The Woman That I Loved escrita por ari_maknae


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

HOHOHOHOHOHO, capítulo muito interessante esse. Prepare-se para muitas surpresas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154725/chapter/3

Alex estava enrolada em um lençol branco quando voltei trazendo o café para ela. Seus cabelos negros e lisos estavam jogados por sobre o ombro. Ela parecia realmente linda ali naquele momento. Sentei-me ao lado dela, deixando que ela apoiasse a cabeça em meu ombro enquanto bebia lentamente seu café. Já era perto de meio dia e ainda estávamos na cama. Alex havia me avisado um pouco depois de acordarmos que seus pais estariam dando uma festa essa noite e que eles queriam que eu comparecesse com ela. Era uma festa de gala, então deveria usar um traje black tié, como manda a boa etiqueta.

Um pouco após o café, Alex disse que iria ir comprar um vestido para usar naquela noite e perguntou se eu podia levá-la até o shopping. É claro que eu concordei. Seria o mínimo a ser feito. Enquanto ela ia à procura de um vestido, eu me vi numa caça por um terno. As lojas de trajes masculinos não são tão extensas assim, no entanto as opções eram tantas que me vi perdido ali. Provava um terno atrás do outro sem conseguir decidir. Como a loja era mais especializada em ternos e com um preço bem acima do normal, havia certas comodidades ali, como uma grande sala de provador, com vários espelhos e total privacidade. Não sei por que isso seria necessário para alguém que vem provar um terno, mas pessoas maliciosas com certeza encontrariam bons usos para essa sala.

Estava admirando o caimento do segundo terno quando ouvi uma batida na porta. Acreditando ser alguma das funcionárias da loja, que, aliás, sempre me perguntei porque sempre havia tantas mulheres em lojas masculinas. Agradar os clientes, talvez? Abri uma fresta da porta já dizendo que não precisava de ajuda nenhuma, mas a porta foi empurrada assim como eu. Fiquei bem surpreso quando vi que era Alex. Ela trancou a porta atrás dela. Ela tinha uma sacola em suas mãos, então eu supus que ela já havia encontrado o vestido perfeito. Fiquei meio sem saber o que fazer. Afinal, como ela havia me encontrado aqui.

- Como me encontrou aqui?

- Eu entrei nas lojas e fui perguntando se você estava em alguma delas. Aí nessa me disseram que você estava aqui dentro. Me disseram que eu poderia entrar, já que eu vim dar uma opinião.

Não quero parecer um namorado muito seco e grosso, mas aquilo me assustou um pouco. Senti-me um pouco perseguido naquele momento, como se não importa onde eu fosse, ela sempre iria me encontrar. Pode ser um ponto positivo em um relacionamento que está indo bem, mas não no meu caso, quando eu só penso na madrasta dela. Alex nem mesmo me deu muito tempo para pensar e já foi vendo os outros ternos que eu estava a escolher, dando suas opiniões femininas a respeito e tentando encontrar o que melhor se encaixaria com o vestido que ela já escolhera.

Esse era um dos defeitos dela: perfeccionismo. Tudo para ela tinha que ser perfeito. Acredito que não houve um dia em que ela deixasse sua casa, ou a minha, com o cabelo desarrumado e sem um pouco de maquiagem. Ela não era exatamente do tipo que usava toneladas de maquiagem para esconder inúmeras imperfeições, porque nem precisava disso, mas no mínimo ela passava uns três produtos todos os dias antes de sair. Esse mundo feminino é algo complicado. Nunca entenderei a necessidade de um curvex e a diferença entre pó e base. Mistérios da vida. Vou colocar esses junto às questões existências como de onde viemos e para onde vamos. Isso é mais produtivo.

Em menos de dez minutos eu já havia re-provado todos os ternos e ela já havia escolhido o melhor. Fui, enfim, pagar a conta e pude deixar o local. Embora ainda fossem três horas da tarde, ela insistiu de que estava tarde e que deveríamos ir indo para a casa dela. Eu disse que a deixaria lá e que iria me trocar em meu apartamento, afinal não vi motivo algum para eu ir direto para as garras de Charlize sem ao menos um plano. Ah, sim. Claro que com essa festa eu havia voltado a pensar nela. Frustrante, eu sei. Mas o que seria da vida sem uma boa dose de jogos?

Sendo um homem, não precisei de muito tempo para me arrumar. Não eram nem cinco horas da tarde e já havia deixado Alex em casa, voltado para a minha, tomado banho e estava terminando de me vestir. Não fiz questão de me arrumar impecavelmente, não era muito o meu estilo. Não usei gravata alguma, apesar de o traje requerer isso. Optei pelo típico colarinho aberto e uma discreta corrente de ouro pendurada no pescoço. Após fazer a barba devidamente e passar um perfume, dei uma leve penteada no cabelo e peguei o carro, indo até a casa de Alex.

Aquela mansão ainda me assustava cada vez que eu parava lá. Como alguém pode viver numa casa tão grande? Seria como morar em um museu. Com o interior cheio de peças raras, visto que o pai de Alex era colecionador de antiguidades. Pelo visto também gostava de dar festas, só pelo tamanho da sala de jantar deles. Tudo estava altamente decorado quando cheguei lá, por volta de 17h30. Havia marcado com Alex para estar lá só dali à uma hora e meia, então aproveitei para ir dando uma passeada pelo museu, digo, casa.

Pude ver muitos garçons se apressando para preparar tudo na hora certa e tive até que desviar de um cozinheiro com um frango numa bandeja, gritando algo meio irreconhecível para os outros empregados. Talvez a receita tenha saído errada. Fui subindo os degraus da escadaria colossal do hall de entrada para a mansão, com o intuito de encontrar o quarto de Alex. No entanto, aquela casa com aqueles mil cômodos transformava esse trabalho em uma odisséia. Eu seriamente não me surpreenderia em ver placas para indicar o banheiro que, alias, eu nunca havia encontrado.  Depois de passar por uns cinco corredores diferentes, encontrei uma porta entreaberta e parecia ter algum barulho dentro. Tinha de ser o quarto dela, sendo que o quarto dos pais era para o outro lado, isso eu me lembrava.

Olhei a fresta para ver se encontrava Alex lá e acabei encontrando algo totalmente diferente. Afastei-me um pouco da porta, surpreso e com o coração um pouco acelerado. Sabe aquela sensação de quando você vê algo que sente que não deveria ter visto? Foi o que aconteceu comigo, com uma pequena diferença: aquilo era tudo que eu queria ter visto, mas que eu devia ver. Naquele quarto quem estava se trocando era Charlize. Talvez pelos problemas com o marido ela estivesse num quarto separado. Só sei que isso me surpreendeu ao máximo. O correto seria eu me afastar dali porque era uma tremenda falta de educação ficar olhando ela se trocar ali. Ela nem ao menos estava numa roupa indecente para eu estar desse jeito. Na luta dentro do meu inconsciente, o lado negro sempre fala um pouco mais alto. Então decidi que iria só dar uma olhada, vai que não era ela e eu estava imaginando coisas? Aproximei-me novamente da porta para checar, mas não havia mais nada ali. Tentei procurar pela pequena fresta, mas ela não aparecia em lugar algum. A porta abriu tão repentinamente que eu teria caído se não estivesse apoiado.

 - Estava me espiando, James?

Isso definitivamente era tudo que eu não precisa ter visto. Charlize estava com um roupão de seda vermelho-sangue amarrado na cintura, mas que deixava a mostra um pouco de sua roupa de baixo. Era muito óbvia a alça vermelha do sutiã e meia presa a cinta-liga dela. Isso era tudo que eu não deveria ter visto. Eu tentei me recompor, mas acho que meus olhos se perderam por tanto tempo no corpo dela que ela até riu da minha situação.

- Oras, James, você parece um garoto que vê uma mulher pela primeira vez.

Eu realmente estava parecendo um garoto. Espiando em portas, ficando sem saber como agir em uma situação dessa. Eu estava perdendo minha cabeça. Não bastasse isso, ela se aproximou de mim, o cheiro forte do perfume dela me inebriando e o pescoço completamente à mostra quando ela sussurrou em meu ouvido, encostando seu corpo ao meu.

- Parece que a pequena Alex não consegue te satisfazer, James.

Lentamente ela me puxou para dentro do quarto, trancando a porta atrás dela. O olhar dela era de puro desejo e tenho certeza que refletia o desejo dos meus olhos. Uma mulher controladora assim era algo que eu nunca havia visto antes. Charlize soltou o nó do roupão, deixando o tecido vermelho-sangue deslizar lentamente por sua pele alva, deixando seu corpo torneado exposto aos meus olhos famintos. Ela se aproximava de mim como uma felina e me empurrou para a cama. Eu estava estático, sem conseguir fazer nada a não ser admirá-la e desejá-la. Deus! Como a desejava!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ajude a auto-estima dessa autora. Deixe uma reviewzinha *---*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Woman That I Loved" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.