do que Maiko estava à espera. No entanto, quando Itachi pousou Maiko, este já estava sem fôlego.

- Eu fico aqui. – propôs Kisame, escondendo-se por entre as árvores – Se vir alguma coisa suspeita, vou avisar-vos.

- Oh, está bem. – concordou Maiko, um pouco nervosa por irem só os dois. Depois de trocarem de capas: da capa da Akatsuki para capas negra para não chamarem a atenção, ergueram os capuchos e entraram pelos portões, o mais discretamente possível, cumprimentando os guardas sem os olharem diretamente – Mas não é perigoso estar aqui, Itachi-san?

- A maior parte das pessoas não conhece a lista de procurados a não ser que tenha tido uma experiência direta com a pessoa. – explicou Itachi – Basta evitarmos os ninjas e estaremos seguros.

- Está bem. – disse Maiko, apesar de estar um bocado preocupada. No entanto, decidiu pôr isso de parte e meter alguma comida em Itachi, já que ele estava branco como o cal – Porque é que não vamos comer alguma coisa antes disso?

Itachi olhou para Maiko durante alguns segundos, mas concordou.

Mas avisou-a que teria de ser ela a fazer os pedidos, já que o dono da loja de ramen conhecia-o. E assim, dirigiram-se até lá e sentaram-se. Como ainda não estava na hora do almoço, conseguiram arranjar lugares facilmente.

- Bom dia. – cumprimentou Maiko, vendo Itachi sentar-se ao seu lado com a cabeça baixa – Queríamos o prato da casa.

Alegremente, o homem pegou em duas tijelas e começou a preparar.

- Ah! Eu lembro-me de ti!

Surpreendida, Maiko olhou para o lado e demorou um bocado para reconhecer o rapaz que tinha conhecido há dois anos depois de Itachi a abandonar em Konoha.

- Naruto, certo? – ao ver a bandana na testa dele, apeteceu-lhe fugir – Vens aquqi muitas vezs?

- É o meu lugar preferido. – Naruto olhou para o homem ao lado dela – Estás num encontro? Não queria incomodar.

- Hum…i-isto não é… - Maiko corou – Isto não é…nós só viemos comprar umas coisas.

Apesar de ela dizer isso, Naruto viu que a rapariga gostava do homem, claramente. No entanto, também sabia que gostar de alguém sem a outra pessoa sentir a mesma coisa era complicado, por isso não disse mais nada sobre o assunto.

- Se quiserem, eu posso ajudar-vos a encontrarem o que estão à procurar. – propôs Naruto, vendo a rapariga a olhar para o rapaz e o rapaz a abanar a cabeça.

- Bem, a minha companhia conhece estas ruas. – justificou Maiko – Mas, se precisarmos de mais alguma coisa…

- Não faz mal. – disse Naruto, enquanto procurava dinheiro na carteira para pagar a refeição – Eh?

Maiko teve que conter o riso quando o viu a entrar em pânico por ter a carteira vazia.

- Ele usou o meu dinheiro outra vez! – exclamou Naruto, referindo-se a Jiraiya.

- Não faz mal, eu pago. – disse Maiko , tirando dinheiro suficiente para as três refeições – Podes pagar a minha para a próxima.

Satisfeita com a sua boa ação, Maiko terminou a refeição e levantou-se ao mesmo tempo que Itachi. Despediu-se de Naruto e prometeu que se encontrariam outra vez para conversar melhor.

- Não devias ter-te incomodado com ele. – disse Itachi, relaxando quando se afastaram da loja de ramen.

- Ora, ele parece ser um bom rapaz. – contrapôs Maiko – E é um amigo do Sasuke-kun. Gostava de o conhecer melhor.

As palavras de Maiko fizeram Itachi sorrir quando entraram no mercado de rua. – Porque é que não damos uma volta pelo mercado…para ver qual é o melhor colção.

Maiko anuiu com a cabeça.

Era normal que viessem pessoas de outras vilas nos dias de mercado de rua. Por isso ninguém prestou atenção nos dois estranhos a vaguear entre a multidão.

- Não te percas. – avisou Itachi, quando viu Maiko a olhar para os lados. Tentando com que parecesse casual, agarrou-lhe a mão – Se te perderes, é difícil encontrarmo-nos.

Maiko corou, lembrando-se que, até ali, só tinha sonhado com aquele momento. Passearam durante meia hora e depois pararam em frente a uma loja com um colchão que Itachi considerou aceitável.

- Se quiseres, podes continuar com o meu colchão e eu fico com este. – disse Itachi, pagando ao homem que agradeceu calorosamente – Se não te sentires confortável com este, é claro.

- Eu vou ficar bem com esse. – garantiu Maiko, surpreendida com Itachi, que transportava o colchão com um braço, para não largar a mão dela – Afinal, foi o Itachi-san que escolheu especialmente para mim. Como é que podia não gostar?

Quando se apercebeu do que tinha dito, Maiko corou intensamente e sentiu a mão de Itachi largar a sua.

Tinha que ter mais cuidado com o que dizia dali em diante, pensou Maiko quando saíram da Vila.

- Não devia avisar a Hokage?

Já passava da meia-noite quando o dono da loja de ramen fechou. No entanto, quando a filha fez a pergunta, ele parou e olhou para ela.

- Porque é que dizes isso? – perguntou ele, normalmente.

- Se diz que viu o Itachi aqui, é perigoso. – explicou a filha – E ele é procurado. Se alguém sabe que você o viu e não disse nada, pode acabar na prisão.

O homem riu-se, como se não soubesse do que estava a falar.

- Queria, hoje, ele não veio para fazer mal a ninguém. – disse ele.

- Como é que sabe disso? – perguntou a filha, começando a ficar farta daquela conversa – Pode ter vindo recolher informações sobre a vila para vir atacar mais tarde.

- Ele nem sequer estava com a capa da Akatsuki. – reforçou o homem – E ele vinha acompanhado por uma rapariga.

- E o que é que isso quer dizer? – continuou a filha – O que é que acha que ele veio aqui fazer?

- Ele estava num encontro com a rapariga. – ao lembrar-se o homem disse – Coitado, nunca teve jeito para lidar com essas coias. Estava bastante constrangido. Principalmente quando o Naruto perguntou à rapariga se eles estavam num encontro! Continua o mesmo de sempre!

Ao ver o pai a rir, ela não conseguiu dizer mais nada.

Ele tinha-lhe contado várias histórias sobre o Itachi Uchiha, mas nenhuma incluía a versão de assassino em serie. Sempre que falava dele, dizia como ele costumava ir ali com o irmão ou como tinha ido ali no primeiro encontro com a rapariga que tinha confessado os sentimentos por ele.

Itachi Uchiha não era um assassino para o pai.

- Eu lembro-me quando a senhora Uchiha estava grávida do Itachi. – relembrou ele – Vinha aqui todos os dias, com a desculpa de que estava com desejos. Até veio aqui na semana a seguir a ter o bebé a pedir para tomar conta do bebé, enquanto ela ia às compras. Ele era um bebé adorável!

E ele também sabia que Itachi nunca iria ali se não queria ser descoberto, já que o dono era uma das pessoas que o conhecia melhor, para além da sua falecida família. E, para além do anterior Hokage e de Danzo, ele era o único que sabia a verdade sobre a morte do Clã Uchiha.

Ainda se lembrava daquela noite como se tivesse sido ontem.

Depois de o Hokage decidir que Itachi tinha de deixar a Vila, ele tinha ido até ali, com as roupas ensanguentadas e os olhos cheios de lágrimas. Sem mostrar relutância, contou-lhe o que tinha feito mas a única coisa que pediu foi “Tome conta do Sasuke, por favor” e depois partira.

Mesmo passados aqueles anos, mesmo quando vinha a Vila para passar informações ao Hokage, nunca o tinha visitado outra vez. Se o tinha feito hoje, era para mostrar que estava bem.

Era impensável que ele entregasse alguém que era como seu filho aos guardas.


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Notas finais do capítulo

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